Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-049

TÍTULO: ANÁLISE DE INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA NOS PACIENTES COM OUVIDO CRÔNICO NO AMBULATÓRIO DE OTOLOGIA DO SERVIÇO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM OTORRINOLARINGOLOGIA DE FEIRA DE SANTANA - BA..

AUTOR(ES): LARISSA ROBERTA CAMPOS DE SOUSA , SANDRO TORRES, MILTON PAMPONET, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, MIRELLA MELO METIDIERI, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: Sob o ponto de vista clinico a Otite média crônica (OMC) é um processo de natureza inflamatória crônica da orelha média e mastóide associado ou não a uma perfuração da membrana timpânica e a otorréia, podendo levar a uma perda auditiva do tipo condutiva ou mista que pode variar de leve a profunda. O tratamento da otite média crônica envolve três etapas igualmente importantes: controle clínico pré-operatório, tratamento cirúrgico, quando indicado, e acompanhamento pós-operatório. Todos os resíduos epiteliais e secreções devem ser removidos do conduto auditivo e orelha média. O tratamento da OMC colesteatomatosa é eminentemente cirúrgico onde a eficácia não depende unicamente do tipo de técnica adotada, nem mesmo estritamente da qualidade de sua execução. METODOLOGIA: Realizado um estudo do tipo prospectivo em pacientes com ouvido crônico submetidos a procedimento cirúrgico em um serviço de residência médica de otorrinolaringologia de Feira de Santana – BA durante o período entre 2008 e 2009. Realizado o acompanhamento no pós-operatório semanalmente até completar o 1º mês e após completo, mensalmente ate completar 8 meses de acompanhamento. Análise de dados através do software SPSS 17. RESULTADOS: Observamos uma prevalência de infecção na ferida cirúrgica em torno de 22% dos pacientes submetidos aos procedimentos cirúrgicos, destes 18,9%, 26,6% e 6,7%, respectivamente para OMCC, OMCNC e OMCS. 51% dos pacientes portadores de OMCC, 46% dos que portavam OMCS e 54% dos pacientes dos portadores de OMCNC apresentaram melhora da audição. Obtivemos uma taxa 27%  de infecção da cavidade cirúrgica. 60% dos pacientes que não apresentaram infecção em cavidade cirúrgica apresentaram melhora da acuidade auditiva. Aproximadamente 56 % dos pacientes que apresentaram um perfuração residual da membrana timpânica apresentaram melhora da qualidade da audição. Sessenta e sete por cento dos paciente que apresentava algum grau de secreção em cavidade cirúrgica tiveram incremento na qualidade da audição. DISCUSSÃO: O tratamento mais eficiente da OMCC é o cirúrgico através da mastoidectomia. Tal procedimento passou por toda uma evolução histórica na qual inicialmente o objetivo primordial era a erradicação da doença sem a preocupação com os aspectos estético e funcional Para diminuir estes riscos, são prescritos antibióticos no perioperatório. CONCLUSÃO: Uma boa visualização de toda a cavidade e facilidade de limpeza nos exames periódicos através da microscopia e otoscopia são fundamentais para o bom seguimento do ouvido crônico no pós-operatório permitindo deste modo a prevenção de infecções.

Fechar