Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010
TRABALHO CLÍNICO
P-141
TÍTULO: CIRURGIA DO COLESTEATOMA NO IDOSO
AUTOR(ES): FELIPPE FELIX , SHIRO TOMITA, DEBORA PETRUGLIO MIGUEIS, CAMILA TEIXEIRA CONDE DE MORAES
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Introdução
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a terceira idade é considerada a partir de sessenta anos, quando então há necessidade da pessoa receber mais atenção, ante as transformações fisiológicas que começam a se acentuar. O objetivo do estudo é avaliar o perfil de pacientes maiores que 60 anos de idade com otite média crônica colesteatomatosa, com base no início do quadro clínico, tempo de doença, comprometimento auditivo pré-operatório, bilateralidade, complicações da doença e pós-operatórias e tempo de internação hospitalar.
Material e Método
Foram avaliados treze pacientes do ambulatório de otite média crônica do Hospital Universitário, com idade acima de 60 anos e OMC, no período de 2005 a 2010 de forma retrospectiva.
RESULTADOs
Sobre o quadro clínico inicial, todos apresentaram otorréia, e apenas um não queixava-se de hipoacusia, sendo que 4 apresentavam perda auditiva bilateral como conseqüência da doença. Cinco anciões queixaram-se de tontura e zumbido, quatro relataram pelo menos um episódio de otorragia. Destes, 10 foram submetidos à cirurgia e 2 apresentaram paresia facial como principal complicação pós-operatória. A avaliação audiométrica mostrava considerável perda auditiva ao menos moderada em todo o grupo antes da cirurgia e, ao diagnóstico, 6 pacientes já apresentavam erosão de cadeia ossicular pela tomografia computadorizada e 4 fistula de canal semicircular lateral. O tempo de internação de todos pacientes foi de apenas 24 horas, tendo apenas um paciente reinternado por complicação pós-operatória.
Conclusão
Nesse estudo, é possível notar que todos os idosos avaliados apresentavam otorréia como sintoma inicial e apenas um deles não se queixava de hipoacusia. Entre aqueles que tiveram comprometimento da capacidade auditiva, 4 foram afetados bilateralmente. Na tomografia computadorizada realizada durante o pré-operatório, a cadeia ossicular de seis pacientes estava erodida e 4 apresentavam fistula labirinitica. Entre os treze anciões desta série, 5 relatavam zumbido e tontura, 4 tinham otorragia e 2 evoluíram com paresia facial. Nenhum dos pacientes apresentou alteração no paladar. Desses pacientes, 4 tiveram a confirmação de colesteatoma pelo exame histopatológico.