Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-562

TÍTULO: RELATO DE CASO: NASOANGIOFIBROMA JUVENIL

AUTOR(ES): TIAGO BINOTI SIMAS, MARCOS PEREIRA LEITE LIMA, RAFAEL SABA ALBERTINO, MARCELO LODI DE ARAUJO, EDNA PATRÍCIA CHARRY RAMÍREZ, MARIA ELISA DA CUNHA RAMOS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO

Paciente E.S.,14 anos, masculino, deu entrada no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Antonio Pedro com epistaxe de grande volume, sendo, então, realizado tamponamento nasal posterior de emergência com sonda de Folley e antorior com gaze montada, internação hospitalar para controle hemodinâmico e investigação diagnóstica. Após 72 horas os tampões foram removidos, sem intercorrências, não apresentando sangramento ativo. Foi, então, realizado uma videoendoscopia nasal onde foi visualizado em meato médio, lesão de coloração rósea, com aspecto vegetante e sendo endurecido e friável.

Solicitamos tomografia computadorizada com contrate que apresentaram tumoração com densidade de partes moles em região posterior de fossa nasal direita, invadindo seio esfenoidal, com destruição óssea e com grande absorção de contraste, sendo classificado no estágio II de FISCH.

Encaminhamos o paciente para equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Geral de Bonsucesso onde foi realizada remoção cirúrgica da lesão com a técnica transfacial com incisão de rinotomia lateral médio-labial.

DISCUSSÃO

O nasoangiofibroma é um tumor vascular que, apesar de histologicamente benigno, é localmente invasivo e com alta incidência de persistência e recorrência. Corresponde a 0,5% dos tumores de cabeça e pescoço. Seu tratamento clássico é através de cirurgia, mas há casos em que pode-se indicar radioterapia ou hormonioterapia.

Há descrições de localizações atípicas deste tipo de tumor, como no saco lacrimal, região paranasal e limitado ao seio esfenóide. Entretanto, a localização mais comum é a limitada à rinofaringe e fossas nasais.

Seu estadiamento clínico é feito através da classificação de Radkowski, Fisch ou Chandler.

O tratamento cirúrgico do nasoangiofibroma pode ser feito via endoscópica ou via aberta, sendo esta última pelas vias transpalatina, transmaxilar (envolvendo as técnicas degloving médio-facial, Weber-Fergusson e rinotomia lateral), e técnicas crânio-faciais, quando há invasão extensa intra-neurocraniana. Atualmente convém realizar embolização tumoral seletiva previamente a todas as técnicas, para facilitar o acesso cirúrgico.

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