Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-531

TÍTULO: QUALIDADE DE SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINA

AUTOR(ES): SILKE ANNA THEREZA WEBER , FELIPE KAZAN, BRUNO MARCOS ZEPONI FERNANDES DE MELLO, DIEGO SHERLON PIZZAMIGLIO, REGINA HELENA GARCIA MARTINS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

INTRODUÇÃO: O sono cumpre o importante papel de restaurar as condições físicas e mentais do ser humano. Dentre os grupos que se enquadram neste nível de privação de sono estão os estudantes do curso de graduação em medicina, por possuírem alta carga horária acadêmica e, muitas vezes, recorrem à privação do sono para realização de várias atividades diárias, muitas delas fora do horário das atividades curriculares, somado à responsabilidade crescente ao longo do curso para os cuidados da saúde dos pacientes.

OBJETIVO: Avaliar a percepção subjetiva de qualidade de sono em estudantes do curso de medicina com o uso de questionários validados de qualidade de sono.

MÉTODOS: Foi selecionado o questionário de qualidade de sono de Pittsburg (PSQI), por se tratar de um instrumento de análise difundido mundialmente e validado para a avaliação de distúrbios do sono, indicando probabilidade de distúrbios do sono com escore > 5. Responderam o questionário qualquer aluno matriculado cursando entre o  primeiro ao sexto anos do curso de medicina.

RESULTADOS: Dentre os 540 alunos matriculados, 377 responderam ao questionário. Apenas 10,08% apresentaram PSQI < 5. A média de horas dormidas por noite variou entre 6:14 (5º ano) e 6:34 (2º ano); 35,01% demoram mais de 30 minutos para conseguir dormir. 39,26% classificaram a qualidade do sono como ruim ou muito ruim; 8,49% fazem uso de medicamentos para dormir ao menos uma vez por semana; 36,87% apresentam dificuldade em se manter acordado durante o dia ao menos uma vez por semana; 50,40% apresentam indisposição para atividades diárias ao menos uma vez por semana; 70,56% cochilam, sendo que destes, 47,74% não têm intenção de cochilar.

CONCLUSÃO Há um comprometimento importante na qualidade do sono em estudantes de medicina, durante todo o curso de graduação, com repercussões importantes na vida diária. Apesar da freqüente percepção da má qualidade do sono, não é interpretado como problema ou distúrbio, com possíveis repercussões nocivas à saúde. Há necessidade de melhorar as informações sobre a importância do sono. Os coordenadores de cursos de graduação devem estar mais atentos sobre possíveis sobrecargas e melhorar a qualidade de vida dos estudantes de medicina.

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