Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-296

TÍTULO: FRATURA DE CONDILO DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DANIELLE DA SILVA PEDREIRA, RAPHAEL LASNEAU ANNICCHINO, GUSTAVO NOLETO DE REZENDE, ANDRÉ BRAUNE, MOACIR TABASNIK

INSTITUIÇÃO: POLICLÍNICA DE BOTAFOGO

Introdução

As fraturas de côndilo correspondem 25 a 35% das fraturas mandibulares. O objetivo principal do tratamento das fraturas de côndilo mandibular é restaurar a função da articulação temporomandibular, da oclusão e contorno facial.

 

Relato de caso

RMSM, 24 anos, vítima de acidente automobilístico, procurou o nosso serviço 24 h após o trauma, uma vez que mesmo tendo recebido atendimento emergencial continuava a apresenta dor em hemiface esquerda e referindo também desvio da mandíbula para a esquerda, que os dentes não estavam alinhados e limitação da abertura da boca. Ao exame  observado limitação do movimento à abertura de boca, edema em hemiface esquerda. Sendo prescrito AINES e solicitada TC de face que evidenciou fratura transversa completa do terço proximal do ramo mandibular esquerdo.

No 7º dia após o trauma foi realizada redução cirúrgica da fratura, com incisão sub mandibular e fixação rígida.

No 6º dia de pós-operatório, apresentava hematoma no local da ferida operatória, sendo puncionado o hematoma e reavaliado a cada 3 dias, sendo realizadas mais 3 punções e indicado o uso de mentoneira para compressão local.

30 dias após a cirurgia, foi iniciada fonoterapia, que inicialmente era de 15 mm e com 45 dias de tratamento fonoterápico apresentava 40 mm recebendo, assim, alta.

DISCUSSÃO

Existe um consenso entre os autores de que o tratamento a ser indicado nas fraturas do côndilo mandibular, depende da idade do paciente, das funções da articulação e desvios em abertura bucal, visando o bem estar do paciente através do menor trauma possível aliado a uma recuperação satisfatória. Concordam, ainda, que as fraturas altas sejam tratadas de modo mais conservador, independente da idade, através de terapia medicamentosa e fisioterapia, bem como as fraturas baixas que não venham a apresentar deslocamento do côndilo em relação à cavidade articular.

Em relação ao restabelecimento oclusal, há concordância entre os autores de que os melhores resultados sejam obtidos nos tratamentos cirúrgicos comparados com o tratamento conservador das fraturas condilares.

Diversos autores concordam que a redução cirúrgica nas fraturas subcondilares altas é mais bem executada por uma incisão pré-auricular. A incisão submandibualr é a mais indicada pelos autores para as fraturas da região condilar baixa em direção ao ramo. Em contra partida a estes autores, o acesso submandibular foi escolhido para redução da fratura condilar alta no caso clínico apresentado.

Considerações Finais

Pacientes com queixas de dor e limitação do movimento à abertura de boca, os quais sofreram, trauma em face, devem ser sempre investigados com tomografia computadorizada de face com reconstrução tridimensional, uma vez que as fraturas de mandíbulas são as mais prevalentes dentre as fraturas faciais.

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