Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-264

TÍTULO: ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE SANGRAMENTO PÓS-TONSILECTOMIAS PALATINAS POR ELETROCAUTÉRIO

AUTOR(ES): LINO LADISLAU VINCENZI OSTROSKI , DANIEL ZENI RISPOLI, NATHALIA MARTINI MONTI WOLFF, GILSON RODRIGUES VALLE, LARISSA GUEDES PEREIRA RISPOLI, FERNANDA CRISTINA RODRIGUES MACHADO, NEILOR F. B. MENDES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL E MATERNIDADE ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: As tonsilectomias palatinas (amigdalectomias), com ou sem adenoidectomia associada, apesar de muitas mudanças nas indicações e fervor para a operação ao longo dos anos, continua a ser o procedimento cirúrgico mais comum em Otorrinolaringologia, sobretudo em crianças. Porém, apesar da evolução da técnica, uma das complicações mais temidas na evolução pós operatória é a hemorragia.

OBJETIVO: Por meio deste estudo, objetivamos divulgar os índices de sangramento pós operatório pela técnica de dissecção por eletrocautério, também chamada de técnica “a quente”.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo com análise de prontuários de fevereiro de 2008 a maio de 2010, totalizando 838 pacientes. Os pacientes foram submetidos à cirurgia de tonsilectomias palatinas (amigdalectomias) por técnica de dissecção através do uso do eletrocautério (“a quente”). Foi realizada avaliação clínica 7 dias após a cirurgia, sendo avaliado a presença de coágulo em loja amigdaliana, achado que sugere sangramento pós operatório. Este estudo analisou também o sexo mais prevalente e a média de idade.

RESULTADOS: Através deste estudo foi constatado que de 838 pacientes analisados, 50 evoluíram com sangramento pós operatório (5,97 %), destes, 48 apresentavam coágulo em loja amigdaliana e somente 2 pacientes (0,24%) tiveram hemorragia com sangramento abundante no pós operatório, um no pós operatório primário (imediato) e outro 8 dias após a cirurgia, sendo submetidos a reintervenção cirúrgica para hemostasia.

CONCLUSÃO: Quando consideramos a formação de coágulo uma complicação hemorrágica, obtivemos no nosso estudo uma taxa que coincide com a literatura pesquisada (de 3,4% a 7,8%), porém ao analisarmos somente as taxas de sangramento intenso com necessidade de reintervenção, obtivemos uma taxa baixíssima. Com esses dados, demonstra-se que a técnica “a quente”, realizada por eletrocautério, é uma técnica segura e com baixos índices de complicações hemorrágicas graves.

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