Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-581

TÍTULO: RINOLITO COM ANTROLITÍASE DE SEIO MAXILAR DIREITO

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: Os rinolitos são massas calcáreas encontradas no interior das fossas nasais, sendo uma eventualidade rara e cuja sintomatologia é facilmente confundida com quadros infecciosos ou obstrutivos de vias aéreas superiores.

OBJETIVO: Apresentar um caso de rinolitíase com antrolitíase em seio maxilar direito em um paciente adulto, do sexo masculino, sem sintomatologia expressiva, além de fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente masculino, branco, aposentado, com 70 anos, encontrava-se internado no Hospital São José do Avaí (HSJA) em Itaperuna/RJ, na enfermaria de Cardiologia, aguardando a realização de cirurgia cardíaca. Durante a internação o paciente relatou obstrução nasal à direita e discreta cefaléia, sendo então solicitado uma radiografia simples dos seios da face que revelou um velamento total do seio maxilar direito com espessamento difuso de mucosas. Iniciou-se ClavulimR 875mg por 10 dias, porém como as queixas clínicas persistiam ao término do tratamento, solicitou-se a avaliação do serviço de Otorrinoloringologia do HSJA. Ao exame otorrinolaringológico, o paciente apresentava à rinoscopia anterior um desvio de septo para a direita com hipertrofia de corneto inferior esquerdo, além da ausência de massas ou corpos estranhos. A anamnese revelou sintomatologia de obstrução nasal e cefaléia há mais de dez anos, além de tratamentos prévios com antibiótico para suposta sinusite. Para melhor elucidação do quadro solicitamos uma Tomografia Computadorizada (TC) dos seios da face.

RESULTADOS: O paciente do caso clínico relatado apresentava apenas sintomatologia de obstrução nasal e cefaléia em hemiface direita, com ausência na história clínica de fatores sugerindo corpo estranho. A rinoscopia anterior foi normal, sendo solicitado a TC dos seios paranasais para elucidar o quadro. A TC revelou a presença de uma estrutura amorfa, com contornos irregulares e densidade calcária, localizada em fossa nasal direita, extendendo-se para o seio maxilar direito, além de um velamento total do seio maxilar direito e recessos frontais, sugerindo processo inflamatório crônico. O paciente foi submetido à cirurgia, via endoscopia nasal, sendo retirado a massa calcária e, através do exame anatomopatológico, confirmado a hipótese diagnóstica de rinolito. Paciente evoluiu bem, com melhora progressiva dos sintomas relatados.

CONCLUSÃO: A rinolitíase por ser uma entidade rara, pode apresentar-se como um achado acidental em alguns pacientes. Deve-se sempre suspeitar em casos de obstrução nasal de longa data, fetidez nasal rinorréia mucopurulenta e cefaléia crônica. Os exames complementares corroboram para elucidação do quadro e o tratamento de escolha é a remoção cirúrgica.

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