Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-117

TÍTULO: AVANÇO DE MAXILA MAIOR QUE 10 MM PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNÉIA DO SONO GRAVE

AUTOR(ES): VINÍCIUS FARIA GIGNON

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO: O avanço maxilomandibular (AMM) vem sendo referido na literatura mundial como um dos tratamentos mais efetivos para a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) grave.

OBJETIVO: Avaliar prospectivamente os pacientes portadores de fratura de maxila tratados através de redução e fixação interna rígida no ano de 2009, em um Centro de Treinamento em Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de 7 pacientes submetidos a avanço de maxila maior que 10 mm, associado ao avanço de mandíbula, para tratamento da SAOS grave. Esses pacientes foram submetidos a polissonografia e cefalometria pré e pós-operatórias (no mínimo 6 meses após a cirurgia). Foram utilizados como parâmetros de avaliação pré e pós-operatória: índice de apnéia e hipopnéia (IAH), saturação mínima de oxigênio média, SNA, SNB e diâmetro das vias aéreas superiores e inferiores. As diferenças das médias entre estes dados foram avaliadas através do teste t de Student. Foi considerado sucesso no tratamento a redução do IAH para um índice menor que 10 eventos por hora.

RESULTADOS: Os pacientes apresentavam de 46 a 60 anos de idade (média 53,7 anos), sendo 6 do sexo masculino. Houve redução significativa do IAH de 57.84/h para 3.34/h (p=0,0009), aumento da saturação mínima de oxigênio de 79% para 89,57% (p=0,0004). O SNA aumentou de 79,6 para 84,7 (p=0,0005) e o SNB aumentou de 75,8 para 81,4 (p=0,003). A dimensão da via aérea superior aumentou de 11,08 para 13,84 (p=0,002) e da via aérea inferior de 9,6 para 12,4 (p=0,002). As complicações foram: celulite facial (1), parestesia transitória (1), exposição de material de síntese (1) e deiscência de sutura (1).

CONCLUSÃO: O avanço de maxila maior que 10 mm associado ao avanço da mandíbula promoveu uma taxa de sucesso de 100% em pacientes com SAOS grave, com um baixo índice de complicações. Devido ao presente estudo apresentar índice de eficácia alta, sugere-se novos estudos para avaliar a importância da quantidade de movimento maxilar na taxa de eficácia.

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