Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-241

TÍTULO: EPIGLOTITE AGUDA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ELIZA MENDES DE ARAUJO , LUIZ ANTONIO DE BARROS, ANTONIO CELSO NASSIF FILHO, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, MARCELO CHARLES PEREIRA, EMERSON FRANCESCHI, DENISE BRAGA RIBAS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL CRUZ VERMELHA BRASILEIRA - FILIAL PARANÁ

Introdução

A epiglotite aguda é uma doença relativamente rara em crianças e adultos. É uma inflamação aguda da epiglote, valécula, aritenóides e prega ariepiglótica.

A epidemiologia da epiglotite aguda tem mudado significativamente apresentava como pico de incidência dos 2 aos 6 anos, também com predominância no sexo masculino, atualmente alguns artigos sugerem aparecimento mais freqüente em adultos devido a incidência ter sofrido profundas modificações com a recomendação rotineira da vacina conjugada.

Suspeita clínica inclui febre, dor de garganta, odinofagia, falta de ar e estridor.

Existe consenso de que os pacientes em que a obstrução completa da via aérea é iminente venham a necessitar de laringoscopia e suporte de via aérea em um ambiente adequado.

Os estudos de diagnóstico mais úteis são a laringoscopia indireta/ flexível nasolaringoscopia e radiografia do pescoço.

A endoscopia tem sido reservada para quando há suspeita de outro diagnóstico, pois a instrumentação de uma área subglótica edematosa pode precipitar a necessidadede intubação.

No tratamento da epiglotite, se impõe a determinação da gravidade da insuficiência respiratória. A epiglotite,deve ser considerada  uma emergência médica e pode requer  intubação no momento em que o diagnóstico é estabelecido.

O tratamento antibiótico faz com que haja diminuição do edema da epiglote em 12 a 72 horas.

Objetivos

-Descrever relato de caso sobre epiglotite aguda.

Material e Método

-Revisão bibliográfica sobre epiglotite aguda.

-Revisão retrospectiva de prontuário médico.

Descrição do Caso

C.M.R sexo feminino, 35 anos natural de Curitiba, comerciante, deu entrada no PS do Hospital Cruz Vermelha Brasileira Filial Paraná no dia 05/07/2010 referindo disfonia e disfagia para alimentos sólidos há 3 dias, acompanhada de febre de 39 graus aferida, mialgia generalizada e fleimão em região cervical anterior de aparecimento há 2 dias. No momento da consulta nega tosse, nega dispnéia, nega sialorréia, rinorréia, obstrução nasal, e sintomas otológicos. Ritmo urinário e intestinal normal, sem outras queixas. HMP: cirurgia bariátrica há 3 anos, hipotireodismo, em uso de eutirox 50mg. Nega tabagismo e etilismo, vacinação completa – sic. Exame físico: Ectoscopia: presença de fleimão em região cervical anterior, normotensa, eupneica, FR: 18 Irpm,  hipocorada, afebril,   oroscopia: ausência de hiperemia de pilares amigdalianos, ausência de placas, rinoscopia: ausência de secreção visível, discreta tortuosidade septal e hipertrofia de cornetos, otoscopia: membranas timpânicas íntegras com brilho.

Após exame paciente foi internada, por apresentar quadro compatível com epiglotite aguda.

Optamos por tratamento clínico com Kefazol 1 ampola E.V de 8/8 horas, teve melhora significativa dos sintomas de disfonia e  fleimão em 48 horas, permaneceu afebril durante toda internação. Foi realizada nova videolaringospia dia 08/07/2010 o qual demonstrou: diminuição acentuada de processo inflamatório em epiglote.

Após quatro dias de internamento paciente teve alta hospitalar com axetil-cefuroxima prescrito por 7 dias e analgésicos.

Conclusão

A epiglotite apesar de ser considerada como uma doença rara sempre deve entrar como diagnóstico diferencial nos pacientes que apresentam odinofagia e febre acompanhada de toxemia.

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