Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-309

TÍTULO: HEMANGIOMA CAPILAR NASAL: RELATO DE 2 CASOS E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA , MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, ÉDER AUGUSTO MAGAALHÃES NASCIMENTO, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, MÁRJORIE SOUZA BANHOS CAREPA, WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, MURILLO FREIRE LOBATO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: Hemangioma capilar nasal consiste em proliferação polipóide de capilares e tecido de granulação, associados a intensa reação inflamatória. No nariz, o local mais acometido é o septo nasal.

OBJETIVO: Relatar 2 casos de hemangioma capilar nasal, acometendo regiões diferentes da cavidade nasal, correlacionando com dados da literatura.

METODOLOGIA: Descrição de casos clínicos e revisão de literatura.

RESULTADOS: Y.O.S., sexo feminino, 13 anos, natural e procedente de Parauapebas (PA), chegou a nosso serviço com história de há cerca de 1 ano apresentar tumoração avermelhada em fossa nasal direita, de aumento progressivo, acompanhada de epistaxe recorrente. À rinoscopia anterior, observou-se lesão expansiva, avermelhada e friável. À TC de seios da face apresentava velamento parcial da cavidade nasal direita, sem invasão de estruturas adjacentes, nem sinais de remodelamento ósseo na periferia do tumor. Foi submentida à excisão da lesão, tendo o diagnóstico de hemangioma capilar septal confirmado na biópsia.

Seis meses depois, a paciente voltou ao serviço com as mesmas queixas anteriores, sendo diagnosticada a recidiva da lesão. Foi novamente submetida a excisão lesional, desse vez com uma margem mais ampla, sendo utilizado como enxerto a cabeça do corneto nasal inferior contralateral, suturado na lesão com Vycril 2.0. Houve rejeição do enxerto no 15° dia pós-operatório. Foram solicitadas sorologias para doenças infecciosas, sendo todos os resultados negativos. Atualmente, a paciente encontra-se em acompanhamento clínico em nosso Serviço.

O segundo paciente é  V.J.N.C, 5 anos, sexo masculino, natural e procedente de Santarém, PA. Tem história de há cerca de 2 anos apresentar epistaxe  por fossa nasal direita, sendo que nesse período foi submetido a 15 transfusões sanguíneas, devido à perda sanguínea. Foi reealizada endoscopia nasal, que revelou lesão de aspecto ulcerativo, com sangramento ativo em cabeça Ed corneto nasal inferior direito. O paciente foi submetido a exérese da lesão, com eletrocauterização de seus bordos. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico de hemangioma capilar de corneto nasal inferior. Desde que a lesão foi excisada, não houve mais episódio de sangramento.

CONCLUSÃO: O diagnóstico de hemangioma de septo nasal dever ser considerado nos pacientes com queixa de obstrução nasal e epistaxe. Há necessidade de exame de imagem para o planejamento terapêutico, que deve consistir em ampla exérese da lesão, com margem de segurança dos seus bordos, a fim de evitar recidivas.

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