Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-127

TÍTULO: CARCINOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): RENATA MADDALENA MONTEIRO , ANTÔNIO JOSÉ DE CARVALHO NETO, ALEXANDRA SOUZA, JÉSSICA SILVA, CAROLINA FONSECA JARLETTI, MARÍLIA SARAIVA, IGOR LUCENA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO

INTRODUÇÃO:

O MAE está sujeito às condições patológicas dos tecidos que o compõem: pele, anexos epiteliais, tecidos subcutâneos, cartilagem e osso1.  Lesões neoplásicas podem ocorrer em qualquer sítio do conduto, e como sua origem é em área inacessível à visualização rotineira retarda o diagnóstico que ocorreria apenas na presença de sintomas1. A incidência de metástase ganglionar é pequena, variando de 10 a 15%2. Contudo, observa-se densa linfopatia regional de natureza inflamatória, com relativa frequência.

Dentre as neoplasias malignas do MAE o carcinoma de células escamosas é a mais comumente encontrada. Acometendo 1 por 1.000.000 habitantes/ano4. A frequência é igual ou apresenta índice discretamente maior na mulher. Os sintomas incluem otorréia purulenta ou sanguinolenta, otalgia, plenitude aural, perda auditiva e paralisia facial8. A dor ocorre no estágio precoce da doença e pode ser muito intensa. O diagnóstico é feito pelo exame histopatológico obtido por biópsia.

OBJETIVO:

 Fazer uma revisão bibliográfica da literatura sobre carcinoma de conduto auditivo externo e relatar um caso ocorrido em nosso serviço de Otorrinolaringologia.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Trata-se de uma revisão de literatura, realizada no período de janeiro de 2010 a abril de 2010, na qual foram consultados livros textos em Otorrinolaringologia e realizada a busca de artigos científicos nos bancos de dados da Bireme e Scielo, através das fontes Lilacs e Medline. Além da descrição do relato de caso atendido em nosso serviço de otorrinolaringologia em 2009.

RELATO:

Paciente de  44 anos, feminina, procurou o serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Federal de Bonsucesso-RJ em abril de 2009 com quadro de otalgia associada a otorréia e otorragia em orelha esquerda há 04 meses que não melhorava com uso de antibióticos. Realizado biópsia excisional da lesão com histopatológico demostrando carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado. Passou por procedimento cirúrgico tipo mastoidectomia radical com parotidectomia a direita e esvaziamento cervical radical. Evoluiu para óbito após quatro meses.

DISCUSSÃO:

Devido a raridade do tumor, o critério mais próximo do ideal realizado para estadiar o tumor é baseado em técnicas de tomografia computadorizada para avaliar sua extensão. A principal modalidade terapêutica  é a cirúrgica, porém as diferentes abordagens na literatura são frequentemente confusas e inconsistentes.

O trabalho demonstra  a importância de uma avaliação cuidadosa para correta orientação terapêutica e/ou diagnóstica subsequente em todo paciente com estes sintomas.

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