Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-308

TÍTULO: HEMANGIOENDOTELIOMA EPITELIÓIDE MALIGNO DA TIREÓIDE - UM RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DIEGO SHERLON PIZZAMIGLIO , ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA, GLÁUCIA MARIA FERREIRA DA SILVA MAZETO, EMANUEL CELICE CASTILHO, JOSÉ VICENTE TAGLIARINI, MICHELL FRANK ALVES DE OLIVEIRA, MARIA APARECIDA CUSTODIO DOMINGUES

INSTITUIÇÃO: FMB - UNESP - BOTUCATU

Paciente 75 anos, tabagista. Em investigação de hemoptise, observou-se nódulo em lobo esquerdo de tireóide. Punção do nódulo: bócio colóide. Tomografia Cervical: lesão cística com paredes espessadas em lobo esauerdo, com realce periférico ao meio de contraste, região central heterogênea, deslocando lateralmente os vasos da base. Submetido a  loboistmectomia esquerda: nódulo em lobo esquerdo; nervo laringeo recorrente envolto por tecido fibroso e hemorrágico. Não foi possível a remoção completa deste lobo porque envolveria ressecção traqueal e do nervo laringeo inferior.

Resultado anatomopatológico: HEMANGIOENDOTELIOMA EPITELIÓIDE MALIGNO. Cerca de 2 mitoses/10 campos de grande aumento. Imunoistoquímica: Hemangioendotelioma epitelióide maligno (positivo para: AE1/AE3, CD31, CD34, Fator VIII, Vimentina).

Seguimento pós-operatório descartada a totalização da tireoidectomia devido comorbidades, morbidade e dificuldade cirúrgica. Realizado Ressonância Magnética Cervical de controle que evidenciou: hematoma? Cisto colóide? Recidiva? Restos tumorais?. Encaminhado para Radioterapia (4000 cGy).     Nova tomografia cervical em 2010, sinais sugestivos de recidiva de neoplasia tireoideana; realizado booster radioterápico de 2000 cGy. 

Revisão bibliográfica: Hemangioendotelioma maligno de tireóide é um tumor maligno de diferenciação das células endoteliais. Tumor raro, exceto na região dos alpes europeus, aonde perfazem 4-5% dos tumores malignos de tireóide. Fatores de risco ainda são desconhecidos. Apresentam-se como bócios nodulares, de difícil diagnóstico a PAAF. Na maioria das vezes, a primeira manifestação clínica é causada pelas metástases. O tumor apresenta sintomas como dor ou pressao cervical, outras vezes é indolor com crescimento nodular rápido.

Áreas sólidas tumorais se apresentam com necrose extensa, rodeada por uma margem de tecido neoplásico, as quais fazem diagnóstico diferencial com carcinomas não diferenciados ou pouco diferenciados. As células neoplásicas têm um citoplasma eosinofílico abundante, com núcleo redondo, vesicular contendo membrana nuclear bem definida. As mitoses são numeorsas.

Imunohistoquímica: hemangioendoteliomas malignos de tireóide apresentam, como positivios os fatores: VIIIR-Ag, CD34 e CD31, queratinas com baixo peso molecular, vimentina.

O hemangioendotelioma de tireóide é um tumor raro, de difícil diagnóstico, rápida evolução com metástases frequentes. O diagnóstico depende de uma bom exame físico e patologistas experientes, tendo em vista que radiológicamente não há um padrão altamente sugestivo do diagnóstico. O tratamento cirúrgico combinado a radioterapia tem se mostrado a melhor opção. A quimioterapia não tem demonstrado bom controle tumoral.

Fechar