Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-473

TÍTULO: PERFIL DOS 500 PACIENTES DO AMBULATORIO DE ZUMBIDO DO HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE

AUTOR(ES): LETÍCIA PETERSEN SCHMIDT ROSITO , KONRADO MASSING DEUTSCH, VANESSA DE BRITO BELLINE, IULEK GORCZEVSKI, MAURO ANTONIO FERNANDES JUNIOR, BRUNA FORNARI VANNI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO

O zumbido é um sintoma muito prevalente, afetando cerca de 15% da população geral. A partir da década de 90 ele passou a ser amplamente estudado e o surgimento de ambulatórios especializados no tratamento desse sintoma passou a ser estimulado. Estes centros têm como objetivos o estudo desse sintoma e das doenças que o causam e o atendimento global ao pacientes que sofrem com este mal.

OBJETIVO

Descrever o perfil dos pacientes atendidos no Ambulatório de Zumbido do Hospital de Clínicas de Porto Alegre desde 2003.

METODOLOGIA

Foi incluído no estudo todo paciente com queixa principal de zumbido, independentemente da etiologia. Na primeira consulta ele era submetido a anamnese dirigida, exame físico completo e, a partir de então, exames complementares como avaliação laboratorial e audiológica, bem como exames de imagem quando necessários, eram solicitados. O paciente seguia acompanhamento no ambulatório onde recebe tratamento e orientações.

RESULTADOS

Foram incluídos 500 pacientes. A média de idade foi de 58,6 anos, 90% eram da raça branca, 61% do gênero feminino. O tempo médio de zumbido foi de 5,7 anos. O zumbido era localizado em ambas orelhas em  49,8 % dos pacientes, em 23% na orelha direita, em 19,6% na orelha esquerda e em 7,6% na cabeça. O grau de incômodo do zumbido na primeira consulta teve média de 7,37 A média do escore de repercussão do zumbido na qualidade de vida foi de 67. As preocupações mais freqüentes foram a de ficar surdo (25%), do zumbido piorar (20%) ou de ser uma doença grave (12%) Dos pacientes avaliados, 53% referiram que o zumbido interferia no sono, 50,2% na concentração, 56,7% na vida emocional e 31,6% na social. A etiologia mais prevalente foi presbiacusia (16,7%) seguida por PAIR (12,3%).

CONCLUSÃO

Nossos resultados demonstram o perfil da população com zumbido incômodo atendida no nosso ambulatório: mulheres brancas de meia-idade, com zumbido geralmente bilateral, com preocupação principal de piorar, com dificuldade para dormir e com interferência do sintoma  na  sua vida emocional. A etiologia mais prevalente foi a presbiacusia o que reflete uma prevalência aumentada desse sintoma em idosos.

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