Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-582

TÍTULO: RINOPLASTIA: PROTOCOLO PARA ABORDAGEM DA PONTA NASAL

AUTOR(ES): EMERSON THOMAZI , RAFAEL LEUTZ PANIZZA, MARCELA SUMAN, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DA FAMERP - SP

INTRODUÇÃO: A complexidade das estruturas da ponta nasal e o impacto de manobras cirúrgicas sobre o seu suporte dificultam a previsão da forma final da mesma.Devido a isso, nenhuma técnica isolada é suficiente para corrigir as numerosas apresentações anatômicas adequadamente sendo o planejamento pré-operatório, a base da rinoplastia.Objetivos:apresentar resultados de rinoplastias, por meio da abordagem cirúrgica gradativa para definição da ponta nasal baseada nas características anatômicas, e avaliar o grau de satisfação dos pacientes após a realização do procedimento cirúrgico.MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, em corte transversal, no qual foram avaliados os prontuários de 391 pacientes de ambos os gêneros que realizaram rinoplastia no período de Janeiro de 2005 a Janeiro de 2010, pela equipe médica do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço de um Hospital-Escola.Foram registrados os dados:gênero, idade à época da cirurgia, características anatômicas nasal, tipo de abordagem cirúrgica e grau de satisfação dos pacientes após procedimento.Os pacientes foram divididos em sete grupos: 1-Definição satisfatória da ponta nasal; 2-Pontos de definição da ponta ligeiramente divergentes e pele fina; 3-Distância intercrural normal, leve bulbosidade e pele fina; 4-Ponta bulbosa, em caixote ou assimétrica, ângulo de divergência aumentado e/ou arco domal alargado e pele fina/normal; 5-idem 4, mas pele grossa; 6-Ponta amorfa, com pele grossa e tipo Fitzpatrick V ou VI(afro-descendentes); 7-Cartilagem alar maior fraca ou sobre-ressecada.RESULTADOS: Do total de 391 pacientes que foram submetidos a rinoplastia, 124(32%) são do gênero masculino e 267(68%) do gênero feminino.A faixa etária para o gênero masculino variou de 12 a 62 anos(média de 26,4 ± 8,8 anos) e para o feminino variou de 11 a 66 anos(média de 26,9 ± 8,4 anos) (p=0,4123).Em relação ao número de pacientes, o grupo 1 apresentou maior prevalência (31%) seguido pelos grupos 3 e 4(23% para cada), grupo 5(10%), grupo 6(6%), grupo 2(4%) e grupo 7(3%).Em todos os grupos, houve maior prevalência do gênero feminino (p=0,0036).O número de pacientes também foi avaliado de acordo com o gênero em cada grupo cirúrgico em relação à satisfação ou não do resultado da rinoplastia, sendo encontrada a taxa total de 96,2% de pacientes satisfeitos, com predomínio do gênero feminino (65,2%). Quinze pacientes(3,8%), também com prevalência do gênero feminino(3%), se mostraram insatisfeitos com o resultado do procedimento, necessitando revisão.Em relação aos Grupos, o Grupo 6 apresentou 100% de satisfação, seguido pelos Grupos 5(97,5%), 3(97%), 1(96%), 4(95,5%) e 2(94%).O Grupo 7 foi o que apresentou a menor taxa de satisfação (92,3%).CONCLUSÃO: O protocolo utilizado permitiu a associação da abordagem cirúrgica gradativa para definição da ponta nasal com as características anatômicas nasais, alta taxa de satisfação com o resultado cirúrgico e baixa taxa de revisão.

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