Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-274

TÍTULO: ESTUDO DE COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS PÓS ADENOAMIGDALECTOMIA NO NÚCLEO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO: ESTUDO DE 195 CASOS

AUTOR(ES): THOMAS EDUARDO COLOMBO VITUSSI , ANTONIO ISSA, GABRIEL DE CASTRO FIGUEIREDO, PEDRO IVO ANTONIAZZI PAULIN

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRAO PRETO

INTRODUÇÃO: Adenoamigdalectomia esta entre os procedimentos otorrinolaringológicos mais freqüentes atualmente. Levando-se em consideração que a hemorragia pós-operatória constitui uma das complicações mais comuns deste procedimento, torna-se importante a realização de estudos na tentativa de estimar a sua frequência.

OBJETIVO: Estimar a frequencia de complicações hemorrágicas pós adenoamigdalectomia em um serviço de otorrinolaringologia de Ribeirão Preto.

METODOLOGIA: No período de Fevereiro de 2008 a Fevereiro de 2010. Foram analisados os prontuários de 195 pacientes submetidos a adenoidectomia e/ou amigdalectomia sendo avaliado a ocorrência de quadros hemorrágicas em pós-operatório.

RESULTADOS: Dos 195 pacientes submetidos à cirurgia, a média de idade foi de 9,2 anos, 40 foram amigdalectomia, 51 foram adenoidectomia e 104 foram adenoamigdalectomia. Ocorreram 3 casos de sangramento secundário, sendo dois deles pós-amigdalectomia (no quinto e décimo pós-operatório) e um deles após adenoamigdalectomia (sétimo pós-operatório).Analisando os dados acima, encontramos uma incidência de 1,53% de complicação hemorrágica no pós-operatório.

DISCUSSÃO: Sendo a hemorragia a complicação mais freqüente e de maior risco à vida do paciente deve-se realizar em avaliação pré-operatória  análise da cascata de coagulação, contagem de plaquetas e hemograma. Na literatura a incidência de hemorragia pós-operatória primária em crianças varia de 0,1 a 1,4% após adenoidectomia e 0,23 a 1,6% após amigdalectomia. Em nosso estudo os 3 casos de hemorragia pós-operatória foram classificadas como hemorragias menores, segundo a classificação proposta por Peeters et al, pois não foram necessárias tranfusões sanguíneas e/ou revisão hemostática sob anestesia geral.

CONCLUSÃO: Concluímos em nossa casuística que a incidência de hemorragia após adenoidectomia e/ou amigdalectomia em nosso Serviço foi de 1,53%, estando de acordo com o que foi descrito pela literatura.

Fechar