Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-655

TÍTULO: TRICOEPITELIOMA SOLITÁRIO NASAL – RELATO DE CASO

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , ROGÉRIO COSTA SOUSA, KARINA ALVIM TERRA, MARCELL DE MELO NAVES, FREDERICO CHAVES SALOMÃO, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, LUCAS GOMES PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO

Tricoepiteliomas são neoplasias benignas cutâneas derivadas dos folículos pilosos, que acometem principalmente a face. Apresenta-se em duas formas clínicas: uma múltipla que aparece normalmente em adultos jovens, hereditária ligada ao sexo que acomete principalmente face, couro cabeludo e parte superior do tórax; e a outra, solitária, geralmente comum na vida adulta, não é hereditária, que pode aparecer em qualquer parte do corpo, tendo preferência também pela face1. Normalmente não ultrapassa 2-3 cm de diâmetro. É um tumor extremamente raro, sendo encontrados na literatura pesquisada apenas três casos de tricoepitelioma acometendo pele da região nasal. Não é freqüentemente reconhecido devido à sua raridade e controvérsias na sua classificação, origem e potencial biológico.

Descrevemos um caso de tricoepitelioma solitário nasal tratado com exérese e rotação de retalhos e discutimos os aspectos diagnósticos e terapêuticos de este raro tipo de tumor cutâneo.

RELATO DE CASO

H.M, feminino, 74 anos, relatava lesão enegrecida em região de dorso nasal há aproximadamente 30 anos, medindo cerca de 01cm de diâmetro. Referia episódios inflamatórios recorrentes com sinais flogísticos locais e formação de pústula com resolução espontânea. Foi submetida a exérese da lesão há 6 anos. Foi atendida apresentando lesão em dorso nasal sem bordas definidas, acinzentada e lateral em relação à primeira. Foi submetida a exérese completa da lesão cujo exame anátomo patológico concluiu tratar-se de um tricoepitelioma associado a nevo melanocítico intradérmico focal.

DISCUSSÃO

O tricoepitelioma solitário é um tumor benigno tricogênico que acomete adultos, não está ligado a herança genética e apresenta incidência extremamente baixa. Na literatura pesquisada, foram encontrados apenas dois casos de tricoepitelioma solitário nasal.

Tanto a forma múltipla quanto a solitária são morfologicamente semelhantes, diferenciando-se basicamente pelo número de lesões. Caracterizam-se por pápulas ou nódulos, firmes e translucentes.

O diagnóstico diferencial da forma solitária se faz principalmente com carcinoma basocelular, mas também deve ser feito com tricofoliculoma, nevo melanocítico e hiperplasia sebácea, sendo que o diagnóstico definitivo é histopatológico.

Histologicamente o tricoepitelioma se apresenta como neoformação de células basalódides, formando ninhos com aspecto de folículo piloso imaturo infiltrando a derme mostrando alguns pseudos-cistos córneose tecido conjuntivo fibroso frouxo envolvendo as massas de células neoplásicas. Neste caso foi encontrado focalmente e junto com a neoplasia, nevo melanocítico intradérmico.

Fechar