Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TESE

P-057

TÍTULO: ANALISE TOMOGRAFICA DAS CÉLULAS DO RECESSO FRONTAL

AUTOR(ES): FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO , FAUSTO ANTÔNIO DE PAULA JUNIOR, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, OSVALDIR PADOVANI JUNIOR, SERGIO ZORIKI, RAÍSSA VARGAS FELICI

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE LIMEIRA

Introdução

A sinusopatia do seio frontal apresenta importante prevalência e dificuldade terapêutica, devido a complexidade da  drenagem do seio frontal pelo seu recesso.  O recesso do seio frontal apresenta grande número de estruturas e variações. Entre estas estruturas podemos citar o Agger nassi, Células supra-orbitárias, Células Frontais, célula frontobular, célula supra-bular e célula no septo interfrontal.

Neste trabalho foi analisada a prevalência destas estruturas em casos que não apresentavam sinusopatia frontal.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliadas 50 tomografias computadorizadas de seios da face, de pacientes com diversas queixas, que não apresentavam velamento ou espessamento do seio frontal. As imagens foram avaliadas utilizando o programa Kodak sendo analisados os cortes sagital, coronal e axial, todas  imagens foram avaliadas pelo mesmo autor.

As estruturas avaliadas foram: ( segundo critérios de Van Alyea )

- Agger nassi ( ANC ):  a célula etmoidal mais anterior,

- Célula Frontal ( K ): Tipo 1: Única célula acima do Agger nassi; Tipo 2: Duas ou mais células acima do Agger nassi, Tipo 3: Única grande célula acima do Agger nassi que se estende para dentro do seio frontal ocupando até 50 % da sua altura e Tipo 4: Semelhante ao tipo 3, mas ocupando mais de 50 % da altura seio frontal.,

- Célula Supra-orbitária ( SOEC ): Célula etmoidal anterior que se estende acima da órbita para o recesso frontal.

- Célula Frontobular ( FBC ): Pneumatização da bula etmoidal ao longo da base do crânio se estendendo até o recesso frontal.

- Célula Supra-bular ( SBC ): Célula acima da bula etmoidal entre esta a a base do crânio.

- Pneumatização do septo interfrontal ( IFSSC )

RESULTADOs

A idade dos pacientes variou de 11 a 81 anos, com media de 38,3 anos, sendo 33 do sexo masculino e 27 do sexo feminino. A prevalência foi de ANC presente em 85,8% dos casos, Célula Frontal ( tipo 1 – 23%, tipo 2 – 12%, tipo 3 – 12% e tipo 4 – 4,8% e nenhuma delas em 47,7%), SOEC em 33,5%, FBC em 26,3%, SBC em 76,3% e IFSSC em 15,8%.

DISCUSSÃO

De acordo com Walter que encontrou uma prevalência de ANC – 89%, Célula Frontal ( Tipo 1 – 37%, Tipo 2 – 19 %, Tipo 3 – 8% e Tipo 4 – 0%), SOEC – 62%, SBC – 15%, FBC – 9% e IFSSC – 14% .

A maior diferença encontrada foi nos casos de SOEC, SBC e FBC, que pode ocorrer pela variação anatômica ou mais provavelmente pela dificuldade de identificação de tais estruturas, levando a uma variabilidade interobservador.

Conclusão

Este trabalho mostra a complexidade do recesso do frontal e a importância do conhecimento  da sua anatomia para um melhor diagnóstico e tratamento das patologias do seio frontal.

Fechar