Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-593

TÍTULO: SARCOMA DE OROFARINGE DE ETIOLOGIA ACTÍNICA – RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MARCELA SUMAN , ADRIANO GUIRADO DIAS, FELIPE DE GARCIA MAURO, RICARDO ARTHUR HUBNER, EMERSON THOMAZI, LUIS SERGIO RAPOSO, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO - FAMERP - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO: ALM, masculino, 63 anos, em acompanhamento no Ambulatório da Otorrinolaringologia e Cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital de Base de SJRP em janeiro de 1999 devido a carcinoma espinocelular (CEC) em loja amigdaliana direita, estadio T4 N0 M0. Sumetido a radioterapia exclusiva até abril de 1999, totalizando 7020 cGy. Sem novas lesões até maio de 2007, quando apresentou lesão em borda lateral de língua a esquerda. Exérese da lesão com anatomo-patológico de CEC moderadamente diferenciado com margens livres. Perdeu seguimento em nosso serviço, retornando em janeiro de 2009 com disfagia e alteração do padrão vocal. Ao exame físico apresentava lesão em orofaringe de 6x6 cm, consistência borrachóide, na ocasião a biópsia incisional (19/01/09) evidenciou neoplasia maligna pouco diferenciada com extensa área de necrose e alterações radioterápicas associadas, a análise imunohistoquímica, evidenciou fibrohistiocitoma maligno (sarcoma de grau histológico III). Em março de 2009 foi observada nova lesão concomitante, em assoalho bucal a esquerda, vegetante, de 1x1cm, com biópsia revelando CEC ulcerado invasivo e imuno-histoquímica mostrando CEC fusiforme ulcerado. Mantem-se em acompanhamento em nosso ambulatório em conjunto com oncologia clínica. OBJETIVO: Relatar um caso clínico ambulatorial de neoplasia, pós-radioterapia, de cabeça e pescoço com tipo histológico incomum para o sítio. METODOLOGIA: Revisão de prontuário, bem como resultados de exames de anatomopatologico e imunohistoquimico; e rediscussão interdisciplinar do caso com revisão bibliográfica. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A radioterapia é comumente usada no tratamento de carcinomas da cabeça e pescoço. Com o avanço no tratamento para esses pacientes, maior número têm ultrapassado os 5 anos de sobrevida. Com isso tem sido observado cada vez mais complicações tardias do tratamento implementado, tal como as neoplasias radioterapia-induzidas, que embora sejam raras, tem sido reportadas em diversos estudos de casos, com incidências de 0,04% a 7%¹. Pode-se concluir, então, um acompanhamento clínico ou radiológico periódico, pós- radioterapia, desses pacientes, mesmo na ausência de lesões após 5 anos, devido ao risco de lesão radioterapia-induzida tardia seja necessário.

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