Ano: 1998 Vol. 64 Ed. 5 - Setembro - Outubro - (6º)
Seção: Artigos Originais
Páginas: 475 a 480
Otite Média Recorrente - Aspectos - Alergológicos.
Recurrent Otitis Media Alergological Aspects.
Autor(es):
Cleonice Hirata *;
Luc L. M. Weckx** ,
Daniela Carliní***,
Dirceu Sole ****.
Palavras-chave: otite média recorrente, alergológico
Keywords: recurrent otitis media, alergological
Resumo:
No presente estudo propusemo-nos a observar crianças em nosso meio e a freqüência de achados alergológicos como possíveis fatores de risco gire possam contribuir para a ocorrência da otite média recorrente (OMR). Foram avaliadas 77 crianças com idade inferior a dez anos, portadoras de OMR e um grupo controle de 88 crianças; para ambos os grupos, foi aplicado um mesmo questionário para pais ou responsáveis. Foi realizada avaliação otorrinolaringológica, audiológica e alergológica nos pacientes com OMR, que apresentou uma incidência maior de antecedentes pessoais e familiares de alergia. Observou-se um grande número de crianças com níveis de IgE sérica acima dos limites considerados normais; porém, tanto a lgE específica (RAST) quanto o teste cutâneo de hiper-sensibilidade imediata tiveram uma positividade bastante restrita. Apesar de as crianças com OMR apresentarem antecedentes pessoais e familiares positivos e IgE sérica em níveis elevados, a avaliação com testes específicos não conseguiu evidenciar taxas maiores de alergia do que na população normal.
Abstract:
In this study we proposed to observe children and the alergological frequency found as possible risk agents which may contribute for the occurrence of the recurrent otitis media (ROM). Seventy severa children with ara age inferior than ten years with ROM were examinated. A control group of eighty eight children was established and for both groups the same questionnary for parents or responsibles was applied. An otorhinolaryngological, audiological and alergological survey was realized for children with ROM and these group showed a major incidente of personal and relatives antecedente of allergy. We obtained a great number of children with lgE levels over the limite considerated normals however skin test presented a very restrictive positivity. Although children with ROM presented personal and relatives positive antecedente and IgE serical ira high levels, the result with specific teste have not demonstrated highest allergy rates than ira normal population.
INTRODUÇÃO
As otites são processos inflamatórios que acometem as orelhas externa, média e interna; entre estas, a otite média aguda (OMA), definida como um processo inflamatório da orelha média, incluindo também a tuba auditiva e a mastóide, é a mais comum. Caracterizada clinicamente por causar otalgia, febre, anorexia, irritabilidade, náuseas e vômitos, é uma das doenças mais freqüentes nas crianças, principalmente após o período neonatal até dois anos de vida completos, tendo um pico de aparecimento ao redor dos nove meses. A incidência diminui com a idade, principalmente após os sete anos; porém, ainda é uma doença freqüente, atingindo jovens, adultos e idosos. Referências mostram pelo menos um episódio de otite média até dois anos de idade, e uma em sete crianças com mais de seis episódios nesse período'. Para outros, cerca de 60% da população têm no mínimo um episódio de OMA até o segundo ano de vida`'. Estima-se que nos Estados Unidos, entre 1986 e 1987, ocorreram aproximadamente 31 milhões de consultas por quadros de otite média'. Em estudos realizados nos Estados Unidos e na Escandinávia foi encontrada uma incidência de 10% de OMA em crianças aos três meses de idades. Constitui um problema médico, familiar e sócio-econômico importante, supondo-se um custo de três a quatro bilhões de dólares em antibioticoterapia e cirurgia nos Estados Unidos, para esse fim.
Apesar de sua alta freqüência, a otite média não tem uma etiopatogenia esclarecida até hoje; e, por isso, tem sido considerada de etiologia multifatorial, com fatores intrínsecos (como alterações anatômicas e fisiológicas da tuba auditiva e mecanismos de defesa do organismo) e extrínsecos ao paciente (como a diminuição do tempo de aleitamento materno, freqüência a creche precocemente, fatores sazonais, tabagismo passivo, baixas condições sócio-econômicas e antibioticoterapia insuficiente ou inadequada), desempenhando em cada caso um papel maior ou menor na fisiopatologia da doença.
No presente trabalho, propusemo-nos a estudar, em crianças do nosso meio, a freqüência de achados alergológicos como fatores que possam contribuir para a ocorrência da otite média recorrente, com a realização de dosagem de IgE sérica, IgE específica (RAST) e teste cutâneo de hipersensibilidade imediata.
CASUÍSTICA E MÉTODOS
Foram avaliadas 77 crianças com idade inferior a dez anos, portadoras de OMR, atendidas nos ambulatórios de Otorrinolaringologia e de Pediatria do Hospital São Paulo - UNIFESP. Estas crianças -foram incluídas no estudo de acordo com os seguintes critérios:
o Crianças que apresentaram, até aquele momento, episódios de OMA, uni ou bilateral, com a freqüência de cinco ou mais episódios nos últimos 12 meses; ou três ou mais episódios nos últimos seis meses. Foram aceitos como episódios de OMA aqueles examinados e diagnosticados por médico, sendo um novo episódio confirmado em nosso serviço por um médico otorrinolaringologista e baseado no quadro clínico de presença de febre, otalgia e/ou irritabilidade e otoscopia característica (presença de sinais flogísticos como hiperemia e/ou opacificação da membrana timpânica, abaulamento da mesma, presença de nível líquido ou perfuração de membrana timpânica com saída de secreção sero sanguinolenta ou purulenta).
o Ausência de alterações anatômicas locais como fissura palatina, malformações de orelhas e ausência de doenças sistêmicas imunossupressoras ou degenerativas.
Constituição dos grupos
As crianças foram divididas em três grupos, de acordo com a faixa etária (Tabela 1):
- Grupo 1 - 24 crianças menores de 18 meses de idade (15 do sexo masculino e nove do sexo feminino);
- Grupo 2-26 crianças de 19 a 36 meses de idade (17 do sexo masculino e nove do sexo feminino);
- Grupo 3 - 27 crianças maiores de 36 meses de idade (12 de sexo masculina e 15 do sexo feminino):
- Grupo controle para o questionário.
Avaliação alergológica
Para a avaliação alergológica, os pais ou responsáveis foram interrogados inicialmente sobre antecedentes pessoais e familiares de alergia, as crianças foram submetidas a exames laboratoriais para dosagem de IgE sérica e IgE específica para inalantes (RAST) e a testes cutâneos de hiper sensibilidade imediata.
o Dosagem de IgEsérica total- Foi utilizado o kit Pharmacia CAP System IgE FEIA e o sistema composto pelos seguintes aparelhos: Assay Washer e Fluoro Count 96, tratando-se de um ensaio imunoenzimático baseado na técnica do "sanduíche". Os resultados foram expressos em U/ml. Consideramos como valores de referência os fornecidos pelo kit Pharmacia.
- Dosagem de IgE específica - Utilizou-se o kit Phadezym RAST, com discos contendo IgE anti - D. pteronyssinus. Os resultados foram expressos em graus que vão de 0 a 4 e que correspondem respectivamente a: 0 a 0,35 PRU/ml (grau 0); > 0,35 a 3,5 PRU/ml (grau 1); > 3,5 a 7,5 PRU/ml (grau 2); > 7,5 a 17,5 PRU/ml (grau 3) e > 17,5 PRU/ml (grau 4). Os níveis séricos de IgE específica são agrupados em HX2 (pó doméstico, D.pteronyssinus, D. farinae)". Foram considerados como RAST positivo os valores acima do grau 1.
- Teste cutâneo de biper-sensibilidade imediata-Foram testados os antígenos para inalantes (D. pteronyssinus, mistura de fungos, epitélio de cão e gato, penas, Penicillium sp, Aspergilus fumigatus e Lolium multiflora) e alimentos (leite de vaca, clara de ovo, soja, trigo e amendoim) utilizando-se como controle positivo a histamina; e, como negativo, a solução salina. Suspendeu-se o anti-histamínico por um tempo mínimo de 30 dias, antes da realização do exame, e o teste foi realizado na face ântero-medial dos antebraços e com a pele íntegra. A técnica utilizada foi a punctura ou prick (AAAI, 1993).
RESULTADOS
Antecedentes pessoais de alergia - Foram positivos para 61 crianças (79,2%) do grupo da OMR e negativos para 16 delas (20,8%): No grupo controle, 35 (39,8%) tinham antecedentes positivos e 53 (60,2/0) eram negativos. Segundo a análise estatística, essa é uma diferença estatisticamente significante, ou seja, o grupo da OMR apresentou uma maior incidência de antecedentes pessoais de alergia do que o grupo controle (Tabela 2).
Antecedentes familiares de alergia - Das crianças com OMR, 42 (54,5%) tinham antecedentes positivos, enquanto que 35 (45,5%) não tinham. Do grupo controle, 31 (35,2%) tinham antecedentes positivos e 57 (64,8%) não tinham. Também nesse caso houve uma diferença estatisticamente significante, apresentando o grupo da OMR uma incidência maior de antecedentes familiares de alergia do que o grupo controle (Tabela 2).
Dosagem de IgE sérica - Foi realizada em 62 das 77 crianças desse estudo, sendo que 45 (71%) apresentam resultados acima dos considerados normais para a idade (Tabela 3).
Dosagem deIgE específica (RAST) -Foram submetidas a dosagem 64 crianças; e, destas, resultaram em positivo apenas 12 (18,8%).
Testes cutâneos de hiper sensibilidade imediata - Todas as 77 crianças foram submetidas a esse exame; porém, apenas 11 tiveram o resultado positivo.
Em nosso trabalho - pelos resultados obtidos do estudo de 77 crianças atendidas nos ambulatórios de Otorrinolaringologia e de Pediatria da EPM - UNIFESP (Tabelas 5, 6, 7), devido a OMR, submetidas a questionário e avaliação alergológica por meio de pesquisa ele antecedentes e provas laboratoriais -, pode se concluir que, apesar de as crianças com OMR apresentarem antecedentes pessoais de alergia positivos em 79,2% dos casos, familiares em 54,5% dos casos e IgE sérica em níveis elevados em 71% dos casos.
DISCUSSÃO
A OMR é um quadro bastante freqüente; porém, ainda hoje, de etiologia não totalmente esclarecida; e, portanto, é considerada multifatoria112,13. Para que se caracterize uma OMR, é necessária uma certa freqüência de episódios de otite média aguda; e, na literatura, encontram-se várias classificações.
Neste estudo, consideraram-se como OMR três episódios em seis meses, ou cinco ou mais em um ano, encontrando-se 51% dos casos que apresentavam em média cinco episódios ao ano, e 49% que apresentavam de seis a dez episódios por ano. É importante salientar que neste trabalho foram considerados os casos de OMR de crianças com ou sem otite média serosa (OMS)17o1z,1s; e isso foi analisado através de avaliação audiométrica e timpanométrica, sendo que 42% apresentavam quadro de OMS.
Em relação ao sexo, pode ocorrer uma prevalência maior no masculino; neste estudo, notou-se uma incidência de 57% no sexo masculino, contra 43% no feminino' 2,ZO.
Em relação aos fatores intrínsecos predisponentes, as crianças com rinite alérgica perene e obstrução nasal intensa teriam maior risco21,11. Estudos determinando os níveis de histamina, metabólitos das prostaglandinas e de fator quimiotático para neutrófilos na orelha média têm revelado cifras superiores às observadas no soro, demonstrando assim a liberação em nível local. A relação entre otite média e alergia tem sido muito citada; porém, necessita ainda de estudos mais detalhados, pois a faixa etária de maior incidência da otite média é até os dois anos, na qual muitas vezes o diagnóstico de atopia é difícil de ser feito. Em estudo de 60 crianças com OMR, foi encontrada história de asma, rinite alérgica e eczema em 28,3% dos casos23. Outros autores mostraram maior incidência de alergia, diagnosticada por RAST, em crianças de um a oito anos com otite média, com efusão, do que nas crianças do grupo controle21. Já para alguns autores, a alergia não foi fator importante na incidência de OMR11,21. Nos lactentes, o leite de vaca é apontado como responsável por grande número de casos de otite média, mas o diagnóstico da alergia às proteínas do leite da vaca é difícil de ser realizado, devido ao fato de muitos pacientes apresentarem anticorpos elevados sendo assintomáticos2', além da dificuldade de realizar as provas laboratoriais. Para outros, a otite média está relacionada com a atopia, mas não com a alergia às proteínas do leite da vaca 21. Com um estudo retrospectivo de crianças com otite média com efusão, foi observada melhora significativa com a retirada do leite da vaca da dieta, principalmente em crianças abaixo de três anos. A alergia às proteínas do leite da vaca deve ser lembrada, principalmente quando os sintomas tenham surgido concomitantemente à introdução do mesmo na dieta.
Em nosso estudo, foi realizada a avaliação alergológica e notou-se que os antecedentes pessoais e familiares de alergia no grupo da OMR foram de 79,2% e 54,5%, respectivamente. Já no grupo controle, obteve-se 39,8% e 35%, respectivamente.
Neste estudo, encontramos um grande número de crianças (71%) com níveis de IgE acima da normalidade; porém, deve se lembrar que os resultados variam com a idade, parasitoses e atopia. Não realizamos o exame protoparasitológico, pois neste estudo incluímos a dosagem de IgE específica e o teste cutâneo de hiper-sensibilidade imediata.
Em relação à IgE específica, a positividade para inalantes como pó doméstico, D. pteronyssinus e D. faringe encontrada nas crianças com OMR foi pequena; de 64 que foram submetidas ao exame, apenas 12 (18,8%) tiveram resultados positivos. Também em relação aos testes cutâneos das 77 crianças, apenas 11 (14,3%) tiveram resultados positivos; no grupo 1, três crianças (12,5%), no grupo 2, uma criança (3,8%), e no grupo 3, sete crianças (25,9%). A positividade foi bastante restrita nas crianças com idade inferior a três anos, o que corresponde à expectativa de que os testes cutâneos têm pouca sensibilidade em crianças menores.
Concluímos então que - apesar de os antecedentes pessoais e familiares de alergia serem freqüentes, e também os níveis séricos de IgE serem elevados em grande parte das crianças com OMR - a dosagem de IgE específica e os testes de hiper-sensibilidade imediata não conseguiram demonstrar taxas de alergia maiores do que a da população normal.
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* Doutora em Medicina e Mestre em Otorrinolaringologia pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM - UNIFESP).
** Chefe da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da EPM - UNIFESP.
*** Médica Pós-Graduanda da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da EPM - UNIFESP.
**** Livre Docente e Chefe da Disciplina de Alergia, Imunologia e Reumatologia do Departamento de Pediatria da EPM - UNIFESP.
Instituição: Disciplina de Otorrinolaríngologia Pediátrica do Departamento de Otorrinolaringologia e Distúrbios da Comunicação Humana tia EPM - UNIFESP. Endereço para correspondência: Rua dos Otonis, 684 - Vila Cleutentino - 04025-020 São Paulo /SP. Artigo recebido em 18 de março de 1998. Artigo aceito em 29 de maio de 1998.