ABORLccfRevista Brasileira de Otorrinolaringologia

Trabalho Experimental

Prevalência de Streptococcus salivarius em flora oral de pacientes com e sem histórico de tonsilites de repetição
Prevalence of Streptococcus salivarius in oral flora of patients with and without recurrent tonsillitis

Autores:

João Flávio Nogueira Júnior (Graduação em medicina) Residente de Otorrinolaringologia

Diego Rodrigo Hermann (Graduação em medicina (Residente de Otorrinolaringologia)) Graduação em medicina (Residente de Otorrinolaringologia)

Maria Laura Solferini Silva (Graduação em medicina (Residente de Otorrinolaringologia)) Graduação em medicina (Residente de Otorrinolaringologia)

Aldo Cassol Stamm (Doutor em Otorinolaringologia pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP) Responsável pelo Departamento de Otorrinolaringologia e pelo Setor de Rinologia e Cirurgia da Base do Crânio do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos

Ivan Elias Rassi (Médico ) Responsável pelo Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos

Shirley Shizuo Nagata Pignatari (Doutora em Otorrinolaringologia pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP ) Responsável pelo Setor de Otorrinolaringologia Pediátrica pelo Centro de Otorrinolaringologia de São Paulo / Hospital Professor Edmundo Vasconcelos

Palavras-Chave
Streptococcus salivarius, prevalência, tonsilites, repetição

Resumo
Introdução e Objetivo: o estreptococo alfa-hemolítico produtor de "bacteriocin-like inhibitory substance (BLIS)" vem sendo objeto de estudo recente, particularmente pela sua atividade inibitória contra patógenos, atuando como mecanismo de defesa na cavidade oral. Estes estudos sugerem que a flora amigdaliana natural tem papel muito importante como mecanismo de defesa da cavidade oral contra os patógenos causadores de amigdalites recorrentes. O objetivo do nosso estudo é comparar a prevalência de Streptococcus salivarius na flora oral de pacientes com e sem história de faringoamigdalites de repetição. Método: Foram incluídos 23 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 2 e 10 anos e divididos em 2 grupos: portadores de tonsilites de repetição (Grupo I) e sem histórico de infecções tonsilares recorrentes (Grupo II). Em ambos os grupos foram colhidos "swabs", submetidos posteriormente à cultura para identificação de S. salivarius e S. viridans. Resultados: No Grupo I, com 15 pacientes, foram identificados S. salivarius em 0% dos casos e S. não-salivarius em 100% dos pacientes. No Grupo II, com 8 pacientes, foram identificados S. salivarius em 62,5% dos casos, S. não-salivarius em 37,5%. Conclusões: Crianças portadoras de tonsilites de repetição apresentam menor colonização de S. salivarius em orofaringe, em relação às crianças sem histórico de infecções recorrentes. Estes dados sugerem um papel protetor do S. salivarius contra potenciais patógenos de orofaringe.

Keywords
Streptococcus salivarius, prevalence, tonsillitis, recurrent

Abstract
Introduction and Objective: Alpha-haemolytic streptococci producers of "bacteriocin-like inhibitory substance (BLIS)" are object of recent studies, particularly for its inhibitory effects against pathogenic bacteria, acting as a mechanism of defense in the oral cavity. These studies suggest that the natural tonsillar flora has a very important role as a mechanism of defense in the oral cavity against the causing pathogens of recurrent tonsillitis. The objective of our study is to compare the prevalence of Streptococcus salivarius in the oral flora of patients with and without history of recurrent tonsillitis Method: 23 patients of both sexes were enrolled in this study, with age between 2 and 10 years and divided in 2 groups: children with recurrent tonsillites (Group I) and without recurrent tonsillar infections (Group II). We collected oral swabs in patients of both groups that were later submitted to culture and identification of S. salivarius and S. viridans. Results: In Group I, with 15 patients, S. salivarius were identified in 0% of cases and S. non-salivarius in 100% of the patients. In Group II, with 8 patients, we identified S. salivarius in 62,5% of the cases, S. non-salivarius in 37,5%. Conclusions: Children with recurrent tonsillitis present minor settling of S. salivarius in oropharynx in relation with children without recurrent tonsillar infections. These data suggest a protective role for S. salivarius against pathogenic bacteria of the oropharynx.

 

Instituição: Hospital Professor Edmundo Vasconcelos

Suporte Financeiro:

INTRODUÇÃO:

 

      A presença de estreptococo alfa-hemolítico produtor de "bacteriocin-like inhibitory substance (BLIS)" com atividade inibitória contra patógenos como mecanismo de defesa na cavidade oral vem sendo objeto de estudo recente. Cepas de estreptococos alfa-hemolíticos com atividade inibitória já foram isoladas nas tonsilas palatinas, língua, saliva e placas bacterianas. Estes resultados sugerem que a flora amigdaliana natural tem papel muito importante como mecanismo de defesa da cavidade oral contra os patógenos causadores de amigdalites recorrentes1.

A capacidade da flora normal da cavidade oral de inibir o crescimento de agentes patogênicos potenciais in vitro já foi muito bem descrita2,3,4,5,6.

      A maior parte desta atividade inibitória vem sendo atribuída ao estreptococo alfa-hemolítico. Já foi demonstrado que na cavidade oral a presença do estreptococo alfa-hemolítico Streptococcus salivarius produzindo a bacteriocina salivaricina A e o bacteriostático salivaricina B reduziu a freqüência de infecções causadas pelo Streptococcus pyogenes em escolares7.

Cepas de Streptococcus salivarius, isoladas de crianças com e sem dor de garganta, foram testadas quanto à produção de bacteriocina contra Streptococcus pyogenes. Os resultados mostraram que as crianças que não tinham dor de garganta possuíam na boca cepas de bactérias produtoras de substâncias inibidoras semelhantes à bacteriocina contra S. pyogenes8.

O termo bacteriocina foi mencionado pela primeira vez por Jacob et al. em 1953(9). Mais recentemente, este termo tem sido utilizado para designar peptídeos bacterianos e proteínas com capacidade antibiótica produzidas nos ribossomos ou derivadas de genes precussores de peptídeos e para as quais as bactérias produtoras destas substâncias são capazes de processar mecanismos de proteção específica.

Salivaricina A e B são substâncias proteináceas produzidas nos ribossomos destas bactérias que matam os patógenos intimamente relacionados com estas, mas não as próprias cepas produtoras destes proteináceos10.

O termo "bacteriocin-like inhibitory substance (BLIS)" é usado para descrever os produtos bacterianos que têm efeitos inibitórios sobre outros patógenos.

Estreptococos produtores de BLIS, estafilococos e enterococos já foram demonstrados como tendo capacidade de inibir o crescimento de Streptococcus mutans, a bactéria mais comumente implicada na etiologia das cáries dentais11.

Vários estudos demonstraram que estreptococos alfa-hemolíticos isolados na nasofaringe são capazes de inibir in vitro o crescimento de patógenos que são causadores de amigdalites recorrentes e otites médias agudas2,3,4,6.

Crianças que têm otites médias agudas de repetição têm significantemente menos estreptococos alfa-hemolíticos em sua flora normal - e os presentes têm menos capacidade inibitória - do que crianças que não têm otites médias agudas recorrentes12,13,2,14,1,15,16.

Recentemente, Roos et al. (2001) completaram um ensaio clínico em que jatos com cepas de estreptococos alfa-hemolíticos com capacidade inibitória eram aplicados no nariz de crianças com otites médias agudas de repetição17.

As crianças deste ensaio clínico tiveram menos episódios de otites médias agudas quando comparadas com o grupo controle, que recebeu jatos de placebo. Foi assumido que a inibição está relacionada com a produção de bacteriocininas pelos estreptococos alfa-hemolíticos, embora a fisiologia in vivo desta inibição não tenha sido bem documentada.

São poucos os estudos na literatura que demonstram a presença de S. salivarius em grupos de pacientes em nosso meio.

Neste presente trabalho iremos avaliar os pacientes submetidos à cirurgia no Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, de ambos os sexos, com idade entre 2 e 10 anos, divididos em dois grupos: a) com histórico de tonsilites de repetição (grupo I) e b) sem infecções de repetição (grupo II), no ano de 2006 para compararmos a presença de Streptococcus salivarius  em ambos os grupos.

 

OBJETIVOS:

 

Este estudo tem por objetivo verificar e comparar a prevalência de Streptococcus salivarius em pacientes com histórico de tonsilites de repetição e em pacientes sem histórico de tonsilites de repetição. 

 

MÉTODO:

 

Foram utilizados dois grupos de pacientes, com idade entre 2 e 10 anos, de ambos os sexos com histórico de tonsilites de repetição (Grupo I) e sem histórico de tonsilites de repetição (Grupo II).

Tonsilites de repetição foram definidas de acordo com o número de infecções em tonsilas palatinas com necessidade de utilização de tratamento com antibióticos no último ano, relatado pelo paciente ou responsável legal. Utilizamos 6 ou mais episódios de tonsilite em um ano com necessidade de tratamento com antibióticos. Os critérios de exclusão foram: tonsilite atual ou tratamento com antibiótico há até sete dias antes da realização do procedimento cirúrgico.

O consentimento informado foi apresentado e assinado pelos pais ou  responsáveis legais.

 O Grupo I incluiu pacientes portadores de tonsilites de repetição com agendamento e indicação cirúrgica (amigdalectomia, adenoamigdalectomia) já previamente estabelecida no Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.

O Grupo controle (Grupo II) foi composto por pacientes da mesma faixa etária agendados para cirurgia sob anestesia geral por outras razões (postectomia, frenulectomia) que não incluíssem infecções recorrentes de vias respiratórias.

No momento da cirurgia, com o paciente sob anestesia geral, intubação oro-traqueal, o material da superfície das duas tonsilas juntas foi coletado com "swab", O material coletado foi enviado ao Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos sendo semeado em placas contendo culturas em meio ágar-sangue e ágar-sangue-ázida. As colônias de estreptococos foram isoladas e identificadas.

 

RESULTADOS:

 

Foram coletados 26 "swabs". Três pacientes não foram incluídos no estudo pelos critérios de exclusão. Na Tabela 1. e Quadro 2. encontram-se os resultados dos 23 "swabs" amigdalianos analisados. Todas as secreções amigdalianas foram pesquisadas para a cultura de Streptococcus salivarius. Os resultados foram os seguintes:

 

Tabela 1. Distribuição da freqüência de S. Salivarius nos dois grupos estudados. (n=23)

Grupo

Pacientes

S. salivarius

Não S. salivarius

I

15

0

15

II

8

5

3

Total

23

5

18

 

DISCUSSÃO

 

Em seres humanos, a maioria dos tecidos é normalmente livre de micro-organismos. Entretanto alguns tecidos encontrados na pele e mucosas, em constante contato com o meio externo, tornam-se colonizados por certos micro-organismos. A mistura destes organismos regularmente presentes é denominada flora natural e eles encontram-se em relação de benefício mútuo hospedeiro/hospedado. A flora natural depende de diversos fatores como suporte de nutrientes do hospedeiro, meio estável, temperatura constante, proteção e transporte. O hospedeiro pode obter algum benefício desta flora natural, como a estimulação do desenvolvimento do tecido linfático e exclusão de outros organismos potencialmente patogênicos.

A flora natural pode proteger o hospedeiro de infecções de organismos patogênicos simplesmente ocupando o espaço físico disponível para colonização, competindo pela mesma fonte de alimentos, mas também produzindo algumas substâncias que atacam e destroem alguns micro-organismos.

Pasteur e Joubert em 1877 foram os primeiros a descrever observação de interação antagonista entre bactérias. Os achados sugeriam que bactérias comuns poderiam interferir com o crescimento de bacilos de antrax.

Após estas descobertas houve período de interesse extremo nesta área denominada bacterioterapia, mas a subseqüente descoberta dos antibióticos e a habilidade de sintetizá-los para uso comercial fez declinar o interesse nesta área.

Alguns pesquisadores microbiologistas continuaram o trabalho no desenvolvimento de mais aplicações para a bacterioterapia para a prevenção de doenças infecciosas. Isto levou a algumas descobertas, como o uso da cepa 502A de Staphylococcus aureus na prevenção de doenças graves em neonatos e no tratamento da furunculose.

Nos últimos anos uma grande preocupação quanto à prescrição indiscriminada de antibióticos e crescente resistência bacteriana levou ao ressurgimento do interesse no uso de flora produtora de fatores inibitórios, como BLIS, que interfere diretamente na colonização e infecção por bactérias patogênicas.

Um exemplo no uso desta "bacterioterapia" é o uso de cepas produtoras de BLIS Streptococcus salivarius, uma bactéria encontrada na cavidade oral sem efeito patológico em seres humanos no controle de infecções tonsilares.

Em nosso trabalho conseguimos demonstrar que em todos os 15 pacientes com histórico de tonsilites de repetição não houve crescimento de Streptococcus salivarius, mas crescimento de cepas de Streptococcus viridans. Já nos 8 pacientes sem infecções de repetição conseguimos mostar que em 5 houve crescimento de Streptococcus salivarius e em 3 não houve crescimento de Streptococcus salivarius havendo presença de cepas de Streptococcus viridans.

 

CONCLUSÕES:

 

Os resultados do nosso estudo permitem concluir que:

1.      Pacientes portadores de faringoamigdalites de repetição, apresentam menor colonização da superfície amigdaliana pelo Streptococcus salivarius, quando comparadas a crianças sem histórico de infecções de repetição. 

2.       Estes dados sugerem algum papel do Streptococcus salivarius na inibição de cepas patógenas na orofaringe.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

 

1.      Fujimori, I., Hisamatsu, K., Kikushima, et al. The nasopharyngeal bacterial flora in children with otitis media with effusion. Eur Arch Otorhinolaryngol 1996;253:260-263

 

2.      Bernstein, J. M., Sagahtaheri-Altaie, S., Dryja, D. M. & Wactawski-Wende, J. Bacterial interference in nasopharyngeal bacterial flora of otitis-prone and non-otitis-prone children. Acta Otorhinolaryngol Belg  1994;48:1-9

 

3.      Brook, I. & Gober, A. E. Bacterial interference in the nasopharynx following antimicrobial therapy of acute otitis media. J Antimicrob Chemother  1998;41: 489-492

 

4.      Brook, I. & Gober, A. E. In vitro bacterial interference in the nasopharynx of otitis media-prone and non-otitis media-prone children. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 2000;126:1011-1013

 

5.      Grahn, E., Holm, S. E., Ekedahl, C. & Roos, K. Interference of alpha-hemolytic streptococci isolated from tonsillar surface on beta-hemolytic streptococci (Streptococcus pyogenes) - a methodological study. Zentbl Bakteriol Mikrobiol Hyg A 1983;254: 459-468

 

6.      Tano, K., Olofsson, C., Grahn-Hakansson, E. & Holm, S. E. In vitro inhibition of S.pneumoniae, non-typable H. influenzae and M. catarrhalis by alpha-hemolytic streptococci from healthy children. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 1999;47:49-56

 

7.      Dierksen, K. & Tagg, J. The influence of indigenous bacteriocin-producing Streptococcus salivarius on the acquisition of Streptococcus pyogenes by primary school children in Dunedin, New Zealand. In Streptococci and Streptococcal Diseases Entering the New Millennium 2000; pp. 81-85

 

8.      Fantinato V, Zelante F. Streptococcus salivarius: detecção de cepas produtoras de substâncias semelhantes a bacteriocina contra algumas bacterias bucais. Rev. Microbiol 1990;22(1):1-6

 

9.      Jacob F, Lwoff A, Simminovitch A, Wollman E. Definition de quelques terms relatifs a la lysogenie. Ann. Inst. Pasteur. (Paris) 1953; 84:222-24

 

10. Jack, R. W., Tagg, J. R. & Ray, B. Bacteriocins of gram-positive bacteria. Microbiol Rev 1995;59:171-200

 

11. Chikindas, M. L., Novák, J., Caufield, P. et al. Microbially-produced peptides having potential application to the prevention of dental caries. Int J Antimicrob Agents 1997;9:95-105

 

12. Faden, H., Waz, M. J., Bernstein, et al. Nasopharyngeal flora in the first three years of life in normal and otitis-prone children. Ann Otol Rhinol Laryngol 1991;100:612-615

 

13. Bernstein, J. M., Sagahtaheri-Altaie, S., Dryja, et al. Bacterial interference in nasopharyngeal bacterial flora of otitis-prone and non-otitis-prone children. Acta Otorhinolaryngol Belg 1994;48:1-9

 

14. Brook, I. & Yocum, P. Bacterial interference in the adenoids of otitis media-prone children. Pediatr Infect Dis J 1999;18:835-837

 

15. Long, S. S., Henretig, F. M., Teter, M. J. et al. Nasopharyngeal flora and acute otitis media. Infect Immun 1983;41:987-991

 

16. Stenfors, L. E. & Raisanen, S. The bacterial flora of the nasopharynx, with special reference to middle ear pathogens.A quantitative study in twenty children. Acta Otolaryngol 1989;108:122-125

 

17. Roos, K., Hakansson, E. G. & Holm, S. Effect of recolonisation with 'interfering' alpha streptococci on recurrences of acute and secretory otitis media in children: randomised placebo controlled trial. BMJ 2001;322:210-212

 

ANEXOS:

 

 

ANEXO 1.

 

PROTOCOLO DE PESQUISA CLÍNICA

"Estudo da prevalência de Streptococcus salivarius em flora oral de pacientes com e sem tonsilites de repetição"

 

 

1)     Nome:___________________________________________________

2)     Idade:_________    Sexo: (   ) Masculino   (   ) Feminino

3)     Data da Cirurgia:_____/_____/_____      Data da Alta:_____/_____/_____

4)     Cirurgião:________________________________________________

5)     Cirurgia:_________________________________________________

6)     (   ) Infecções recorrentes de amigdala ? Quantas no último ano:________

7)     Se infecções recorrentes, uso de antibióticos?

(   ) Sim, qual(is):

______________________________________________________________________________________________________________________

Uso no ambulatório (pacientes submetidos à amigdalectomia):

8)     Data de Retorno:_____/_____/_____   

9)     Complicações freqüentes:

(    ) Náuseas    

(    ) Vômitos, quantos:_____     (   ) Febre, mensurada:_____    

(    ) Dor local     (   ) Dor de cabeça     (   ) Sangramentos    

(    ) Dor de ouvido 

(    ) Mau hálito Outras:_____________________________________________________

10) Swab:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

  

ANEXO 2

 

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

PROTOCOLO DE PESQUISA CLÍNICA

"Estudo da prevalência de Streptococcus salivarius em flora oral de pacientes com e sem tonsilites de repetição"

 

Introdução:

Seu filho(a) está sendo convidado para participar de uma pesquisa para avaliar a presença de bactérias (germes) na garganta. Estas bactérias estão sendo estudadas pois acredita-se que elas possam produzir substâncias que atuam como mecanismo de defesa na boca contra infecções de garganta.

Nosso estudo tem por objetivo detectar e comparar a presença e quantidade destas bactérias, chamadas de Streptococcus salivarius, em seu filho(a).

 

Como será feito o trabalho:

 

Antes do início da cirurgia, com seu filho(a) sob anestesia geral, serão colhidos "swabs" orais, que são como cotonetes grandes que são esfregados na superfície das amígdalas. É um procedimento sem riscos para o seu filho(a), que não irá alterar o tempo cirúrgico, nem tampouco os resultados da cirurgia.

Este material será submetido a estudos para a detecção da presença de germes. Os nomes dos pacientes estudados não serão divulgados no trabalho científico em hipótese alguma. Este estudo no ajudará no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças na garganta de repetição.

 

Consentimento:

A participação de seu filho(a) neste estudo é totalmente voluntária. Você ou seu filho(a) podem se recusar a participar do estudo, sem que ele sofra qualquer penalidade ou perca qualquer benefício. Caso você permita que seu filho(a) participe deste estudo, você precisará assinar este documento para declarar que você deu o consentimento para seu filho(a) participar deste estudo.

Durante a participação de seu filho(a) neste estudo, o médico irá coletar informações demográficas (como data de nascimento, sexo) e informações sobre a cirurgia de seu filho(a). Estas informações também não serão divulgadas nominalmente em nosso estudo. A identidade pessoal de seu filho(a), isto é, nome, endereço e outros identificadores permanecerão confidenciais.

Você tem o direito de acessar os dados de seu filho(a) relacionados ao estudo com o médico de seu filho(a) e solicitar correções de qualquer dado que esteja errado.

Crianças com idade de 2 a 10 anos são consideradas muito novas para compreender este estudo. Sendo assim, o consentimento dele(dela) não será exigido para o trabalho.

Este termo de consentimento contém informações importantes para que você possa decidir se você deseja que seu filho(a) participe deste estudo. Caso você ou seu filho(a) tenha qualquer dúvida que continue sem esclarecimento, por favor, pergunte ao médico do estudo ou a um dos membros da equipe do estudo.

Você/seu filho(a) leu este consentimento, o qual está impresso em português (uma língua que você lê e entende). Este estudo foi explicado para você/seu filho(a) de forma que o deixou satisfeito e todas as dúvidas relacionadas aos procedimentos do estudo foram esclarecidas. Caso você/seu filho(a) venha(m) a ter qualquer outra dúvida no futuro em relação a este estudo, você/seu filho(a) deverá entrar em contato com o médico responsável. Com base nestas informações, você voluntariamente concorda em permitir que seu filho(a) participe deste estudo.

Pelo presente instrumento, declaro que fui suficientemente esclarecido(a) sobre o estudo científico e sobre a coleta de "swab" oral que será realizada no momento da cirurgia, bem como dos objetivos deste estudo.

Pelo presente também manifesto expressamente minha concordância e meu consentimento para realização do procedimento acima descrito.

Você receberá uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido assinado e você poderá pedir informações adicionais a qualquer momento durante o estudo.

1)     Eu li o termo de consentimento livre e esclarecido referente a este estudo. Recebi uma explicação sobre a natureza e objetivos do estudo. Minhas dúvidas foram esclarecidas de forma satisfatória.

2)     Eu concordo em permitir que meu filho(a) participe deste estudo.

3)     Eu informei o médico do estudo sobre as doenças anteriores ou presentes de meu filho(a), medicamentos que meu filho(a) e eu(no caso da mãe) tomamos nos últimos 30 dias e sobre consultas anteriores com médicos no último ano.

4)     Eu entendo que a participação de meu filho(a) neste estudo é voluntária e que eu ou meu filho(a) podemos recusar em participar do estudo, sem sofrer qualquer penalidade ou perda de benefícios.

5)     Eu entendo a explicação contida neste documento sobre as informações relacionadas à saúde de meu filho(a) serem usadas ou divulgadas para pesquisa mantendo a confidencialidade. Eu também entendo destas informações não serem divulgadas ou usadas para outros fins.

 

Nome do paciente:_________________________________________________

Idade:_________

Nome do responsável:______________________________________________

 

Assinatura do responsável:___________________________________________

Data:_____/_____/________

Eu confirmo que expliquei pessoalmente a natureza e objetivos do estudo para a pessoa mencionada acima.

Nome do médico:__________________________________________________

Assinatura do médico:______________________________________________


Data:_____/_____/________

Suplemento
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