Artigo publicado no Caderno de Debates da RBORL: Vol.69 ed.5 de Setembro-Outubro em 2003 (da página 39 à 40) |
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Autor: Dr. José Fernando de Andrade Quintanilha Ribeiro |
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Entreterimento |
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1) Stevens-Johnson
2) Monilíase oral
3) Paracocciodioidomicose
4) Carcinoma espino celular
5) Sífilis primária
Responsável: Dr. José Fernando de Andrade Quintanilha Ribeiro
A resposta correta é: Paracocciodioidomicose
Lesão múltipla de língua, com granulação fina e pontilhado hemorrágico. Nota-se lesão da pele do vestíbulo. Possivelmente sem lesão da mucosa nasal, comum na Leishmaniose.
A etiologia da Paracocciodioidomicose ou Blatomicose Sulamericana, é o Paracoccidioides brasiliensis, um fungo que se reproduz por esporulação, e se apresenta birrefringente ao exame histológico. Quando na fase de reprodução, por esporulação, pode ficar com a forma de timão de navio. Normalmente é achado na lesão, quer na raspagem quer na biópsia. Seu contato pode ser por via respiratória com foco primário pulmonar ou por inoculação local. Responde normalmente bem às sulfas e mais modernamente ao Cetoconazol. Raramente tem que se fazer uso da Anfotericina B, nos casos graves e resistentes.
A resposta não é Stevens-Johnson, por que suas lesões comprometem, normalmente, o lábio. A monilíase oral é mais comum em palato e comissura labial. O carcinoma espino celular não tem lesões múltiplas, e a sífilis primária compromete mais comumente lábio e amígdala.
RESPONSÁVEL: FERNANDO DE ANDRADE QUINTANILHA RIBEIRO - MÉDICO, OTORRINOLARINGOLOGISTA, PROFESSOR ADJUNTO DA DISCIPLINA DE ORL DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, DOUTOR EM ORL PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
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