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Artigo publicado no Caderno de Debates da RBORL:
Vol.69 ed.3 de Maio-Junho em 2003 (da página 35 à 36)
Autor: FERNANDO DE ANDRADE QUINTANILHA RIBEIRO
Entreterimento
1) Deiscência do golfo da jugular
2) Colesteatoma congênito
3) Carótida aberrante
4) Colesteatoma primário
5) Glomus jugular
A resposta correta é:
Carótida aberrante
Este termo é utilizado para uma malformação vascular, onde a carótida faz proeminência dentro da orelha média, por não estar recoberta pelo arcabouço ósseo. O paciente queixa-se de zumbido pulsátil, cíclico com os batimentos cardíacos, que pode melhorar com a posição da cabeça ou a compressão da carótida unilateral. À otoscopia pode-se notar, por transparência, massa avermelhada no assoalho da caixa que não deve ser confundido com otite média aguda ou glomus jugular. O tratamento não existe, e manipulações locais podem ser perigosas.
O diagnóstico diferencial principal é com glomus da jugular, mas a imagem tomográfica é diferente. A arteriografia ajuda no diagnóstico do glomus, mas não no da carótida aberrante, pois exclui a parte óssea, o mesmo acontecendo com a ressonância magnética. Pode-se fazer um estudo bonito através da tomografia helicoidal, onde se vê o trajeto da carótida e sua deiscência na caixa.
RESPONSÁVEL: FERNANDO DE ANDRADE QUINTANILHA RIBEIRO-MÉDICO, OTORRINOLARINGOLOGISTA, PROFESSOR ADJUNTO DA DISCIPLINA DE ORL DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA CANTA CACA DE SÃO PAULO DOUTOR EM ORL. PELA UNIVERSIDADE FEDERAI DE SÃO PAULO