Caderno de Debates (Suplementos)

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Artigo publicado no Caderno de Debates da RBORL:

Vol.68 ed.6 de Novembro - Dezembro em 2002 (da página 18 à 26)

Autor: CADERNO DE DEBATES (CD)

Entrevista

 O CONTEXTO CIENTIFICO OTORRINOLARINGOLÓGICO NACIONAL

ENTREVISTA com Dr. HENRIQUE OLIVAL COSTA (HOC)

Caderno de Debates - Qual o perfil da produção científica brasileira em Otorrinolaringologia, hoje?

Henrique Olival Costa - Como em todas as Ciências da Saúde, a produção científica otorrinolaringológica se caracteriza por um caráter aplicado e clínico. No Brasil, na área médica em geral, os trabalhos experimentais devém perfazer cerca de 5% do total. Historicamente, a pesquisa médica brasileira saiu de dentro dos hospitais, e não de laboratórios. Há décadas, os serviços públicos se mantiveram como os melhores lugares para a alização de pesquisas porque contavam a verbas. Os hospitais universitários vinculados as universidades passaram a desempenhar um importante papel na pesquisa clínica. Este aspecto facilitou o acesso do pesquisador paciente e, com isso, este passou a ser objeto principal de estudo. Do ponto de vista ético é questionável porque, em outros te pos, muitas vezes o paciente não era infor mado do que estava acontecendo. Com o decorrer dos anos, associamos nossa grande demanda de pacientes, com casos e mais casos, a uma melhor e maior capacidade de pensar cientificamente. Nos últimos dez anos, a ética na pesquisa foi aperfeiçoada. O sujeito pesquisado, hoje, tem que ser voluntário e deve ser esclarecido sobre o que vai acontecer com ele. Este passado, de uma Ciência que agrupava sujeitos com as mesmas características e que passava a observar a interferência em um ou outro parâmetro, foi o que diferenciou a produção científica brasileira em relação a todas às demais. Hoje, temos uma metodologia bastante organizada na área médica em geral. Atualmente, realizamos pesquisas clínicas com ética e qualidade.

CD - Qual a origem da produção científica no Brasil em ORL?

HOC - Muito da produção científica realizada clinicamente no Brasil vem da indústria farmacêutica e dos estudos que são planejados fora, onde o Brasil participa como um mero prestador de serviços. Este com certeza não é o padrão ideal. A população brasileira provavelmente tem dúvidas específicas do ponto de vista de saúde que poderiam ser respondidas por pesquisas que se originassem aqui, com planejamento nacional e financiamento da mesma indústria que financia os estudos estrangeiros. Creio que esse vai ser um passo brevemente executado, em parte, pelas pesquisas das Pós Graduações, que se desenham através de questões muito específicas. Estes servidos são responsáveis por grande parte da pesquisa científica em números absolutos. Hoje, temos cerca de 150 teses de pós graduação defendidas por ano em temas de ORL, com 100 teses para Mestrado e 50 para Doutorado, em média. A ORL tem cinco Pós Graduações credenciadas e aprovadas pelo MEC. Existem mais de 250 Servidos de Pós Graduações, que chamamos de Institutos de Ensino Superior, credenciados no MEC, em outras áreas da Saúde, que também estão ge rando trabalhos de interesse otorrinolaringológico. Então, das 150 teses, cerca de um terço é realizado em ORL e as demais são realizadas em Serviços de outras Especialidades e Serviços de Ciências básicas como Anatomia, Farmacologia etc. Isto significa um potencial imenso no campo da pesquisa científica brasileira em ORL. Percebemos isso, através do número de trabalhos que recebemos, tanto dos Congressos Brasileiros como da própria Revista Brasileira de ORL, que poderia ser considerada um espelho do que se realiza em produção científica no Brasil.

CD - Que trabalhos são realizados, qual a quantidade e o nível de qualidade desta produção?

HOC - Podemos dividir os trabalhos em 3 grupos. Inicialmente, nós temos o trabalho retrospectivo que tem como característica o anseio de delinear conceitualmente um assunto. São aqueles trabalhos que lidam com o interesse que surgiu da experiência prévia, empírica, onde os pesquisadores estudam populações e a distribuição de sinais e sintomas de particularidades de como uma doença se apresenta, ou de como ela é tratada, ou qual a normalidade dos indivíduos em relação às funções gerais. Estes são os trabalhos preparatórios para levantar a dúvida. Em geral, estes trabalhos são produzidos por recém formados e por mestrandos em preparo de sua tese. São trabalhos com grau de elaboração um pouco menos complexo, onde ainda não se estabeleceu uma dúvida fundamental. No outro extremo encontramos o trabalho experimental, que, no mais das vezes, é o mais complexo. Em geral, o pesquisador já realizou um bom histórico de pesquisa clínica e possui um laboratório. Sua dúvida já não pode ser respondida através da experiência no ser humano. Então, é necessário criar modelos experimentais in vitro ou em animais que possam corresponder ao ser húmano naquilo que é pesquisado, e depois estabelecer um método que dê condições de responder por analogia a dúvida apresentada. Como exige infra estrutura e metodologia complexa, a pesquisa experimental exige dinheiro. Isto se consegue, principalmente por uma relação de convênios com agências de fomento à pesquisa governamentais ou privadas. Por isso, ela acontece, em geral, em Institutos bem estabelecidos. Finalmente temos as pesquisas que respondem a perguntas mais específicas. Elas são feitas a partir de uma dúvida, com base no que já temos de conhecimento bem elaborado. Estes são estudos clínicos que tem desenhos controlados para limitar o escopo de investigação e fazer com que a vida real possa ser minimamente ordenada. A investigação é montada e, aos poucos, vai recebendo amostras controladas.

A partir delas, é possível retirar resultados que podem responder às dúvidas clínicas que as suscitaram. Estas são pesquisas de prospecção, que se estendem no futuro, sendo chamadas de prospectivas. As pesquisas experimentais representam de 5 a 10% do total geral de trabalhos publicados na Revista Brasileira de ORL. Outros cerca de 60% são trabalhos descritivos, onde se faz uma sondagem do tema, com 20% de trabalhos que olham para trás resposta a uma dúvida com base no que já foi pesquisado e 40% que olham para frente prospectivos. Os trabalhos restantes representam a apresentação da experiência pessoal dos autores com descrições detalhadas de casos ou estudos de séries de casos. Há dez anos a RBORL recebia 100 trabalhos por ano, ou nem isso, e cerca de 60 eram publicados. Em uma década passamos a receber 600, 700 trabalhos/ano, publicando cerca de 150, todos originais. Os Congressos recebem cerca de 500 trabalhos nas mesmas condições exigidas para a publicação na RBORL. É um grande número de trabalhos, uma imensa produção científica. É óbvio que dentro de um espectro de categorias, vamos encontrar muitos trabalhos simples, mais ingênuos. Agora, dentro deste volume, temos 10% de trabalhos experimentais que representam de 50 a 100 trabalhos por ano. Um número espantoso. Os trabalhos prospectivos correspondem a 50% do total, ou seja, 250 trabalhos/ano, em média. São trabalhos com grande grau de capacidade para gerar evidência científica. Em resumo, a ORL brasileira produz cerca de 700 trabalhos, com 500 novos e 300 de excelente qualidade. Para se ter uma idéia, muitas das melhores revistas científicas no mundo recebem cerca de 400 trabalhos/ano. Nós recebemos o dobro! E o que é mais interessánte, é que estas revistas publicam o dobro do que é publicado aqui, ou seja, 250 trabalhos ou mais. Nós, de 700, publicamos 150. Ficam quase 600 de fora. O grau de qualidade de uma revista também está relacionado com a capacidade de escolha dos trabalhos.

O interesse é mostrar esse transbordar de Ciência no Brasil. Infelizmente, não temos tido espaço suficiente na mídia exterior, para o porte da produção em ORL nacional. Somos a quarta Sociedade no mundo em tamanho, mas, seguramente não temos convites e participações nas reuniões científicas mundiais correspondentes ao nosso tamanho e de nossa produção científica. Se nossos 700 trabalhos forem bons, e nós temos cerca de 300 de alta qualidade, outros 400 trabalhos da boa qualidade não terão espaço para publicação. Então, temos uma quantidade extra muito grande de trabalhos científicos que podem inundar a literatura mundial.

CD - A produção científica brasileira em ORL, hoje, está muito além do que a comunidade internacional estabelece como limiar mínimo para gerar convites e participações em grandes eventos internacionais, entretanto, ainda falta reconhecimento. O que é necessário para que o Brasil tenha uma posição mais favorável e de maior destaque no cenário mundial?

HOC - Acredito que existam alguns vícios nesta relação. O costume de se olhar para o Hemisfério Norte ainda é maior do que se olhar para o Hemisfério Sul. O que acontece na ORL acontece em diversas outras Especialidades. O Brasil é um país de Terceiro Mundo e, no momento em que os organizadores pensam em convidar especialistas, não passa pela cabeça destas pessoas olhar para o Hemisfério Sul. Outro aspecto importante é a questão da língua. A língua inglesa é a língua padrão e o brasileiro, em geral, ainda não tem a fluência necessária para que haja uma participação maior nos Congressos Científicos internacionais.

CD - A escolha do Brasil para sediar o Congresso Mundial de ORL, em 2009, não significa uma mudança, um olhar diferente da ORL mundial para o Brasil?

HOC - Existe uma questão interessante neste aspecto. A IFOS é um organismo internacional e reúne todos os países de peso em ORL. Mas, tem uma certa dificuldade de ampliar suas atividades porque se contrapõe ao trabalho da Academia Americana. Por outro lado, a Academia Americana também está olhando para fora e querendo aceitar sócios externos. A IFOS tem uma grande representação junto a países com características próximas às do Brasil e também junto a países de Primeiro Mundo que também não falam inglês, que também têm dificuldades de penetrar rios congressos internacionais onde o peso americano é maior. Fora os pouquíssimos nomes, que sempre são convidados, estas Sociedades têm dificuldade de expressão nestes congressos. Neste grupo, o Brasil é bastante respeitado; o estrangeiro vem ao Brasil, vê o tamanho do nosso congresso, vê a qualidade das apresentações e dos trabalhos e tem maior facilidade para entender o portugués, principalmente os médicos de países latinos. A Revista Brasileira de ORL em inglês é distribuída para grande maioria destes países nos seus serviços universitários. Então, temos um trânsito científico maior com este grupo. Temos a expectativa de que o Congresso de 2009 signifique o grande salto da SBORL para uma posição de destaque na comunidade internacional.

CD - Quais são os temas da ORL que mais geram interesse em pesquisa científica?

HOC - Vamos pensar em termos de produção em Pós Graduação. Temos cinco programas: Escola Paulista de Medicina, Santa Casa de São Paulo, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ) e o Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. Temos outras Pós Graduações em outras áreas e Serviços. Mas, dentro das Especialidades ou das sub Especialidades em ORL, a Otologia continua sendo a maior área de interesse nos últimos três anos, com 50% de teses produzidas. Agora, do total de trabalhos científicos recebidos pela SBORL, os cerca de 700 citados anteriormente, tanto Otologia quanto Laringologia representam cerca de 30% deste total. A Rinologia vem depois, com 20%, e outras áreas de interesse representam de 10 a 15%. Os otologistas predominam na distribuição dos professores na Pós Graduação dos quatro ou cinco Serviços em ORL. Este é um fato que pode justificar a grande procura por este tema, uma vez que estes professores vão orientar trabalhos dentro das suas áreas de predileção. O grau de titulação em Laringologia ainda é pequeno, refletindo na produção científica. Porém, fora do ambiente de Pós Graduação, existe um grande interesse na resposta científica a dúvidas em ORL através da Rinologia e Laringologia.

CD - Diante destes dados, é possível dizer que a Otologia é a área que tem maior possibilidade de crescimento para o recém formado que busca a Especialização, ou os números não refletem a prática?

HOC - Não, isso não tem relação com a prática clínica. Precisamos entender se a pesquisa está indo atrás de respostas para questões clínicas, cotidianas, se reflete o grau de interesse da comunidade médica, e se a distribuição deste interesse está relacionado com o,tamanho da produção científica na área. Acredito que temos uma posição científica cada vez mais relacionada com as prioridades dos Serviços. O Serviço que tem maior experiência em um assunto realiza, inicialmente, a pesquisa naquele tema, sem pensar muito se aquilo é o que todo mundo quer saber ou se é ó que precisa ser dito. Este é um ponto importante para as agências de fomento, que sustentam as pesquisas. A ORL, no Brasil, começa a pensar nisso agora. Até pouco tempo os serviços de pós graduação e as próprias agências de fomento governamentais se preocuparam quase que exclusivamente em conceder bolsas de estudos para pós-graduandos, mas não forneceram dinheiro especificamente para produzir ciência. Quer dizer, a área está meio a mingua, não há dinheiro na ORL para pesquisa, apesar de toda esta produção. Em outras instituições, que não de ORL, cerca de 30 a 40% das teses obtém financiamento. A ORL precisa buscar dinheiro nas agências de fomento. Em contrapartida, as agências precisam de pesquisa adequada, com qualidade, provenientes de pesquisadores experientes, habilitados e capacitados, e também exigem que a pesquisa traga um retorno para a comunidade. Nós otorrinos realizamos pesquisa aplicada, clínica, e precisamos começar a pensar o quê a comunidade exige em termos de respostas. Precisamos aproximar a Academia da comunidade e tentar responder as suas dificuldades, para assim, nos tornar elegíveis ao dinheiro das agências de fomento. Quem paga a pesquisa científica, hoje, é o Estado, com o dinheiro que deveria ir para o trabalho de assistência.

CD - Já existe um consenso em relação ao caminho que se deve adotar para solucionar o problema do investimento na pesquisa científica?

HOC - O primeiro caminho a ser trilhado é obter recursos para projetos e Instituições através das agências oficiais CNPq, CAPES, FAPESP. Depois, precisamos fazer associações com empresas privadas que tenham interesse específico em pesquisa. E aí, entra a questão "o que a comunidade quer?". Lima empresa privada vai financiar o que for de interesse dela, seja empresa farmacêutica, de equipamento, de saneamento etc. Quando eram estatais, as empresas de saneamento tinham que resolver problemas sociais, sem intervir na causa. Depois das privatizações, estas empresas passaram a ter um custo crescente porque as causas não foram resolvidas. Talvez, seja interessante para elas financiar profissionais das áreas de Saúde para tentar resolver problemas epidemiológicos, de saneamento, de patologia do trabalho. A Petrobrás, por exemplo, pode ter problemas com inalações de gases que ela não gostaria de ter. A empresa não sabe como resolver a questão, mas quem se especializa em ORL pode explicar como funciona a inalação de gás metano em uma fábrica, e o que fazer para proteger ou para evitar esta inalação. A integração entre comunidade, empresa privada e comunidade científica é o próximo passo a ser dado nos países de Primeiro Mundo. O terceiro caminho é o da geração de Institutos de pesquisa pura, onde se faz Ciência profissionalmente. Não temos isto na Especialidade médica. Esta é uma área que poderia ser estimulada no Brasil.

Se tivermos esta formação, o médico pode trabalhar em um Instituto de Pesquisa respondendo questões básicas, conceituais que não teriam a ver com a prática clínica de maneira imediata. Creio que a SBORL tem condições de organizar os diversos pesquisadores em grupos e gerar o que chamamos de projetos temáticos: um projeto com um grande tema, com um ou dois organizadores, que engloba diversos Servidos, cada qual com sua habilidade para responder uma parte daquela dúvida do projeto, agregados em um Instituto de Pesquisa. Este pode ser o melhor caminho para um futuro onde a assistência tenha uma demanda menor, graças ao desenvolvimento da pesquisa em tecnologia, que será mais bem amparada.

CD - A pesquisa científica, no campo da Medicina, e mais especificamente da ORL, está voltada para os problemas de Saúde da população?

HOC - A pesquisa deve responder coisas práticas, palpáveis. Na Medicina que se presta a curar e a evitar que um sujeito tenha que vir a ser curado sabe se o que procura. A Medicina tem evoluído neste sentido, prolongando a vida do paciente e resolvendo problemas imediatos da Saúde. Então, temos tido êxito. Como objetivo brasileiro, precisamos fazer com que as respostas sejam acessíveis para a maior parte possível da população. A Ciência acontece apenas em uma pequena parte do país, no mais, tem acontecido muito pouco. Precisamos amparar os pesquisadores autônomos e solitários, que vivem em unidades menores. Poderíamos leva los para centros localizados em regiões carentes, estabelecendo pesquisas em diferentes universos dentro, do Brasil e gerando dúvidas específicas das regiões pesquisadas. Talvez se descubra que não tenhamos que responder tantas dúvidas sobre rinite alérgica, e, sim, sobre problemas nutricionais, infecto contagiosos, de desenvolvimento intra uterino. Provavelmente, dentro dos grandes centros, estes problemas não tenham grande representação e acabam ficando de lado por se considerar que sejam secundários. Mas podem ser questões primordiais em outras regiões e essa dúvida não vai chegar ao grande Centro de Excelência de Pesquisas se não conseguirmos exportar os Centros de Pesquisas, ou importar, transitoriamente, pesquisadores de outras regiões. Cerca de 70% da pesquisa nacional é produzida em São Paulo, em todas as áreas, e, nos últimos anos, os investimentos caíram, ainda representando de 35 a 55% do total. Existe dinheiro para ajuda de custo, para bolsas, mas não, existe dinheiro para pesquisa, nem para montar uma infra estrutura. Não temos centros mais periféricos ao Rio de janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Vamos mudar isso em médio prazo. Não temos filosofia política para o desenvolvimento científico no Brasil, e.isso não tem nada a ver com a ORL, mas com uma postura política nacional.

CD - Podemos ser otimistas, pensar de forma positiva, em relação ao futuro da pesquisa científica no Brasil? Considerando a realidade em que vivemos e o crescimento da produção de trabalhos, não temos um futuro promissor?

HOC - Creio que sim. Podemos ser otimistas pelos seguintes fatores: a SBORL é homogênea e vê a integração nacional como uma grande necessidade. Temos grandes cabeças na maior parte das regiões brasileiras, muito profundamente integradas, com gran de atuação nas atividades intelectuais da ORL, com mão firme e atuante. Isso faz diferença. A ORL, como Especialidade e atividade médica, tem evoluído muito em todo o Brasil, em qualquer lugar, independente da pesquisa. Isto faz parte de um modelo de formação. Hoje, os Serviços de residência médica são avaliados pela própria SBORL, junto aos que têm uma idéia geral do que se deve fazer, do que é bom para a Especialidade. Desta maneira, estabelecemos um padrão de médico especialista em ORL. Se há um bom médico, especialista em ORL, independente do dinheiro e de onde é realizada a pesquisa, ele vai construir um bom trabalho aqui, no Acre, no Amapá, no Mato Grosso, seja onde for. Teremos um médico vidade médica, tem evoluído muito em todo Qualquer sujeito que trabalha, todo dia, com uma situação que gera dúvidas, é um cien gerenciamento, de normatização da forma partir do momento em que dermos condições, ele poderá tornar se um cientista demédicos que têm uma idéia geral do que se é verdade. E se ele tomar contato com a excelente ciência produzida nos grandes centros brasileiros, nós teremos uma situação explosiva. Então, acho que sim, que dá para ser otimista em relação à produção científica dentro da ORL em todo o Brasil.

DR. HENRIQUE OLIVAL COSTA - DOUTOR EM ORL PELA FMUSP, PROFESSOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE ORL DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, EDITOR EXECUTIVO DA RBORL

 

 

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