ISSN 1806-9312  
Sábado, 23 de Novembro de 2024
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975 - Vol. 37 / Edição 2 / Período: Maio - Agosto de 1971
Seção: - Páginas: 92 a 93
Eletrogustometria a Teste de Hilger - Seu valor no prognostico das paralisias faciais periféricas
Autor(es):
Vinicius Cotta Barbosa
Walter Roinato Pereira

1. A conduta seguida pelo otologista ao examinar um paciente, portador de paralisia facial periferica e de suma importância, para se obter ou não a recuperação dos movimentos da face paralisada. Os dados clássicos de: "como se instalou a paralisia?" De uma maneira brusca ou demorada? Acompanhada de dor ou não? Êstes são informes de valor relativo a nunca por si só permitem formular o prognostico, a fim de que possamos tranquilizar nosso paciente, sob as condições que se encontra o nervo facial.

No ano passado salientamos o valor do estimulo eletrico (teste de Hilger) c agora queremos chamar a atenção dos otologistas para os informes úteis e imediatos que a eletrogustometria pode nos oferecer. Como o teste de Hilger, a eletrogustometria pode ser realizada em pacientes nos quais a paralisia facial foi observada há apenas algumas horas ou dias. Seu grande valor, juntamente com o teste de Hilger está em nos fornecer informações sobre a existência ou não de um bloqueio total ou parcial do nervo facial, a assim decidiremos sobre a necessidade ou não da descompressão do mesmo. O conjunto de sinais objetivos a subjetivos, o teste de Schirmer, o teste de Hilger, e a eletrogustometria nos oferecem condições de decidirmos com bastante segurança quanto a conduta a ser seguida para com os portadores de paralisia facial periférica.

Discussão

Em um período de 2 meses, 23 pacientes portadores de, paralisia facial periférica foram submetidos aos exames de rotina, inclusive a eletrogustometria a os resultados foram bastante satisfatórios.

Com base nos exames a que eram submetidos os pacientes, um grupo foi tratado clinicamente enquanto outro grupo foi levado a cirurgia, sempre baseado nos resultados obtidos, a concluímos que a eletrogustometria c de grande valia no estudo das paralisias faciais periféricas.

Quanto a etiologia, examinamos pacientes com paralisia de Bell, de etiologia traumática a infecciosa, a os resultados foram satisfatórios.

Conclusão

A eletrogustometria é mais um dos exames que dispõe o otologista para estudar o nervo facial no sentido do topo diagnostico, bem como de informar se êste se encontra bloqueado ou não dentro do canal de Falópio.

Alguns pacientes que nos pareciam evoluir bem clinicamente, tivemos oportunidade de suspeitar; através da eletrogustometria, que isto não ocorria e indicamos a descompressão do nervo facial podendo assim evidenciar: edema do nervo e semanas depois o restabelecimento completo da face do paciente, foi observado.

Através da eletrogustometria podemos seguir o paciente e diàriamente conseguimos informes sôbre a recuperação ou não do nervo facial não permanecendo alheios ao que se passa no canal de Falópio.

Resumo

Os autores chamam a atenção para o valor da èletrogustometria no estudo e prognóstico das paralisias faciais periféricas em casos de paralisias de etiologia diversa, salientando sobretudo a precocidade dos informes adquiridos.

Sumary

The authors point out the volue of the electrogustometry in the study and prognosis of the pheripheral facial paralysis of diferent etiologies and point out also the precocity of the informations obtained.

References

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Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C


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