Com êste número a R.B.O. entra no segundo ano de reinicio de suas atividades. O volume de correspondência elogiosa às publicações anteriores nos dão ânimo a continuar no esfôrço de manter as edições regulares num nível de real proveito para a imensa classe otorrinolaringológica nacional. A grande maioria das revistas especializadas mantém sempre um regular número de trabalhos a serem publicados, aguardando espaço nas próximas edições. Com a R.B.O. está acontecendo o inverso: temos um déficit crônico de material para publicação. As perspectivas econômicas para manutenção das publicações estão dentro das previsões orçamentárias, inclusive com perspectivas de melhoria. Estamos apenas aguardando a remessa de trabalhos para podermos planejar o número 2 de 1971. Esperamos que nosso apêlo encontre o apoio de que necessita a R.B.O., uma vez que é através dela que se pode aquilatar o gráu de desenvolvimento e aperfeiçoamento da especialidade em nosso país. Compreendemos bem os momentos difíceis e de real crise por que atravessa tôda a medicina nacional principalmente no setor previdenciário onde as últimas mudanças de orientação causaram reflexos profundos nas atividades de uma parcela apreciável de colegas, trazendo intranqüilidade perante o futuro. As férias de verão e a insegurança no exercício profissional devem ser os maiores responsáveis pela baixa produtividade no setor científico, com reflexos profundos para nosso desenvolvimento. No entanto confiamos na fugacidade destes últimos acontecimentos para o bem estar geral da classe, que também seguramente entrará no ritmo de Brasil Grande.