ISSN 1806-9312  
Domingo, 28 de Abril de 2024
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942 - Vol. 36 / Edição 2 / Período: Maio - Agosto de 1970
Seção: Notícias e Comentários Páginas: 170 a 180
Várias
Autor(es):
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Classificação Anatômica e Fisiológica das Obstruções Nasais - Segundo Ogura.



* Obstrução nasal mínima, significando leve sintomatologia uni ou bilateral de caracter intermitente.
** Moderada obstrução nasal, significando obstrução nasal freqüentemente completa de um lado e incompleta com bom aeramento do lado oposto.
***Obstrução nasal severa significando que a obstrução nasal é constante.





Instituto Brasileiro de Acústica

O Instituto Brasileiro de Acústica (I.B.A.), sociedade civil científica, de âmbito nacional, sem intuitos lucrativos, constituído de pessoas físicas e jurídicas, que se interessam pelos estudos, pesquisa, desenvolvimento e aplicação da acústica, fundado em 1.º de dezembro de 1956, com sede e fóro na cidade de São Paulo. O I.B.A. publica um boletim de excelente qualidade no qual examina os problemas de acústica, principalmente os relacionados com o ruído urbano e industrial e seu efeito sobre a audição humana. Qualquer informação sôbre esta tão meritória e tão pouco conhecida entidade nos meios otorrinolaringológicos deve ser dirigida em São Paulo para a Rua Marquês de Itu, 88, 5.° andar. No Rio para a Av. Almirante Barroso, 54-b, 1505; e em Belo Horizonte: Rua Paraíba, 697.




Máximas Úteis

"A perfeição é feita de pequenas coisas mas a perfeição não é uma pequena coisa."
"Os velhos geralmente dão bons conselhos quando já não podem dar bons exemplos."
"A ciência é a religião da mudança."
"A ordem é a primeira lei celeste."
"A mente é um instrumento que se afia primeiro e depois se usa."




Código de Ética Médica

Capitulo II - Relações com os colegas

Art. 8.° - O médico deve ter para com seus colegas a consideração, o aprêço e a solidariedade quê refletem a harmonia da classe e lhe aumentam o conceito público.

§ 1.° - Êste aprêço, a consideração e a solidariedade não podem, entretanto, induzir o médico a ser conivente com o êrro, levando-o a deixar de combater os atos que infringem os postulados éticos ou as disposições legais que regem o exercício da profissão; a crítica a tais erros ou atos não deverá, porém ser feita de público ou na presença de doente ou de sua família, salvo por fôrça de determinação judicial, mas será objeto de representação ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição, respeitando-se sempre a honra e a dignidade do colega.

§ 2.° - Comete grave infração ética o médico que deixar de atender às solicitações ou intimações para instrução dos processos ético-profissionais.

Art. 9.º - O médico, afora impossibilidade absoluta, não recusará seus serviços profissionais a outro médico que dêles necessite, nem negará sua colaboração a colega que a solicite, a não ser por motivo superior.

Art. 10 -Comete grave infração de ética o profissional que desvia, por qualquer modo, cliente de outro médico.

Art. 11 - O médico não atenderá doente que esteja em tratamento com um colega salvo:
a) a pedido dêste, evitando, entretanto, fazer insinuações e limitando-se a trans mitir sua opinião ao assistente, salvo determinação expressa dêste ou em caso de urgência, do que dará ciência ao colega, ao devolver-lhe a incumbência do caso;
b) no próprio consultório, quando ali procurado espontâneamente pelo doente;
c) em caso de indubitável urgência;
d) quando houver cessado a assistência do outro médico;
e) quando o caso lhe fôr encaminhado pelo colega, para diagnóstico, tratamento especilizado ou intervenção cirúrgica, após o que o doente estará livre para retornar ao seu médico assistente.

§ 1.º - Quando se tratar de doença crônica com surtos agudos, é lícito a qualquer médico atender ao doente uma vez que haja cessado o tratamento de cada surto, pois com êle expirou o contrato tácito de prestação de serviços.

§ 2.° - A alegação de que os serviços a serem prestados o serão a título gratuito não é escusa para o médico atender o paciente que esteja sob cuidados de um colega, bem assim o fato de não receber êste remuneração pelo seu trabalho no caso.

Art. 12.º - O médico deve abster-se de visitar doente que esteja sob cuidados de um colega e, se o tiver de fazer, deve evitar qualquer comentário profissional.

Art. 13 - Se dois ou mais médicos forem chamados simultâneamente para atender a vítima de acidente ou mal súbito, o paciente ficará sob os cuidados do que chegar primeiro, salvo se um dêles é o médico habitual da família ou se o paciente ou quem por êle decidir, expressar sua preferência.

Art. 14 - O especialista, solicitado por um colega para esclarecer um diagnóstico ou orientar um tratamento, tem de considerar o paciente como permanecendo sob os cuidados do primeiro, cumprindo-lhe dar a êste os informes concernentes ao caso.

único - O médico que solicita para seu cliente os serviços especializados de outro não deve determinar a êste ou ao cliente a especificação de tais serviços.

Art. 15 - Quando por impedimento seu, um médico confiar um cliente aos cuidados de colega, deve êste, cessado o impedimento, reencaminhá-lo ao primitivo assistente.

Art. 16 - Os médicos de casas-de-saúde e estabelecimentos congêneres abster-se-ão de alterar o tratamento de doentes que tragam prescrições de seus médicos-assistentes, sob cujos cuidados ainda estejam, a não ser em casos de indiscutível conveniência para o paciente, o que será comunicado ao médico assistente.

Art. 17 - O médico não deve demitir-se ou abandonar cargo ou função visando preservar os interêsses da profisão, sem prévia audiência do Conselho Regional de Medicina em que esteja inscrito.

Art. 18 - É vedado ao médico aceitar emprégo deixado por colega que tenha sido exonerado sem justa causa, salvo anuência do Conselho Regional no qual tenha a sua inscrição.

Art. 19 - Constitui prática atentatória da moral profissional procurar um médico conseguir para si emprêgo, cargo ou função que esteja sendo exercido por colega.




Tratamento da Otoesclerose com Fluoreto de Sódio

Uma série de autores (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8) vêm estudando nos últimos anos o tratamento da otoesclerose pelo Fluoreto de Sódio. Shambaugh (1, 5, 6 e 8) resumiu os dados obtidos até o momento da seguinte maneira: 1.°) o Fluoreto de Sódio é ràpidamente absorvido pelo trato intestinal e excretado pelo rins, sem se depositar nos tecidos moles. Nos ossos, entretanto, êle forma uma união química, substituindo o íon hidróxido dos cristais ósseos pelo fluoréto, resultando a fluorapatita muito menos solúvel do que os cristais de hidroxiapatita dos ossos normais. 2.º) O Fluoreto de Sódio em doses apropriadas altera a calcificação dos ossos jovens, pelo crescimento da deposição do cálcio. 3.0) A esteoporose generalizada experimental induzida pela heparina e cortisona, é inibida pelo Fluoreto de Sódio. 4.0) A osteoporose localizaria experimental que ocorre no local da fratura é inibida pelo Fluoreto de Sódio. Shambaughs estudou 553 pacientes que tomaram Fluoreto de Sódio de 30 mg a 120 g. diàriamente, durante um período que durou 2 meses até 2 anos. A indicação paro-a o tratamento foi a existência de um foco ou mais, de dismineralização na cápsula labiríntica de um dos lados. Um têrço dos casos tinha surdez neuroseusorial com pequeno ou sem componente condutivo. Dois têrços dos casos apresentavam otoesclerose platinar com graus variáveis de perda neurosensorial. O estudo radiográfico foi feito com politome. Os resultados foram baseados no seguinte critério: 1) se o foco mostrou recalcificação definitva em um ou ambos os lados foi considerada melhorado; 2) se a área permaneceu sem alterações foi dado como sem melhora; 3) se a desmineralização aumentou foi considerado pior. No estudo especial de 137 casos nos quais a maioria tomou 60 mg diàriamente os resultados pelo estudo poli tomográfico foi o seguinte: Melhorados 54 (36%) ; sem melhora, 80 (53%) ; pioraram, 3 (10,6%). Vinte e três casos apresentaram efeitos secundários, com náuseas, vômitos e desconfôrto digestivo que melhoraram com a diminuição da dose, até se desenvolver tolerância adequada. Hell Jeffersoan Daniel 9 estudando indivíduos de areais com baixo teor de fluor na água potável e em outros com alto teor, notou que a incidência de otoesclerose era 4 vêzes maior nos casos com baixa teor de Fluor, acrescentando mais um dado interessante a êste estudo.

Bibliografia

1. Shambaugh, G. E. Jr., anl Scott, A.: Sodium FFluoride for Arrest of Otosclerosis. Arch. Otolaryngol., fio: 263-270, Sept., 1964.
2. Petrovic, A., and Shambaugh, G. E. Jr.: iStudies of Sodium Fluoride Effects. Arta Otolaryngol., 65: 210-130, 168.
3. Petrovic, A., ond Shambaugh, G. E. Jr.: Pramotion af Bone Calcificafon by Sodium Fluoride. Arclt. Otolaryngol., 83 162-1170, Feb. 1966.
4. Linck, G., Petrovic, A, ani Shambaugh, G. E. ir.: Fluoride and Calcium Oontent of Bane in Otosclerofc Patients. Arch. Otolaryngol., 86: 41,2o418, Oct. 1967.
5. Shambaugh, G. E. Jr.: Sodium Fluoride for Inactivation of the Otoscierofc Lesion. Arch. Otolaryngol. 89: 381,382. Feb. 1969.
6. Shambaugh, G. F.. ir.: antl Pelraxic, .4.: Effects of Sodium Fluoride on Bone., Jour. A. \1. A., 204: 969 973, June, 1968.
7. Block, H., and Bolker, H.: Toxic ity of Sodium Fluoride in Man. Xew York -Med. Jour, 47: 1187, 1349.
8. Shambaugh, G. E. Jr., and Y. S. Siva Sanda-r: Expariments and Experiencies With Sodium Fluoride For Inactivation of the Otos clerofc Lesion - Laryngoscope - Vol. LXX1X - october, 1969 number, 10: 17541764.
9. Daniel, H. J. - Stapedial Otoselerosis, and Fluoride in the drinking Water Arch. Oto. laryngol. 90: 588589, 1969.




Prefácio do Livro "Onde vai a Ciência" de Max Planck

por Albert Einstein

Alguns homens dedicam-se a ciência mas nem tôdos o fazem por amor à mesma. Há alguns que entram em seu templo porque aparece a oportunidade de desenvolver seus talentos particulares. Para esta classe de homens a ciência é uma espécie de esporte, cuja prática é uma alegria, o mesmo que o atleta se alegra com a execução de suas proezas musculares. Existem um outro tipo de homens que penetra no templo para oferecer sua massa cerebral com a esperança de um bom pagamento. Esses homens são cientistas tão sòmente por uma circunstância fortuita que se apresentou quando escolhiam sua carreira. Caso as circunstâncias fôssem diversas poderiam ter sido políticos ou magníficos homens de negócios. Se descesse um Anjo e expulsasse do Templo da Ciência a todos aquêles que pertencem as categorias mencionadas, temo que o templo se tornasse quase vazio. Poucos fiéis ficariam, alguns dos velhos tempos, alguns de nossos dias. Entre os últimos situar-se-ia nosso Planck. Por isso sinto tanta estima por êle. Dou-me conta de que eesa decisão siguifica a expulsão de algumas pessoas dignas que tenham construído uma grande parte, talvez a maior, do Templo da Ciência, mas se os homens que se dedicaram a ciência pertenciam tão sòmente a essas duas categorias, o edifício nunca adquiriria as grandiosas proporções que exibe presentemente, da mesma forma que um bosque jamais poderia crescer se sómente se compusesse de trepadeiras.

Mas, esqueçamo-nos dêles. E vamos dirigir nossos olhares para aquêles que mereceram o favor do anjo. Em sua maior parte são pessoas estranhas, taciturnas, solitárias. Mas apesar de sua mútua semelhança estão muito longe de serem iguais aos que nosso hipotético anjo expulsou.

O que os levou a dedicar suas vidas a persecussão da ciência? É difícil responder esta pergunta e talvez jamais seja possível dar uma resposta categórica. Me inclino a aceitar com Schopenhauer que um dos mais fortes motivos que conduz as pessoas a entregar suas vidas a arte ou a ciência é a necessidade de fugir da viela cotidiana e assim desprender-se das cadeias dos desejos temporais que vão se implantando numa sucessão interminável, enquanto a mente se fixa sâbre o horizonte do meio que os rodeia dia após dia. Mas a esse motivo negativo deve-se adicionar outro positivo. A natureza humana procurou sempre formar por sí mesma uma simples e sinóptica imagem do mundo circundante. Em conseqüência ensaia a construção de uma imagem que proporcione certa expressão tangível do que a mente humana vê na natureza. Isto é o que fazem, cada um em sua própria esfera, o poeta, o pintor, o filósofo especulativo. Dentro dêste quadro coloca o centro de gravidade de sua própria alma e nêle quer encontrar o repouso e equilíbrio que não pode encontrar dentro elo estreito círculo de suas agitadas reações frente a vida cotidiana.

Entre as diversas imagens do mundo formados pelo artista, o filósofo e o poeta, que lugar ocupará a imagem do físico teórico? Sua principal qualidade deve ser uma exatidão escrupulosa e uma coerência lógica que sòmente a linguagem das matemáticas pode expressar. Por outra parte, o físico tem que ser severo e abnegado com respeito ao material que utiliza. Deve contentar-se com reproduzir os mais simples processos que se oferecem a nossa experiência sensorial, pois os processos mais complexos não podem ser representados pela mente humana, com a sutil exatidão e a sequência lógica que são indispensáveis ao físico teórico. Inclusive a expensas da amplitude temos que assegurar a pureza clara e exata correspondência entre a representação e a coisa representada. Ao darmos conta de que é muito pequena a parte da natureza que assim podemos compreender e expressar uma fórmula exata, embora tenha que ser excluído todo o mais sútil e complexo, é natural perguntar-se; que tipo de atração pode exercer esta obra, merece o pomposo nome de imagem elo mundo o resultado de uma seleção tão limitada?

Creio que sim, pois as leis mais gerais sôbre as quais se constrói a estrutura mental da física teórica têm que ser derivadas estudando a natureza, inclusive os fenômenos mais sensíveis. Se são bem conhecidos, tem que ser capaz de deduzir dêles, mediante o raciocínio puramente abstrato, a teoria de tôdos os processos da natureza, incluindo os da própria vida. Quiz dizer teóricamente, pois na prática tal processo de dedução está muito além da capacidade de raciocínio humano. Portanto, o fato de que na ciência tenhamos que contentarmos com a imagem incompleta do universo físico não é devida a natureza do universo, senão a nós mesmos. Assim, o trabalho supremo do físico é o descobrimento das leis elementares mais gerais a partir das quais pode ser deduzida lógicamente a imagem do inundo. Mas, não existe um caminho lógico para o descobrimento dessas leis elementares. Existe únicamente a via da situação ajudada por um sentido para a ordem que jaz através das aparências e se desenvolve pela experiência, é possível, pois, dizer que qualquer sistema de física pode ser igualmente válido e admissível? Teóricannente nada há de ilógico nesta idéia. Mas a história do desenvolvimento científico ensina que do tôdas as estruturas teóricas imagináveis, uma só demonstra ser superior as restantes em cada período que atravessa o progresso da ciência.

Todo o investigador que tenha experiência sabe que o sistema teórico da física depende do mundo da percepção sensorial e está controlado por êle, embora não exista um caminho lógico que nos permita elevasse desde a percepção aos princípios que regem a estrutura teórica. De qualquer forma a síntese conceitual que é um modêlo do mundo empírico pode cer reduzida a umas quantas leis fundamentais sâbre as quais se constrói lógicamente tôda a síntese. Em qualquer progresso importante, o físico observa que as leis fundamentais se simplificam cada. vez mais a medida que avança a investigação experimental, é assombroso ver como do que parece ser o caos surge a mais sublime ordem. E isto não pode ser referido ao trabalho mental do físico, senão a uma qualidade que é inerente ao mundo da percepção. Leibniz expressava adequadamente esta qualidade denominando-a harmonia pré-estabelecida.

Os físicos combatem algumas vêzes aos filósofos que se ocupam das teorias do conhecimento, alegando que êstes últimos não chegam a apreciar completamente êste fato. Eu acredito que esta foi a base da controvérsia entabulada há poucos anos entre Ernst Mach e Max Planek.

O último teve provàvelmente a sensação de que Mach não apreciava completamente o afã do físico pela percepção desta harmonia pré-estabelecida. Isto foi a fonte inesgotável da paciência e persistência que fêz Planek dedicar-se as questões mais comuns que surgem em relação com a ciência física, quando poderia ter proeurado outras vias que o conduziriam a resultados mais atraentes.

Muitas vêzes ouvi que seus companheiros tem o costume de atribuir essa atitude a seus extraordinários dons pessoais de energia e disciplina. Creio que estejam errados. O estado mental que proporciona nêste caso o poder impulsor é semelhante ao do devoto ou do amante. O esfôrço largamente prolongado não é inspirado por um plano ou propósito estabelecido. Sua inspiração surge de fome da alma. Estou seguro de que Max Planek sorriria ante minha infantil maneira de esquadrinhar com a lanterna de Diógenes. Bom! mas, para que falar de sua grandezas. Sua grandeza não necessita minha modesta confirmação. Sua obra tem dado ao progresso da ciência um dos mais poderosos impulsos. Suas idéias serão úteis, enquanto persista a ciência física. E espero que o exemplo que brota de sua vida não seja menos útil para as próximas gerações de cientistas.




A Cibernética e a Medicina do Futuro

Nicanor Letti*

Face a ciência moderna, as estruturas biológicas e não biológicas que constituem o cosenos, parecem obedecer a uma construção, disposição e cornando cujos parâneetrccs podem ser compreendidos pela lei geral da complexificação que rege e exprime a direção da evolução em todos os níveis da existência material.

Pascal dizia que a ciência tinha dois grandes abismos intransponíveis - o do Número e do Tempo - "eixos sem fim, ao redor do qual se processam as sístoles e diástoles do Espaço" como acrescentava Teilhard de Chardin. Podemos dizer que para a ciência, a lei da complexificação é um nôvo abismo intransponível que recém começou a ser desvendado.

Desde que Newton "viu algumas coisas por dentro" e sentiu as fôrças do cosmos, dando-lhes uma formulação utilizável e reproduzível, que Darwin verificou a origem comum e estrutural das formas biológicas, caracterizando sua complexidade vertical, que Einstein sintetizou as fôrças do universo material em sua teoria da relatividade, o homem viu-se de um momento para outro sem uma coordenação objetiva e consciente de tôda esta "enteléquia", e na abstração do seu raciocínio verificou o encadeamento contínuo de tôda esta massa de conhecimentos - neste momento nascia a cibernética e desapareciam teòricamente os abismos de Pascal.

A lei da complexificação diz: que a evolução da matéria do universo avança no sentido de construções sempre mais complexas, entendendo-se por complexidade a qualidade que tem um fato, um ser ou uma massa não biológica de ser formada:

1.º - de um grande número de elementos.
2.º - de elementos que se apresentam cada vez mais estreitamente ligados e organizadas entre si.

Esta lei significa, em análise plena, que os sêres evoluídos possuem maior número de elementos constitutivos, apresentando grande variedade e ligados por uma rêde fechada de relações.

A finalidade das ciências do mundo moderno, a sub-divisão do seu estudo, as diversas profissões que o homem se propõe, se educa e se profissionaliza nada mais são que "procuras" ou maneiras de ver esta lei por dentro.

O seu aspecto quantitativo, qualitativo, seu sistema de ordenação e de amarração são exemplos sob o ponto de vista metodológico de estudar a lei da complexificação crescente da matéria do universo. Olhando um ser vivente pelo prisma desta lei verificaremos que sua construção não é semelhante a um cristal que é constituído por uma repetição numérica e geométrica de unidades idênticas, embora em sua evolução o cristal, dentro de outros parâmetros, obedeça a lei da complexificação; o ser vivo constituído por elementos de natureza diferente reunidos em uma unidade estruturada e firme, tem individualidade autônoma e coesão interna. Nos sêres biológicos não só o número de unidades cresce, mas também a densidade e riqueza da rêde de relação que os une e que os comanda.

A molécula de insulina tem 791 átomos que tem coesão interna, ordem, e que se constrõem em uma estrutura; se passarmos para uma massa muscular sua complexidade ordenativa, e suas fôrças de regulagem interna são muito maiores que a da molécula de insulina: no fígado, no coração, no cérebro e no ser vivo como um todo a complexidade é infinitamente mais problemática. A conexão e a unidade interior dcs sêres organizados é o grande mistério do cosmos, existe nestes sêres um "dentro" no dizer de Teilhard de Chardin, ou uma "enteléquia" como queria Aristóteles ou uma "forma substantialis" como a chamavam os filósofos escolásticos do medievo, que desafia a ciência.

O estudo da unidade interna das estruturas biológicas, e não biológicas, sua coesão, seu comando e sua regulagem é uma nova ciência integral, que já não vê mais mera estrutura separada pela sua morfologia, funcionamento e disfuncionamento e sim pelo seu toda autoregulável, sobrevivendo e evoluindo no espaço e no tempo regida pela lei da complexificação crescente.

O estudo dos mecanismos de comando que mantem a coesão das unidades estruturais dos sêres, dando-lhe individualidade - constitua a cibernética.

A cibernética é uma cortina que está sendo descerrada de sôbre o universo e é também uma perfuratriz gigantesca que foi encravada no seio do cosmos em busca de seu "dentro", de sua " enteléquia...

Norbert Wiener foi quem começou a abrir a cortina da cibernética, êste grande matemático americano falecido há poucos anos, estabeleceu uma série de princípios e regras no estudo da autoregulagem dos sêres organizados. Partindo de um problema de guerra, no qual um canhão anti-aéreo deveria permanecer em mira sôbre um objeto móvel (avião) êste cientista verificou a complexidade do problema que tinha para resolver. Pois para ser efetivo o artilheiro deveria conhecer a posição em cada momento do avião em movimento. Os mecanismos visuais humanos, as possibilidades de manipulação mecânica do canhão eram impossíveis, foi necessário construir um sistema que captasse a posição do avião em cada momento, e transmitisse ao sistema de mira e disparasse, tudo isto em frações de segundos. Em resumo: o canhão precisava ser "informado" a cada momento da posição e esta informação com seu conteúdo comandava desde então o comportamento da máquina; era uma "realimentação continua, um sistema fechado - Avião - informação - canhão, etc. Êste mecanismo contínuo de "realimentação" é um dos princípios fundamentais da cibernética, pois a mesma se fundamenta nos serves mecanismos que constituem e unem as unidades que formam os sêres complexos. A "realimentação" contínua ou "feedback é a denominação deste mecanismo de auto-contrôle".

Todo sistema que procura equilíbrio geralmente é dominado por uma retroação. Qualquer sistema mecânico, elétrico ou biológico que realiza esta retroação, denomina-se servo mecanismo.

O ser vivo considerado no meio reage e se adpta através de mecanismos semelhantes, sobrevivendo não só como forma viva mas também como um agregado cosmogônico que evolue continuamente. O homem é um bípede, libertou suas mãos, dinamizou seus omoplatas, colocou seu polegar em oponência, realiza a pronação de seu antebraço, adaptando assim seu membro superior a atividades superiores, tem preponderância hemisférica e fala tornando-se desta maneira o mamífero mais complexo e evoluído e pela lei enunciada tornar-se-á no tempo mais evoluído e mais complexo.

Este organismo, tão diferenciado de tôda a "Criação" se adapta ao universo que vivo por meio de informações constantes que recebe do mesmo e ajusta seus mecanismos internos pelo sistema de realimentação constante, da mesma maneira como o faz uma máquina autocontrolável. Os órgãos dos sentidos captam as informações e os ajustes internes são realizados por sistemas de servos mecanismos constantes que mantem a atividade biológica do ser vivo.

A captação, formulação, e entendimento destes mecanismos de "realimentação" constante constituirá a medicina do futuro, que será uma ciência baseada na cibernética, que estuda o contrôle dos servos mecanismos, e que certamente será infinitamente mais evoluída que a atual e que trará mais bem estar, felicidade e paz a êste mamífero que a Escritura denomina de "Rei da Criação".


* Professor Adjunto da Faculdado de Medicina da IIFRGS e Docente Livre - P. Alegre.




Cupulolitiase-Anátomo-Patologia da Vertigem Posicional Paroxística Benigna

H. F. Shuknecht 1 apresenta uma explicação anátomo patológica para a entidade labiríntica denominada vertigem posicional paroxística benigna. Seria ocasionada por depósito ruineral sôbre a cúpula do canal semicircular posterior, o qual é estimulado pela fôrça gravitacional e portanto sujeito a alterações com as mudanças de posição da cabeça.

O autor faz uma revisão bibliográfica da explicação dessa entidade feita por Bárány, Dix e Hallpike (1952) Lindsay e Hemennvay (1956) e o próprio Schuknecht inclusive com estudos experimentais.

Após comentar os sistemas e um teste posicional que se realiza com a cabeça do paciente, a fim de desencadear a vertigem e o nistagmo correspondente, descreve os fatôres etiológicos da mesma: 1.º) a degeneração expontânea do labirinto vestibular; 2.º) a concussão labiríntica; 3.°) a otite média; 4.º) a cirurgia otológica,; 5.°) oclusão da artéria vestibular anterior.

Os estudos histológicos de alguns temporais feitos pós mortem em doentes que sofriam êste tipo de vertigem mostraram a deposição de uma substância sôbre a cúpula do canal semicircular posterior. Esta substância de grande densidade aumenta a sensibilidade da cúpula para a gravidade e a estimula nas mudanças de posição da cabeça. É provável que tenha origem nas otoconias da mácula utricular. Preconiza para o seu tratamento a labilrintectomia.

1 - Shukneeht, H. F. - Cupulolithiasis - Arcli. Otolaryng 90: 765, 1969.




Conselhos aos Pais e Parentes de Crianças Surdas

Faça

1. Deixe que êle note que você tem confiança e orgulho d'êle.
2. Deixe que êle veja que tôda a sua família o ama e necessita déle.
3. Trate-o como se êle pudesse falar normalmente e deixe que êle note que você sabe que êle está lhe entendendo.
4. Brinque com êle e deixe-o olhar sua face quando você fala.
5. Brinque em frente dum espelho para que êle possa se divertir lhe olhando e imitando seus movimentos faciais.
6. Deixe-o crescer e assumir responsabilidades.
7. Leia para êle e mostre-lhe quadros.
8. Fale com êle e peça a outros para fazer a mesma coisa, também.
9. Dê-lhe oportunidade de desenvolver suas habilidades e interêsses especiais.
10. Fale com êle na voz normal e nas sentenças completas.
11. Espere dêle as coisas próprias de sua idade, meio social e nível mental.
12. Deixe-o fazer sòzinho as coisas que pode fazer; isto lhe dará auto-confiança.
13. Ajude quando você está ensinando-lhe a ajudar-se a si mesmo.
14. Use instruções encorajadoras, positivas e específicas para obter uma conduta desejável.
15. Dê ênfase ao sucesso.
16. Coopere com o médico, o orientador educacional, o professor e o diretor da escola.
17. Ensine obediência.
18. Fale com êle, fale mais e mais, nunca menos e menos.
19. Tenha paciência; tempo e esfôrço.
20. Explique-lhe detalhadamente os mais vitais acontecimentos da vida diária no lar.
21. Ensine-lhe como usar a audição residual que êle possui, não interessa quanta seja. Isso é inestimável na aprendizagem de língua, aderindo elementos de fala e na regularização da intonação e localização da voz.
22. Comece imediatamente a treinar seus olhos para substituir seus ouvidos ou pelo menos a complementar seu resto de audição.
23. Fique em frente da luz sempre que você estiver falando com êle: a luz nas suas costas faz sombras sôbre sua face, o que torna difícil a leitura da fala.
24. Ensine-lhe o que é dêle e o que é dos outros.
25. Faça um relatório de suas atividades diárias.
26. Fale em seus ouvidos para que êle guarde impressões auditivas que o auxiliarão algum dia a conquistar a fala pelos métodos orais.

Não Faça

1. Não escute as vizinhas e parentes quando êles dizem coisas insensíveis sôbre sua criança.
2. Não se sinta no dever de dar explicações sôbre seu filho, como forma de desculpas. Não tenha vergonha dêle. Deixe que êle note que você acha que êle é uma pessoa importante e boa.
3. Não o isolem das outras crianças porque êle não pode falar e nem ouvir tão bem como elas. Elas podem ser os seus melhores professôres.
4. Não deixe que o seu defeito o preocupe demais. Êle sentirá sua preocupação, e ansiedade demasiada, e também ficará preocupado.
5. Não se esqueça que o pai é também uma pessoa importante na vida de criança.
6. Não o compare com os seus irmãos e suas irmãs ou com as crianças dos vizinhos.
7. Não culpe você própria mas comece a tentar ajudá-lo.
8. Não deixe nenhum membro da família fazer-lhe dengo.
9. Não tenha mêdo de deixá-lo crescer e desenvolver-se em outros meios como qualquer criança.
10. Não fale em palavras isoladas ou sôltas; êle provàvelmente entende mais do que aquilo que você dá crédito.
11. Não grite com êle. Fale com voz natural perto de seus ouvidos. A sua voz será muito mais alta para êle do que você pensa.
12. Não seja as mãos e os pés dêle. Deixe que êle aja.
13. Não exagere seus movimentos de lábios. Isto torna difícil a compreensão da sua fala.
14. Não espere o seu desenvolvimento brusco; será lento e contínuo.
16. Não seja para êle o maior obstáculo.
17. Não sonhe com tratamentos e curas.
18. Não perca tempo e energia lamentando o fato da perda de audição.
19. Não intimide.
20. Não seja negativista. Tente construir sôbre o cabedal que êle já possui.
21. Não mostre uma cara feia, inerte e sem expressão quando você falar com êle. Faça-o pensar que você tem mais interêsse em falar com êle, do que fazer qualquer outra coisa que você poderia fazer.




Minneapolis Educacional Test

Finalidade: Estabelecer o nível ou a idade do desenvolvimento da linguagem criança em relação a idade cronológica.

De 0 a1 ano

1) Balbucia
2) Pronuncia consoantes reflexamente
3) Responde ao nome
4) Imita sons
5) Compreende tchau-tchau
6) Ecolalia (palavra ou sons)
7) Segue instruções simples

De 1 a 2 anos

1) Vocabulário expressivo de pelo menos 2 palavras
2) Faz rabiscos com o lápis
3) Reconhece nomes de objetos familiares
4) Reconhece cabelo, bôca, orelha, mão, quando êste são nomeados
5) Vocabulário expressivo de pelo menos 25 palavras
6) Usa nome de pessoas da família
7) Identifica figuras comuns
8) Fala em sentenças curtas
9) Nomeia figuras comuns

De2a3anos

1) Verbaliza as necessidades fisiológicas
2) Pede por "outro"
3) Usa o plural
4) Tem vocabulário de no mínimo 30
palavras
5) Usa os pronomes eu, mim, você,
6) Expressa o desejo de voltar
7) Identificação de figuras
8) Nomeia uma côr
9) Nomeia quase tôdas as figuras muns

De 3 a 4 anos

1) Diz todo o seu nome
2) Relata experiências
3) Sabe pelo menos, uma rima infantil
4) Recita uma poesia de memória ou
5) Nomeia tôdas as côres

De 4 a 5 anos

1) Lê por meio de figuras
2) Desenha com o lápis
3) Escreve palavras simples

De 5 a 6 anos
1) Relata contos infantis
2) Nomeia dinheiro
3) Diz os números até 30
4) Pede o significado das palavras

De 6 a 7 anos

1) Faz chamado pelo telefone
2) Pode contar uma história familiar
3) Lê no nível de pré-primário
4) Escreve números de 1 a 50




Doenças Inflamatórias que levam a Obstrução da Laringe em Lactentes e em Crianças até 6 a 8 anos

Daivison* sugere as seguintes entidades patológicas que levam a obstrução aguda da laringe em crianças e que na maioria dos casos é necessário realizar a traqueostomia: 1) Epiglotite aguda. 2) Edema alérgico supraglótico. 3) Difteria laríngica. 4) Edema alérgico subglótico (falso crupe). 5) Laringotraqueobronquite aguda.

Cada uma dessas formas de obstrução laringica causam os clássicos sintomas de: 1) Estridor respiratório. 2) Tiragem nas tecidas supraclavieulares, do epigastro e do esterno durante a inspiração. 3) Tosse ressonante. 4) Rouquidão.

a) Epiglotite aguda - é a inflamação da epiglote e das áreas adjacentes. Seu quadro pode ser diferenciado dos demais porque se desenvolve com grande rapidez. sòmente 4 ou 5 horas são suficientes desde o início dos sintomas até a eleição da traqueostomia. Estas crianças tendem a ficar sentadas ou de pé durante a doença.

b) Edema supraglótico - pode se desenvolver com grande rapidez mas cede fàcilmente com o uso de Adrenalina e Corticosteroides.

c) Difteria laringica - a difteria laringica ocorre muitas vêzes quando não há membranas visíveis na faringe ou nas amígdalas; o diagnóstico depende da laringoscopia. Usualmente, a difteria é lenta e o seu desenvolvimento leva 2 a 3 dias desde o inicio da rouquidão até a dispnéia ser suficientemente acentuada que exija traquestomia. O chôro é enrouquecido face as membranas sôbre as cordas vocais.

d) Edema alérgico subglótico - as crianças com tal nosologia, geralmente deitam à noite com dispnéia, tosse tipo crupe e estridor respiratório. No dia precedente usualmente têm pequena rinite mas não febre. Êste quadro se repete por vários dias. Os sintomas obstrutivos cedem após 15 minutos da administração de: 0,2 ml de solução aquosa de adrenalina 1:1000 - subcutânea. O edema alérgico subglótico é assim designado pela sua localização, pelo seu inicio abrupto e a completa ausência dos sintomas durante o dia.

e) Laringotra.queobronquite aguda (laringite subglótico, crupe não diftérico ou crupe vírico). Esta infecção segue uma laringite subglótico, a obstrução é devida a dois fatôres: 1) Alterações inflamatórias e secreção dos tecidos submucosos e edema. 2) Crostas de transudato na superfície do cone elástico. Tem estridor respiratório. O som do chôro é claro, indicando que as cordas estão normais, a temperatura é elevada.

O tratamento segue os seguintes parâmetros: a) Retirada da obstrução. b) Os pacientes devem permanecer em ambiente com ar umidificado e a temperatura de 70 a 75 °F. c) Pulso de 140 ou mais e respiração de mais ou menos 40/min. indica-se de imediata a traqueostomia. d) Penicilina, drenagem postural e administração de corticóides.

* Dawison, F. W. - Inflamatory deseases of the larynx of infants and small children. Ann. Otol. Rhynol. and Laryng. 76 :753, 1967.




Hipogamaglobulinemia e Amigdalas e Adenóides*

A ausência ou hipoplasia de amígdalas e adenóides em crianças deve alertar o especialista para a possível presença de hipogamaglobulinemia. A maioria dos pacientes com esta condição sofrem de sinusite crônica com exacerbações agudas, freqüentes ataques de faringites, traqueftes, bronquites e pneumonites. Em alguns síndromes de deficiência de anticorpos, tais como hipomaglobulinemia com hipoplasia linfóide nodular e disgamaglobulinemia as amígdalas podem estar aumentadas. Deve haver grande cuidado por parte do especialista em realizar amigdalectomias em tais pacientes, principalmente quando os exames revelam: 1) uma sucetibilidade às infecções; 2) deficiência de alguma imunoglobulina; 3) havendo uma incidência de doenças do colágeno na família; 4) que o paciente tenha hipogamaglobulina ou disgamaglobulina.

* Hermans, P. E. - Current Concepts of Central Lymphoid Tissues in Iminunology. Ann. Otol. 77:406-424, 1968.




Intensidade do Ruido em Armas de Guerra

Pistola - 168 dB
Rifle - 170 dB
Rifle automático - 171 dB
Morteiro de 81 mm - 172 dB
Morteiro de 120 mm - 174 dB
Metralhadora automática 20 mm - 175,4 dB
Canhão anti-tanque - 185,6 dB
Canhão 105 - 188 dB




Cuidados nas Moléstias Alérgicas

1. Dormitório simples, se possível só com a cama, arejado, bem faceado e batido pelo sol.
2. Retirar do dormitório todos os objetos constituídos de pêlos ou penas (almofadas, acolchoados, tapetes, casacos, etc.).
3. Usar uma capa impermeável de matéria plástica para o colchão e o travesseiro e não deitar em colchões ou travesseiros sem a capa.
4. No inverno usar pijamas e flanelas e se possível aquecimento elétrico com umidificação em vez de acolchoados e peles.
5. Não permanecer em locais empoeirados, com incetícidas, perfumes e outros odores.
6. Evitar o contato com objetos guardados embolorados e velhos, caso êstes contenham pó.
7. Usar agasalho comum sem exagêro, evitando sòmente locais úmidos e frios.
8. Escolher para morar locais secos e quentes ou à beira-mar.
9. Fazer ginástica respiratória tôdas as manhãs e à noite ao deitar, da seguinte forma: encher devagar e sem esfôrço os pulmões de ar, em seguida, soprar vagarosamente até não ter mais ar dentro dos pulmões. este exercício deve ser feito soprando um canudo de refresco mergulhado em um copo d'água e durante 5 a 10 minutos, duas vêzes ao dia.
10. Praticar natação, nos períodos em que passa bem.
11. Evitar, tanto quanto possível, causas que perturbem o sistema nervoso (excesso de álcool ou fumo, emoções, aborrecimentos, contrariedades, etc.).
12. Observar se os sistemas da doença coincidem com: a) injestão de algum alimento; b) medicamentos (aspirinas, cápsulas anti-gripais, laxantes, chás caseiros, etc.) ; c) contato com alguma substância (lã, algodão, nylon, penas, animais, perfumes, pós, loções, tinturas, esmalte de unhas) ; d) sòmente em determinados locais (estábulos campo, fábrica, escritório, piscina, etc,).
13. Anotar todos os dias num caderno, o seguinte: a) alimentos ingeridos durante o dia, inclusive temperos e bebidas; b) locais freqüentados; c) substâncias com as quais entrou em contato (perfumes, esmalte de unhas, vernizes, tintas, animais, etc.) ; d) medicamentos ingeridos; e) melhora ou piora dos sintomas. Fazer esta anotação durante um mês variando tôdas as semanas a alimentação (inclusive óleo e tempêro), hábitos, locais a freqüentar, etc. e verificar se existe algum agente que faça mal.
14. Passar ácido fênico a 5% nos locais da casa que formem bolor, ou Timol 5% mais merthiolate 1/10000. 15. Nos casos de rinite, não pingar remédios no nariz, a não ser os remédios prescritos pelo médico e sempre na quantidade indicada.
16. Não fazer inalações.
17. Se costuma sentir dor de cabeça, observar se a mesma piora ou coincide com os períodos de crise ou principalmente com a obstrução nasal.
19. Observar se os sintomas são piores no inverno ou no verão.
20. Se trabalha ou tem contato constante com qualquer das substâncias já mencionadas ou qualquer outro tipo de evaporação, procurar saber quais os seus componentes, para comunicar ao médico nas consultas.
Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C


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