ISSN 1806-9312  
Sábado, 23 de Novembro de 2024
Listagem dos arquivos selecionados para impressão:
Imprimir:
909 - Vol. 11 / Edição 6 / Período: Novembro - Dezembro de 1943
Seção: Notas Clínicas Páginas: 514 a 515
ADENOIDECTOMIA
Autor(es):
DR. H. PAPE

Blumenau - Santa Catarina

Sobre a importante questão da adenoidectomia, com ou sem anestesia, não há até hoje unanimidade de pensamento. Considero como insuficiente e contrário à técnica cirúrgica, o processo mais usado, no qual o cirurgião opera sem o emprego da anestesia geral, fazendo apenas uma pincelagem prévia ou Spray com um anestésico local.

Na primeira vez consegue-se introduzir o adenotomo, na segunda vez desenvolve-se uma luta, da qual o pequeno paciente geralmente sai vencedor, para o seu próprio mal, pois que as regiões do meato das trompas ainda não foram curetadas.

Ao processo todo falta a segurança por insuficiente controle de visão. Não há dúvida, de ser a mesma muito mais simples e completa em narcose geral. Não houvesse a possibilidade duma aspiração de sangue ou de pedaços de adenóide, faríamos sempre narcose geral. A possibilidade de aspiração está aumentada pelo fato de estar o paciente com a boca aberta e língua fixada, o que o impede de deglutir.

Em longos anos de clínica usei sempre narcose geral superficial, porem sempre me senti aliviado quando tudo tinha corrido bem.

Há alguns anos uso um método que evita completamente os perigos da aspiração. Consta do seguinte: Em narcose geral de éter superficial, coloco o abridor de boca de Witehead, tomo então uma bucha de algodão (de tamanho proporcional) amarrada comum fio de seda, e com uma pinça coloco a mesma na faringe e empurro em direção à laringe. Posso então raspar duas a três vezes com o adenotomo sob controle da vista, sem perigo de aspiração. Com o próprio adenotomo ou pinça retiro os pedaços de adenóide caídos em cima da bucha e retiro a mesma.
ídos em cima da bucha e retiro a mesma.

Naturalmente deve estar tudo bem preparado e os instrumentos à mão, de modo a terminar a operação em 10 a 12 segundos. A operação feita, é conveniente retirar imediatamente o abridor da boca e abaixador da língua afim de poder o paciente deglutir.

Tenho obtido por este método ótimos resultados e nunca tive uma complicação, considerando os três pontos seguintes:

1. - Anestesia superficial,, sem apagamento dos reflexos.
2. - Rápida e segura intervenção.
3. - Imediata retirada do abridor de boca e do abaixador de língua.

Faculdade de Medicina da Universidade de S. Paulo
Clínica Oto-Rino-Laringológica - serviço do Prof. A. de Paula Santos :
Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C


Imprimir:
Todos os direitos reservados 1933 / 2024 © Revista Brasileira de Otorrinolaringologia