ISSN 1806-9312  
Segunda, 29 de Abril de 2024
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586 - Vol. 5 / Edição 4 / Período: Julho - Agosto de 1937
Seção: Revista das Revistas Páginas: 391 a 402
REVISTA DAS REVISTAS
Autor(es):
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ARCHIVES OF OTOLARYNGOLOGY
Volume 24 - Novembro de 1936 - Numero 5.

O. E. VAN ALYEA (Chicago) - O ostium maxilar. Estudo anatomico e a sua accessibilidade cirurgica - Pag. 553.

Estudos anatomicos de um grande numero de cadaveres revelam o gráu de accessibilidade cirurgica do ostium maxillar. De uma serie de 163 especimens, o ostíum era facilmente accessivel em 64, ou 39,2%. Uma abertura aproveitavel accessoria foi encontrada em 37 dos 99 restantes, assim perfazendo um total de 89, ou 54,6%, de antros facilmente accessiveis por uma via natural.

Uma bôa técnica para a canulisação de tais tipos de seios é altamente necessaria, no tratamento das sinusites maxilares. Aproximadamente na metade dos especimens a extrutura anatomica era tal, que tornava a canulisação do antro impossivel ou muito dificil. Nestes casos, o sucesso dependerá de muita dextreza, experiencia técnica, familiaridade com a anatomia e persistencia.

Não é recomendavel uma prolongada procura do ostium, porque a irritação resultante dextroe as vantagens da lavagem.

A punção é sempre bem indicada em todos os casos nos quais é dificil a sondagem, e ela póde ser feita no meato inferior ou medio com relativa facilidade.

Sob o ponto de vista mecanico, a punção é mais eficiente, porque é mais facil a irrigação do liquido pela existencia de uma porta de entrada e outra de saida para ele.

CATHERINE BUHRMESTER e W. WENNER (St. Louis) - Presença de uma substancia semelhante á histamina na mucosa nasal, polipos nasais e secreção nasal - Pag. 570.

Este estudo é de muita atualidade.

Os polipos nasais e a mucosa normal contêm uma substancia semelhante á histamina aproximadamente em proporções eguais aos outros tecidos. Calculada na base do peso do tecido seco, o tecido polipóide contem mais histamina de que a mucosa normal.

A secreção nasal de pessôas com rinite alergica, não tem uma atividade depressora, quando injetada endovenosamente; a secreção hidrolisada contem muito menos histamina de que a substancia dos polipos, calculado em valores eguais de proteina.

A histaminase não é presente nas secreções nasais alergicas.

Admite-se assim que o aumento em sais minerais dos corrimentos nasais, assim como o seu efeito na permeabilidade e diferença no potencial do equilibrio acido-basico, são fatores de muita importancia no estudo da formação dos polipos e de outras manifestações alergicas.

CAESAR HIRSCH (New York) - Ligadura da maxilar interna em pacientes com hemorragia nasal - Pag. 589.

A hemorragia das partes posteriores da cavidade nasal póde ser tão violenta a ponto de terminar pela morte. Ela é especialmente seria em pacientes sob alta pressão arterial, quando proveniente de uma arteria lateral do nariz e que não póde ser alcançada diretamente. Alguns casos só se consegue debelar pela ligadura da carotida externa ou da maxillar interna, proximo da sua emergencia da carotida.

Em 1929, Seiffert descreveu a sua técnica de escolha, por ele usada repetidamente com sucesso. Ele começa tal qual a operação de Luc-Caldwell. Depois, atravez de uma larga abertura da parede posterior do antro, a maxilar interna é separada do tecido gorduroso da fossa esfenopalatina e o vaso é ligado com instrumentação necessaria. Tal como na técnica classica de Luc-Caldwell, é feita uma contra-abertura para o nariz afim de defender-se da eventualidade de alguma secreção. Depois o antro é fechado.

O autor, que cita tres observações, pensa em simplificar a técnica realisando a operação de Denker, tomando o cuidado de alargar o campo cirurgico, pela remoção da parede da abertura piriforme, detalhe no qual ele não vê o menor incoveniente; ás vezes é necessario sacrificar o freio do labio superior. Seiffert recomenda de realisar a ligadura o quanto mais perto possivel da entrada da cavidade nasal, isto é, o quanto mais perto do foramen esfenopalatino, no sentido de evitar quaisquer comunicações. Gergely afirma ser isto muitas vezes possivel.

SIDNEY PARKINSON (Oakland) - Ventilação nasal no diagnostico da origem das cefaléas - Pag. 594.

E' bem conhecida a acção da efedrina em uma solução fisiologica de clorureto de sodio no tratamento das inflamações agudas dos seios nasais; mas o que o autor quer focalisar neste estudo é o problema da cefaléa de causa nasal, sintoma o qual ele em muitos casos citados tem conseguido fazer desaparecer pelo processo de deslocamento. Nas observações que cita, ha casos antigos de cefaléas tidas como de origens as mais diversas, e que o metodo de Proetz deu os resultados os mais animadores. Notar que em alguns casos foi forçado a abrir o seio esfenoidal.

DANIEL DE STIO (Pittsburgh) - Operação de pansinusite para asma - Pag. 606.

A pansinusite cronica é fundamentalmente causada pela diminuição de resistencia da mucosa á invasão bacteriana, como resultado da presença de uma reação alergica da mucosa dos seios, que nada mais é de que um aspéto parcial da constituição geral do doente. Muitas observações têm demonstrado que a pansinusite cronica hiperplastica não é a causa da asma, mas ambas provavelmente são resultado da natureza alergica do paciente na grande maioria dos casos. A operação radical por via externa em uma serie de 13 doentes com asma proporcionou o desaparecimento da asma apenas em uma pequena, percentagem de doentes, apezar do fóco de infecção ter sido completamente eradicado. Operações conservadoras intranasais em pansinusites hiperplasticas cronicas avançadas não removem completamente a mucosa doente, embora temporariamente possam proporcionar uma melhoria tanto da asma como da sinusite. Si pretender-se um resultado consideravel no tratamento da asma, em tais casos, não se deve esperar que a molestia tenha atingido um gráu avançado.

M. A. GLATT (Chicago) - Esofago curto congenito - Pag. 612.

Apresentando a observação de um caso, assim conclue o autor.

Ha pacientes que apresentam vagos sintomas que com frequencia simulam estenose do piloro ou esofagiana, ulcera gastrica, molestias da vesícula biliar e condições semelhantes.

Os estudos radiologicos que mostram uma estenose ou dilatação do esofago e, ás vezes, evidenciam hernia do estomago, não são concludentes para estabelecer um diagnostico.

Estudos posteriores, por meio da esofagoscopia, têm demonstrado a existencia de uma nova condição patologica, constituiria por um esofago congenitamente curto, que é resultado pela confusão clinica dó achado radiológico. Este fato tem sido corroborado por alterações notadas em biopsia e em exames post-mortem.

Conservando na mente a existencia de uma tal anomalia, poder-se-ha evitar um tratamento errado ou indicações cirurgicas mal indicadas no trato gastro-intestinal.

O tratamento não difere dos metodos conhecidos aplicados nos casos de ulcera ou estenose do esofago.

FRANCISCO HARTUNG

MONATSSCHRIFT FÜR OHRENHEILKUNDE UND LARYNGORHINOLOGIE
Junho de 1936.

M. HAJEK (Viena) - Minha experiencia sobre o tratamento radical das supurações do antro frontal - Pag. 641.

1. E' falsa a idéa de que possa existir um tratamento unico das sinusites frontais supuradas; esse tratamento deve ser escolhido, tendo em consideração o decurso nosologico. 2. O método endonasal basta na maioria dos empiemas frontais agudos ou cronicos, nos quais não ha comprometimento ósseo. 3. Quando a via nasal não é suficiente e existe integridade óssea, é indicada a trepanação simples. A cura só é possivel quando existe canal nasofrontal, em caso contrario é necessario fazê-lo artificialmente. 4. Nos empiemas agudos, com fistula na orbita, é indicada a exposição do této da orbita e esvasiamento do abcesso, com ressecção do osso necrosado, formando-se assim uma brecha larga para tratamento a céu aberto. A mucosa e resto da parte óssea permanecem ainda intactos. 5. Complicações semelhantes nos empiemas cronicos, exigem as indicações do paragrafo precedente, mas aqui a intervenção é mais estensa, é necessario retirar a parede anterior do antro, bem como a mucosa, por causa de lesões irreparaveis. Deve ser escolhido um dos processos: Kuhnt, Killian ou Riedel e posteriormente operação cosmetica. 6. Quando não é absolutamente necessario, não se deve indicar a via externa; mas se esta for inevitavel, deve-se pensar na cura e não no resultado cosmetico, que ficará adiado para época posterior.

E. MATIS (Kannas) - Sobre a trepanação exploradora da parede inferior do antro frontal - Pag. 656.

Em todos os casos de diagnostico dificil o A. aconselha seu método. Após anestesia local, incisão na borda da abertura piriforme. A seguir, as partes moles do nariz e da parede superior da orbita são afastadas, com periosteo, por meio de um gancho, até que se liberte a parede inferior do antro frontal. A' altura da sutura frónto-maxilar, é feita a trepanaçção e explorado o antro. Se necessario, alarga-se a abertura e procede-se como o A. indicou em trabalho anterior. Este método é recomendado em todos os casos duvidosos, pois que não deixa sinal externo e o diagnostico é feito com absoluta segurança.

I. FRENKEL (Kiew) - Sobre bulla ethmoidalis permagna - Pag. 670.

O A. aceita a divisão das bulas etmoidais em pequenas, aumentadas (quando atingem o bordo inferior do hiato semilunar) e grandes (quando diminuem consideravelmente o meato medio e o hiato). E' muito raro encontrar-se a bula tão grande que pareça um verdadeiro tumor. No caso apresentado, a bula tornou impossivel a visão dos corretos e tomava toda a fossa até o vestibulo. A mucosa que recobria o "tumor" apresentava-se normal. O diagnostico diferencial deve ser feito entre tumor, concha bulosa e bula etmoidal. Em seu caso, não foi possivel o diagnostico antes da operação e mesmo não é isso indispensavel visto como, em qualquer caso, a operação se faz necessaria. Após esta, o diagnostico foi facil, pois que o corneto medro foi visto, fortemente empurrado para cima e para dentro.

L. PESTI (Budapeste) - Sobre 2 casos de parotiditis interstitialis cronica - Pag. 678.

São muito raros os casos de inflamações cronicas, não especificas, das glandulas salivares e destas, as parotidas são as menos afetadas. O A. observou 2 casos de parotidite, cujos relatorios apresenta pormenorisadamente. O diagnostico não apresentou dificuldades. A anamnese falava de abaulamento bilateral, datando de 1 a 3 anos, sem reação de vizinhança, sem infiltração ganglionar. Contra a litiase, notou-se que não havia colicas durante a mastigação; á palpação, á sondagem e á radiografia, nenhuma pedra foi encontrada. A tuberculose, a actinomicose e o complexo sintomatico de Mikulicz foram afastados. Os 2 doentes do autor foram tratados pela radioterapia profunda, com ótimos resultados, não só quanto á consistencia dos tumores, como quanto á secreção salivar, que se tornou mais abundante.

J. SPIRA (Krakau) - Sobre indicações operatorias das labirintites difusas agudas, no decurso da otite media supurada aguda - Pag. 695.

O problema da conduta do especialista em semelhantes casos, ainda não se acha resolvido. Alem dos autores que acham dever-se intervir radicalmente nas labirintites e daqueles que aconselham intervenção conservadora, colocam-se os que consideram qualquer dessas intervenções como perigosa. Acha o A. que o labirinto deve ser aberto logo que se observe sua completa paralisia, mas considera também, que esse processo sacrifica muitos labirintos, que com tratamento conservador se conservariam intactos. Outro ponto importante seria o modo de diferençar a labirintite benigna da grave; a labirintite sorosa seria classificada entre as primeiras e a purulenta entre as segundas. O exame do liquor aplaina até certo ponto essa dificuldade, mas não esclarece quanto ás complicações, que são a indicação mais segura para o método operatorio a seguir.

J. BERBERICH (Frankfurt) - "Bariacusia" na hipoacusia senil - Pag. 722.

Em contraposição á paracusia de Willis na otosclerose, é descrita a bariacusia na velhice. A bariacusia caracteriza-se pela diminuição da audição, na sociedade, (quando 2 ou 3 pessoas falam ao mesmo tempo) e não ha ou ha poucos sinais objetivos. A baricusia é um sintoma precoce típico da hipoacusia senil.

ROBERTO OLIVA

LES ANNALES DOTO-LARYNGOLOGIE
N.° 4 - Abril - 1936.

ESCAT - "A proposito de cinco casos de osteoma do etmoide". - Pag. 350.

Apresenta o A. 5 observações proprias, sendo a l.ª de 1912 e a ultima de 1935, lembrando depois os casos de colegas apresentados nesse periodo. Cita a tese de Jean Causse e a comunicação de Moulonguet de um caso de osteoma frontal complicado, lembrando que os osteomas do seio frontal são pouco separaveis dos osteomas do etmoide anterior. O autor, dos seus casos, tira conclusões:

a) As 5 observações confirmam a doutrina cirurgica de Dolbeau, isto é, que estes tumores são, em principio, facilmente enucleaveis e sem recidivas.

b) Não parece que a facilidade de enucleação dos osteomas do etmoide se explique anatomicamente pela origem deles em plena atmosfera celulo pneumatica.

c) Pensa o A. que o etmoide é provavelmente a origem de muitos osteomas frontaes e fronto-etmoidaes.

d) O papel provocador possivel de um traumatismo fronto-nasal.

e) As vantagens da exerese pela orbito-rinotomia transfacial lateral, com resecção dos ossos proprios do nariz e da apofise montante do maxillar superior.

f) O carater pouco hemorrágico desses tumores comparado ao dos fibromas naso-faringianos dos adolecentes.

CAMBRELIN - "Anginas e amigdalites" - Pag. 358.

O A. estuda quatro pontos seguintes:

a) O estabelecimento de uma distinção entre angina e amigdalite e a proposição de supressão do vocabulario medico do termo "angina"para substituil-o ou por "amigdalite aguda" ou por "faringite aguda'".

b) Uma tentativa de interpretação desta electividade de lesões, seja para a amigdala, seja para o faringe em geral.

c) Um projeto de classificação nova das amigdalites e faringites.

d) Algumas considerações sobre certas anginas de descripção recente.

Deixando de lado essas considerações, vejamos a classificação clinica, nosologica e morfologica proposta pelo autor.

Elle distingue pois as amigdalites das faringites e estas duas em agudas ou cronicas.

Nas amigdalites agudas:

l.º) A. banaes eritemato-pultaceas.

2.º) A. pseudo-membranosas:
a) streptococcicas e pneumococcicas e b) diftericas.

3.º) A. ulcerosas e ulcero- necroticas: I) A. fuso-espirillar de PlautVincent; II) A. criptica ulcerosa de Moure; III) Cancro sifilitico da amigdala; IV) tuberculose inicial da amigdala; V) actinomicose da amigdala; VI) A. de quadro hematico especial, que são: a) A. da leucemia aguda; b) A. da agranulocitose; c) A. da mononucleose infecciosa.

4.º) As A. e peri-amigdalites flegmonosas.

5.º) A. lingual, catarral e flegmonosa.

6.º) A adenoidite ou amigdalite faringes.

Entre as amigdalites cronicas:

1.º) A. A. criptica; 2.º) A. A. caseosa; 3.º) As hipertrofias essenciaes: I) das amigdalas palatinas; II) a A. lingual; III) da A. faringea ou vegetações adenoides.

As faringites agudas:

1.º) F. catarral aguda (angina vermelha).

2.º) F. das molestias infecciosas (escarlatina roubeola, febre tifoide, da erisipela, da tuberculose miliar aguda).

3.º) As faringites de quadro hematico a agranulocitose e a leucemia aguda.

4.º) As F. das intoxicações agudas (arsenico, mercurio).

5.º) As faringites das perturbações troficas e trofo-neuroticas (herpes, zona, penfigus).

As faringites cronicas:

l.º) A F. Cr. hipertrofica.

2.º) A F. Cr. atrofica.

3.º) A F. Cr. granulosa.

4.º) A F. Cr. micosica.

5.º) A F. Cr. tuberculosa.

6.º) A F. Cr. sifilitica.

7.°) A F. Cr. leprosa.

8.º) A F. Cr. das intoxicações cronicas.

RENDU - "Da febre adenoidiana no curso da otite media aguda" - Pag. 390.

No curso da otite media aguda da infancia a persistencia da febre após a abertura timpanica não é sempre de origem otitica e não deve fazer pensar forçosamente em complicação mastoidiana: ella é, as vezes, devido á adenoidite aguda que causou a otite e que continua a evoluir por sua propria conta; o que o prova, é a eficacia do toque rinofaringeano que, fazendo cair a febre, prova a sua origem adenoidiana. Recorrendo a essa manobra, cuja utilidade é não somente terapêutica mas também diagnostica, evitar-se-á as vezes, ao seu doente uma trepanação mastoidiana, vantagem não despresivel quando se pensa que uma intervenção inutil sobre a mastoide está longe de ser isenta de perigo. Em outros casos, ao contrario, o pouco resultado do toque fará tomar o bisturi no momento em que certos sinaes clínicos enganadores poderiam aconselhar uma expectativa imprudente.

Apresenta 5 interessantes observações baseado nas quaes tirou as conclusões acima enumeradas.
somente terapeutica mas doente uma trepanação

H. LOB E FELDSTEIN - "A proposito do tratamento dos portadores de germens diftericos". - Pag. 398.

Depois de passarem em revista todos os meios biologicos, físicos, químicos usados para a desinfecção da garganta abrigando germens da difteria, ensaiam os autores o emprego do liquido de Bonain no fundo do recesso amigdaliano.

Tres doentes em que usaram esse meio ficaram livres de seus bacilos após uma ou duas aplicações.

PAULO SÁES

BRONCHOSCOCOPIE OESOPHAGOSCOPIE ET GASTROSCOPIE
N.º 1 - Janeiro, 1936.

II Congresso da Sociedade de Broncoesofagoscopia.

Apresentação de instrumentos

A. SOULAS - Esofagoscópios (demonstrações práticas sôbre cães cloralados. - Pag. 6.

Tratam-se de esofagoscópios em que se encontram reünidos os dois sistemas de iluminação: distal e proximal. A extremidade distal foi particularmente estudada e termina em lábio espesso, muito liso, afim de não lesar a oro-faringe.

A. SOULAS - Mensuração dos movimentos brônquicos. Demonstração prática em cães clorolados. - Pag. 10.

Instrumentação destinada a medir movimentos de amplitude e retração brônquica. Trata-se de broncoscópio especial munido de uma pera de borracha ligada a manômetro registrador permitindo registro da amplitude respiratória. Normalmente as variações da agulha são de 2 a 5 mil. para a respiração e de 2 a 4 para a tosse.

E. T. MATIS - Um novo esofagoscópio dilatavel - Pag. 14.

O A. procurou construir um esofagoscópio dilatavel com dois espéculos em posição paralela que permanecem nesta posição mesmo após a dilatação.

GEORGES CANUYT - Apresentação de uma pinça esofagiana destinada a seccionar os corpos estranhos duros (alfinetes, ossos, dentaduras) ; de um tubo esofagoscópio para corpos estranhos volumosos e de tubo esofagoscocópios (Hasslinger) modificados. - Pag. 17.

MAURICE JACOB - A lipiodolagem da traquéia, meio de diagnóstico precoce dos tumores mediastínicos. - Pag. 19.

O A. descreve um caso de tumor mediastínico diagnosticado precocemente pela introdução de lipiodol na traquéia, que revelou desvio traqueal. Recomenda a injeção direta na traquéia com uma sonda introduzida na região sub-glótica e praticada sob o controle do ecran radioscópico.

FREDERIC EEMAN - Cancer do esôfago em um homem de 30 anos. Fístula traqueo-esofagiana. Apresentação da peça. - Pag. 28.

Tratava-se de epitelioma espino-celular em homem de 31 anos de idade.

VERMINEUWE e FERNANDO EEMAN - Compressões laringo-traqueais de origem cística. - Pag. 29.

Estudo de 2 observações de cisto bronquial comprimindo a traquéia. No 1.° caso em um homem de 48 anos a punção e esvasiamento do cisto trouxe alivio ao doente mas o líquido reaparecia sempre. Na 2.° observação em criança de 4 anos a evacuação cística foi seguida de cura. A terceira observação refere-se a um caso muito raro de cisto dermoide intra-toráxico, extirpado cirurgicamente.

P. CALICETI - A broncoscopoterapia nas laringo-traqueo-bronquites atróficas - Pag. 37.

Depois de se referir ao valor das injecções traqueais de gomenol, eucalitol, lipiodol, etc., o A. diz que modificou sua técnica, passando a usar o broncoscópio afim de realizar a retirada de crostas traqueais seguida de aplicações medicamentosas. Obteve com este método bons resultados em casos graves de ozena-laringo-traqueal.

LOUIS LEROUX - Um caso de tubagem faringéia. - Pag. 39.

Observação de menina basedowiana de 4 anos e meio em que uma amigdalite ulcero-criptica aparecida em amigdalas hipertrofiadas provocou o bloqueio da faringe com asfixia enquanto o laringe estava intato. A morte foi evitada com a tubagem mantida três noites consecutivas com o tubo de Mayo. O A. estuda a patogenia asfixia faringéia realçando papel da glossoptose.

PIERRE MOUNIER-KUHN e FELIX PAGUET - Broncoscopia e cancer bronco-pulmonar. - Pag. 46.

Os A. apresentam sete observações em que a broncoscopia prestou relevantes serviços esclarecendo o diagnóstico, descrevem com minúcia os diversos aspectos broncoscópicos do cancer e concluem afirmando que todo síndromo bronco-pulmonar duvidoso exige uma broncoscopia exploradora.

VAN MIENNWENHUYSE - Pequeno corpo estranho infra-glótico em uma criança de 20 mêses. Extração e cura. - Pag. 57.

Criança apresentando cornagem e sintomas de asfixia. Com a laringoscopia direta foi feita extração de um fragmento de casca de amendoim. Melhoras imédiatas que se acentuaram rapidamente. O A. chama a atenção para os sinais de bronquite difusa mostrando que Ch. Jackson poz em evidência estas reações especiais da bronquite araquídica.

LOUIS LEROUX - Diagnóstico dificil de um corpo estranho do esôfago. - Pag. 60.

Relação de alguns casos em que a esofagoscopia encontrou dificuldades em descobrir corpos estranhos do esôfago. Na primeira observação um osso revestido de carne pouco cozida confundiu-se com a coloração normal do esôfago. Só 2 dias depois quando o fragmento de carne já apresentava coloração esverdeada foi facilmente localizado e extraido.

GEORGE CANUYT e MARCEL LACROIX - Sôbre um caso de corpo estranho do esófago; volumosa dentadura, secção. Extração. Cura. - Pag. 63.

Observação de uma dentadura no esôfago, localizada no estreitamento diafragmático. As duas primeiras tentativas de extração falharam. A dentadura foi seccionada em 4 fragmentos com a pinça de Canuyt e a extração foi em seguida realizada facilmente.

PIERRE-MOUNIER-KUHN - Algumas qüestões sôbre o mecanismo de ação da broncoscopia. - Pag. 68.

A broncoscopia atua quasi sempre como um ato hipertenção, a elevação de tensão produz-se essencialmente no decurso do tempo laringoscópico. O A. apresenta hipoteses sôbre a atuação da broncoscopia nos abcessos do pulmão e atelectasia frusta, mostrando a complexidade do problema que está a exigir pesquizas orientadas neste sentido.

A. AUBIN e F. BÉRARD - Moeda encravada ha seis mêses no esôfago, extração impossivel pelas vias naturais, realizada por esofagotomia externa. - Pag. 76.

Uma criança de 3 anos e meio deglute uma moeda que se localiza no terço do esôfago. Depois de várias peripécias, seis mêses após o acidente o corpo estranho é localizado. Em duas sessões de esofagoscopia, a moeda não poude ser extrahida; granulações inflamatórias dificultavam visão e localização do corpo estranho. A esofagotomia externa feita sob anestesia local permitiu com facilidade a extração da moeda. Os A. fazem algumas considerações realçando a utilidade e benignidade desta intervenção e suas indicações.

NAVARRO - A via externa na extração dos corpos estranhos do esôfago. Pag. 84.

O A. apresenta duas observações em que foram praticadas a esofagotomia externa. A primeira em um homem de 72 annos que deglutiu uma casca de caramujo (coquille de moule); a esofagoscopia não foi bem sucedida. A segunda observação refere-se a um doente mental que propositalmente deglutiu uma chave. A extração esofagoscópica fracassou e foi marcada para o dia seguinte a esofagotomia externa. Durante a noite o paciente fugiu do hospital e perambulou sem se alimentar durante nove dias sendo encontrado em uma povoação a 17 quilômetros da capital. A esofagotomia externa foi então feita sob anestesia local e a chave foi extraida com alguma dificuldade pois a extremidade inferior se encontrava fortemente aprisionada por um anel espasmódico. Morte 24 horas após. Autopsia revela impiema da plêura direita e a existência de um prego com a ponta voltada para cima no piloro.

P. MOUNIER-KUHN - Tachinha (percevejo de desenho) ha 19 mêses no brônquio de uma criança de 10 anos. Extração per-oral. Cura. Pag. 99.

História de um corpo estranho de longa permanência brônquica, cuja extração foi difícil exigindo cinco sessões de broncoscópias. A apreensão apresentou dificuldades devido a existência de uma estenose brônquica e de processo de pneumopatia intenso. A' extração do corpo estranho seguiu-se cura rápida.

A. AUBIN - Corpo estranho transfixante do esôfago. Abcesso peri-esofagiano. Extração por esofagotomia externa. Cura. - Pag. 166.

História de uma senhorita de 29 anos que deglutiu acidentalmente um fragmento de costela de porco. A esofagoscopia procedida logo em seguida não encontrou o corpo estranho revelando apenas a existência de fragmento de carne. 48 horas depois sintomas clínicos de perfuração do esôfago exigindo esofagotomia externa praticada sob anestesia local. A intervenção revelou abcesso peri-esofagiano e perfuração do esôfago permitindo extração de um fragmento de osso de 4 cmts. de comprimento. Seguem-se algumas considerações sôbre a patogenia do acidente e sôbre as vantagens da esofagotomia externa.

S. TRAMA e M. CILOTTI -Intoxicação tetânica provocada por um corpo estranho (lingueta metálica) no brônquio direito. Observação interessante e rara. - Pag. 111.

Um menino de 13 anos aspirara ha 12 dias uma lingueta metálica de corneta que se localizara no brônquio direito. No 1.° dia tenta-se a broncoscopia per oral, não se conseguindo abrir a boca
do paciente. No dia imediato surgem sintomas claros de tétano e a extração do corpo estranho é feito por via traquéal sendo o paciente em seguida removido para um serviço de moléstias infectuosas onde a infecção tetânica apresentou sintomatologia exuberante e foi eficazmente combatida pela seroterapia em doses macissas. Bronquite purulenta grave tratada pelas injeções de mugólio. A cura foi conseguida em 14 dias. Seguem-se considerações sôbre a porta da entrada da injeção tetânica e sôbre o modo de ação da terapêutica pelo sôro.

R. CHAIT - Um caso de asma tratado pelo método traqueo-broncoscópico. - Pag. 116.

Observação de um asmático de 40 anos que apresentou grandes melhoras com o tratamento pelo broncoscópio.

DR. GABRIEL PORTO
Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C


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