INTRODUÇÃOO Sistema Nervoso Auditivo (SNA) é um sistema altamente complexo e tem papel relevante para o correto reconhecimento e discriminação de eventos auditivos, desde os mais simples, como um estímulo não verbal, até os mais complexos, como é o caso da fala e da linguagem.
O cérebro é responsável pela maior parte do processamento auditivo (PA) da fala, que tem início na cóclea, onde a atividade mecânica é transformada em impulsos nervosos. Ouvir, no sentido fisiológico, integra três componentes: atividade periférica, atividade auditiva central e os processos do Sistema Nervoso Central (SNC)
1. Quando há uma ruptura em qualquer um desses fatores, ocorre um déficit no reconhecimento da fala.
O cerebelo também participa no processamento auditivo e ainda colabora em várias funções cognitivas, como a memória, o processamento da linguagem e de operações linguísticas, entre outros
1. Além dessas funções, ele participa, ainda, na manutenção, monitoramento e organização temporal
2, intensificando a resposta neural, coordenando a direção da atenção seletiva, sendo ativado em testes de memória de curta e longa duração
3.
Enquanto o sistema auditivo periférico recebe e analisa os estímulos auditivos do meio ambiente, o sistema auditivo central e o cérebro analisam as representações internas desses estímulos acústicos e uma resposta é programada pelo indivíduo. A construção que se faz acerca do sinal auditivo para tornar a informação funcionalmente útil é chamada de processamento auditivo (PA) e constitui numa série de operações mentais que o indivíduo realiza ao lidar com informações recebidas, via sentido da audição, e que dependem de uma capacidade biológica inata, do processo de maturação e das experiências e estímulos no meio acústico
2. É necessário, portanto, possuir limiares auditivos normais, mas é preciso que o sinal acústico seja analisado e interpretado, para que se transforme em uma mensagem com significado.
O PA envolve uma série de habilidades auditivas como localização, detecção, figura-fundo, separação binaural e outras e, dentre elas, encontra-se a ordenação temporal, que pode ser simples, quando o sujeito identifica sons não verbais no silêncio; e complexa, quando identifica sons verbais competitivos, mantendo uma ordem apresentada
4. Esta habilidade pode ser analisada pelo teste padrão de frequência, que é comportamental, depende da resposta do indivíduo avaliado e mostra o modo de funcionamento do sujeito. Outra habilidade que compõe o PA, trabalhando de maneira integrada com as demais habilidades, é a atenção auditiva. Esta se configura pela capacidade de manter-se focado, atento, a um estímulo auditivo
5 e pode ser analisada pelo P300, teste objetivo, fisiológico, que mostra mudanças ainda não observáveis no funcionamento do indivíduo.
Entende-se que na avaliação da ordenação temporal e da atenção auditiva outras habilidades estão envolvidas nesse processo, como a discriminação de frequência e memória. Sendo assim, os testes podem ser usados conjuntamente, pois se completam, trazendo informações complementares e com maior ou menor participação do indivíduo avaliado.
Estes testes são apenas alguns dos testes destinados a avaliar o SNA, mais especificamente o evento complexo que é o PA, na luta por elucidar as suas relações com outras alterações, mas principalmente com as alterações de linguagem.
As funções do SNA são influenciadas pela sequência de eventos sonoros que ocorrem no tempo, configurando o processamento da informação temporal
4. O PA temporal, que se constitui como a base do processamento auditivo, é uma habilidade fundamental na percepção auditiva de sons verbais e não verbais, na percepção de música, ritmo e pontuação, na discriminação de
pitch, de duração e de fonemas
6.
Diferenças na acentuação, pistas prosódicas, como pausas e velocidade de fala, permitem que o ouvinte identifique a palavra chave e determine o conteúdo semântico
6.
Dentre as habilidades do processamento temporal, encontra-se a ordenação temporal, que está diretamente relacionada à percepção e discriminação fonêmica necessárias à formação do sistema fonológico da língua alvo
4.
Uma das principais causas de fracasso escolar entre as crianças é a falta de atenção
7. Esse problema pode ser a manifestação de certo número de doenças, incluindo o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Distúrbio do Processamento Auditivo (DPA), dentre outras. No entanto, ainda não há um consenso se a dificuldade na atenção auditiva é um componente associado ao DPA ou reflete apenas um déficit isolado no processo de atenção
7. A atenção auditiva é imprescindível para a aquisição de aspectos acústicos e fonéticos dos padrões linguísticos, essenciais no processo de aprendizagem da leitura e escrita
5,7.
A desatenção é um problema que faz com que a pessoa perca ou não registre as informações em sua memória de trabalho para processá-las. Esse distúrbio acarreta mais tempo na execução das tarefas do trabalho ou da escola, uma vez que se busca sempre qual a informação perdida, devido a sua desatenção e, como resultado, o processamento da informação é atrasado
5. Sendo assim, o aprendiz com DPA pode demonstrar problemas com compreensão, discriminação e memória auditiva, déficits de linguagem, figura-fundo e o seu aprendizado é afetado, pois esse depende do grau de atenção
8. Dentre as habilidades do PA, a dificuldade de atenção auditiva é a mais prevalente entre os escolares
9.
A avaliação do PA engloba a capacidade do ouvinte em identificar, discriminar e perceber os aspectos segmentais e suprassegmentais da fala, capacidade essa diretamente associada aos aspectos temporais auditivos
10.
Nessa avaliação, recomenda-se a utilização de estímulos verbais e não verbais, com uso de testes comportamentais ou eletrofisiológicos que avaliam as habilidades auditivas
8.
Os testes comportamentais são considerados como a principal chave no diagnóstico de alterações de PA em adultos e crianças
11.
Dentre os testes comportamentais de detecção e identificação de ordenação temporal mais utilizados, estão o Teste de Padrões de Frequência (TPF) e o Teste de Padrões de Duração (TPD)
12.
Tecnicamente, tais testes podem ser aplicados em campo livre, uma vez que estudos normativos não evidenciaram diferença significativa entre as orelhas direita e esquerda
12.
Observa-se que mais de 60% dos avaliadores da área aplicam o TPF e com menor frequência o TPD
13.
Na avaliação da habilidade da atenção auditiva, pode-se utilizar o potencial auditivo de longa latência, também chamado P300.
O P300 é um componente positivo com pico em torno de 300 ms ou mais, após o início do estímulo. É gerado usando uma série de estímulos sonoros (frequentes) e estímulos diferentes (raros), que aparece aleatoriamente. O resultado do exame é obtido em função da focalização de atenção no estímulo raro
14.
O estímulo diferente (raro) ocorre entre 15% e 20% das vezes, e o sujeito deve identificá-lo, normalmente, contando mentalmente quantas vezes esse estímulo ocorre. O sistema auditivo habitua-se a ouvir o estímulo frequente, e, portanto, menos neurônios respondem a esse estímulo. Já o estímulo raro, que é ouvido poucas vezes, faz com que o sistema responda com mais neurônios; portanto, a curva gerada por esses neurônios é maior do que a gerada pelo estímulo frequente. Subtraindo-se o estímulo raro do frequente, obtém-se o P300
15.
O atraso na latência da onda P300 estaria relacionado com um possível déficit no processamento cognitivo, uma vez que o eliciar desse potencial envolve áreas corticais de percepção, atenção e memória auditiva, além de mecanismos da cognição
14,15.
A avaliação do PA, com o uso também dos testes mencionados, tem ainda o objetivo de monitorar a reabilitação fonoaudiológica por meio do treinamento auditivo (TA), visando minimizar as habilidades auditivas alteradas, visto que estas são necessárias para a compreensão da fala
12. Essa técnica baseia-se na plasticidade neural, que é a mudança em células nervosas que ocorrem de acordo com as influências ambientais e que considera os cérebros jovens, como de crianças e adolescentes, com maior plasticidade e, portanto, podendo se alterar rapidamente
12.
O objetivo desse trabalho foi o de analisar a aplicabilidade do TPF e do P300 para a avaliação da ordenação temporal e atenção auditiva, respectivamente, por meio de uma revisão da literatura.
MÉTODOFoi realizada uma revisão bibliográfica integrativa (base documental), buscando artigos indexados nas bases de dados:
Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MedLine, EUA),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS, Brasil) e da
Scientific Eletronic Library Online (SciELO, Brasil). Foram utilizadas, na busca de artigos, as palavras-chave: eletrofisiologia e P300, atenção auditiva, potencial evocado P300, ordenação temporal, processamento e TPF. Os critérios de inclusão foram: artigos com texto completo publicado e indexado, disponíveis nos referidos bancos de dados em português e/ou inglês, no período de 2006 a 2011, que abordassem o TPF e o P300 para avaliação das habilidades de ordenação temporal e atenção auditiva, respectivamente (Figura 1).
Figura 1. Diagrama explicativo sobre o processo de seleção dos artigos.
Os critérios de exclusão foram: os artigos que abordavam a habilidade em sujeitos com hiperatividade, déficit de atenção, doenças ou lesões neurológicas, doenças psiquiátricas, alterações auditivas periféricas, gagueira, artigos de estudo de um só caso, artigos em duplicidade nas bases de dados e artigos de revisão bibliográfica.
Encontraram-se 13 artigos abordando o teste padrão de frequência para avaliação da ordenação temporal e 16 artigos com uso do P300 para a análise da atenção auditiva.
RESULTADOSObserva-se que o TPF pode ser usado para avaliar a ordenação temporal em diversas situações. Na maioria delas, em indivíduos com distúrbios de linguagem, mas também pode ser realizadas em músicos, pessoas com cegueira, trabalhadores rurais, pacientes respiradores orais e em várias faixas etárias como em crianças, adolescentes, jovens e adultos (Quadro 1).
Verifica-se que a maioria dos estudos com TPF são do tipo transversal, com teste realizado em cabina acústica por meio de fones de ouvido
9,10,16-19.
O TPF foi aplicado em todos os estudos, mas em seis deles, também foi aplicado o TPD para avaliar a ordenação temporal
16,18,20,21,23,26, sendo usado na versão infantil da
Autitec16 ou na versão infantil e adulta, dependendo da idade do pesquisado
17.
Observa-se que não existe uma uniformidade quanto à aplicação da intensidade do teste, pois foi aplicado na intensidade de 50 dBNA
20,27, 60 dBNA
18, 70 dBNA
22,23, ou, ainda, em 50 dBNA na média tritonal
24 ou acima do Limiar de recepção de fala (LRF)
21.
A quantidade de estímulos aplicados foi de 60 em dois estudos
16,19, mas muitos não descreviam esse quantitativo na metodologia, embora se saiba que em seis estudos
16,17,20,21,23,24, o TPF foi diótico, ou seja, o estímulo foi dado para as duas orelhas simultaneamente e em dois, na forma monótica
8,24. Quanto à classificação para o padrão de acertos, quando referido, utilizou-se aquela recomendada por Musiek
26,28 ou Balen
16,22,27.
Quanto ao modo de resposta ao teste, seja em nomeação ou murmúrio (
humming), verifica-se que os estudos aplicam uma das formas, nomeação
18,20,24 ou murmúrio
24,25, mas a maioria dos que descreveram a metodologia aplicada utilizava ambas as formas ou deixava o indivíduo do estudo escolher a melhor forma de resposta
8,16,17,23.
Existe uma relação entre a leitura e escrita e o processamento temporal nos indivíduos disléxicos
19,20.
Dos 52 escolares respiradores orais sem alterações auditivas, verifica-se que o desempenho da habilidade de ordenação temporal encontra-se abaixo do esperado para a idade em metade dos escolares do estudo, em ambas as orelhas na forma de nomeação (Orelha direita (OD) = 29, Orelha esquerda (OE) = 30), e em quase metade dos escolares na forma de murmúrio (Orelha direita (OD) = 22, Orelha esquerda (OE) = 26), assim como a atenção e memória, visto que a respiração oral altera o sistema hematológico do indivíduo, interferindo na saúde em geral e que a sonolência diurna pode interferir na atenção da criança, prejudicando o aprendizado
8.
O teste de padrão de frequência é sensível (83%) em identificar desordens do processamento auditivo decorrentes de alterações cerebrais, porém, não é tão sensível às lesões de tronco encefálico (45%) nem à lesão coclear (12%), embora apresente uma especificidade elevada de 82%
29. O reconhecimento do padrão como um todo seria feito pelo hemisfério direito e a sequencialização do padrão pelo hemisfério esquerdo, exigindo uma comunicação inter-hemisférica, realizada pelo corpo caloso. Antes de ser decodificada ou sequencializada pelo lado esquerdo, ocorreria a estocagem em memória de curto prazo, sendo essa uma função cerebral. A resposta verbal requereria uma conexão neural da decodificação da sequência subcorticalmente da área temporo-parietal posterior, via trato intra-hemisférico da substância branca até a região frontal do cérebro, dentro da fissura central, onde a resposta motora seria organizada e iniciada
29.
Quanto à atenção auditiva, sabe-se que, dentre os diversos potenciais evocados auditivos de longa latência (PEALL), o P300 ou Potencial cognitivo é o mais utilizado na prática clínica e tem grande utilidade no estudo das funções cognitivas, atenção e memória recente
15.
Observa-se que o P300 já foi experenciado em várias situações, buscando-se obter parâmetros para determinadas faixas etárias
30-36 e que as latências do sexo masculino são maiores que no sexo feminino
32 (Quadro 2).
Verifica-se que a maioria dos estudos analisam a latência e a amplitude, contudo, a latência é o indicador mais confiável do que amplitude, visto que esta é difícil de ser alterada em função da atenção
37 (Quadro 2).
Em alguns estudos, verifica-se que à medida que aumenta a idade dos sujeitos, os valores para latência para o P300 tendem a aumentar
35,38, mas, em outros, latência é estável
33,38,39.
A amplitude N2-P3 apresenta grande variabilidade nos P300, como verificado no estudo com reavaliação dela durante o período de três meses
40 e em casos em que as variáveis sexo e período do ciclo menstrual influenciam-na
36 (Quadro 2).
Em portadores de síndrome da apneia do sono (SAOS), verifica-se redução da amplitude do P300, sugerindo disfunção cognitiva induzida por diminuição da memória auditiva
39.
Já os adultos, pacientes com AIDS, apresentam alterações no potencial cognitivo sugerindo comprometimento da via auditiva em regiões corticais e déficit no processamento cognitivo das informações auditivas nessa população
41.
De maneira geral, pelos estudos levantados na literatura, verifica-se que, nos pacientes com síndrome de Down
34, AIDS
41 e desvio fonológico
42, os parâmetros de amplitude e latência apresentaram-se alterados, mas, nos portadores de SAOS
39, apenas a amplitude estava alterada e nos casos de cirrose hepática sem encefalopatia
40, apenas a latência.
Os equipamentos utilizados na maioria dos estudos para execução do P300 foram o equipamento
Biologic's Evoked Potential System versão 6.1.
32,33,39 e o
Amplaid MK 22 de dois canais
36,42.
Todos os exames P300 rastreados no levantamento bibliográfico utilizaram o paradigma
oddball, com 80% de estímulos frequentes (EF) e 20% de estímulos raros (ER). A frequência mais utilizada para o EF foi 1.000 Hz
14,21,30,35,38,39-44, e o ER mais usado foi 2.000 Hz
14,30-34,39,40,42-44 com quatro estudos utilizando 1.500 Hz
21,36,38,43.
Para a execução do exame, foi mencionado o uso da pasta de limpeza na pele
Nuprep Abrasive Skin Gel32, pasta abrasiva OMNI
34 e
Every Per La Pulizia Della Cute36, a pasta eletrolítica para melhor condutividade da corrente elétrica como EEG
32,33 com eletrodo fixado com micropore
31,33,41,42. Para facilitar o relaxamento durante o exame, tinha-se uma sala silenciosa
21,36,41, semiescura
14,34,36, em cadeira reclinável
21,41,43 ou em maca
14,36,42.
Os eletrodos foram colocados nas mastoides e no vértex
43, mas também foi posicionado no vértex (Cz), fronte (Fz) e mastoides (A1 e A2)
21,30,31,33,39,41, contudo, uma considerável parte dos estudos utilizou-se do sistema internacional 10-20 em que os eletrodos são colocados na fronte (Fz), vértex (Cz), parietal (Pz), lóbulos das orelhas (A1-esquerda, A2-direita)
14,34-36,42-44. Em um estudo, acrescentou-se a forma de disposição dos eletrodos do Sistema internacional 10-20, um eletrodo acima da sobrancelha direita e um no canto esquerdo do olho para controle do eletro-oculograma
40.
Sugere-se que o uso de dois eletrodos ativos posicionados em Fz e Cz pode ser considerado um recurso a mais para auxiliar na análise do registro do P300
33.
O indivíduo, com fones 3A
14,33,39,44 ou TDH39
21,30,38,41, recebia um treinamento de como seria o exame
14,33,35,36, após a explicação de que o mesmo deveria manter sua atenção no estímulo raro, e que deveria contar mentalmente e levantar a mão ao ouvi-lo
36,38,39,42,44 ou contar em voz alta
21,31,33, evitando, com isso, a manutenção da vigilância, recebendo a instrução de manter os olhos fechados
31,36,42,44.
O ato motor de levantar a mão associado à contagem de estímulos raros é relatado como mais fácil e, por isso, acredita-se que essa metodologia pode ser adotada para indivíduos com dificuldades em realizar o exame apenas contando em sequência
36.
Os parâmetros utilizados na maioria dos estudos analisados com P300 foram: binaural simultâneo
32,35,36,39,40,42 ou monoaural
14,38,41,44 com 100 ms
rise/fall36 ou 5 ms
rise/fall42 e 10 ms
rise/fall43 20 ms
plateau36,42, na intensidade de 70 dBNA
14,30,32,33,43,44, 75 dBNA
31,32,41 ou 80 dBNA
21,35,36,42, com número de estímulos de 300
14,21,31,35,38,41,44, do tipo
tone burst21,30,32,33,35,36,38,39,41,42, apresentados na velocidadesde 1 s
14,30,32,33,36,39 polaridade alternada
42, rarefeita
32 ou positiva
31, com passa alto de 1 Hz
38, 2 Hz
31 ou 20 Hz
4, passa baixo 0,5 Hz
36, 1,5 Hz
31 ou 30 Hz
38.
Observa-se que não houve diferença na latência entre as orelhas
21,31, assim como entre os gêneros
33,36.
Em dois estudos, foi aplicado o P300 duas vezes
14,30. Contudo, essa prática provoca cansaço e compromete o resultado da avaliação, uma vez que essa depende da atenção
31. Alguns autores preferiram realizar o teste eletrofisiológico de 8 às 10 da manhã
45 ou às 9 horas para evitar ciclo circadiano
32.
As classificações, quando referidas, foram as recomendadas por Junqueira
45, Mcpherson
15 e Pfefferbaum
46.
Observa-se que as metodologias são diferentes quanto aos parâmetros aplicados e a marcação da onda P300. Assim como, verifica-se que as latências do P300 com estímulo verbal foram significantemente maiores e amplitudes menores do que para o P300 com estímulo não verbal
31. Este fato provavelmente ocorreu porque os estímulos verbais, que no estudo foram formados pelas sílabas /ba/ e /da/, constituem tarefa de dificuldade de escuta mais complexa, quando comparada com a discriminação de estímulos não verbais.
DISCUSSÃOQuanto ao teste de maior facilidade, entre o TPF ou TPD, verifica-se que o TPF é realmente o exame considerado mais fácil por 80% dos indivíduos
23.
O TPF, que avalia a ordenação temporal, depende de vários processos auditivos centrais, como o reconhecimento do todo, transferência inter-hemisférica, qualificação linguística e sequenciamento dos elementos linguísticos e indícios de memória
47.
Deve-se considerar que em alguns estudos a faixa etária dos indivíduos engloba desde a idade de 5 anos a 59 anos e sabe-se que o desempenho em qualquer teste de ordenação temporal, seja o TPF e/ou o TPD, apresenta melhora quantitativa nas respostas com o aumento da idade, especialmente entre os 8 e 10 anos
24,47, pois a maturação do corpo caloso ocorre a partir dos sete anos de idade
28 e atinge níveis de desempenho de adultos nos testes de processamento auditivo por volta dos 10 ou 11 anos de idade
24.
Percebe-se que, em sujeitos com desvio fonológico
17,18, a ordenação temporal encontra-se alterada, pois a dificuldade na percepção de estímulos que se modificam rapidamente interfere no processamento fonológico dos sons da língua, interferindo na compreensão de fala e, consequentemente, na aquisição do sistema fonológico alvo e problemas de linguagem oral
4.
A constatação de desempenho superior no TPF não verbal (murmúrio) comprova a facilidade na detecção, reconhecimento e retenção dos padrões de frequência relacionada à execução do murmúrio. O murmúrio não envolve memória, discriminação e conscientização da sequência do som, sendo caracterizado por uma atividade imitativa, aparentemente com menor complexidade
48.
A tarefa com resposta verbal é mais complexa, indicando a necessidade de aprendizado ou neuromaturação do sistema nervoso. A nomeação, como atividade linguística, demanda processos dependentes de maiores conexões do pensamento com a linguagem
16.
A tarefa de sequencialização temporal envolve ambos os hemisférios cerebrais, cada um com uma função diferente, porém, trabalhando em conjunto, independentemente da orelha estimulada. As estruturas envolvidas em testes tonais de padrões auditivos seriam cada um dos hemisférios e a estrutura responsável pela conexão entre os hemisférios, o corpo caloso. O hemisfério direito seria responsável pelo reconhecimento do contorno acústico e o esquerdo seria responsável pela sequencialização temporal e nomear o que foi ouvido
4,29. Por isso, a dificuldade na modalidade nomeando pode ser explicada pela necessidade de integração inter-hemisférica (via corpo caloso) dos estímulos na solicitação de resposta verbal, o que não ocorre na solicitação não verbal
28.
A exposição à teoria musical e ao treinamento auditivo são fatores importantes no desempenho do TPF, pois eles possibilitam uma maior percepção na discriminação das frequências, visto que a prática musical propicia essa habilidade, ficando evidente a associação entre educação musical e competência em reconhecimento de padrão de frequência
10,24.
Percebe-se que o uso do TPF é o instrumento mais frequentemente utilizado para avaliação da ordenação temporal, apesar da existência do teste padrão de duração (TPD), a partir dos 7 anos, podendo melhorar quantativamente com aumento da idade
28.
Quanto à atenção auditiva, sabe-se que os potenciais evocados auditivos (PEA) têm se caracterizado como importante ferramenta em neurociência, pelo seu caráter objetivo na avaliação da integridade estrutural e funcional do sistema nervoso auditivo central. Além das reconhecidas aplicações clínicas dos PEA no diagnóstico audiológico, monitoramento intraoperatório e da função cognitiva, sua utilização possui vantagens no exame de casos de distúrbios de linguagem, por não necessitar de resposta verbal
38.
Os potenciais evocados auditivos de longa latência (PEALL) refletem a atividade eletrofisiológica cortical envolvida nas habilidades de atenção, discriminação, memória, integração e capacidade de decisão
15,30. Esses potenciais referem-se a respostas elétricas gravadas, geradas pelo tálamo, córtex auditivo e por áreas de associação corticais, estruturas essas que estão envolvidas nas tarefas de discriminação, memória, integração e atenção
31,38, sendo afetadas pelo sono, sedação e pela atenção ao estímulo acústico, estando, portanto, relacionados à função atencional e de cognição.
Nos estudos, a faixa etária dos sujeitos da pesquisa vai desde 7 a 74 anos e sabe-se que o P300 começa a aumentar na segunda ou terceira década de vida, ou seja, a idade deve ser levada em consideração na interpretação dos valores obtidos em diferentes faixas etárias, visto que a latência P300 aumenta aproximadamente um milissegundo por ano de vida
49.
A diminuição da latência da onda P300 está relacionada ao aumento da capacidade cognitiva, portanto, efetuar o seguimento de indivíduos com doenças que comprometem a capacidade cognitiva por meio do P300 pode trazer benefícios, já que essa medida eletrofisiológica pode fornecer informações acerca de mudanças comportamentais que se manifestam mais tardiamente
38.
A atenção e a memória recente são dependentes da discriminação entre os estímulos, sejam eles verbais ou não verbais.
A aplicação do P300 é um procedimento objetivo, mas a sua análise é extremamente subjetiva, dependendo de uma boa experiência do clínico em detectar visualmente as ondas
38.
Dentre os principais componentes do P300, encontram-se as ondas N2 e o P3. O N2 é um fator misto, com fator exógeno e endógeno
45. O fator exógeno do N2 contribui para tarefas de discriminação física do estímulo
37,45,50 como as características acústicas do estímulo e o fator endógeno revela as atividades de atenção e percepção
45, possuindo resposta passiva e automática que precede ao estímulo, eliciada pela discriminação do evento raro, como em situações de competição sonora
42. O componente P3 é um potencial endógeno
46, ocorrendo quando o indivíduo reconhece conscientemente a presença de uma mudança no estímulo auditivo. Esses componentes podem estar alterados quando há déficits nos mecanismos de atenção.
Os estudos com P300 que se associam ao déficit de atenção e memória trazem o N2 e P3 como componentes sensíveis a estas alterações. A sensibilidade e especificidade desse instrumento é cerca de 80%
50.
A latência do P300 aumenta quando os "alvos" para discriminação são mais "difíceis" do que o padrão, ou seja, a latência é sensível à demanda do processamento da tarefa. Em contrapartida, a amplitude do P300 é maior para tarefas mais fáceis e vai diminuindo conforme a tarefa torna-se mais difícil
15.
Cabe salientar que a exposição musical pode ser um facilitador para o avaliador na avaliação da onda P300, visto que facilita a realização e sustentação da atenção ao exame
44, auxilia na sincronia neural e estimula o mapa tonotópico das frequências, o que facilitaria a realização do exame
40.
Observa-se a necessidade de obtenção de parâmetros em indivíduos de diversas faixas etárias, como jovens e adultos
31-33,36,38, assim como em idosos saudáveis
35 e percebe-se que o P 300 ainda precisa ser mais estudado.
A aplicação do P300 na avaliação da atenção auditiva é muito frequente, contudo, ele ainda é objeto para obtenção de parâmetros, já que se busca avaliá-lo nas diversas faixas etárias com sujeitos saudáveis e nos casos com alteração de linguagem e não possui uma única metodologia de aplicação.
CONSIDERAÇÕES FINAISO TPF é um instrumento mais frequentemente utilizado para avaliação da ordenação temporal, realizado na maioria das vezes com leitor de CD acoplado ao audiômetro, recebendo estímulo via fone, sendo aplicável em indivíduos com desvio fonológico, respiração oral, distúrbio de linguagem e trabalhadores rurais, apresentando bom desempenho em adultos cegos e descendentes de japoneses, pois a segunda língua facilita o reconhecimento de padrão de frequência sonora.
O P300 pode ser feito com vários parâmetros e a latência é o melhor indicador para análise da atenção auditiva, sendo aplicável em portadores da síndrome de Down, AIDS, desvio fonológico, SAOS, cirrose hepática, em sujeitos de ambos os sexos e em diversas faixas etárias.
Observa-se que a exposição musical é um fator que pode colaborar na melhoria das habilidades de ordenação temporal e na realização do P300 para avaliar a atenção auditiva, pois essa característica favorece o treino da memória auditiva e discriminação da frequência, habilidades que colaboram no processamento das habilidades estudadas.
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http://dx.doi.org/10.1097/00003446-199608000-000031. Doutoranda do Programa de Saúde da Criança e do Adolescente - UFPE (Fonoaudióloga do Núcleo de Atenção ao Servidor da Gerência Regional de Educação da Mata Norte do Estado de Pernambuco na cidade de Nazaré da Mata - PE).
2. Doutora em Psicologia Cognitiva - UFPE (Professora Adjunto do Departamento de Fonoaudiologia da UFPE).
3. Doutora pela USP-SP (Professora Adjunta de Otorrinolaringologia da UFPE).
4. Pós-doutor pelo Prince Leopold Institute of Tropical Medicine - Bélgica, Doutor em Nutrição - UFPE (Professor Associado do Departamento de Nutrição da UFPE).
Endereço para correspondência:
Elisângela Barros Soares Mendonça
Rua Alzira Vieira da Cunha, nº 105
Goiânia - PE. Brasil. CEP: 55900-000
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) do BJORL em 10 de dezembro de 2012. cod. 10654.
Artigo aceito em 30 de abril de 2013.