INTRODUÇÃOA pesquisa do potencial evocado auditivo cognitivo P
3 permite avaliar a atividade neurofisiológica de processos que ocorrem no córtex cerebral relacionados com a cognição, como a memória e a atenção auditiva1. Por se tratar de um método objetivo, a sua aplicabilidade clínica tem sido demonstrada em diferentes quadros neurológicos e mentais, alterações auditivas, de linguagem e aprendizagem, entre outros2-6.
No paradigma
oddball, são utilizados dois estímulos auditivos, um raro e outro frequente, que apresentam um contraste entre si, construído a partir da dimensão de frequência, intensidade, significado ou categoria. Com a utilização de dois canais de registro, é possível observar para o estímulo frequente, os potenciais corticais N
1, P
2 e N
2 e, para o estímulo raro, o componente P
3. O número utilizado para denominar estes componentes refere-se à ordem de ocorrência em que os potenciais são registrados, e as letras para caracterizar picos positivos (P) e negativos (N). Importante ressaltar que o P
3 é considerado um potencial cognitivo, diferente dos demais, pois corresponde à atividade elétrica que ocorre no sistema auditivo quando há a discriminação do estímulo raro entre os frequentes.
Estudos caracterizaram o componente P
3 quanto à latência e amplitude ao ser evocado por tons puros, em indivíduos ouvintes. No entanto, o processamento do sinal acústico ocorre de forma diferenciada entre sons verbais e não verbais7-10, sendo difícil generalizar a informação do processamento auditivo de um estímulo simples para um estímulo mais complexo, como a fala11.
O potencial evocado auditivo cognitivo P
3 gerado por estímulo de fala tem sido utilizado para fornecer informações do processamento do sinal de fala em situações em que a avaliação comportamental não é um método preciso, além de auxiliar na identificação de alterações na detecção ou discriminação, informação esta que pode direcionar a reabilitação terapêutica de um indivíduo12.
Assim, estudos voltados aos potenciais evocados auditivos com estímulos de fala são importantes para compreender como a complexidade do estímulo influencia nas características do potencial gerado, como a latência e amplitude. A Tabela 1 apresenta os valores de latência dos componentes dos potenciais evocados auditivos corticais e cognitivo auditivo P
3, assim como valores de amplitude deste, evocados por estímulo de fala (sílabas) em adultos com audição normal.
O objetivo deste trabalho foi caracterizar os potenciais evocados auditivos corticais e o cognitivo auditivo P
3 com estímulo de fala com contrastes vocálico e consonantal em indivíduos com audição normal.
MÉTODOTrata-se de um estudo de coorte transversal e prospectivo realizado com aprovação do Comitê de Ética, processo nº 069/2003. Todos os indivíduos avaliados ou seus responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido anteriormente à realização do exame.
Foram avaliados 31 indivíduos com audição normal e sem histórico de risco para alterações auditivas, neurológicas e de linguagem na faixa etária de 7 a 30 anos, sendo 13 do gênero feminino e 18 do masculino.
A ausência da perda auditiva foi evidenciada pelo limiar auditivo
< 25 dBNA na audiometria tonal liminar, escores 92% para vocábulos monossílabos na pesquisa do índice de reconhecimento de fala (IRF), curva timpanométrica tipo A e presença de reflexos acústicos entre 70 e 90 dBNS. Foram utilizados o audiômetro
Madsen®, modelo
Midmate 622 com fones TDH-39, calibrado no padrão ANSI-69, e o imitanciômetro
Interacustic®, modelo AZ7.
Durante o exame, os indivíduos permaneceram deitados em uma maca em posição dorsal e foram orientados a manter o olhar o mais fixo possível para redução do artefato causado pela movimentação ocular. Ao discriminar o estímulo raro entre os frequentes, os indivíduos foram instruídos a realizar um ato motor simples (levantar a mão).
O registro simultâneo dos complexos N
1/P
2 e N
2/ P
3 nos canais Fz e Cz foi considerado como critério para definir a presença dos potenciais evocados auditivos corticais e do cognitivo auditivo P
3. O equipamento
Biologic's Evoked Potential System® (EP) foi utilizado com os parâmetros descritos na Tabela 2.
A amostra de fala foi desenvolvida em uma sala acusticamente tratada de um laboratório. As emissões foram gravadas por meio de microfone unidirecional, diretamente na placa de computador, pelo programa livre
Praat® (www.praat.org), com amostragem de 22 kHz. Solicitou-se que o locutor (homem, 22 anos de idade com qualidade vocal fluida) realizasse as emissões naturalmente. Inicialmente, trabalhou-se no contraste por meio do ponto de articulação /ba/-/da/. Pela definição espectral e disposição temporal, o /ba/ configurou-se como o estímulo frequente e o /da/ como o raro. As sílabas [ba] e [da] foram extraídas da emissão das palavras [ba'ba] e [da'da], respectivamente, sendo correspondentes à segunda sílaba. A partir da sílaba isolada, verificaram-se os valores de F
1, F
2 e F
3 em sua porção inicial e estável. Com os valores das larguras de banda da região estável das frequências formantes, compilou-se um script no
Praat® (versão 4.2.31) e uma ressíntese de cada sílaba foi realizada. O tempo de duração das sílabas [ba] e [da] é de 180 ms. O contraste vocálico /i/-/a/ foi determinado pelas frequências dos formantes F
1 e F
2 e por uma extensão menor de F
3. As vogais [a] e [i] foram extraídas da emissão isolada das sílabas [pa] e [pi], respectivamente. Em cada sílaba da região da vogal, coletaram-se dois ciclos glotais com estabilidade espectral e, em
Matlab® (versão 6.0.0.88), replicou-se estes ciclos de forma a corresponderem a uma emissão vocálica de 150 ms. As vogais foram sintetizadas no
Praat com script semelhante ao descrito anteriormente para as sílabas. Os estímulos linguísticos produzidos, previamente manipulados e gravados em CD pelo laboratório, foram digitalizados e inseridos na unidade C: do computador conectado ao
software do
Biologic's Evoked Potential System® (EP). A ordem e o nível de apresentação do estímulo foram manipulados randomicamente pelo referido
software.
Para a avaliação dos resultados, considerou-se a latência absoluta dos potenciais evocados auditivos corticais, componentes N
1, P
2 e N
2, e cognitivo auditivo P
3, assim como a amplitude do componente P
3, obtidas nos canais Fz e Cz.
O estudo da comparação das médias entre os fatores tipo de canal e estímulo e as variáveis (amplitude e latência) foi realizado utilizando-se um modelo de análise de variância com medidas repetidas com dois fatores, ANOVA.
RESULTADOSA Figura 1 exemplifica o registro obtido na pesquisa do potencial evocado auditivo cortical e do potencial cognitivo auditivo P
3 nos canais Fz e Cz.
Figura 1. Registro obtido na pesquisa do potencial evocado auditivo cortical e o potencial cognitivo auditivo P
3 obtidos em um indivíduo do gênero feminino, na idade de 29 anos.
Ao analisar a ocorrência dos registros dos componentes N
1, P
2, N
2 e P
3 considerando a divisão da casuística nas faixas etárias: 7-10 anos; 11-20 anos; 21-30 anos, pode-se observar a influência da faixa etária no registro dos componentes N
1 e P
2 (Tabela 3).
A análise descritiva (média, desvio padrão, valor máximo e valor mínimo) da latência dos componentes N
1, P
2, N
2 e P
3 e amplitude do componente P
3, registrados nos canais Fz e Cz, para todos os indivíduos, está descrita na Tabela 4.
A análise da associação entre as latências dos componentes N
1, P
2, N
2 e P
3 e amplitude do componente P
3 com o tipo de canal e o estímulo utilizado não apresentou diferença para os valores de latência dos componentes N
1 e P
2. Por outro lado, o estímulo utilizado influenciou nos valores de latência de N
2 e P
3. Também houve diferença entre os canais ativos (Fz e Cz) considerados no registro do componente P
3 (Tabela 5).
As comparações
Post-Hoc de Tukey considerando o tipo de estímulo (consoante-vogal) para a latência dos componentes N
2 e P
3 e considerando o tipo de canal (Fz-Cz) para a amplitude e latência do componente P
3 estão descritos na Tabela 6.
DISCUSSÃONo presente estudo, foi possível obter os registros dos potenciais evocados auditivos corticais e cognitivo auditivo P
3 com estímulo de fala com boa reprodutibilidade e morfologia, demonstrando ser um procedimento viável para ser aplicado na prática clínica (Figura 1).
Analisando a ocorrência de registro dos componentes exógenos N
1 e P
2, foi possível constatar que a presença dos mesmos aumentou de acordo com a faixa etária. O componente N
1 praticamente não foi registrado na faixa etária entre 7-10 anos, corroborando com a literatura em que, dependendo das características de apresentação do estímulo, seu registro pode ser observado somente aos 16 anos de idade, aproximadamente19. Considerando que o componente P
2 também é influenciado pela faixa etária20, estes dados demonstraram o processo maturacional das estruturas envolvidas no aparecimento do potencial evocado auditivo cortical.
No entanto, a faixa etária não influenciou na ocorrência dos registros dos componentes N
2 e P
3, os quais são identificados com mais frequência do que os componentes N
1 e P
2 em crianças21. A variável gênero não foi analisada, porque em estudo anterior por nós realizado demonstrou-se que não há diferença significante entre o sexo feminino e masculino, quando analisado o potencial cognitivo auditivo P
322.
Na pesquisa dos potenciais evocados auditivos corticais, constatou-se que as latências dos componentes exógenos N
1 e P
2 não apresentaram diferença significante quando considerado o canal Fz/Cz e o tipo de estímulo utilizado (/a/-/i/; /ba/-/da/). Contudo, para o potencial cognitivo auditivo P
3, o canal foi um fator que influenciou em sua latência e amplitude, conforme constatado por outros estudos22,23. Da mesma forma, o tipo de estímulo utilizado foi uma variável importante na obtenção dos componentes N
2 e P
3.
O registro do componente N
2 parece estar relacionado com o processamento de identificação e atenção ao estímulo raro, com correlação positiva entre o valor de sua latência e o nível de dificuldade da tarefa de discriminação24. No presente estudo, houve influência do estímulo de fala no componente N
2, com valores de latência maiores para o contraste consonantal, sugerindo que o grau de dificuldade na discriminação deste contraste é maior do que no contraste vocálico. Semelhante achado foi observado para a latência do componente P
3. Este efeito também foi descrito previamente ao comparar estímulos verbais com não verbais e em situações de difícil discriminação14,17,18,25, reforçando a hipótese desta tarefa apresentar maior grau de dificuldade26.
No entanto, este achado também pode ser explicado pelas evidências de que consoantes e vogais são processadas de forma distinta pelo sistema auditivo central. Um estudo recente realizado em ratos27 comparando respostas comportamentais de discriminação de consoantes e vogais com o registro neural no colículo inferior e córtex auditivo primário sugeriu que consoantes e vogais têm diferentes representações no cérebro. Em humanos, estudos também relataram diferenças na ativação de estruturas do sistema auditivo central durante a discriminação de consoantes e de vogais28,29. Portanto, o tipo de contraste de fala utilizado pode refletir de forma diferenciada na latência dos componentes N
2 e P
3.
Alguns estudos descreveram a diminuição da amplitude do componente P
3 com o aumento do nível de dificuldade da tarefa de discriminação14,17,18,25,26. No entanto, essa correlação não foi significante no presente estudo.
Na casuística estudada, os valores de latência normais para os componentes N
1, P
2, N
2 e P
3 para o contraste vocálico e consonantal estão descritos na Tabela 4. A discussão comparativa entre os valores obtidos com resultados de estudos prévios é imprecisa porque a metodologia difere, e como demonstrado acima, parâmetros de avaliação, como tipo de estímulo utilizado, influenciam significativamente nos valores de latência dos potenciais evocados auditivos.
Considerando que diferentes estruturas neurais são ativadas durante a percepção de sons verbais e não verbais, ressalta-se a importância do uso de estímulos de fala para pesquisas futuras com os potenciais evocados auditivos corticais e auditivo cognitivo P
3.
CONCLUSÃOO contraste do estímulo de fala, vocálico ou consonantal, deve ser considerado na análise do componente N
2 dos potenciais evocados auditivos corticais e cognitivo auditivo P
3. O mesmo não foi observado para os componentes N
1 e P
2.
AGRADECIMENTOSAgradecemos ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio concedido para a realização dessa pesquisa, sob processo número 110767/2005-5.
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1. Professora Doutora Associada da Universidade de São Paulo (Professora Associada do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, campos Bauru, Brasil).
2. Fonoaudióloga (Mestranda em Ciências dos Processos e Distúrbios da Comunicação pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, campus Bauru, Brasil).
3. Fonoaudiólogo Especialista em Saúde da Família (Especialista em Saúde da Família e Comunidade pela Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil).
4. Professor Doutor (Fonoaudiólogo do Programa de Implante Coclear e de Fissura Lábio-palatina do Hospital Santo Antônio - Obras sociais Irmã Dulce, Salvador, Bahia, Brasil).
5. Professora Doutora Associada da Universidade de São Paulo (Professora Associada do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, campos Bauru, Brasil).
Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Kátia de Freitas Alvarenga
Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisola, nº 9-75
Bauru - SP. Brasil. CEP: 17012-901
E-mail: katialv@fob.usp.br
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) do BJORL em 5 de outubro de 2012. cod. 10506.
Artigo aceito em 19 de janeiro de 2013.
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sob processo individual: 110767/2005-5.