INTRODUÇÃOAtualmente várias atividades de lazer oferecem riscos à audição. Tais atividades incluem prática de tiro, mecânica amadorística de motores, uso de motocicletas, a frequência a "discotecas", dispositivos de escuta pessoal (MP3 player, MP4 e iPod), shows de rock/pop, equipamentos de som utilizados em casa (home theater) e instalados no interior de automóveis. Não se pode esquecer-se da aplicação excessiva dos sons musicais abusivos em festas, bailes, reuniões, cinemas, teatros, além do gerado pelos trios elétricos(1).
Embora os períodos curtos de exposição à música amplificada não levem à perda de audição permanente, os danos da exposição crônica são cumulativos, de modo que uma perda de audição leve na infância pode eventualmente se transformar em substancial no adulto(2).
O ruído transformou-se num problema ambiental crescente na sociedade ocidental de hoje e prevê um papel importante para o desenvolvimento de problemas da saúde auditiva geral. Olsen(3) adverte que o período da adolescência é um estágio importante da vida, em que o indivíduo atravessa mudanças biológicas, psicológicas e sociais. Durante este estágio, diminui a influência parental, visto que as próprias exigências e autonomia do adolescente aumentam. Buscam encontrar seu estilo de vida próprio, mudam hábitos, atitudes e comportamentos, que poderão ter consequências para sua saúde futura.
Este cenário sugere a necessidade de identificação, do nível de informação dos adolescentes, a respeito dos prejuízos da crescente exposição ao ruído em atividades de lazer, bem como, as atitudes dos mesmos, diante desta situação. Portanto, é necessário buscar um instrumento específico que realize esta função. Na fonoaudiologia, mais especificamente na audiologia, não existem muitos estudos realizados para delinear o que é essencial dentro do processo de adaptação de um instrumento(1).
Para a validação de um instrumento de avaliação, Schmidt et al.(4) afirmam que somente uma tradução cuidadosa não é suficiente, pois os termos linguísticos devem ser adequados às condições sociais e culturais da população a ser estudada, existe a necessidade de medidas psicométricas dentro de um contexto específico, levando-se em conta o fato que cada sociedade possui suas próprias crenças, hábitos e atitudes e seu comportamento reflete na cultura de um país. Sempre que se trata de um questionário, a linguagem deve ser clara e simples, porém não pode perder sua equivalência original e sua coerência.
A participação do pesquisador na adaptação de um instrumento é desejável, uma vez que permite citar os conceitos explorados, reformular as questões e evitar as locuções e expressões idiomáticas(5). E, ao selecionar o questionário a ser utilizado, o pesquisador deve ter em mente os aspectos a serem abordados. Melchiors et al.(6) consideram que um instrumento deve ser útil, não somente para identificar a atitude de um indivíduo em um determinado momento de sua vida, mas também, para determinar mudanças após uma intervenção terapêutica educativa. Enfatizam como um dos aspectos fundamentais na construção de um instrumento, o número de questões e o tempo necessário para o preenchimento, pois instrumentos muito longos dificultam sua utilização.
O uso de um instrumento para avaliar as atitudes dos jovens frente ao ruído, é um importante recurso a ser utilizado pelo audiologista no processo de investigação da exposição a níveis sonoros elevados (musicais ou não), devido à possibilidade de mensurar essas atitudes. É uma forma de conhecer as dificuldades dos indivíduos diante do ruído e com base nisto, ter condições de implementar um processo educativo. Para que seu emprego possa ser difundido no meio acadêmico, torna-se necessário uma versão na língua portuguesa, mostrando suas propriedades avaliadoras e uma linguagem acessível. Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa foi validar para a língua portuguesa, a versão do questionário Youth Attitude to Noise Scale - YANS (7).
MATERIAL E MÉTODOParticiparam desta pesquisa 245 adolescentes, de ambos os sexos (49% masculino e 51% feminino); com idade entre 14 e 18 anos (média de 15,7 anos); estudantes do ensino médio (24% do 3º ano; 37% do 2º ano e 39% do 1º ano) de uma escola particular do município de Blumenau, estado de Santa Catarina.
Inicialmente a pesquisadora visitou as escolas para conversar com as equipes diretivas e esclarecer sobre os objetivos da pesquisa. Na mesma ocasião, entregou ofício pedindo autorização para a realização da pesquisa e uma cópia do questionário a ser utilizado (Apêndice 1).
Após aprovação do estudo, nas datas e horários preestabelecidos, a pesquisadora compareceu à escola para aplicação do questionário. Sempre acompanhada de um Professor designado pelo Gestor, foi apresentada às turmas no início das aulas, onde foram esclarecidos os objetivos da pesquisa e como deveria ser o preenchimento do questionário.
Aos jovens menores de 18 anos foi enviado o termo de consentimento livre e esclarecido a ser entregue aos pais, esclarecendo o objetivo do estudo e solicitando autorização dos mesmos para realização da pesquisa e dos exames. Constam no termo, os procedimentos, riscos e benefícios, compromisso de responsabilidade sobre eventuais danos, garantia de sigilo da identidade (privacidade), bem como, declaração de consentimento e participação da pesquisa. O documento foi examinado pelo Comitê de Ética da instituição através do processo nº 062/2006, com aprovação em 14/09/2006.
O questionário Atitudes da Juventude à Escala do Ruído ou, em inglês, Youth Attitude to Noise Scale (YANS) foi desenvolvido por Olsen e Erlandsson(7). Inicialmente com 31 questões que depois de analisadas, ajustadas e selecionadas (levando em conta a semelhança de itens), foram finalizadas com o total de 19 itens. Os parâmetros utilizados para realização da análise fatorial revelaram a distribuição das questões em quatro fatores, cada um envolvendo questões correlacionadas, sendo os mesmos classificados como: atitudes para o ruído associado com aspectos da cultura da juventude; atitudes para habilidade de se concentrar em ambientes ruidosos; atitudes para os ruídos diários e atitudes para influenciar o ambiente sonoro (Apêndice 2).
As respostas são reações a afirmações, emitidas através da escala de Likert com cinco graus, onde 1 - está "discordo totalmente", 2 - "discordo parcialmente", 3 - "concordo", 4 - "concordo parcialmente" e 5 - "concordo totalmente".
Validação do instrumentoO processo de validação é constituído de várias etapas, sendo que inicialmente foi solicitado a um professor bilíngue para que o mesmo traduzisse o questionário do inglês para o português. De posse da tradução, a etapa seguinte foi levar o questionário já traduzido para que profissionais da área (duas fonoaudiólogas e um otorrinolaringologista), brasileiros, com fluência na Língua Inglesa, para analisarem os documentos. Estes não encontraram diferenças significativas nas traduções, apenas algumas diferenças de concordância verbal, justificáveis em função da complexidade da língua portuguesa.5 Depois de efetuadas as análises, foram selecionados 30 alunos (aleatoriamente) de uma outra escola para integrarem o pré-teste do questionário, em horário que não interferisse em suas atividades curriculares. Dos trinta alunos selecionados, dois faltaram e um era portador de deficiência auditiva, porém este solicitou permissão para responder o questionário, totalizando assim 28 alunos a participarem do estudo.
Os questionários do pré-teste foram aplicados pela pesquisadora em horário pré-determinado pela direção da escola e com tempo de duração de aproximadamente 20 minutos, de forma coordenada - após a leitura e explicação do aplicador (sobre os objetivos da pesquisa e como deveriam ser efetuadas as respostas). Foi solicitado aos adolescentes que respondessem o questionário, registrassem as dificuldades de interpretação, opinassem sobre a linguagem utilizada (se estava adequada e/ou havia palavra ou expressão desconhecida), bem como indicassem as dificuldades encontradas em respondê-lo.
Os adolescentes responderam o questionário em que se investigou suas atitudes diante do ruído, antecedentes pessoais e hábitos auditivos. Relataram não ter encontrado dificuldades em respondê-lo e a única palavra desconhecida pela maioria foi "sistema estereofônico", que foi substituída por "aparelho de som" (em inglês home theater). A maioria dos jovens demonstrou interesse na pesquisa e ao final da aplicação do instrumento fizeram alguns questionamentos sobre os níveis confortáveis de ruído.
Também foi avaliada a equivalência semântica (gramática e vocabulário) e cultural de cada item (experiências vivenciadas dentro do contexto cultural da sociedade), além do cuidado específico com as instruções de preenchimento e a coerência da apresentação. Neste caso especificamente, os jovens comentaram que o termo atualmente utilizado para se referir a "discoteca/danceteria" seria "balada", mas ao serem questionados do que se trata uma "balada", responderam como sendo 'toda atividade que envolve sair de casa' (danceteria, show, baile ou mesmo frequentar barzinhos).
A etapa seguinte foi redigir a versão final com os ajustes, que foi encaminhada para um segundo professor bilíngue (sem qualquer contato ou informação sobre a versão original), para que este procedesse ao processo inverso de tradução do português para o inglês, sendo revisada e comparada com a versão original por três profissionais (bilíngues) para verificação se houve qualquer descaracterização do questionário.
Do total de adolescentes (245) que participaram do estudo e responderam o questionário, 50 foram selecionados aleatoriamente para responder novamente o mesmo questionário num prazo de 30-90 dias, no intuito de concluir processo de validação para o português brasileiro do YANS.
Análise EstatísticaA dimensionalidade do instrumento foi analisada através de uma análise de fator explorativo. A finalidade da escala utilizada foi explorar atitudes dos adolescentes para o ruído, por tratar dos diferentes sons que são comuns no ambiente em que vivem. Os valores atribuídos às escalas refletem avaliações positivas ou negativas diante do ruído. Os resultados desta pesquisa seguiram a análise por fatores de acordo com a categorização de Olsen3. Foram utilizados no cálculo dos escores por área e total do questionário e estes escores foram analisados em relação à variável sexo.
Para determinar a validade do instrumento, foi realizada análise estatística com uma técnica chamada Análise Fatorial. Já para verificar a confiabilidade, foram utilizadas duas técnicas: a que envolve a comparação do teste e reteste e o Alfa de Cronbach. Na comparação do teste-reteste foi calculado o coeficiente de concordância entre resultados através do teste de Bland-Altman e utilizado o teste t-pareado de Student para verificar a existência de diferenças entre as médias dos resultados.
Para todos os testes estatísticos foi adotado o nível de significância de 5% e para as análises foram utilizados os softwares "Sphinx Léxica", "Analyse-it", Excel e "Statistica".
RESULTADOSA equipe de especialistas que analisou as traduções apontou que houve correspondência nos itens traduzidos, equivalência semântica entre as duas traduções e ausência de dificuldades de tradução. Foram realizados ajustes nas poucas diferenças de concordância verbal. Portanto, a contratradução com a versão original não revelou necessidade de alterações em estruturas gramaticais, quando a versão em português foi traduzida para o inglês.
A análise fatorial teve como objetivo principal explicar a correlação entre um conjunto de variáveis correlacionadas, em termos de um número pequeno de variáveis não-observáveis ou variáveis latentes. Ou ainda, a redução da dimensionalidade dos dados para identificar um pequeno número de fatores que explique a maior parte das variações observadas em um número muito maior de variáveis. Os fatores foram extraídos na ordem de importância, ou seja, do mais explicativo para o menos explicativo. A análise fatorial possui um alto grau de flexibilidade, fornecendo diversos métodos para extração de fator, rotação e cálculo dos escores fatoriais. Os resultados da análise fatorial pelo método do componente principal com solução de quatro fatores e rotação Varimax, são apresentados na Tabela 1.
A análise fatorial ficou bem definida com a adoção de quatro fatores ou quatro dimensões, sendo que o primeiro fator (F1) ficou constituído pelas variáveis: 12, 9, 1, 15, 4, 18 e 10 que caracterizam as atitudes dos jovens para o ruído associadas aos elementos culturais; no segundo fator (F2) ficaram as atitudes para a habilidade de se concentrar em ambientes ruidosos, através das perguntas: 17, 11, 16, 14 e 19; o terceiro fator (F3) compreende as atitudes aos ruídos diários, questões: 2, 8, 5 e 13, enquanto que o quarto fator (F4) correspondente às atitudes que influenciam o ambiente sonoro, questões: 3, 6 e 7. Cabe lembrar que a definição do fator é representada pelas questões que tem maior carga fatorial, ou seja, quanto mais alto o valor da carga fatorial, maior o poder de explicação da questão, ou ainda, maior nível de entendimento da questão.
Quanto à fidedignidade ou confiabilidade da escala, foi inicialmente calculado o coeficiente de Alfa de Cronbach onde a medida obtida foi de a = 0,749917. Como o valor desejável é de no mínimo 0,70, o resultado obtido comprova a confiabilidade da escala para ser utilizada em pesquisas com adolescentes brasileiros.
Também foram utilizados os testes t-pareado de Student e teste de Bland-Altman para verificação da confiabilidade do teste-reteste. O cálculo do teste t-pareado de Student (p = 0,41) revelou não existir diferença significativa entre as médias dos resultados do teste-reteste e o teste de Bland-Altman mostrou boa concordância entre os resultados. Esses resultados podem ser observados através da Tabela 2.
Os escores médios e os desvios padrão dos quatro fatores e do YANS inteiro são apresentados nas Tabelas 3 e 4 (incluindo a variável sexo).
Foram determinadas as correlações de Spearman entre os Fatores e o YANS inteiro, verificando-se que as maiores correlações ocorrem sempre entre cada fator com o YANS inteiro o que é consistente com o significado das escalas. O Alfa de Cronbach apresenta maior valor para o fator F1 e valores decrescentes para os demais fatores, sendo consistentes com os significados dos mesmos. O primeiro fator é o responsável pela explicação da maior parte da variabilidade do questionário. A escala das atitudes foi construída levando-se em conta os três quartis, sendo que o valor da escala na amostra considerada até o primeiro quartil classificou a atitude como negativa (25%), entre o primeiro e o terceiro quartil como atitude meio (50%) e do terceiro quartil para cima como atitude positiva (25%).
Na Tabela 5 são mostradas as correlações entre os fatores e o YANS inteiro, a variação explicada de cada fator, o Alfa de Cronbach e os pontos de corte para as categorias de atitudes de cada fator.
DISCUSSÃOO questionário selecionado tem como referências pesquisas realizadas na Suécia e nos Estados Unidos com estudos comparativos. Não havia, até o momento, questionário específico, culturalmente adaptado e validado, capaz de avaliar as atitudes da juventude diante do ruído no Brasil.
A validação é um processo comumente longo que, no entanto, permite dispor de um instrumento equivalente ao original. Utilizando tal metodologia é possível garantir a equivalência da fonte(8). Com base no instrumento adaptado, cria-se uma forma de se avaliar os efeitos do processo educativo do ruído em atividades de lazer no Brasil, a partir de resultados da escala de atitudes em relação ao mesmo, contribuindo para a prevenção de prejuízos acarretados aos jovens em função dessa exposição.
Um questionário precisa ser confiável, válido e responsivo(9). A reprodutibilidade deste instrumento foi mostrada pelo índice geral de a = 0,75. O entendimento das questões foi satisfatório, pois além de os jovens não apresentarem dificuldades na hora do preenchimento do questionário, as correlações foram significativas indicando a validade de construção e conteúdo para o seu uso. Concordamos com os autores supracitados, quando enfatizam que um instrumento deve levar a um resultado igual ao avaliar o mesmo fato em diferentes circunstâncias, mensurar com fidelidade o que se propõe a avaliar e ser capaz de detectar mudanças no transcorrer do tempo ou relacionada a intervenções.
O reteste ocorreu cerca de três meses após a aplicação do teste, mostrando respostas bastante parecidas entre si. Porém, no reteste, observou-se que as atitudes para o ruído, muitas vezes, passaram a serem vistas como algo negativo. Isso nos remete ao fato que a aplicação repetida de um instrumento após um período de tempo pode determinar a mudança de atitude sobre um comportamento, pois a pessoa pode ser sensibilizada pelo assunto que está sendo investigado e demonstrar uma mudança que é devida apenas à mensuração anterior. Embora as correlações teste-reteste representem um bom procedimento para se medir fidedignidade, existem limitações. Uma pequena correlação teste-reteste pode não indicar que a fidedignidade do teste seja baixa, mas pode, ao invés, indicar que o próprio conceito teórico subjacente mudou.
A confiabilidade do YANS Brasileiro foi comprovada levando em conta que todas as correlações foram significativas, pois em todas elas obteve-se p < 0,05 mesmo após um período de 60-90 dias, podendo ser utilizado em jovens brasileiros como instrumento para avaliar suas atitudes diante da exposição ao ruído ambiental.
Ao comparar os resultados da análise fatorial da presente pesquisa com a análise Olsen(3) e de Widén et al.(10), foram encontradas diferenças na distribuição dos quatro fatores como pode ser observado abaixo. Os quatro fatores encontrados nesta pesquisa: Fator 1: Atitudes para o ruído associado com os aspectos da cultura da juventude (questões 1, 4, 9, 10, 12, 15, 18); Fator 2: Atitudes para ruídos do dia-a-dia (questões 11, 14, 16, 17, 19); Fator 3: Atitudes para o ruído e a concentração (questões 2, 5, 08, 13); Fator 4: Atitudes para a habilidade de influenciar o ambiente sonoro (questões 6, 7, 3).
Os quatro fatores definidos no estudo de Widén et al.10: Fator 1: Atitudes para o ruído associada com aspectos culturais da juventude (1, 4, 6, 9, 12, 15, 10, 18); Fator 2: Atitudes para o ruído a habilidade de concentração (2, 5, 8); Fator 3: Atitudes aos ruídos do dia-a-dia (11, 14, 16, 17); Fator 4: Atitudes que influenciam o ambiente sonoro (3, 7, 13, 19).
Os quatro fatores descritos na tese de Olsen(3):
Fator 1: Atitudes para o ruído associado com os aspectos da cultura da juventude (1, 12, 9, 15, 6, 4); Fator 2: Atitudes para ruídos do dia-a-dia (10, 11, 14, 16, 17); Fator 3: Atitudes para a habilidade de influenciar o ambiente sonoro (3, 7, 18, 13); Fator 4: Atitudes para o ruído e a concentração (2, 8, 5, 19).
A definição do valor é dada pela variável que tem maior carga fatorial. A análise fatorial determina o nível de compreensão das variáveis e onde elas melhor se agrupam segundo as respostas coletadas, mesmo sendo os estudos de 2004 e 2006 realizados pelos mesmos pesquisadores, os resultados revelam diferenças, que podem estar associadas à cultura da juventude, levando-se em conta que foram realizados em diferentes populações.
Ao analisar esse estudo, pode-se verificar, por exemplo, que a variável 6 teve maior peso no fator F4; já no estudo de Olsen(3) o maior peso da mesma variável foi em F2 e no estudo de Widén et al.(10) foi em F1. Nos fatores dois, três e quatro, também houve algumas inversões de variáveis se comparadas aos resultados desses autores.
CONCLUSÃOA análise da versão adaptada para a língua portuguesa do questionário 'Atitudes da Juventude frente ao Ruído' (YANS), revela que este é um instrumento válido e reprodutível para mensurar as atitudes de adolescentes brasileiros diante da exposição à música e ao ruído ambiental. O uso deste instrumento também facilitará a avaliação de mudanças de atitude após uma intervenção educativa.
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1 Mestre em Distúrbios da Comunicação pela Universidade Tuiuti do Paraná, Fonoaudióloga.
2 Doutora em Distúrbios da Comunicação pela University of Cincinnati, Professora do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná, UTP; Pesquisadora do National Institute for Occupational Safety and Health, Fonoaudióloga.
3 Doutor em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná e Professor do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná, UTP. Professor.
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) da BJORL em 19 de fevereiro de 2008. cod 5722
Artigo aceito em 14 de junho de 2008.