INTRODUÇÃOA Seqüência de Moebiüs foi descrita pela primeira vez, em 1880, por von Graaefe, que relatou o caso de um paciente com paralisia do nervo facial (VII par craniano)1-6. Porém, foi em 1888 que Paul Moebiüs descreveu um indivíduo com enfraquecimento facial bilateral congênito, malformação de músculo peitoral, sindactilia e ausência de abdução. Nesta época, Paul Moebiüs ampliou ainda mais os sinais e sintomas anteriormente descritos por von Graaefe, incluindo a paralisia do nervo abducente (VI par)7.
A Seqüência de Moebiüs consiste de uma paralisia ou paresia de nervos cranianos, associados a outras anomalias, sendo considerada, em alguns estudos5-8 como resultante de agressão ao feto, devido a fatores genéticos e/ou ambientais, entre a 4ª e a 5ª semana da gestação.
As manifestações clínicas da Seqüência de Moebiüs têm sido pesquisadas em várias áreas e, na Fonoaudiologia atual, é uma necessidade e um desafio, em razão das alterações que seus portadores possam apresentar9. Atualmente, muitos são os estudos5-6,8,10-12 que fazem um breve relato sobre a incidência dessa Seqüência associada ao uso do misoprostol (Cytotec), como forma de abortamento. Porém, nenhum dos estudos acima citado tem uma comprovação fidedigna sobre a etiologia da Seqüência. Esses estudos apenas supõem uma relação entre a causa e a presença da Seqüência de Moebiüs. Considera-se que a atual incidência é de 1:10.000 a 1:50.000 nascidos vivos7. Entretanto, fazem referência à prevalência desta anomalia para ambos os sexos, com igual freqüência3.
A população acometida por esta Seqüência apresenta algumas manifestações clínicas, sendo as mais freqüentes: a paralisia dos nervos cranianos, tais como o VI (nervo abducente) e o VII (nervo facial), ocasionando paralisia facial do tipo periférica, normalmente bilateral e o estrabismo convergente. Outros nervos também podem estar acometidos: III, V, VIII, X, XII, causando respectivamente, ptose palpebral, alteração na sensibilidade, surdez, disfonia e disfagia e atrofia lingual, podendo estar relacionadas em diferentes combinações1-3,5-6,11,13.
No que se refere à paralisia do nervo facial, observa-se ausência dos movimentos laterais de olhos e pálpebras, sialorréia, sensibilidade a ruídos fortes. Estas alterações faciais produzem fáceis de aspecto pouco expressivo1-2,6,11,13-14. Devido à ausência da mímica facial, pode-se observar a boca entreaberta e olhos que não se fecham, observando o sinal de Bell.
Outro fator de grande relevância encontrado nos portadores da Seqüência de Moebiüs diz respeito a alterações na linguagem e articulação1-2,6. Em relação à linguagem, alguns autores1-2,6 afirmam que a compreensão encontra-se melhor que a expressão, o padrão articulatório pode estar prejudicado, principalmente na emissão dos fonemas bilabiais, dependentes do selamento labial, e a articulação é imprecisa, pobre e restrita aos movimentos da hemilíngua contra os pontos articulatórios. A comunicação também pode estar prejudicada, com a instalação do quadro de perda auditiva de vários graus.
A perda auditiva do tipo condutiva tem sido a mais comumente descrita, devido a fatores predisponentes como a hipotonia perioral, o padrão de respiração bucal de suplência e possível paralisia dos músculos do palato mole, importantes no mecanismo fisiológico de contração da tuba auditiva e regulação pressórica da orelha média. Um estudo6 sobre o status auditivo em portadores de Seqüência de Moebiüs revelou meatoscopias alteradas e graus variados de retração e/ou espessamento das membranas timpânicas, justificando que as seqüelas otológicas parecem ser inevitáveis. Foram observadas alterações já nos primeiros anos de vida, ocorrendo alterações auditivas condutivas, devido à freqüente obstrução tubária. Além das alterações auditivas condutivas, foram encontradas alterações auditivas mistas. Os achados timpanométricos mais encontrados neste estudo foram do tipo B e C. Não houve descrições referentes aos resultados da pesquisa do reflexo acústico.
O reflexo acústico refere-se a uma contração involuntária dos músculos (músculos estapédio e tensor do tímpano) da orelha média, em resposta a um estímulo sonoro de forte intensidade15-16. Para que haja o reflexo acústico é necessária a presença do arco reflexo integro, com as vias aferentes auditivas e eferentes motoras íntegras. Isso significa presença de integridade do VIII par craniano (via aferente auditiva) e VII par craniano (via eferente motora). A função motora do músculo estapédio, inervado pelo facial, tem sua inervação emergindo da base do crânio, passando pelo conduto auditivo interno do osso temporal, juntamente com o nervo vestíbulo-coclear (VIII par craniano), caminha em direção à face passando por dentro da glândula parótida, terminando nos músculos da expressão facial17.
Como a função motora do músculo estapédio, inervado pelo nervo facial, pode estar comprometida nos casos de Seqüência de Moebiüs, espera-se uma alteração no padrão de presença e ausência, dependendo do local da lesão. Por isso, nos casos de paralisia facial, a pesquisa do reflexo acústico tem sido utilizada com grande êxito no topodiagnóstico de lesão de VII par, em localização distante ou próxima à ramificação estapédia do nervo facial, e no seu acompanhamento evolutivo18-19. Dessa forma, a presença do reflexo indica provável lesão com localização distal, ou seja, abaixo da emergência do ramo estapédio e ausência dos reflexos, provável localização proximal. Este fato faz com que a pesquisa do reflexo acústico possa ser útil no diagnóstico topográfico, fornecendo informações sobre a função neural20.
Na avaliação clínica da paralisia facial, através da observação da função do músculo estapédio, observa-se que esta função é uma das primeiras a se recuperar, partindo da ausência do reflexo acústico, passando para respostas presente em intensidades sonoras elevadas e, em seguida, observa-se reflexos acústicos presentes em estimulações com intensidades normais10.
Como a Seqüência de Moebiüs tem sido pouco explorada no âmbito fonoaudiológico, e mais especificamente na área da audiologia, este trabalho teve como objetivo descrever os resultados imitanciométricos em pacientes portadores da Seqüência de Moebiüs, contribuindo para um maior conhecimento do perfil audiológico nesta população.
Assim como os demais indivíduos, para portadores da Seqüência de Moebiüs, a imitanciometria é um exame que oferece condições da avaliação das alterações condutivas6, através da timpanometria, bem como pode oferecer informações sobre alterações decorrentes da paralisia do VII pares cranianos. As alterações do reflexo acústico, nesta população, podem decorrer tanto devido a fatores predisponentes, como a hipotonia perioral e ao padrão respiratório bucal de suplência, quanto a fatores relacionados à paralisia de alguns nervos cranianos que possam afetar de modo direto ou indireto o arco reflexo nesses pacientes.
MÉTODOEsta pesquisa foi realizada como parte de um projeto realizado na Fundação Altino Ventura, aprovada em comitê de ética em pesquisa sob número - 012/05, do Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Altino Ventura. Caracteriza-se por ser um estudo de série de casos, nas quais estão descritas as características imitanciométricas dos indivíduos com Seqüência de Moebiüs.
Compareceram a clínica-escola de Fonoaudiologia da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), 17 portadores da Seqüência de Moebiüs, diagnosticados através do exame genético (cariótipo), sendo 11 do sexo feminino e 6 do sexo masculino, com idade média de 6 anos e 8 meses, variando entre 3 e 13 anos, sem alterações anatômicas de orelha externa, que impedisse a realização do exame de imitanciometria. Porém, somente 13 participantes realizaram o exame imitanciométrico, que constou da realização da timpanometria e da pesquisa do reflexo acústico, através um imitanciômetro marca Interacaoustics modelo AZ7. Antes da realização de cada exame, os responsáveis pelos participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, contendo os objetivos da pesquisa e demais esclarecimentos necessários. Em seguida, os participantes foram submetidos a uma meatoscopia, seguido do exame imitanciométrico. O procedimento utilizado no exame de timpanometria foi baseado em descrições15,16,19,18 e seus resultados descritos de acordo com a Classificação de Jerger15. Nos casos em que o timpanograma não apresentou complacência máxima e valor de pressão da orelha média (timpanometrias do Tipo B) não foi realizada a medição da pesquisa do reflexo acústico, uma vez que esta deve ser realizada no ponto da pressão de equilíbrio entre o canal auditivo externo e a cavidade timpânica, não observadas nos casos de timpanogramas do Tipo B. Nos casos das medições de timpanometria apresentarem timpanogramas do Tipo A, As, Ad e C, pode-se realizar a pesquisa do reflexo acústico contra e ipsilaterais, para as freqüências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz e de 1000 e 2000Hz, respectivamente16. A pesquisa do limiar do reflexo acústico foi realizada a partir da pressão na qual foi observado o ponto de máxima complacência com intensidades variando entre 90 e 120dB NA, para as estimulações contralaterais, e entre 80 e 110dB NPS, para as estimulações ipsilaterais, de acordo com as especificações do equipamento utilizado. Devido ao estudo assumir o desenho de uma série de estudos de caso, os dados foram analisados a partir de uma estatística descritiva.
RESULTADOS E DISCUSSÕESOs resultados foram obtidos através da análise de cada orelha individualmente (Tabela 1).
Observam-se resultados onde há timpanogramas do Tipo A e ausência de reflexos acústicos. Esse tipo de curva é habitualmente encontrado em orelhas normais18, não havendo patologia aparente de orelha média que justificasse a ausência deste reflexo. Nesses casos, acredita-se que esta ausência pode ter ocorrido devido à paralisia do VII par craniano, que se encontra comprometido em indivíduos com a seqüência de Moebiüs1-6. Nos casos dos timpanogramas do tipo As, o reflexo acústico pode estar alterado devido a alterações localizadas na via eferente do arco reflexo, tal como a rigidez ossicular18.
O Gráfico 1 ilustra a totalidade dos tipos de curvas timpanométricas nas orelhas pesquisadas. Observa-se que 63% (n=17) de orelhas apresentaram timpanogramas do Tipo A, 19% (n=50) com o Tipo C, 11% (n=3) com do Tipo B e 7% (n=2) com do Tipo As.
Gráfico 1. Resultado geral do exame de timpanometria.
A presença de timpanogramas do Tipo A, na maioria dos participantes, difere dos resultados apresentados na literatura6, cujas curvas timpanométricas mais comuns encontradas nos sujeitos com Seqüência de Moebiüs foram do Tipo B e C. Esse tipo de alteração tem sido esperado devido ao fato dos portadores desta Seqüência apresentarem alterações condutivas e/ou tubárias, decorrentes da paralisia do VI, VII, VIII pares cranianos ou decorrentes da deficiência da musculatura do palato mole, acarretando com isso acúmulos de secreção dentro da orelha média. Anteriormente, essas características1-6, juntamente com os achados audiológicos6, apontavam para um padrão típico dos resultados dos timpanogramas, ou seja, timpanogramas dos tipos As, B e C. O que nossos resultados sugerem é que não há um padrão característico que demonstre alterações condutivas. Ao contrário, para a população estudada, os resultados da timpanometria revelaram funcionamento do sistema tímpano-ossicular caracteristicamente normal, analisados a partir dos resultados da timpanometria do Tipo A.
O Gráfico 2 ilustra os resultados da pesquisa dos reflexos acústicos contralaterais e ipsilaterais. Como pôde ser observado, 50% (n=13) das orelhas analisadas apresentaram ausência do reflexo acústico contralateral e 50% (n=13) apresentaram reflexos acústicos presentes. Quanto ao reflexo acústico ipsilateral, em 73% (n=19) das orelhas pesquisadas foi observada ausência deste reflexo e em 27% (n=7) observou-se a presença do reflexo acústico para a estimulação ipsilateral.
Gráfico 2. Resultado geral dos reflexos acústicos.
Apesar da presença da paralisia facial, pode-se observar a presença de reflexos acústicos nas duas situações de estimulação, ipsi- e contralateral. Sabe-se que em portadores de Seqüência de Moebiüs pode ocorrer tanto uma paralisia total do VII par, quanto uma paresia deste nervo, o que poderia justificar presença ou ausência de reflexo acústico5-8.
Do ponto de vista anatômico, a lesão do nervo facial pode estar acima ou abaixo do ramo que inerva o músculo estapédio18-19, comprometendo ou não a função motora desse músculo21, vistos na ausência e presença dos reflexos acústicos. Há relatos em que a paralisia do VII par, observada em indivíduos com Seqüência de Moebiüs, estaria associada à aplasia do núcleo motor do nervo facial ou até mesmo à aplasia do músculo estapédio22. Diante destas afirmações, alguns estudos1,6 sugerem haver ausência de reflexos acústicos em portadores da Seqüência de Moebiüs, devido à paralisia do nervo facial, porém sem apresentar dados que confirmem essas afirmações. Diferentemente, o que foi observado nesse estudo, foi a presença dos reflexos acústicos em alguns casos, podendo este exame ser indicado para melhor compreensão do grau de comprometimento da lesão.
CONCLUSÃOAo se analisar os resultados imitanciométricos dos portadores da Seqüência de Moebiüs encontrou-se, na maioria dos casos, curvas do Tipo A. Esses resultados sugerem que não foi observado, na população desse estudo, um padrão característico das timpanometrias, anteriormente justificadas pelas alterações musculares encontradas nos portadores desta Seqüência.
Com relação à presença ou ausência do reflexo acústico contralateral, constatou-se que em ambas as orelhas dos participantes desta pesquisa, houve ausência e presença de reflexo acústico. Em relação à pesquisa do reflexo acústico ipsilateral, houve uma prevalência maior de ausência. Esses resultados são promissores no sentido de melhor compreensão do grau de envolvimento do nervo facial, uma vez que a presença do reflexo acústico nos casos de paralisia facial pode indicar o local e grau de comprometimento da lesão, tornando a pesquisa do reflexo acústico um instrumento poderoso na avaliação diagnóstica e prognóstica dos portadores de Seqüência de Moebiüs.
Estudos devem ser realizados no sentido de associar a presença ou ausência de reflexo acústico com a medição do grau de comprometimento da lesão do nervo facial, para que as sugestões dadas a esse estudo possam ser corroboradas.
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1 Especialista em Audiologia Clínica.
2 Doutora em Psicologia Cognitiva, Professora da UFPE, FIR.
3 Especialista em Distúrbios da Comunicação.
4 Médica, Doutora em Oftalmologia.
5 Mestranda em linguagem - UNICAP.
Universidade Católica de Pernambuco - Centro de Teologia e Ciências Humanas - Departamento de Psicologia - Curso de Fonoaudiologia.
Endereço para correspondência: Mariana Cabral de Albuquerque Bezerra - Rua General Severiano 40 ap. 816 Rio de Janeiro RJ 22290-040.
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) da RBORL em 21 de setembro de 2005. cod. 1448.
Artigo aceito em 1 de agosto de 2006.