INTRODUÇÃOO aumento do número de casos de neoplasias malignas de alta morbidade diagnosticados e tratados determina o elevado índice de mortalidade das neoplasias malignas em geral e aquelas da base de língua em particular1. No Brasil, 305.300 novos casos de câncer foram diagnosticados em 2001 e 117.550 morreram da enfermidade no período2. Isto se deve, entre outros fatores, ao aumento da vida média da população mundial, aos resultados dos programas de promoção e recuperação da saúde, a fatores ambientais e de mudanças de comportamento, responsáveis pela carcinogênese. Diante das variáveis elencadas, ficou evidente a importância de fatores epidemiológicos e estatísticos no estabelecimento do diagnóstico precoce e de prevenção. Quanto às neoplasias malignas da cavidade oral (3%) e orofaringe (1%), esta última localização caracteriza-se pela evolução insidiosa e metástases cervicais uni ou bilaterais precoces3. Kanda (2001)4, de 1977 a 2000, observou predomínio do câncer da tonsila palatina (47,2%), seguida de base de língua (33,5%), palato mole (16,0%) e parede posterior (4,2%)4. Quanto às neoplasias de base de língua, 90 a 95% dos casos são de carcinoma espinocelular (CEC), predominantemente no sexo masculino na 5ª década3-8, estando diretamente relacionados ao consumo do tabaco e álcool, dieta, ocupação, infecção viral e alterações genéticas9,10.
No Brasil, há 36 milhões de fumantes, dos quais 40% em São Paulo, sendo que ocorre um abandono do hábito em cifras de 3% ao ano, e, quanto ao álcool, 1,3 bilhões de litros de aguardente são produzidos anualmente11. Para a população de baixa renda, predominante na incidência desta neoplasia, o consumo de bebidas destiladas de má procedência é usual, nas quais são empregadas substâncias químicas carcinogênicas ausentes em produtos com controle de qualidade quando de sua fabricação. Ao lado disto, o carcinoma de orofaringe é de diagnóstico tardio pela ausência de sintomatologia precoce, pela sintomatologia pobre e pela falta de preparo dos profissionais (médicos e dentistas). Considerados estes fatos, o CEC de base de língua é diagnosticado nas fases avançadas (estádios III e IV), quando os procedimentos terapêuticos já são pouco efetivos.
À vista destas considerações iniciais, procuramos correlacionar os dados clínicos e epidemiológicos como forma de identificar os grupos de risco no desenvolvimento desta neoplasia, bem como contribuir na sua prevenção e no diagnóstico precoce do CEC de base de língua.
MATERIAL E MÉTODOFoi realizado estudo descritivo retrospectivo de 290 pacientes portadores de CEC de base de língua, no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis, Hosphel, São Paulo, de 1977 a 2000. Foram analisadas variáveis como idade, raça, profissão, queixa principal, tempo de queixa, hábitos e exposição (álcool e fumo), condições de higiene bucal, estadiamento clínico (TNM), tempo entre o diagnóstico
e o início do tratamento.
o Sexo e Raça: homens e mulheres, sendo consideradas as etnias branca, negra, amarela e outras.
o Idade: a partir da 4á década em faixas etárias e a partir dos 80 anos em um único grupo.
o Profissão: 1. Profissionais ligados à agricultura e afins; 2. Profissionais ligados à fabricação de produtos com substâncias inalantes, madeira, química e mecânica; 3. Profissionais ligados ao comércio e liberais; 4. Profissionais do lar; 5. Aposentados.
o Queixa principal: primeira queixa e tempo de evolução.
o Hábitos: foram analisados tipo, quantidade e tempo de consumo: 1. Tabagismo, sendo (-) para não fumantes e (+) para fumantes a cada 10 cigarros os de papel ou 2 de palha ou charuto ou cachimbo/dia.
o Etilismo: sendo (-) para o não-consumidor e (+) para cada dose de destilado ou 1 garrafa de cerveja de 600cc ou 1/2 garrafa de vinho/dia.
o Classificação TNM: empregada a versão de 1998 associada à determinação palpatória de níveis linfonodais I (submento-mandibular); II (júgulo-carotídeo alto); III (júgulo- carotídeo médio); IV (júgulo carotídeo baixo) e; V (triângulo posterior do pescoço).
Quanto ao estadiamento, foram diagnosticados no Estádio I: 4 pacientes (1,4%); II: 45(15,%); III: 94(32,5%). IV: 147 (50,6%).
o Tempo entre o diagnóstico e o tratamento:, houve registro de tempo entre o diagnóstico através da biópsia e o início da terapêutica (cirúrgica e/ou radioterápica).
Método estatístico
Para análise dos resultados, foram utilizados testes não paramétricos, levando-se em consideração a natureza das variáveis estudadas.
o Teste de Wilcoxon (SIEGEL; CASTELLAN JR 1988): com o objetivo de comparar, para cada paciente, os tempos de hábito do fumo e do álcool. Este teste foi aplicado, individualmente, para cada um dos estádios considerados,
o Análise de variância por postos de Kruskal-Wallis (Siegel; Castellan Jr., 1988): com o objetivo de comparar os diferentes estádios do tumor em relação aos tempos de hábito do fumo e do álcool separadamente.
o Teste Kappa de concordância (Landis; Kock, 1977): com o propósito de estudar as concordâncias entre os graus de consumo do álcool e do tabaco. (Este teste foi aplicado separadamente para cada um dos estádios e para cada grupo de pacientes de acordo Teste de Mc Nemar (Remington; Schork, 1970): como complemento do teste de Kappa, foi utilizado para comparar as freqüências situadas acima e abaixo da diagonal de concordância do Teste de Kappa.
Em todos os testes aplicados, fixou-se em 0.05 ou 5% o nível para rejeição da hipótese de nulidade, assinalandose com asterisco (*) os valores significantes.
RESULTADOSDo universo de 290 pacientes portadores de CEC de base de língua, 259 eram do sexo masculino e 31 do feminino (relação 8:1), senda 237 brancos (81,7%), 51 negros (17,6%) e 2 amarelos (0,7%). Quanto à distribuição por faixa etária houve o predomínio da 6ª década (41,0%), seguida pela 5ª e 7ª (22,7%) - Tabela 1.
Quanto à relação com o histórico ocupacional, houve o predomínio de pacientes ligados à indústria, comércio e 4 liberais (71,1%)-Tabela 2.
Para análise do tempo (dias) entre o diagnóstico e o início do tratamento, houve maior número de casos que o iniciaram em até 30 dias (62,0%) - Tabela 3.
No que diz respeito ao tempo de queixa em meses, foi menor que 6(62,0%), de 6 a 12 (25,9%) e acima de 12 meses (24,1%). O sintoma principal foi odinofagia (37,2%), linfonodo metastático (21,8%), disfagia (14,5%), ferida na língua (9,0%), rouquidão (6,9%), corpo estranho (4,8%), otalgia reflexa (3,4%) e outras (2,0%) - Tabela 4.
A seguir, foram analisados as relações das quantidades de álcool e fumo (teste de Kappa e Mc Nemar), o estádio clínico e a profissão: (Tabela 5), ocorrendo valores significantes e não significantes para as diferentes variáveis analisadas.
Quanto ao tempo (anos) de consumo de álcool e fumo e sua relação com o estádio (Teste de Wilcoxon), ver Tabela 6.
Nos estádios I, II e IVc (pequena amostra) não foi possível análise estatística, sugerindo, todavia, que o tempo de tabagismo deva ser mais significante que o do álcool. Para o estudo relação do tempo de consumo de álcool e fumo e o estádio, empregamos o teste de Kruska & Wallis (análise de variança)-Tabelas 7 e 8. Quanto ao estadiamento TNM (UICC 1998), verificamos o predomínio dos casos avançados (Tabela 9).
DISCUSSÃOA definição do perfil epidemiológico do carcinoma espinocelular da base da língua passa pela determinação dos fatores de risco. Assim, há unanimidade quanto ao predomínio do sexo masculino5, 6, 12, fato este observado em nossa casuística onde a relação foi de 8:1. Quanto à etnia, há resultados discordantes, pois ocorreram relatos do predomínio da raça negra9, 13, contrapondo-se com outros onde a raça branca predominou14, 15 como ocorreu neste estudo, quando aferimos a relação de 5:1. No que diz respeito à faixa etária; a mais acometida foi a 6ª década (41,0%), seguida pela 5ª e 7ª (22,7%), não ocorrendo nenhum registro abaixo da 3a década, coincidente com a literatura16, 17 (Tabela 1).
Tabela 1. Pacientes portadores de carcinoma epidermóide de base de língua, segundo a idade, em anos.
Tabela 2. Pacientes portadores de carcinoma epidermóide de base de língua, distribuídos de acordo com a profissão.
Tabela 3. Pacientes portadores de carcinoma epidermóide de base de língua, segundo intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento, em meses.
Tabela 4. Pacientes portadores de carcinoma epidermóide de base de língua, segundo sintoma inicial.
Tabela 5. Relação entre quantidade de consumo de álcool e fumo em estadiamento e profissão.
ns = não significativo
s = significativo
Tabela 6. Tempo (anos) de consumo do tabaco e o álcool e sua relação com os estádios III e IV.
Tabela 7. Pacientes portadores de carcinoma epidermóide de base de língua, segundo o estádio do tumor e o tempo de uso do tabaco (em anos).
Análise de Variância de Kruskal-Wallis
H calo = 1,78 (não significante) H crit =11,07
Tabela 8. Pacientes portadores de carcinoma epidermóide de base de língua, segundo o estádio do tumor e o tempo de uso do álcool (em anos).
Análise de variância de Kruskal-Wallis
H calo = 3,11 (não significante)H crit = 11,07
Tabela 9. Pacientes portadores de carcinoma epidermóide de base de língua, segundo o tamanho do tumor e a disseminação regional.
Quanto à atividade profissional (Tabela 2), houve predomínio de pacientes ligados à indústria (36,6%), seguido de comerciários e liberais (34,5%), agricultores (17,9%) e aposentados (7,3%). Estes dados devem ser encarados com ressalvas, considerada a ausência de amostras populacionais brasileiras relevantes no que diz respeito à distribuição das neoplasias e a profissão. Isto foi coincidente com relatos em instaladores de carpete14, contato com pó de madeira, produtos de carvão e cimento18. Para o intervalo de tempo entre o aparecimento de sintomas e a procura do médico para o início do tratamento, houve maior freqüência (62,0%) do período de 0 a 6 meses (Tabela 3), semelhante aos achados de literatura1, 12, 15, 19.
Quanto à sintomatologia inicial (Tabela 4), odinofagia foi predominante (37,6%), seguida de linfonodo metastático (21,7%) e disfagia (14,5%). Percebe-se escassa sintomatologia inicial, quiescente e insidiosa1, 19, 20, sendo o seu diagnóstico indicadores de neoplasia em fase avançada (estádios III e l IV), invadindo estruturas anatômicas adjacentes e regionais (Tabela 5).
No que diz respeito ao tempo de consumo do tabaco e do álcool, é o dado mais relevante da pesquisa, visto que nos diferentes estádios, todos os pacientes dependentes apresentavam tempo de consumo médio de 35 a 40 anos nos estádios avançados (estádios III e IV) para o tabaco e 31 a 32 anos (estádios III e IV) para o álcool (Tabela 6, 7 e 8), o que permite afirmar que o tabagismo é um fator relevante na morbidade destas afecções. Quanto à associação de ambos, esta ocorreu em 83,8% dos casos, 11,7% de um ou outro e 4,5% de nenhum. Portanto, esta associação aferida é, coincidente com as demais séries3, 21, 22, não sendo detectadas diferenças quantitativas nos diferentes estádios. No que diz respeito ao estadiamento TNM (UICC, 1988), 50,7% eram T4, 32,4% T3,14,5% T2 e 1,4% T1, sendo que 21% N0, 13,4% N1 43% N2 e 22,4% N3 (Tabela 9). Portanto, percebe-se que a metástase ipsilateral é um fator prognóstico relevante, considerando a história natural do CEC da base da língua, estando presente em 79% da casuística, concordante com a literatura 21,22. Isto permite aferir a agressividade clínica onde predominam os estádios clínicos III e IV em comparação aos iniciais I e II. Ao lado disto, os parâmetros lesão primária T e disseminação metastática regional uni ou bilateral N demonstram a evolução da doença - a neoplasia epidermóide de base de língua se caracteriza pelo tempo relativamente curto, avanço insidioso do tumor primário e comprometimento linfonodal, para a qual os resultados de sobrevida demonstram pouca eficácia tanto dos tratamentos cirúrgico quanto do radioterápico, isolados ou associados entre si e à quimioterapia. Fica evidente ainda que, através das características epidemiológico-clínicas destas neoplasias, e de sua associação ao tabagismo e/ou etilismo, que a morbidade e mortalidade das mesmas é alta, decorrentes de sintomatologia insidiosa, estadiamento avançado, quando a escolha da terapêutica praticamente é irrelevante.
CONCLUSÕESO carcinoma espinocelular de base de língua é mais freqüente no homem branco da 5ª a 6ª década, tendo como fatores de risco o álcool e o fumo, sendo predominante o emprego do tabagismo nas mulheres. O tempo de queixa foi referido nos 6 meses iniciais, com predomínio dos estádios III e IV, sendo que os casos I e II eram todos etilistas e/ou tabagistas.
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1 Cirurgião do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia, Hosphel, São Paulo.
2 Estatístico do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Santo Amaro, São Paulo.
Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis, Hosphel, São Paulo, Brasil.
Endereço para correspondência: Abrão Rapopon - Rua Iramaia, n° 136 Jd. Europa 01450-020 São Paulo
Tel (0xx11)273-8223 - E-mail: - cpgcp.hosphel@attglobal.net
Artigo recebido em 27 de setembro de 2002. Artigo aceito em 13 de fevereiro de 2003.