ISSN 1806-9312  
Segunda, 29 de Abril de 2024
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2859 - Vol. 38 / Edição 2 / Período: Maio - Agosto de 1972
Seção: Artigos Originais Páginas: 175 a 176
A QUIMIOTERAPIA INTRARTERIAL COMO ARMA TERAPÊUTICA NO CÂNCER DOS SEIOS PARANASAIS
Autor(es):
Abrão Rapoport*
Josias de Andrade Sobrinho**

Os autores apresentam a sua experiência com a Quimioterapia Intraarterial como terapêutica do Câncer dos Seios Paranasais. Admitem a possibilidade de se tratar de arma de real efetividade, em função dos resultados obtidos em 22 casos de neoplasias malignas do antro maxilar, vista que os demais seios paranasais não foram em sua experiência afetados por síndromes neoplásicos.

Assim, no Serviço de Cabeça e Pescoço da Associação Paulista de Combate ao Câncer, no período de março de 1971 a julho de 1972, 22 pacientes portadores de câncer de antro maxilar foram submetidos à quimioterapia intra-arterial.

Material e Métodos

Critérios de rigor foram obedecidos na admissão de pacientes para o uso de Quimioterapia Intra-arterial. Assim:

1 - Pacientes somente serão submetidos à terapêutica após diagnóstico através da histopatologia de sua lesão.

2 - Somente serão tratados aqueles pacientes que tiverem condições clínicas de suportar tal terapêutica, com seus já conhecidos efeitos tóxicos.

3 - O paciente deverá estar avisado das limitações impostas pela terapêutica, como impossibilidade de locomoção durante 6 a 8 dias, quando deverá estar em decúbito dorsal permanente.

4 - Somente serão incluídos no grupo os pacientes que não tenham sido submetidos à tratamento irradiante anterior, visto que a Radioterapia limita a ação do quimioterápico, quando utilizada anteriormente.

Vias de Acesso

Os autores apresentam como via de acesso preferencial a Artéria Temporal Superficial, apontando esta via como a mais viável pelos seguintes fatos:

1 - O seu cateterismo é feito através de pequena incisão na altura do Tragus auricular, estando a artéria logo abaixo da aponeurose pré-Parotídea. As variações anatõmicas desta artéria apesar de freqüentes, não criam obstáculos ao seu cateterismo. Esta via foi utilizada em 21 dos 22 casos.

2 - O seu cateterismo evita a abertura do espaço cervical, que quando utilizado cria facilidades para o aparecimento de acidentes como lesão de estruturas vitais como carótida, veia jugular e vago. Ainda lembramos o fato de facilitar a instalação de infecção no campo cervical.

3 - Evita a contaminação do campo cervical que poderá ser utilizado em cirurgias posteriores.

A segunda via de acesso na ausência ou na impossibilidade da primeira é através de artéria Tireoidiana Superior. Foi utilizada em somente 1 caso, visto que os demais foram factíveis pela temporal superficial.

Summary

The authors present 22 cases of Maxillary Sinus Câncer treated by Intra-Arterial Chemotherapie at The Head and Neck Service of Associação Paulista de Combate ao Câncer, among 1971 and 1972.

Bibliografia

1. Butto, H. G. - Infusão Arterial. Latino-Americana de Quimioterapia, 2:173-178, 1968.
2. Watkins, E. Jr.; Sullivan, R. D. - Cancer Chemotherapie by prolonged Arterial Infusion. Surg. Gynec. Obst. 118:3-19, 1964.
3. Nahum, A. M. - Limitations impossed by Head and Neck Vasculature in Regional Chemotherapy. Surg. Gynec. Obst. 166:539-546, 1963.




* Médico adjunto do Serviço de Cabeça e Pescoço da Associação Paulista de Combate ao Câncer.

** Chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço da Associação Paulista de Combate ao Câncer.
Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C


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