Assist. Ensino Superior da Escola Paulista de Medicina. Anestesista do Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina. Chefe do centro cirurgico e centro de recuperação do Hospital São Paulo da Escola de Medicina.
Temos notado que todos os otorrinolaringologistas que se iniciam na prática da cirurgia das adenoamigdalectomias pelo método da dissecção sob anestesia geral entubada, sentem grande dificuldade em conseguir uma boa exposição do campo cirúrgico e acreditamos que isso aconteça pelo simples fato decorrente da falta de uma melhor localização e consequente estabilização do abridor de boca o qual, mesmo nos mais experimentados cirúrgicos, por vêzes, constitue sério problema no decurso da cirurgia.
Dessa nossa observação, surgiu a idéia de procurarmos uma nova posição para o abridor de boca, que pudesse oferecer, além da facilidade de colocação e melhor estabilidade, um campo cirúrgico mais amplo e mais accessível aos instrumentos o que, em última análise, proporciona mais facilidade da cirurgia.
Assim, sugerimos que ao invés do arco do abridor de boca ser fixado entre o 1.º molar e o canino de cada maxilar superior, como até então é feito, seja êle colocado nos espaços retro-dentários superiores ao mesmo tempo que a extremidade livre do abaixador de língua fique próxima da fosseta da prega da epiglote ou seja por sôbre a língua e por baixo desta. Só acionarmos o abridor de bôca, êste permanecerá firme e com excelente angulação, não necessitando qualquer artifício ou ctruqueo para mantê-lo em posição e ainda não haverá risco de compressão da sonda traqueal.
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