ISSN 1806-9312  
Sábado, 23 de Novembro de 2024
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2187 - Vol. 62 / Edição 2 / Período: Março - Abril de 1996
Seção: Pergunta Páginas: 174 a 174
Como proceder em cirurgia de timpanoplastia, onde o estribo encontra-se fixo?
Autor(es):
Dr. Mauro Coletes

Durante a realização de timpanoplastia, o cirurgião otológico deve ter em mente o aspecto que é de vital importância para a segurança da integridade funcional do ouvido interno. É o fato de que o espaço perilinfátieo deverá ser respeitado, no sentido de que seja evitada a abertura acidental do mesmo, permitindo destarte contaminação dos líquidos labirínticos e levando a quadro de labirintite serosa. Este é de conseqüências às vezes dramáticas, no pós-operatório, devido ao surgimento de tonturas rotatórias intensas (presença de nistagmo espontâneo de tipo irritativo de destruição labiríntica) e disacusia neurossensorial profunda, podendo chegar até mesmo à cofose ou morte coclear.

Quando o ouvido médio encontra-se seco, a perfuração da membrana timpânica confere ao mesmo a possibilidade de potencial condição de infecção, com danos ao ouvido interno, nos casos de exposição do espaço perilinfático.

Quando a fixação do estribo ocorre pela presença de timpanosclerose, deverá ser tentada cuidadosamente a mobilização do estribo.

Algumas escolas aconselham, nos casos de não ser atingida esta mobilização, evitar a realização de estapedectomia em 2.º tempo, pela possibilidade de migração do processo de timpanosclerose em direção ao vestíbulo.

Caso a fixação do estribo seja devida à presença de otosclerose, a mobilização do estribo também deverá ser tentada e, se não atingida, poderá ser realizada com segurança a estapedotomia ou mesmo estapedectomia em 2° tempo cirúrgico.

Dr. Hélio Andrade Lessa - Salvador - BA
Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C


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