ISSN 1806-9312  
Sexta, 3 de Maio de 2024
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2094 - Vol. 61 / Edição 4 / Período: Julho - Agosto de 1995
Seção: Como eu trato Páginas: 334 a 334
PERFURAÇÃO SEPTAL
Autor(es):
Dr. Marcos Mocellin

Ao contrário da perfuração timpânica, onde na maioria dos casos é reversível, a perfuração septal para sua correção necessita sempre de cirurgia.

Para indicação cirúrgica, devemos avaliar as causas, onde as principais são:

1 - Granulomatoses: a perfuração-septal é comum nestas doenças, devendo a indicação cirurgica ser feita só após a certeza de cura da doença básica.

2 - Traumáticas: a perfuração septal cirúrgica após laceração de mucosa bilateralmente e cartilagem no mesmo nível é comum na técnica Killian, principalmente nos iniciantes nesta cirurgia. Outros tipos de trauma são muito raros.

3 - Vasoconstrição: os viciados em cocaína fazem com freqüência perfurações por isquemia, o mesmo podendo acontecer, muito raramente, com o uso de vasoconstritor nasal.

- Sintomas: as pequenas perfurações provocam assobios na respiração, causando desconforto ao paciente.

Nas médias e grandes, a formação de crostas e epistaxe de repetição são as principais queixas.

- Cirurgia: A indicação cirúrgica deve ser feita se há desconforto ao paciente. As perfurações anteriores apresentam sintomas, enquanto as posteriores passam desapercebidas.

Nas pequenas perfurações anteriores (1 cm), a rotação simples de retalhos de mucopericôndrio resolve na grande maioria dos casos.

Nas perfurações médias (2 à 3 em), a rotação dos retalhos deve ser maior, descolando de um lado a porção superior de mucopericôndrio da cartilagem septal até a porção medial da cartilagem lateral superior, enquanto que no lado oposto o descolamento deve ser inferior à perfuração, chegando no assoalho do nariz. Coloca-se um fragmento de cartilagem exatamente do tamanho da perfuração para dar suporte aos retalhos que devem ser suturados após sua rotação bilateral, fechando totalmente a perfuração. Os resultados são satisfatórios.

Nas perfurações maiores que 3 em, tentamos várias técnicas, sempre com resultados poucos satisfatórios.
Indexações: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus Latinoamericano), SciELO (Scientific Electronic Library Online)
Classificação CAPES: Qualis Nacional A, Qualis Internacional C


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