IntroduçãoMilhões de trabalhadores no mundo têm usado fones de ouvido para operações de telefonia, mas os níveis de ruído no pavilhão auricular são desconhecidos. Mais especificamente, existe grande questionamento sobre os efeitos da exposição ao ruído de monofones de ouvido utilizados por telefonistas e sobre a existência de surdez ocupacional nestas profissionais.
O estudo objetivou estabelecer a incidência de perda auditiva em 50 telefonistas do sexo feminino que operam há mais de 10 anos na Empresa de Telecomunicações do Estado do Paraná, comparar com a incidência de perda de audição em população-amostra de mulheres com a mesma faixa etária e que não apresentam história de exposição a ruídos ele forte intensidade e pesquisar a existência de surdez ocupacional para a situação cio trabalho analisado.
A perda auditiva conseqüente à exposição ocupacional ao ruído tem sido reconhecida desde a Revolução Industrial, sendo a primeira doença do trabalho, tanto em prevalência, como em custo indenizatório (SATALOFF, 1987)¹.
O ruído ambiental constitui-se em inimigo invisível à saúde cio homem, perturbando ó trabalho, o descanso, o sono e o lazer. A perda auditiva ocupacional tem sido abordada com maior grau de consciência e a sua prevenção deve ser dividiria entre médicos do trabalho, audiologistas, enfermeiros, engenheiros e técnicos de segurança, advogados: enfim, entre todos os profissionais que praticara saúde e segurança do trabalho (SATALOFF e SATALOFF, 1987)¹.
MONETTI e FERREIRA (1984)² traduziram e revisaram a publicação original de ROELENS et al. (1956) sobre a neurose elas telefonistas, provocada por gasto de energia muscular e pelo ritmo acelerado do trabalho cadenciado. Esta situação causa aumento dos esforços de atenção, precisão e velocidade, com alterações cio humor e do caráter, manifestadas por sinais e sintomas como a intolerância aos ruídos, tanto aos violentos e inesperados, como aos repetidos e monótonos, a hiper-sensibilidade ao ruído, causando "estudo de inquietação nervosa terrível" e outras vezes a sensação de ensurdecimento.
SATALOFF e SATALOFF (1987)¹ evidenciaram que a perda auditiva induzida pelo ruído é alteração sensorioneural cia audição que se desenvolve ao longo dos primeiros 8 a 10 anos de exposição ao ruído, comprometendo inicialmente as freqüências altas, entre 3.000 e 6.000 Hz, e quase sempre igual nos dois ouvidos.
ORCHIK et al. (1987)3, avaliando casos de perda de audição associada ao uso de telefone sem fio, constataram que a maior alteração auditiva ocorreu para as freqüências sonoras ele 500 Hz e 1.000 Hz.
GUYOT (1988)4 documentou a ocorrência de perda auditiva permanente em usuários de aparelhos telefônicos serra fio, devido aos riscos de breves exposições a estímulo sonoro intenso, pois tais equipamentos poderiam produzir ruídos iguais ou superiores a 139 dB(A).
JERGER e JERGER (1989)5 configuraram o padrão audiológico da alteração auditiva por ruído, através de curva audiométrica descendente, com perda maior na região de freqüências altas, preservando a audição nas regiões ele freqüências médias e baixas, com tendência progressiva. Os resultados da perda auditiva para limiar auditivo de tons puros mostraram perda auditiva leve nas freqüências entre 3.000 e 6.000 Hz, e o limiar máximo de perda sensibilidade ocorreu em 4.000 Hz.
COSTA et al. (1989)6 consideraram que, embora a lesão, auditiva induziria pelo ruído pareça ser bilateral e simétrica, são usuais diferenças entre os ouvidos; e, erra determinadas condições de exposição, a alteração é unilateral. Citaram estas particularidades para as telefonistas, motoristas ele ônibus e taxistas.
SILVA (1994)7 desenvolveu método ele dosimetria simples e de custo acessível para avaliar, ira situ, os níveis ele ruído nos operadores ele telefonia que usam fones de ouvido.
RIBEIRO et al. (1994)3 atribuíram a baixa incidência perda auditiva encontrada em telefonistas à jornada de 6 horas aos intervalos de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, o que lhes dá repouso auditivo mesmo durante o expediente.
MENDES (1995)9 pesquisou de forma inédita a audição em telefonistas corra mais ele 10 anos ele utilização de monofone, cujo presente trabalho é o resumo do seu estudo.
KATSARKAS e AYUKAWA (1980)10 definiram a presbiacusia como perda auditiva progressiva causada por mudanças patológica devidas à idade. Consideraram que os fatores intrínsecos, como predisposição genética, e os fatores extrínsecos, por exemplo exposição ao ruído, e as condições clínicas, como o diabetes mellitus ou problemas cardiovasculares, contribuem para precipitar a perda auditiva cota o avanço da idade.
SATALOFF e SATALOFF (1987)1 citaram a presbiacusia corno a causa unais contam ele perda auditiva sensorioneural com evolução gradual ao longo dos anos, afetando primeiramente audição para as altas freqüências, em ambos os ouvidos.
JERGER e JERGER (1989)5 ressaltaram que o parirão c perda auditiva devido à idade difere entre os sexos. Na região das freqüências altas do audiograma, o grau ele perda caracteristicamente maior no sexo masculino que no feminino.
ARNST (1989)11 observou que o comportamento das freqüências agudas torna difícil a percepção das consoante especialmente quando a velocidade ele fala é rápida ou o ambiente é ruidoso.
MATERIAIS E MÉTODOSO estudo foi realizado na Telecomunicações do Paraná S. A. - TELEPAR, empresa do Sistema TELEBRÁS, concessionária ele telecomunicações no Estado do Paraná.
Foi denominada de Grupo I a amostra aleatória ele 291 empregadas com idade entre 35 e 50 anos, de cargos com funções administrativas, lotadas em Curitiba, independente de tempo de serviço, e de Grupo II, o total de 50 empregadas com cargo de telefonistas e idade entre 35 e 50 anos, lotadas em Curitiba, todas com tempo de serviço na Empresa superior a 10 anos.
Foram elaborados 2 tipos ele protocolos.
Para o Grupo I, o protocolo continha nome, idade, data da realização da audiometria, cargo, dados quanto a queixas auditivas e ausência de exposição a ruídos acima de 85 dB e ainda a classificação do audiograma para cada ouvido.
Figura 1. Dosimetria em telefonista.
Figura 2. Monofone tipo THS-1000, da IBCT.
Para o Grupo II, além dos dados constantes no protocolo do Grupo I, foram anotados: data da admissão e tempo de serviço na Empresa, dados de anamnese e exame otorrinolaringológico ocupacional com queixas auditivas, exposição a ruídos de forte intensidade fora do ambiente de trabalho, ouvido usado para a colocação do monofone e otoscopia.
Os exames audiométricos foram realizados com dois audiômetros clínicos, marca GRADSON STADLER, modelo GSI e MAICO, modelo 22, calibrados segundo padrão ANSI/69, em cabine acústica com isolamento acústico padrão ASHA/83. Foram empregados para o teste audiométrico fones de ouvido modelo THS 50P, com valores de atenuação de ruído obedecendo os padrões ASHA/83.
Utilizou-se para a avaliação da exposição ao ruído o dosímetro marca QUEST, modelo MICRO 15, aferido antes e após cada período de avaliação, por calibrador da mesma origem, tipo QC-10 e microfone QUEST unidirecional modelo 1845, de cerâmica, com 8 mm de diâmetro e 18 mm de altura, acoplado por fio de pequena bitola, cujas características acústicas permitiram que fosse alojado, satisfatoriamente, entre a concha auricular do pavilhão da orelha e a cápsula do fone de ouvido, com angulação entre 50 e 70 graus em relação ao monofone (Fig. 1).
O teste foi realizado com monofone de ouvido tipo THS 1000, modelo da IBCT (Indústria Brasileira de Componentes para Telefonia), com cápsula receptora tipo dinâmica com ímã de samarium-cobaldot, diâmetro máximo de 25 mm, resposta de freqüência de 300 a 3.400 cps e impedância de 20 Ohm. Microfone: tipo eletreto, com resposta de 300 a 3.400 cps e impedância de 2 Kohm, interligado a cápsula receptora por arco maleável. O conjunto (monofone) é conectado à mesa operadora através de cordão com 2.000 mm de comprimento e 80 mm espiralado e plug tipo ITT 2 pinos (Fig. 2).
Procedeu-se ao preenchimento dos protocolos dos Grupos I é II com os dados coletados dos prontuários de exames médicos periódicos realizados pelo Serviço Médico da Empresa no período de agosto de 1992 a agosto de 1994. As telefonistas realizaram avaliação médica otorrinolaringológica, além do exame médico ocupacional de rotina.
Todos os testes audiométricos foram realizados na mesma clínica de fonoaudiologia credenciada com a empresa e obedeceram à técnica para Audiometria Tonal Limiar Descendente, proposta por YANTIS (1989)12.
Foi considerado como resultado final da análise dos protocolos a audição normal, com o limiar da resposta até 25 dB em todas as freqüências testadas. Os protocolos com audiogramas classificados como alterados tiveram o tipo de alteração da audição especificado em Hipoacusia Condutiva Sensorioneural ou Mista UERGER e JERGER, 1982)".
A avaliação do nível de exposição ao ruído baseou-sena Normas Técnicas de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO NHT-06 e NHT-09 que preconizam a dosimetria como método de avaliação do ruído ambiental e determinam a dose de ruído recebida pela pessoa exposta, em determinado período de tempo, modificadas por SILVA (1993)14 e SILVA (1994)7, para dosimetria em telefonistas que experimentam a exposição ao ruído do monofone durante sua jornada de trabalho. Foi considerada situação de risco para surdez ocupacional a dos projetada para 6 h de trabalho superior a 100%. As avaliações foram realizadas no ouvido com o monofone. Treze mensurações de ruído foram suficientes para a observação da dose de exposição, todas no ouvido esquerdo.
O tratamento estatístico utilizado para análise dos resultados foi distribuição por idades nos grupos de telefonistas e controle, distribuição por ouvido, do uso de fone, no grupo telefonistas, testes ? para diferenças de proporções de audiometria com alteração sensorioneural entre os grupos telefonistas e controle e entre ouvidos, no grupo telefonista, com nível de significância P<0,05, testes ? para diferenças de proporções de resultados de audiometrentre os grupos telefonistas e controle com nível de significânc p<0,05. Calculou-se ainda teste t de Student para avaliação da diferença entre as médias de idade dos grupos telefonistas e controle, com nível de significância p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃOMuito se tem feito em relação aos aspectos de levantamento ambiental do ruído e de diagnóstico precoce da perda auditiva em trabalhadores de empresas dos mais variados setores, como o petroquímico, da indústria têxtil e, principalmente, do setor metalúrgico.
A correlação entre a exposição ao ruído e a perda auditiva é feita através da anamnese ocupacional da medida da audição e da avaliação da dose de ruído que o indivíduo exposto recebe.
As avaliações de ruído ambiental são indispensáveis para orientar as ações preventivas de surdez ocupacional.
Existem técnicas bem estabelecidas para a medição do ruído ambiental, porém são recentes as tentativas para realizar a dosimetria em indivíduos expostos a ruídos de fones de ouvido. Existem áreas de atuação profissional nas quais os ouvidos estão diretamente expostos ao ruído e os trabalhadores dependem da acuidade auditiva para o desempenho das suas tarefas. Exemplo desta situação especial é a dos operadores de telefonia. Distribuem-se entre empregados com funções ligadas aos reparos de pares telefônicos é as telefonistas que auxiliam a rede de comunicação através do uso de monofones. Nestas duas situações, uma vez impossibilitados de usarem equipamento de proteção auditiva individual, a prevenção da perda auditiva depende exclusivamente de adequados aparelhos para desenvolverem as suas jornadas de trabalho ao longo dos anos.
A dificuldade para estabelecer o diagnóstico diferencial entre perda auditiva induzida pelo ruído e possível presbiacusia excluiu deste estudo indivíduos com mais de 50 anos de idade e os grupos avaliados incluíram mulheres com idade entre 3 50 anos, com idade média de 41 + ou - 4 anos no grupo telefonistas. No grupo-controle, a média de idade foi de 40 + ou - 4 anos. A diferença entre estas médias, aplicando-se o tesa de Student, com t = 0,5279 e p = 0,30, evidenciou que a amostra foi homogênea (Tab. 1). Em relação a afirmações de SATALO (1987)¹, quanto ao tempo de exposição ao ruído necessário pa o desenvolvimento da perda auditiva, as telefonistas estudadas tinham mais de 10 anos de exposição ao ruído do monofone.
Observou-se que 46 telefonistas (92%) usaram o monofones no ouvido esquerdo e apenas 4 telefonistas (8%) o fizeram e ambos os ouvidos (Tab. II). Por este motivo, as dosimetrias foram realizadas nos ouvidos esquerdos (Quadro I).
SILVA (1994), calculou, através de dosimetria para jornada de 6 horas de trabalho em telefonistas, o grau de exposição ruído do monofone. Constatou que, nesta situação, não há risco surdez ocupacional. O autor considerou o equipamento e o "mero de horas trabalhadas, sem levar em conta a audição das telefonistas.
No presente estudo, aplicando-se o teste z para diferenças proporções de audiometria com alteração sensorioneural entre os grupos telefonistas e controle, observou-se que não houve diferenças significativas entre os 2 grupos (Tab. III).
RIBEIRO et al. (1994)8 analisaram os audiogramas de 6.093 empregados trabalhando em cargos de risco para surdez ocupacional em empresas de telecomunicações. O estudo mostrou 6,1% de incidência de perda auditiva sensorioneural nesses empregados. Para o cargo de telefonista, considerado pelos autores como de risco para surdez ocupacional, a incidência do comprometimento sensorioneural da audição foi de 1%. Os autores não fizeram referência ao tipo de monofone usado pelas telefonistas e aos dados de medição do ruído para este cargo.
Quando constatada alteração auditiva sensorioneural no ouvido do monofone, esta não se mostrou significativa quando comparada ao outro lado (Tab. IV). A este respeito, nenhuma diferença entre a alteração auditiva dos ouvidos direito e esquerdo foi encontrada em indivíduos expostos por mais de 10 anos a ruído ambiental de 90 dB(A) no estudo de ROSENHALL et al. (1990)15.
Também não foram encontradas diferenças significativas de proporções de audiometria normal e alterada entre os grupos telefonistas e controle (Tab. V).
CONCLUSÕESA incidência de perda auditiva em telefonistas do sexo feminino, com idade entre 35 e 50 anos, foi de 22%.
A incidência de perda auditiva, em telefonistas com mais de 10 anos de utilização de monofone THS-1000, modelo da IBCT, foi semelhante à incidência de perda auditiva em população de mulheres de mesma faixa etária não expostas ao ruído de for intensidade.
Não existe surdez ocupacional em telefonistas com idade entre 35 e 50 anos, com mais de 10 anos de utilização de monofones THS-1000 da IBCT, para jornada de 6 horas de trabalho.
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* Médica ORL HC UFPR, Mestre em Clínica Cirúrgica pela UFPR, Ex-Médica ORL do Serviço de Medicina Ocupacional da Fundação Telepar.
** Professor Adjunto da Disciplina de Otorrinolaringologia da UFPR.
*** Fonoaudióloga Especialista em Avaliação Auditiva e do Equilíbrio Corporal - PUC - PR.
**** Fonoaudióloga Especialista em Deficiência Auditiva - Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação - RJ.
***** Fonoaudióloga, Professora Assistente da Disciplina de Audiologia da UNIVALI - SC.
Trabalho realizado no Hospital de Clínicas da UFPR, Rua Gen. Carneiro, S/N° - Curitiba - PR - Telecomunicações do Paraná - TELEPAR.
Endereço para correspondência: Rita de Cassia C. G. Mendes - Rua Manoel Eufrásio, 634 - Curitiba - PR, Tel.: (041) 253-2345 - Fax (041) 253-1744.
Artigo recebido em 15 de março de 1996. Artigo aceito em 15 de maio de 1996.