Kohut, R.I., Waldorf, R.A., Haenel, J.L. e Thompson, J.N: Ann. Otolol_ Rhin. & Laryng. 88: 153-159 (março-abril) 1979.
Os autores descrevem entidade clínica caracterizada por episódios de vertigem e sinal de Hennebert positivo, sem perda de audição. Nos últimos anos a questão das fístulas labirínticas têm sido focado sob vários ângulos, abrangendo as fístulas produzidas por erosão nas otites médias colesteatomatosas, as fístulas pós-estapedectomia e também as fístulas por traumas, geralmente de esforço e de descompressão, ao nível das janelas, ou mesmo intra-labirínticas. O presente trabalho, ilustrado pela descrição pormenorizada de cinco casos, refere-se a vertigens de longa duração, de meses e anos, com fístulas comprovadas cirurgicamente, sem perda da acuidade auditiva, porém com movimentos oculares despertados por pressão, positiva e negativa, no interior do meato acústico externo com o uso do especulo pneumático de Bruening (sinal de fístula de Hennebert). O quadro clínico foi mal interpretado inicialmente em al¬guns desses doentes, que vieram a ser depois submetidos à timpanotomia exploradora, com a descoberta de perilinfa e fístula, ao exame sob aumento de 25x . O reparo requereu o descolamento da mucosa na área afetada e o sela¬mento do orifício com enxerto. Houve casos em que a cirurgia teve que ser repetida, provavelmente por falta de repouso adequado no pós-operatório. Crises vertiginosas, ou constante instabilidade, com sinal de Hennebert positivo, mesmo com a audição conservada, devem servir de alerta para a indicação de cirurgia, mediante timpanotomia e exame com grande aumento, na suspeita da presença de perilinfa com fístula na janela oval, de dimensões mínimas, com cura pela obliteração por enxerto".
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