S. Paulo
No decorrer da prática cirúrgica da Ozena, venho notando que, a aproximação das paredes nasais dos seios maxilares, dificilmente podia ser uniforme, pois que essa aproximação era executada com os dedos indicadores, sendo a pressão exercida irregularmente, de ambos os lados. Consequentemente o resultado operatório apresentava irregularidades na amplidão das fossas nasais, havendo do lado de menor aproximação, depósito de catarro e crostas. Idealizei então o aparelho que passo a descrever.
O Aproximador consiste de dois braços côncavos articulados no seu terço anterior por um ponto de apoio fortemente fixado por um parafuso. Na extremidade anterior de cada ramo existe uma placa fixa com saliência mediana sôbre a qual podem ser adaptadas lâminas móveis em bainha conforme o tamanho da parede antral. Na parte posterior os braços são maiores para facilitar a manobra de aproximação. Na porção côncava está disposta uma cremalheira denteada que permite conservar o aparelho sempre na aproximação desejada. As placas móveis são de tamanhos diferentes adaptando-se conforme a cavidade do antro. São fendidas no sentido longitudinal e colocadas na porção saliente da placa, onde ficam fixadas.
USO DO INSTRUMENTO
Executado o, esvasiamento dos seios maxilares, introduz-se o aparelho aberto o suficiente para penetrar nas, cavidades. Uma vez adaptadas as placas de encontro às paredes internas do antro, com um movimento rápido e intenso produz-se o deslocamento das paredes que vão imediatamente aderir ao septo nasal. Desarticulando a cremalheira o aparelho volta à posição primitiva devida à força da mola dos braços posteriores e é retirado. A aplicação agora da agulha de Seiffert é facilitada porque há um ponto de referências para sua introdução tanto na porção posterior como na anterior, isto é, no limite das partes aproximadas. Toda essa porção regularmente comprimida é fixada pelos pontos e adere uniformemente à parede septal, ficando as cavidades nasais com calibre uniforme.