Ano: 1952 Vol. 20 Ed. 2 - Março - Abril - (6º)
Seção: Associações Científicas
Páginas: 60 a 61
Associações Científicas
Autor(es): Dr. Luís Piza Neto
Sessão ordinária - 17 de setembro de 1951
Presidente: Dr. Luís Piza Neto
DOIS TUMORES RAROS DO MAXILAR SUPERIOR: CONDROMA E MELANOMA MALIGNO - Dr. Antonio Corrêa.
Resumo - O autor apresentou 2 casos de tumores do maciço maxilar, cujo interésse residia em sua raridade e no fato de apresentarem variações na conduta terapêutica. O condroma foi encontrado em paciente jovem, de 24 anos, portador de tumoração indolor na hemiface direita, com evolução de 15 meses; os exames radiográficos e clínicos, bem como o ato operatório, mostraram enorme tumor encapsulado que tomava todo maciço maxilar à direita e ocupava a fossa nasal esquerda; a intervenção permitiu conservar a pele e a mucosa palatina, sem necessidade de prótese. A portadora de melanossarcoma era branca, com 42 anos, e há um ano tivera ulceração no calo da dentadura; essa ulceração foi acompanhada de infiltração tumoral do palato duro, do antro maxilar esquerdo e da fossa nasal esquerda; dada a inatividade da radioterapia para esses casos, foi feita ressecção atípica do maxilar superior e prótese secundária do palato; a paciente sobreviveu 12 meses.
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS INTOXICAÇÕES PELO AMINOARSENOFENOL (EPARSENO) NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE DAS MUCOSAS - Drs. Antonio Corrêa, Tito Ribeiro de Almeida e Marco Elisabetsky.
Resumo - O estudo das leishmanioses submetidas a tratamento intensivo pelo Eparseno na veia (3 séries de 10 ampólas com 0,12 g de sal), mostrou que há possibilidade de intoxicação grave arsenical. Os órgãos que parecem mais sujeitos à intoxicação pelo Eparseno são o fígado e a medula óssea. A fim de prevenir ou tratar possíveis causas de toxemia, os autores preconizam o contrôle clínico e funcional dos pacientes antes e durante o tratamento. Como são doentes que mostram com frequência um estado carencial nítido, é necessário fornecer taxa adequada de proteínas e vitaminas antes de iniciar a terapêutica.
Sessão ordinária - 17 de outubro de 1951
Presidente: Dr. Luis Piza Neto
OSTEOMAS DO SEIO MAXILAR E DO MALAR - Drs. Fabio Barreto Matheus e Daniel Lopes.
Resumo - Os autores apresentam dois casos de osteoma, um déles do seio maxilar direito, séssil e aderente ao assoalho do seio e parede nasal, havendo também infecção do seio; outro do osso malar, estendendo-se à parede anterior do antro maxilar, que era septado. Operados, os resultados foram bons. O exame histopatológico em ambos os casos revelou osteoma tipo esponjoso, sendo que um déles apresentava focos hemorrágicos e de esclerose. Os autores chamam a atenção para a raridade da localização, fazendo revisão bibliográfica e estudo da etiopatogenia e sintomatologia.