Ano: 1938 Vol. 6 Ed. 5 - Setembro - Outubro - (7º)
Seção: Congresso
Páginas: 393 a 412
PRIMEIRO CONGRESSO BRASILIENSE DE OTO-RINO-LARINGOLOGIA - parte 1
Autor(es): -
PROMOVIDO PELA SOCIEDADE DE OTO-RINO-LARINGOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
2 A 9 DE OUTUBRO DE 1938 - RIO DE JANEIRO
PRESIDENTES DE HONRA:
EXMO. SNR. DR. GUSTAVO CAPANEMA
Ministro de Educação e Saúde.
EXMO. SNR. DR. OSWALDO ARANHA
Ministro das Relações Exteriores.
EXMO. SNR. DR. PROF. CLEMENTINO FRAGA
Secretario Geral de Saúde e Assistencia da Prefeitura Municipal.
COMISSÃO EXECUTIVA:
PROF. JOÃO MARINHO Presidente.
DR. ARISTIDES MONTEIRO Secretario Geral.
DR. ERMIRO LIMA
DR. DUARTE MOREIRA Secretários.
DR. ARMANDO PINTO FERNANDES Tesoureiro.
Depois das duas Semanas de Oto-rino-laringologia, havidas, em S. Paulo, em 1926 e 1936, sob os auspicios da Sociedade de Medicina e Cirurgia de S. Paulo, resolveu a Sociedade de Otorino-laringologia do Rio de Janeiro, em comemoração ao seu primeiro aniversario, reunir em um Congresso, todos os especialistas do Brasil, denominada esta assembléa "Primeiro Congresso Brasiliense de Oto-rino-laringologia.
Mais de uma centena de oto-rino-laringologistas esteve presente á sessão inaugural do Congresso, no dia 2 de Outubro de 1938.
Mais de uma centena de comunicações cientificas foram relatadas nas diversas sessões por que se alongou o Congresso. Trabalhos interessantes foram discutidos com grande elevação de vistas e, sobretudo, em meio de uma cordealidade impar. Por horas a fio, que durou cada uma das sessões, as salas se mantiveram cheias de congressistas entusiastas e atentos.
O nivel de conhecimentos, da especialidade, foi patenteado de grau elevado, demonstrando farta ilustração geral, muito acima da esperada.
A ilustração pratica, desses conhecimentos, foi feita por intermedio dos inumeros casos de cirurgia levados a efeito quer no "Hospital de Prompto Soccorro", cuja secção de Oto-rino-laringologia está a cargo do ilustrado colega Dr. Caiado de Castro, quer no serviço de Clinica Oto-rino-laringologica do Hospital de S. Francisco, a cargo do eminente e ilustrado mestre da Oto-rinolaringologia Brasileira, Prof. João Marinho.
A utilidade destas exposições, de afinamento da técnica cirurgica especialisada, não precisa ser realçada e, pensamos, devêra ser mais intensificada, para maior proveito de todos os cooparticipantes de um Congresso. Mesmo nas técnicas basicas, já amplamente conhecidas, ha habilidades em contornar-se certas dificuldades de execução, de um processo cirurgico determinado, que, se conhecidas, muito proveito trariam a todos.
Novos processos cirurgicos, ou a simplificação dos antigos; metodos de anestesia, sobretudo locais, com facilidades na execução de cada um; meios de tratamento, quer clinico, quer postoperatorio dos doentes; facilidades diagnosticas de certos casos; valor e inconvenientes encontrados em certas técnicas; utilidade de tratamento conservador ao em vez da cirurgia activa, etc., são outros tantos factos que nos podem ensinar o convivio entre os congressistas.
Pensamos mesmo que o espirito dos Congressos devêra ser mais de sociabilidade que cientifico, as trocas de idéias sobre assuntos mais atraentes á cada um, o intercambio de observações da clinica diaria e dos resultados obtidos, com este ou aquele metodo de tratamento, para esta ou aquela modalidade patologica, devem fazer parte das conversações pessoais ou entre grupos identicos, reservando-se para as discussões em plenario os temas distribuidos com grande antecedencia e publicados com tempo suficiente a serem estudados pelos congressistas. Alem desses temas basicos, o plenário tomaria conhecimento, tambem, dos trabalhos estrictamente originais, quer clinicos, quer experimentais; das descobertas aperfeiçoadoras do instrumental, tanto para exames, quanto cirurgico; das notas prévias de descobrimentos ainda não, completamente ajustados e cuja primazia se quizesse garantir, etc. Enfim, em plenario só seriam ouvidos e discutidos factos e cousas de grande interesse para todos, sem que nele tivessem parte as observações da clinica diaria que se reservariam para as conversações entre os congressistas.
Desta forma, acreditamos, as sessões plenarias seriam mais rapidas, mais interessantes, e as discussões muito mais proveitosas. Anexo aos congressos deveria haver uma exposição de tudo quanto pudesse interessará oto-rino-laringologistas. Esta exposição melhoraria o financiamento do congresso, facilitando as publicações e a propaganda do mesmo.
Alem da parte cientifica, que foi variada e brilhante, o Primeiro Congresso Brasileiro de O. R. L. primou pela sua organização impecavel e pelo modo simpatico e cativante com que seus diretores envolveram a cada um dos congressistas.
A distribuição e a realisação das festas de carater puramente social, foram de modo a preencherem o fito e a razão imediata de que a se propuzeram, e é, o entrelaçamento das relações de intimidade entre os congressistas e suas familias, fazendo nascer em muitos uma amizade expontanea e sincera que, si bem que datando de poucos dias, pareciam já velhas.
O intercambio intelectual e cientifico, produzido por essas novas amizades, nós o veremos no proximo Congresso Sul-Americano de Oto-rino-laringologia a realisar, logo, em Buenos-Aires.
A direcção do Primeiro Congresso Brasileiro de O. R. L. está, pois, de parabens, não só pelo realisado, como pelo novo horizonte que abriu á O. R. L. sul-americana, com à proposta e a respectiva aprovação, para que á primeira reunião, dos otorino-laringologistas, se realise, .não mais em Congresso regional, mas sim internacional e sul-americano.
A parte diplomatica que esta idéia encerra, quanto a união dos interesses de nosso continente, não precisa ser mencionada, sobretudo, agora, nos angustiosos momentos por que passa a humanidade.
O Prof. João Marinho, alma-mater desta soberta realisação, teve ao seu lado a Oto-rino-laringologia brasileira, prestigiando lhe o nome impar e esta magnifica reunião que foi o Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-rino-laringologia.
SUMARIO
1) SESSÃO INAUGURAL,
2) ENUMERAÇÃO DOS TRABALHOS.
3) SESSÃO NA SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA EM 5-10-1938.
4) DISCURSOS NO ALMOÇO DO "GAVEA GOLF CLUB".
5) SESSÃO DA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA EM 6-10-1938.
6) SESSÃO DE ENCERRAMENTO. a) Discursos; b) Moções. 7) NA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA, 13-10-1938. 8) LISTA DOS CONGRESSISTAS.
1) SESSÃO SOLENE DE INSTALAÇÃO DO PRIMEIRO CONGRESSO BRASILEIRO DE OTO-RINO-LARINGOLOGIA
Mesa que presidiu os trabalhos:
Presidente de Honra - Prof. Clementino Fraga. Presidente Executivo - Prof. João Marinho.
O representante do Exmo. Sr. Ministro da Educação, Dr. F. Migueis de Melo, Prof. Juan Manuel Tatto, representante Oficial da Faculdade de Ciencias Medicas de Buenos Aires e da Sociedade Argentina de O.R.L., e Prof. Joaquim Moreira da Fonseca, Presidente da Academia Nacional de Medicina.
O Prof. CLEMENTINO FRAGA - Exmas. Senhoras. Senhores representantes do Congresso de Oto-Rino-Laringologia. Sr. Presidente do Congresso. Meus senhores.
Uma circunstância toda acidental, explicável pela ausência dos dois Presidentes de Honra, cabe ao terceiro, de todos, o último, (não apoiados gerais) a honra de presidir a esta sessão.
Faço-o, com intenso júbilo, como representante da Cidade do Rio de janeiro que recebe a hóspedes ilustres da grande Nação Argentina e dos Estados do Brasil, todos especialistas que, na cultura e na consciência do dever profissional, aparecem com trabalhos científicos e votos de mútua cortezia.
Em verdade, pode-se discutir o valor científico dos congressos. Ha, mesmo, quem negue suas vantagens neste particular. Dir-se-á que ninguem aguarda um congresso para exprimir o seu pensamento em máteria de ciência. Entretanto, vale dizer que um congresso não é, e não foi nunca em tempo algum, uma oportunidade ou reunião para criações científicas. V, entretanto, para a sistematização de conhecimentos. Ademais tem o seu valor do ponto de vista social, porque de fato um congresso nos faz conhecer a nós mesmos; um congresso traz a confraternização entre oficiais do mesmo ofício, entre os especialistas de outros Estados e das nações vizinhas, que vêm tomar parte no certame e que têm a oportunidade de conhecer mais de perto companheiros de trabalho.,
Por isso mesmo acho que os congressos devem ser prestigiados. E os que, por circunstância efêmera, detêm qualquer função pública, como no meu caso, no govêrno da Cidade, devem fazer tudo quanto lhes é possível para receber e acolher com a simpatia que merecem, aqueles que querem trabalhar e colaborar numa assembléia profissional.
Esta Casa é a Casa da Cidade; ela é, portanto, a casa de todos nós, de todos vós. Estou certo que aqui podeis vos considerar como em vossa própria casa.
O Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia se reúne, hoje, sob os melhores auspícios. Faço votos para que êle possa cumprir as promessas que, na cultura e na confiança integral, nos merecem aqueles que o compõem e, principalmente aqueles que o dirigem, personalizado na figura magistral que é o Sr. Prof. João Marinho.
Está inaugurado o Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia.,
(Muito bem, muito bem. Palmas prolóngadas).
O PROFESSOR JOÃO MARINHO - Exmo. Sr. Presidente de Honra. Exmo. Sr. Representante do Sr. Ministro da Educação e Saúde Pública, o qual com sua imediata e valiosa promessa de taquígrafos e impressão dos trabalhos tanto nos animou, assegurando-nos de ante-mão tranquilidade acêrca de pesada responsabilidade em certames da natureza do que hoje se inaugura.
Exmo.. Sr. Presidente da Academia Nacional de Medicina, que sôbre modo nos honra, dignando-se a vir em pessoa representa-la.
Meu caro Senhor Argentino (voltando-se para o Dr. Juan Manoel Tato): De há muito conheço-vos em pessoa e sei dizer e escrever o vosso nome com todas as letras. Prefiro, porém, ao abrir caminho para o aonde, com o precioso auxílio dos participantes desta reunião auguro que chegaremos, chamar-vos pelo nome coletivo. Quando qualquer de vós desembarca, perde o nome individual, passa a representante da pátria, de nossa particular estima.
Minhas Senhoras.
Meus colegas.
Em primeiro logar, devo agradecer ao nosso eminente Presidente de Honra, professor Clementino Fraga, a fidalguia da sua hospedagem. Abriunos ontem as portas do seu palácio, deslumbrando-nos com a magnificência daquele salão de Mil e uma Noites.. Hoje, abre-nos as de outro, e nesse recinto de antigos edís, nos reunimos, e reuniremos, por oferta do nobre Secretário de Saúde e Assistência da Prefeitura Municipal, entendido com o Governador da Cidade, médicos ambos, das mesmas vibrações profissionais e cívicas que nos aproximam neste Congresso, em anelo de saber e de confraternização.
Puzemos todos de parte trabalhos habituais. Mais de um correu sério risco de viagem, ainda que nem todos, sobretudo os de pelo ar, enlevados no desejo de colaborar, chegassem a pressentir o como a vida lhes dependia da menor vibração hesitante de motor. Todo o Brasil, em otorinolaringologia, pode dizer-se, concentra-se esta noite neste Congresso. Não fôsse a ausência de dois, um por doente, de cama, outro por extravio de correspondência, a totalidade dos professores catedráticos da Especialidade no Brasil estariam aqui representados em pessoa.
Meus colegas. Uma geração apenas nos separa dos instituidores da Otorinolaringologia. Aparecida em 1860, como sabeis, conviveu longamente com a clínica geral, como filha ainda indecisa presa à proteção materna. Crescida, encostou-se a Oftalmologia, irmã mais velha, já reputada na segurança trazida ao diagnóstico pelo oftalmoscópio, descoberto havia pouco.. Finalmente, adquire vida própria, de 1905 para cá, se lhe marcamos com imprecisão inevitável, todavia sem desvio apreciável, data a fixar-lhe a história evolutiva.
Fez-se logo o surto moderno sentir na América do Sul, com Eliseu Victor Segura, na Argentina; com o saudoso Manoel Quintela, no Uru-guay; com mais outro, no Brasil, qualquer inaugurando em suas pátrias a era contemporânea da Especialidade. Os três, coincidentes na hora afortunada, largo espaço perduraram colhendo proventos de extensa clientela, fácil e farta, sem concurrência, tanto pingue, quanto lhes rendia o dia inteiro tão sómente ao interesse individual. Não lhes havia ainda soado a hora de professores ou a fase de proveito coletivo, garantidora das possibilidades individuais à continuidade social. Inicia-se essa fase de participação do indivíduo ao interesse comum, primeiro, na Argentina, logo a seguir no Uruguai, com instituir-se o ensino oficial da Oto-rino-laringologia nas respetivas faculdades. Fundam sociedades afins, as quais a-par de atividades regionais, reunem-se em comum, um ano, em Buenos Aires, outro, em Montevideu, sob a denominação de Sociedade Rioplatense de Otorinolaringologia. De futuro, nos reuniremos, por ventura de nossa confraternização continental, alternadamente em três capitais, de tanta maneira evolve a largos passos a sociabilidade comum nos três países, de pontes a lhes vadearem os rios limitrofes, com reuniões sábias a lhes apertar de mais em mais a simpatia recíproca. A iniciativa, devemo-la a Sociedade Rioplatense de O. R. L.. Nunca nos deixa de convidar a lá irmos. Conheço-a pouco menos que de nascença, hóspede generosamente solicitado, faz vinte anos, a participar na segunda reunião realizada em 1918. E lá estive. Na companhia preeminente dos professores Segura e Quintela, e Justo M. Alonso, ainda substituto da Catedra, mas já promessa manifesta do que o tempo nô-lo confirmaria. Quintela imortalizado na vida subjetiva de nossa veneração e das nossas saudades; Segura, e Alonso tornado célebre, e um só nome lhes basta a denunciar-lhes a fama, nos virão, palpita-me o conhecimento que tenho do amor, dêles a nossa terra, e de surpreza, fazer terminar em ascensão o Congresso iniciado hoje, por prudência apelidado apenas de brasiliense, enquanto a fraternidade crescente não o torne a breve trecho sul americano, depois, pan-americano, por derradeiro mundial, a ilustrar, em caso particular, a tendência inevitável da Humanidade ceder à lei da sociabilidade, a princípio doméstica, depois cívica, para se tornar, por fim, universal.
Em 1911, funda-se, no Rio de Janeiro e Baía, o ensino da Especialidade no Brasil. Em 1923, ensaia-se a primeira Sociedade de O. R.. L., ainda geminada a Sociedade de Oftalmologia, aparecida antes. Aí estão, impressos, os trabalhos comuns das reuniões mensais de cada qual. O ramo otorinolaringológico pouco durou. Não passavamos de meia dúzia. O trabalho do dia, exaustivo não se compadecia com o dobrado das reuniões pela noite a dentro. O cançasso venceu o desejo. Resurgiu a obrigação associativa na Primeira Semana de O. R. L. em S. Paulo, em 1926, repetida, dez anos depois, nessa mesma cidade. "Locomotiva", ainda nêsse ponto, S. Paulo funda sua Sociedade de O. R. L., em 1932, todavia ainda apegada à "Associação Paulista de Medicina". O estímulo sacudiu os nervos adormentados dos especialistas cariocas. Organizaram o ano passado, 1937, a Sociedade de O. R.. L. do Rio de Janeiro, tão amadurecida já à sua finalidade, que desabotoa agora em 1° Congresso de Otorinolaringologia Brasiliense.
Se der no que promete, e dará, tanto vos acompanho um a um dêsde o início de vossos estudos na. Especialidade, marcará o nosso Congresso nova etapa na evolução social ascendente da Otorino nacional, já emancipada de seguir à risca os modelos extrangeiros. Não significará êsse aspeto nenhuma irreverência de esquecimento a nossos venerandos mestres, no que me permito insistir afim de não parecer vitima da imoralidade contemporânea, caracterizada em tentativas usuais, pôsto que vãs, de interromper a continuidade histórica com o passado. Na abundância das 114 comunicações ao nosso certame, ver-se-á, a um tempo, nossa atividade profissional e o progresso da Especialidade, já em mais de um ponto em estado de contribuir ao adiantamento dela, onde quer que se apresente á contemplação dos entendidos.
Não só de saber sairemos aumentados. Quando daqui há oito dias nos separarmos, sobrevirá dentro em nós sentimento mais nobre e duradouro que o de conhecimento aprimorado em observações clínicas reciprocamente transmitidas, ou de teorias ainda mal seguras de definitivas na complexidade dos fenómenos biológicos da medicina. Separar-nos-emos dos no cultivo da solidariedade humana, preciosa assim para o compleximais uniprogresso do nosso ofício, corno preciosissima para o aperfeiçoamento moral de nossa sociabilidade..
(Muito bem, muito bem. Palmas prolongadas).
O DR. JUAN MANOEL TATO - Senhoras. Sr. Presidente de Honra. Sr. Presidente Executivo. Senhores colegas.
A Faculdade de Ciências Médicas de Buenos Aires, a Sociedade Argentina de Oto-Rino-Laringologia, aqui representada oficialmente por mim, e o Prof. Segura, em particular, a quem represento por especial pedido do mesmo, quizeram tributar homenagem de confraternidade, amizade e admiração á valorosa e digna escola brasileira de oto-rino-laringologia e á brilhante Sociedade de Oto-Rino-Laringologia do Rio de Janeiro, na nova etapa que significa o Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia, que se podérá definir como uma festa de humanitarismo, pôsto que seu fim imediato é o de encontrar novos meios de combater a enfermidade e vencer o mal dos doentes, como um acontecimento científico no qual se congregarão investigações e contribuições originais que, pelo programa distribuido já se podem prever como serão importantes.
E' uma festa de confraternidade e de amizade, por que permite não só a reunião dos colegas brasileiros de todos os Estados, mesmo os mais distantes, como também, aos povos irmãos e vizinhos da sul-America renderem uma homenagem á nação amiga, que tanto apreciamos.
Minha presença nêste Congresso, . significa o representar, da melhor forma possível, a escola de oto-rino-laringologia da Argentina. Desgraçadamente, a coincidência do Congresso Nacional de Cordoba, que se realiza em data aproximada á deste, impediu ao professor Segura, bem como a outros colegas argentinos, de virem a este certamen. Demais, são relatores oficiais nesse Congresso de Cordoba.
Encarregou-me o professor Segura, em nome de sua catedra e o Dr. Casteran, em nome dá Sociedade de Oto-Rino-Laringologia, de ser o portador de todo o apreço que dedicam aos colegas brasileiros e à escola de oto-rino-laringologia brasileira, que sabemos uma das mais valorosas, pelas figuras proeminentes e de valor científico da profissão.
De maneira que sou portador dessas homenagens do Prof. Segura e da Sociedade de Oto-Rino-Laringologia do meu paiz e da Faculdade de Ciências Médicas de Buenos Aires, felicitando a direção do Congreso pela excelente organisação que lhe deu.
E', finalmente, uma festa social e uma festa de alegria, que devemos ás ilustres damas, que tão gentilmente vieram embelezar e ornamentar as nossas reuniões.,
(Muito bem, muito bem. Palmas prolongadas).
O PROFESSOR ARTHUR SÁ - (Catedrático da Faculdade de Medicina do Recife) - Sr. Presidente de Honra do Congresso, Sr. Presidente efetivo, minhas senhoras, meus colegas.
Atordoado pela grande emoção que sinto neste momento, ampliada ainda por longa e morosa viagem aérea, sinto-me muito feliz em ter vindo participar do Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia. Delegado que sou da Faculdade de Medicina do Recife, tenho a certeza absoluta de que este certame científico será um grande passo para o progresso da especialidade no Brasil. E, ainda mais, tenho a grande satisfação de vir a Argentina representada na pessoa do Prof.. Tato o que vem impulsionar ainda mais o grande brilho que vão ter os nossos trabalhos, assegurado já pelo número das comunicações e pelos nomes dos relatores, indicio bastante para que se póssa ter certeza do seu bom êxito.
Sou efetivamente um apaixonado dos Congressos, porque vejo que despertam, cada vez mais, principalmente num paiz vasto e longo como o nosso Brasil, motivo para aproximação dos colegas do norte ao sul.
E', pois, muito alegre e satisfeito que felicito os organizadores desta reunião científica, pelo brilho e pelo êxito que merece e prenuncia.
(Palmas prolongadas).
O PROFESSOR EDUARDO DE MORAES - (Catedrático da Faculdade de Medicina da Baía). - Sr. Presidente de Honra. Sr. Presidente Executivo do Congresso. Exmas. Senhoras, Meus senhores.
Chegou a vez de falar a Baía e eu não dissimulo a emoção de que estou possuido.
Como representante mais antigo da oto-rino-laringologia em minha terra, cabe-me falar em seu nome, para agradecer ainda o acolhimento carinhoso que tem encontrado, aqui, nas homenagens que lhe têm sido tributadas.
Estou satisfeito por vir que em nossas reuniões vai presidir o desejo, a aspiração de todos os especialistas brasileiros, que é a de trabalhar pelo progresso constante dessa especialidade que eles amam verdadeiramente e merece, de fato, da parte de todos nós, interesse capital, pela grande representação que tem hoje, entre os diversos ramos da ciência médica. São bem numerosos os motivos que tenho para me congratular com os organizadores diste certame, porque antevejo os belos e profícuos resultados de êxito.
E, para terminar, tenho a satisfação de vér, nesta sessão memorável, uma representação feminina das mais distintas.
Peço licença para, em nome da minha terra, em nome da Baía, orgulhosamente apoderar-me de todas as flores que aqui se encontram, afim de depositá-las aos pés das ilustres damas.
(Muito bem, muito bem. Palmas prolongadas).
O PROFESSOR PAULA SANTOS - (Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de S. Paulo). - Minhas senhoras, Exmos. Srs. Presidentes.
Premido pelo imperativo de uma ordem, delegado que sou de meus companheiros, que represento e da Faculdade de Medicina da Universidade de S. Paulo, não fosse o desazo de oratória, talvez também não fosse difícil dizer a alegria de S. Paulo pela realização magna e solene deste grande Congresso de nossa especialidade.
E tanto maior é a nossa satisfação e o nosso orgulho, quando podemos dizer que sentimos que o embrião, a semente de tudo isto nasceu justamente á custa da Sociedade de Medicina e Cirurgia de nossa terra, instituindo aquela semanas de oto-rino-laringologia, que o Prof. João Marinho bem lembrou e que começaram em 1926, e culminaram em 1936, para depois desabrochar ou amadurecer nesta frutificação, que vai ser o Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-rino-laringologia.
Nós estamos contentes e satisfeitos, porque na nossa pequenez e na nossa modéstia, não teriamos homem para realizar uma grande obra como esta. E aqui está o professor João Marinho, aqui está o grande centro medico do Rio de janeiro, para coroar todos os nossos esforços e para dar início a essa nova era, que, certamente, vai ser muito proveitosa e trará resultados profícuos para a especialidade -que tanto estimamos..
(Palmas prolongadas).
O PROFESSOR CORREA MEYER - (Catedrático da Faculdade de Medicina de Porto Alegre). - Minhas senhoras, meus senhores.
A minha presença nesta tribuna é somente por motivo de solidariedade ao eminente mestre Prof. João Marinho e do aplauso, que trazemos da Sociedade de Oftalmologia e Oto-Rino-Laringologia de Porto Alegre á obra inconfundível do Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia.
O meu digno colega Dr. Olivé Leite que transmitirá á Assembléia, em nome da Sociedade de Oftalmologia e Oto-Rino-Laringologia, do meu Estado, a expressão do nosso sincero aplauso a esta magnífica obra de colaboração nacional.
(Palmas prolongadas).
O PROFESSOR ILDEU DUARTE - (Catedrático da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte). - Minhas Senhoras e meus Senhores.
As nobres palavras do meu digno colega, Professor Ivo Correia Meyer, sinto-as tão minhas, que fazem o milagre de me desembaraçar de invencível retraimento de subir a tôda tribuna que não seja a do meu ofício de professor na obrigação das minhas aulas.
Anima-me ainda o sentir que me bastarão palavras humildes para expressar o preito de minha estima pessoal e da Faculdade de Medicina, que tenho a honra de representar neste momento, ao digno presidente efetivo dêste Congresso, bem como à Sociedade de Otorinolaringologia do Rio de Janeiro, a qual não poderia celebrar de modo mais adequado o primeiro àniversário de sua fundação, que o de congregar os especialistas de todo o Brasil neste certmen em que nos reunimos num só abraço fraternal.
Repito de público o que mais de uma vez tenho dito, desde a hora em que testemunho a nossa comum corrida para atender o apêlo do presidente do Congresso para que não faltassemos nem a êle nem as finalidades do certamen: "O nosso colega deve sentir-se um homem muito feliz, na unanimidade com que, pondo de lado quasquer conveniências, puzemo-nos de viagem para o Rio de Janeiro". De minha parte sinto-me igualmente feliz em participar da sua satisfação, assistindo-o em espírito e coração no certamen que preside com a sua autoridade e no qual terá sem dúvida oportunidade de verificar que se lhe queremos pelo saber teórico e o mais precioso da experiência clínica, muito mais o qualificamos pelo edificante exemplo de animar os moços, não raro cedendo-lhes o passo, sem nunca haver acotovelado um só nos caminhos atravancados da vida profissional.
(Palmas calorosas).
O DR. OLIVE' LEITE - Sr. Presidente do Primeiro Congresso Brasiliense de Oto-Rino-Laringologia. Senhores Congressistas, minhas Senhoras e meus Senhores.
Delegado pela Sociedade de Oto-rino-laringologia do Rio Grande do Sul,, e correspondendo á gentileza do convite da Comissão organizadora, para em seu nome trazer os mais congratulatórios votos de solidariedade, pela realisação deste magno certamen, em que se reunem os expoentes máximos da oto-rino-laringologia nacional.
Lamento que o escolhido fôsse eu, o mais modesto de seus associados, clínico no coração do Rio Grande, em Santa Maria, quando existem outros membros mais representativos pelo saber e pela competência, pela experiência e pela cultura especialisadas.
Entretanto, para representa-Ia e desobrigar-me do honroso encargo, na medida de minhas forças, eis-me aqui, trazendo nas minhas sinceras palavras, o amplexo fraternal e franco dos colegas do extremo sul, extensivo aos ilustres representantes das nações amigas e aos colegas de todos os estados da Federação.
A realisação do presente Congresso, que ora se inicia, marcará uma éra de brasilidade e de patriotismo, de conhecimento mútuo e de união mais chegada, entre os colegas dos quatro cantos de nosso caro e extenso Brasil, pois que, nessas reuniões, além do traço de união entre os colegas brasileiros e extrangeiros, que nos aproxima, para, atravez delas, melhor nos conhecermos, e mais estreitamente podermos amar e servir à esta Pátria estremecida, para Glória de nossos maiores e Orgulho de nossos vindouros.
Portanto, meus colegas de todos os quadrantes do Brasil, e das Repúblicas amigas, recebei todos, as saudações entusiásticas dos colegas do Rio Grande do Sul, fazendo além disso, exortação veemente, para que sempre nos congreguemos, e o mais seguidamente possível nos reunamos, para na troca de esforços e de estudos, nos liguemos cada vez mais, nos apreciemos cada vez melhor, e nos amemos sempre e cada vez mais fraternalmente, como filhos de uma Pátria grande, de uma Pátria una, de uma Pátria feliz.
(Muito bem, muito bem).
O DR. HOMERO CORDEIRO - Sr. Presidente do Congresso, senhoras e senhores.
A "REVISTA OTO-LARINGOLOGICA DE S. PAULO" seguindo seu programa de pugnar pelo desenvolvimento cada vez maior da oto-rinolaringologia nacional, não podia deixar' de tomar parte neste memorável Congresso., Segue, aliás, com esta atitude, os precedentes de sua participação em varios congressos, como aconteceu com o da "Societas O.R.L. latina" de Bruxelas, com o 111.° Internacional de Berlim e com o 10.° Rioplatense, onde foi condignamente representada pelos Drs. Francisco Hartung, David de Sanson, Lili Lages e Mangabeira Albernaz
Acompanhou igualmente a Segunda Semana de Oto-Rino-Laringologia de S. Paulo, publicando em suas páginas, todo o desenrolar daquele brilhante certame.
Animada, pois, desse mesmo espírito de cooperação e reconhecendo o grande valor deste Congresso, ela aqui se faz representar em pessoa por todos os seus diretores.
Felicitando os organizadores deste Congresso e o seu Presidente, apresenta-lhes as expressões dos seus aplausos e das suas mui cordiais saudações.
(Muito bem, muito bem; palmas).
O Prof. MOREIRA DA FONSECA - (Presidente da Academia Nacional de Medicina). - Exmo. Sr. Presidente de Honra, Exmo. Sr. Presidente Efetivo do Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia, Minhas senhoras. Meus senhores.
Não se achando presente o membro da delegação da Academia Nacional de Medicina que dévia falar neste momento, cumpre-me como Presidente em exercício da Academia trazer a sua adesão ao Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia, formulando os melhores votos a Deus pelo completo êxito deste certame científico, que, denunciando um grande esforço dos seus promotores, constituirá certamente brilhante demonstração do adiantamento da oto-rino-Laringologia em nossa pátria.
(Muito bem, muito bem. Palmas prolongadas).
2) ENUMERAÇÃO DOS TRABALHOS
DIA 3 = SEGUNDA-FEIRA LOCAL - SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA - 14 HS.
Patogenia de Ias meningites otogenas (PROFESSOR PODESTA e DR. VON SOUBIRON - Buenos Aires).
Audição e acidente do trabalho (PROFESSOR AFRANIO PEIXOTO - Rio).
Miringite reflexa, sinal precoce de meningite (PROFESSOR JOÃO MARINHO - Rio).
Do tratamento das meningites otiticas. Considerações em tôrno de 3 casos de meningite e estreptococos. Duas curas e uma morte. (dRS. MARIO OTTONI DE REZENDE e BARBOSA REZENDE - S. Paulo).
Meningo-encefalites e meningites otogênicas - Casos mais curiosos. (DR. JULIO VIEIRA - Rio).
Meningite otogênica (DR. GUEDES DE MELLO F.o - São Paulo).
Rinoscleroma (PROFESSOR 1LDEU DUARTE - Minas Geraes).
Um caso de rinoscleroma (DRS. ERMIRO LIMA e GEORGES SILVA - Rio).
Síndrome de Charlin (PROFESSOR MANGABEIRA ALBERNAZ - S. Paulo).
Tratamento do cancer do seio maxilar (DR. PEDRO FALCÃO - S. Paulo).
Rinite espasmódica na gravidez (DR. ALBERTO PONTE - Rio).
O enxêrto com cera rósea no tratamento da ozena - Método de Alcayno (DR. HUGO RIBEIRO DE ALMEIDA - S. Paulo).
Algumas considerações sôbre a freqüência da ozena (DR. DUARTE MOREIRA - Rio).
Contribuição ao estudo do Gundú (DR. ROBERTO MARINHO FILHO - Rio).
Tratamento dos abcessos periamigdalianos (DR. LIMA NETTO - Minas Gerais).
Considerações críticas em tôrno do tratamento dos abcessos periamigdalianos no ambulatório de O. R. L. da Santa Casa da Misericórdia de S. Paulo (DR. PAULA ASSIS - S. Paulo).
Abcessos de língua (DR. WERNECK PASSOS - Rio).
Manifestações leischmanióticas do laringe (DR. HELIO LEMOS LOPES - S. Paulo).
Imperfuração óssea unilateral das coanas. Pequena modificação operatória. (DR. OLIVÉ LEITE - Rio Grande do Sul).
Larinotologia em vez de oto-ripo-laringologia (DR. AUGUSTO LINHARES - Rio).
Acidente hemorragico post-operação de Caldwell-Luc. Ligadura da carotida externa. (DR. HUGO RIBEIRO DE ALMEIDA - S. Paulo).
DIA 4 - TERÇA-FEIRA
LOCAL - ANTIGO CONSELHO MUNICIPAL - 201/2 HS.
Estudio histopatologico de um caso de petritis de corta duracion, muerto por meningitis. Deduciones clinicas e terapeuticas. (DRS. J. M. TATO y G. L. MONSERAT - Buenos Aires).
Considerações clínicas sobre as infecções focais (PROFESSOR EDUARDO MORAIS - Bafa).
Naso-Palatinites. Foco-infeções constitucionaes (PROFESSOR FRANCISCO EIRAS - Rio).
Da via da bainha neural pétrea na patogenia das petrites (PROFESSOR JOÃO MARINHO - Rio).
Petrites e sua exteriorisação pela faringe. Dois casos. (DR. ARMANDO FERNANDES - Rio).
Um caso de apexite. Operação de Ramadiar. Cura. (DR. GEORGES SILVA).
Septicemia otogênica e sintomas meningeos. Cirurgia conservadora do trombo supurado. Cura. (DR. MATTOS BARRETO - S. Paulo).
Tromboflebite otogênica (DR. GUEDES DE MELLO FILHO - S. Paulo).
Sinusites torpidas (DR. JULIO VIEIRA - Rio).
Sinusite máxilo-etmoidal gonocócica (DRS. GUILHERME LACORTE e MÁRIO SANTOS - Rio).
Alguns casos de sinusite na creança (DRS. MAURO PENA e HOMERO CARRIÇO - Rio).
Sinusite maxilar e trachoma (DR. OCTACILIO LOPES - São Paulo).
O emprêgo da laminária no tratamento' do hematoma post-operatório do septo nasal (DR. EDGARD FALCÃO - São Paulo).
Da turbinotomia complementar na resseção sub-mucosa do septo nasal (DR. ESTEVAM REZENDE - Rio).
Fratura do osso ioide (DR. WERNECK PASSOS - Rio).
A conduta usada pela escola do Professor Marinho nas -hemorragias consecutivas à amigdalectomia (DR. ARCHIMEDES PEÇANHA - Rio).
Efeitos da amigdalectómia e adenoidectomia no centro de Saúde n." 2, no ano.de 1937. (DR. NICOLAU DO NASCIMENTO - Rio).
Lues nasal - Volumoso mucocéle frontal (DR. ARTHUR MOURA - Recife).
Tres casos de fibroma naso-faringeo (DR. ARTHUR MOURA - Recife).
DIA 5 - QUARTA-FEIRA
LOCAL - SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA - 14 HS.
Desarollo embrional dei seno frontal e sus relaciones con Ias celdas etmoidales anteriores. (PROFESSOR A. BELOU - Buenos Aires).
Consideraciones sobre ai tratamieato de Ias sinuzites, basados en 20 sãos de experiencia personal (PROFESSOR L. S. ARAUS y DR. F. GAMES - Buenos Aires).
Conchotomia sub-mucosa. (PROFESSOR PAULA SANTOS e DR. HUGO RIBEIRO DE ALMEIDA - S. Paulo).
Ruptura traumática do tímpano- em 32 casos simultaneos. Acidente de explosão. PROFESSOR MAURILLO DE MELLO - Rio).
Síndrome do nervo nasal. (PROFESSOR CORREIA MEYER - Rio Grande do Sul).
Da angina - diftérica. Sua relativa benignidade e pouca freqüência em Recife - (PROFESSOR ARTUR SA' - Pernambuco).
Tratamento das sinusites frontais. (DR. ESTEVAM DE REZENDE - Rio).
Osteo-mielite aguda. "do frontal, fleimão da órbita, septicemia estafilocócica. Abertura interna do frontal e cura. (DR. FRANCISCO HARTUNG - S. Paulo).
Técnica operatória das sinusites frontais usadas na Assistência Municipal do Distrito Federal. (DR. CAIADO DE CASTRO - Rio).
Mieloma fronto-etmoido-maxilar. Operação. Raios X. Cura. (DR. ARISTIDES MONTEIRO - Rio).
Mixoma da fossa nasal. Rinotomia. Cura. (DR. JURANDIR BANDEIRA - Minas Gerais).
Hemangioma do temporal. (PROFESSOR MANGABEIRA ALBERNAZ - S. Paulo).
A propósito de um caso de melanoma maligno do conduto auditivo externo. (DR. RAFAEL DA NOVA - São Paulo).
Sarcoma do septo nasal. Operação. Raios X. Cura. (DR. PAULO BRANDAO - Rio).
A próposito de um caso de cancer do nariz. (DR. CAPISTRANO PEREIRA - Rio).
Ligeiras considerações sôbre a patogenia da rinite espasmódica e pequena contribuição à sua terapeutica. (DR. LUIZ BRANDÃO FILHO - S. Paulo).
Considerações sôbre a etiopatogenia e tratamento da rinite espasmódica. (DR. W. MOLLER DOS REIS - Rio).
Osteo-fibroma do maxilar superior. Operação e cura (DRS. ERMIRO LIMA e GEORGES DA SILVA - Rio).
Cisto para-dentário do maxilar superior. (DR. CARLOS ROHR - Rio).
Odissea de um dente do ciso. (DR. EDGARD FALCÃO - São Paulo).
Tumores fibrosos do pilar anterior, da língua e das gengivas - Epulide. (DR. OLIVE LEITE - Rio Grande do Sul).
Vacinação perifocal nas sinusites frontais agudas e mastoidites agudas. (DR. AUGUETO LINHARES - Rio).
Do tratamento consecutivo à Operação Radical do ouvido médio (DR. MILTON CARVALHO - Rio),
Vacinoterapfa peri-auricular. (DR. QUEIROZ MUNIZ - Rio Grande do Norte).
DIA 6 - QUINTA-FEIRA LOCAL - ACADEMIA NACIONAL DE MEDICICINA - 201/2 HS.
Tema de relação:
Contribuição da O. R. L. ao diagnostico das afecções bulbo-protuberanciais (DR. MARIO OTTONI DE REZENDE - S. Paulo).
Estado atual do megaesofago. (PROFESSOR EDMUNDO VASCONCELLOS -à São Paulo).
Contribuição à cirurgia do megaesofago. Considerações em torno' de 140 casos. (DR. SILVA GUIMARÃES - Minas Gerais).
Mais alguns corpos extranhos do brônquio e esofago, extraídos na clinica O. R. L. do Hospital Pronto Socorro. (DR. CAIADO DE CASTRO - Rio).
A endoscopia peroral na clínica O. R. L. da Faculdade de Medicina da Universidade de S. Paulo. (DR. PLINIO BARRETO - S. Paulo).
Corpos extranhos das vias aéreas inferiores. (DR. PAULO BRANDÃO --,Rio).
A propósito de um caso de corpo extranho do brônquio, raro pelo seu tamanho. (DR. PROCOPIO TEIXEIRA - Minas Gerais).
A radiografia nos corpos extranhos das vias aéreas inferiores. (DR. LAURINDO QUARESMA - Rio).
Pleuriz conseqüênte a corpo extranho endo-brânquico. (DR. GABRIEL PORTO - São Paulo).
Pormenores de técnica na traqueotomia. (PROFESSOR ILDEU DUARTE - Minas Gerais).
Edema agudo do pulmão e laringe. Traqueotomia de urgência. Cura. (DR. ÁLVARO TOURINHO - Rio).
Traqueotomia de urgência em um caso de espasmo do laringe de origem histérica. (DRS. HOMERO CORDEIRO e BIAGGIO GRAVINA - São Paulo).
Embolia da artéria retiniana. Sinusite maxilar. Operação de Caldwell-Luc e cura. (DR. FRANCISCO HARTUNG - S. Paulo).
Vantagens e desvantagens do marfim na cirurgia plástica da face e do cràneo. (DR. REBELO NETO - S. Paulo).
Plástica nasal. Sua técnica. Alguns casos interessantes. (DR. DAVID ADLER Rio).
Correção fisiologica do septo nasal. (DR. JULIO VIEIRA - Rio).
DIA 7 - SEXTA-FEIRA
LOCAL - SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA - 14 HS.
El canal carotideo y su contenido en el hombre y en el. perro. (PROFESSOR R. PODESTA' - Buenos Aires)
Tratamento da prosopoplegia periférica definitiva pela gangliectomia cervical do simpático. (DR. CAIADO DE CASTRO - Rio).
Consideraciones clínicas, radiograficas y terapeuticas sobre cinco casos de abcesso do cerebelo. (DRS. J. M. TATO y R. V. CARRI - Buenos Aires).
Abcesso do cerebelo. (PROFESSOR ILDEU DUARTE - Minas Gerais).
Um caso de abcesso têmporo-esfenoidal otogênico operado e curado. (DR. CICERO JONES - S. Paulo).
Syngamus laryngeus no homem. (PROF. MAURILO de MELO e DR. SYLVIO MELO - Estado do Rio).
Especificidade do estreptococo na etiologia da angina pultácea. (PROFESSOR JOÃO MARINHO - Rio)
Linfoepitelioma da faringe. (DR. AMADEU FIALHO - Rio).
Contribuição à casuística dos tumores mixtos da faringe. (DR. SILVA GUIMAMARAES - Minas Geraes).
Formas anômalas da tuberculose das vias aéreas superiores. (DR. CASTRO LIMA - Baía).
Tuberculose primitiva da faringe. ,(DR. ARISTIDES MONTEIRO - Rio).
Em tôrno da neurotomia retro-gasseriana. (DR. ERMIRO LIMA - Rio).
Mi experiencia en Ia Operacion de Ermiro Lima. Comunicacion breve. (DR. J. M. TATO - Buenos Aires).
Abcesso do septo nasal de origem dentária. (DR. OLIVE' LEITE - Rio Grande do Sul).
Mucocele do frontal (DR. ESTEVAM REZENDE - Rio).
Cirurgia dos seios frontais na Alemanha. (DR. GABRIEL PORTO - São Paulo).
Sinusectomia frontal. (DR. ALBERTO PONTE - Rio).
Tratamento das sinusites maxilares pelos corpos espumantes - Nota prévia. (DR. HELIO LEMOS LOPES - S. Paulo).
Dacriostomias. (DR. DONATO VALLE - Minas Gerais).
Noma da face curada. (DRS. JOSE' TAVARES e GALDINO DE LIMA - Rio).
DIA 8 - SABADO
LOCAL - ANTIGO CONSELHO MUNICIPAL. - 20 % HS.
Minha técnica na laringectomia. (PROFESSOR G. PORTMANN- Bordeus) - Corn passagem de um film cinematográfico).
Laringectomias. (DR. PAULO BRANDÃO - Rio).
Tratamento radioterápico do cancer do laringe. (DR. PLINIO BARRETO- S. Paulo).
Paralisias do recurrencial de natureza indeterminada - Sôbre alguns pontos controvertidos. (DR. ROBERTO OLIVA - S. Paulo).
Paralisia recurrencial direita completa produzida por hematoma cervical. Tratamento elétrico. Cura. (DR. HOMERO CORDEIRO - S. Paulo)
Um caso de para-mastoidite zigomática pura. (DR. HORACIO DE PAULA SANTOS - S. Paulo).
Casuística da síndrome de Ramsay-Hunt. (DRS. ANGELO MAZZA e REZENDE BARBOSA - S. Paulo).
Síndrome auricular de hipórtensão arterial. (DR. ARISTIDES MONTEIRO - Rio).
Hematologia em O. R. L. (DR. VITAL. FONTENELE - Rio).
Em tôrno dos testes amigdalianos. (Pesquisas clínico-hematológicas. (DRS. MAURO PENA e ISAAC PACIORNICK - Rio).
A radiologia do temporal. (DR. PAULO DE ALMEIDA TOLEDO - S. Paulo).
Importancia de ta tomografia en Ia cirurgia etmoidal. Comunicacion breve .(DRS. J. M. TATO y MALENCHINI - Buenos Aires).
A tomografia em O. R. L. (DR. VITOR ROSA - Rio).
Difteria e vacinação diftérica no Ma de Janeiro. (DR. DUARTE MOREIRA - Rio).
A propósito de dois casos de polipo sinuso-coanais. (DR. CAPISTRANO PEREIRA - Rio).
Fístulas de dorso nasal. (DR. PEDRO FALCÃO - São Paulo).
Novos aparelhos em larinotologia. (DR. AUGUSTO LINHARES - Rio).
Sobre alguns pontos da inervação do laringe. (Em resposta a Pïerre Demond). PROF. FRANKLIN DE MOURA CAMPOS - São Paulo).
3) SESSÃO NA SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA EM 5-10-38. DISCURSOS DOS PROFESSORES SEGURA E EDUARDO DE MORAES
Sob a presidencia do Professor Eduardo de Moraes, realizou-se ás 14 horas, na Sociedade de Medicina e Cirurgia, presente grande numero de delegados, a sessão ordinaria do Primeiro Congresso Brasileiro de Oto-Rino-Laringologia.