Ano: 1938 Vol. 6 Ed. 3 - Maio - Junho - (7º)
Seção: Revista das Revistas
Páginas: 231 a 254
REVISTA DAS REVISTAS
Autor(es): -
ARCHIVES OF OTOLARYNGOLOGY (Chicago) Volume- 25 - Junho de 1937 - N.º 6
L. J. HADJOPOULOS e J. W. BELL (New York) - Vias dirétas de infecção da mastoide. - Pag. 601.
Bem interessante este artigo.
A despeito da idéa comum de que o ouvido medio e a mastoide, que dele faz parte, são atingidos dirétamente pela infecção atravez da Trompa de Eustachio, dizem os AA. terem coligido provas suficientes de que o sangue e a linfa são as vias mais usadas neste propagar de germens do nasofaringe para o ouvido. Na realidade, chamam os AA. a atenção para o fato de ser encontrada sistematicamente o estreptococo em material retirado do nasofaringe enquanto que o liquido sero-sanguinolento retirado da caixa do ouvido medio é esteril, quando se pesquiza precocemente. Além disso é extranho que se encontrem celulas da mastoide posteriores, em redor do seio lateral, cheias de pús e germens não obstante as celulas periantrais estarem intactas; seria mais natural que si a via fosse diréta, primeiro ficassem afectadas aquelas mais proximas da trompa. Por meio de cortes histologicos que acompanham o estudo os AA. demonstram que assim, a maior parte das infecções da mastoide se processam não dirétamente pela luz da Trompa porém via sangue e linfaticos da mucosa subjacente.,
HENRY WILLIANS ( Rochester) - Hidroce£alo otitico. - Pag. 632
O A. passa em revista a literatura do assunto. Cita Oppenheim em 1899, Vos em 1902, Passot em 1913, Borris em 1921, Mygind em 1922, Adson, (não cita a data), Yerger em 1925, Symonds em 1927, Cairns em 1930, Key Aberg em 1926, Carmack em 1933, Garland e Seed em 1933, Warner em 1933, Smith em 1934, Nielsen e Courville em 1934, Rabbiner em 1935 e Hampson em 1935. Estuda em seguida a patologia, fisiologia sintomatologia e tratamento.
Os sintomas são assim resumidos. Nos casos nos quais tem sido evidente a lesão dos corpos paquionianos, o sintoma mais frequente é o papiledema, vomitos em projétil, pulso lento, esturpor, afasia, paresia e incoordenação, ás vezes simulando perfeitamente os sintomas de lesão cerebral ou cerebelar, inclusos os elementos quimicòs e citologicos do liquido cérebro espinal. Ha pois a maior dificuldade, em decidir em um caso de encefalite, que sintomas provem da massa cerebral e que outros propriamente do hidrocefalus. Parece exagero dizer que todos os sintomas gerais são aqueles que dependem do concomitante hidrocefalus, mas isto está mais proximo da verdade do que atribuir tudo ao edema do cérebro. Em seguida, o A. cita quatro observações de casos que teve ocasião de assistir.
Passando ao tratamento, diz o A. que aparentemente. no hidrocefalo agudo ha uma resposta favoravel, pela eliminação do fóco excitante, com a drenagem de grande quantidade de liquido cérebro-espiral pela punção lombar. Algumas objecções entretanto têm sido feitas, deante do perigo de uma meningite localisada se tornar generalisada. Mas a experiencia tem mostrado que a remoção pelos otologistas do fóco inicial não generalisa a meningite. Mas, verifica-se que infelizmente o papiledema póde persistir dois mezes depois da remoção do fóco inicial e produzir uma cegueira parcial ou total. A punção ventricular tambem tem sido usada quando aquela lombar é tardia nos resultados; ela melhora os sintomas de compressão e prepara um tempo ótimo para a cirurgia.
CHARLES ALMAN (Bonton) -- Meningite a pneumococus tipo III. - Pag. 653.
Revisão da literatura e relação de um caso de meningite deste tipo seguida de cura pela operação radical e labirintectomia.
Dos 5 pacientes o que se refere o A., quatro receberam drenagem subaraquinoidiana por punção lombar ou cisternal ou ambas. Dois receberam soro-antipneumocócico só, um soro antipneumocócico e etilhidrocupreina hidroclorica e em um não houve terapeutica suba raquinoidiana.
Parece nada haver de estabelecido contra esta meningite altamente fatal, excéto em relação a eliminar por meios cirurgicos qualquer fóco que se possa encontrar nos seios ou no osso temporal. Na maior parte dos casos de miningite a pneumococus typo 111, ela parece ser originada do ouvido médio ou da mastoide.
Ha casos de cura de diferentes tipos de meningite a pneumococus depois de uma ou mais puncçães lombares sem nenhum outro tratamento. Este fáto é provavel ser devido a pouca virulencia dos germens que invadiram as meninges em pessôas com bôa resistencia de imunidade, de modo que a punção tem ajudado a dispersar a infecção. Mas naqueles casos nos quais ha muitos fócos encapsulados no espaço subaraquinoideo, que constantemente atua como fóco de reinfecção, a drenagem espinal pouco resultado pôde dar; além de que ha perigo, de permitir-se a invasão do processo para a arca subaraquinoide.
Em vista da possibilidade de infecção da meninge, partindo do espaço subaraquinoide, como demonstrou Stewart em experimentações em cães, será necessario defender a arca subaraquinoide contra o exsudato, trazendo a terapeutica dirétamente em contáto com todas as arcas da meninge. Stewart propõe a punção quadrupla, lombar e cisternal e perfuração bilateral, e depois injecção de etilidrocupreina hidroclorica e mistura de soros. E, incontestavelmente uma tentativa ousada mas que se justifica dada a mortalidade da molestia.
Termina o A. com 4 pontos capitais:
I - Diagnostico precoce e identificação do germen.
2 - Eliminação dos fócos por meios cirurgicos.
3 - Emprego precoce de soro altamente concentrado.
4 - Para ter-se certeza da eficacia do agente terapeutico, deverá ele atingir todas arcas dos espaços subaraquinoides.
PAUL MERTINS e PAUL MERTINS JR. (Montgomery) - Miningite a pneumococus tipo IV. Operação e cura. - Pag. 657.
Neste caso foi feita a trepanação, e exposição da dura do lobo temporal e cerebelo. Não ha interesse algum, excéto que o especialista usou a sulfanilamide. Pensa ele ter demonstrado depois experimentalmente a eficiencia deste medicamento, e em inateria de meningite nada deve ser desprezada Por isso sae o resumo.
SAMUEL GREENFIELD (Brooklin) -- Tromboplhlebite do seio lateral Pag. 661. (Observação de uma serie de 22 casos).
Magnifico artigo. Não é resumido porque é mister que se conheça na integra; além disso demasiadamente longo para ser resumido nesta secção. Mas não pôde ficar desconhecido. Ha dois pontos entretanto para os quais posso chamar a atenção. Em primeiro logar a possibilidade de trombose da emissaria de Santorini, que Greenfield diz ser desprezada pelos otologistas e que pôde desorientar a cirurgia; e em segundo, a possibilidade de paralisia do motor ocular externo, em casos de tromboflebite do seio lateral, independente de qualquer comprometimento da ponta do rochedo.
THE JOURNAL OF LARYNGOLOGY AND OTOLOGY (Londres) Vol. 51 - Agosto, 1936 - N.º 8
BALLON, D. H. e BALLON, H. C. (Montreal) - O valor da broncoscopia como auxiliar no diagnostico e tratamento do carcinoma bronquico. Pag. 499.
Em grande numero de casos o carcinoma bronquico é facilmente diagnosticado. A broncoscopia, mais do que qualquer outro processo auxiliar, permite um diagnostico precoce. Por intermedio, ainda, da broncoscopia, torna-se possivel afirmar da operabilidade ou não de determinado caso. Os AA. afirmam que até a presente data o numero de casos de tumores tratados pela broncoscopia é ainda pequeno, não sendo possivel formular um juizo perfeito a respeito de sua eficacia. Os resultados publicados parecem demonstrar que o radium consegue fazer desaparecer as zonas tumorais visiveis á endoscopia. O desenvolvimento excentrico do tumor não deve ser atribuido, a não ser parcialmente, ao diagnostico tardio. Os AA. são de- opinião que um certo numero de tumores dos bronquios, curados pelo metodo broncoscopico, não eram verdadeiros canceres. O trabalho é documentado com extensa bibliografia.
GERGINGS.P.G. (Amsterdan) A broncoscopia na hemoptise - Pág 508
O A. nesse artigo, , registra numerosos casos de hemoptise em que a broncospia conseguiu localisar a fonte de sangramento e auxiliou um tratamento adequado. Descreve, detalhadamente, três observações de pacientes portadores de homorragias traqueais habituais e tendo como causa uma telangectasia venosa. Em um quadro, fornece uma lista completa de todos os casos de tumores benignos observados, chamando a atenção para os principais sinais dos tumores bronquicos benignos. Chevalier Jackson descreveu um grupo ã parte de néoformações bronquicas, com aparencia de tumor, com aspéto macroscopico tipico de tumor, que, entretanto, ao exame hiatologico, não passam de tecido inflamatorio cronico. O A. fornece com detalhes um exemplo desses pseudo-tumores. O A. trata, tambem, de pequenos tumores malignos produzindo lesões secundarias nos pulmões. Cita casos de hemoptise na doença de Osler, penfigo da traquéa e dilatação bronquica seca. O A. demonstra que nos casos de hemoptise em que a clinica resulta completamente negativa, a broncoscopia torna-se necessaria não sómente para um diagnostico correto mas, tambem, para tornar possivel a aplicação de um tratamento eficaz em um certo numero de casos.
COKE, FRANK (Londres) - O tratamento do espirro paroxistico. - Pag. 522.
O A. descreve diversos metodos que permites, distinguir os casos de espirro paroxistico em grupos alergicos e microbianos e os de causa primitivamente vaso-motora. Estuda com certo detalhe cada um desses tipos
e propõe um tratamento que é o seguinte: supressão da causa, desensibilisação, vacina de Dansyz, quando a causa corre por conta de um alimento mal tolerado ou coriza dos fenos. Quando intervém outras causas, como as infecções crónicas, é necessario colher a secreção nasal, cultura separada dos microbios isolados e sobre o sangue do individuo. Os microbios que sobrevivem após 24 horas são aqueles contra os quais o organismo não pode lutar. Nesses casos, pequenas doses de vacina fabricadas com esses microbios curam o paciente dos espirros.
ASHERSON, N. (Londres) - Um test para a afonia funcional e para des coberta de simulação de surdez nervosa completa unilateral. - Pag. 527.
Quando uma pessõa é ensurdecida pelo- aparelho de Bãrany durante a leitura, ela eleva sua vóz sem se aperceber. O A. utilisa-se dessa ma nobra para despistar a simulação de uma surdez unilateral ou de um; afonia. Aconselha, tambem, como meio de sugestão para o tratamento certas afonias ptiaticas.
CHEVALIER JACKSON (Filadelfia) - A retração por meio de um tena culum na laringofissura. - Pag. 530
Na laringofissura é indispensavel de conservar a vitalidade do pericondrio externo da cartilagem tiróide, enquanto que o pericondrio interne deve ser extirpado totalmente para evitar a recidiva do neoplasma. O A aconselha de incisar sobre a linha mediana até a cartilagem tiróide e dissecção do pericondrio interno é executada. Elimina-se dessa maneira o assistente e os afastadores. A nota apresenta um cliché.
J. E. DE REZENDE BARBOSA
ANNALS OF OTOLOGY, RHINOLOGY ANU LARYNGOLY) (St. Louis, U.S.A.)
Vol. 46 - Março, 1937 - N.º 1
PROF. GUNNAR HOLMGREN (Stockholm) - A cirurgia da otosclerose -- Pag. 3.
A surdez otosclerotica não encontrou sua panacéa nos diferentes meios clinicos empregados para debela-Ia. Os processos cirurgicos, entretanto, sucessos mais ou menos encorajadores, essa Melhoras acentuadas e imediatas da audição tem experimentado todos aqueles que se sujeitam á produção de uma fistula no labirinto. Entretanto tais resultados não são uniformemente permanentes e duram, sómente, enquanto persistir a efemera vida da fistula.
têm procurado resolver, com pagina em branco da O.R.L.
O A., que apresentou o presente trabalho ao 3." Congresso Internacional de Berlim, em Agosto de 1936, chama a atenção para a antiguidade do processo cirurgico na cura da otosclerose, lembrando seus adeptos fervorosos e a grande maioria de seus inimigos.
Pela primeira vez, Kessel, em 1876, substituiu a platina do estribo por uma membrana movel. A audição, nesse caso, melhorou de modo acentuado, entretanto, com duração de poucos dias. Resultados identicos obteve Passov, em 1897, trepanando o promontorio.
Os inimigos dessa cirurgia delicada não tardaram: em 1894, em Congresso reunido em Roma, Politzer, Moure e Cozzolino condenaram a retirada do estribo como perigosa: em 1900, em Congresso reunido em Paris, Siebemann e Botey consideraram o processo perigoso á audição e á vida do paciente e essencialmente futil devido á natureza da lesão. Denker, em 1904, combateu-o tambem.
Dez anos passaram até que Bárany retomou a questão baseado em sua conhecida teoria da função dos timpanos artificiais. Bárany sugeriu uma fistula no canal vertical posterior. As melhoras são acentuadas mas passageiras.
Em 1913, Jenkins abriu o canal semicircular horizontal em dois casos. Recobriu a fistula, em um caso, com um enxerto de Thiersch e, no outro caso, com um retalho do meato externo. As melhoras na audição foram indiscutiveis. No entanto os resultados foram tão passageiros que induziram o A. a abandonar o processo.
Procurando obter resultados mais duradouros, pela cobertura da fistula por meio de uma membrana elastica, sugeriu Holmgren, em 1917, a produção de uma fistula na parte superior do canal vertical anterior, executando-se a remoção da zona compreendida entre a dura e a fistula e cicatrização per primam entre ambas. Um caso operado por esse processo obteve resultados imediatos em relação á audição, entretanto, de curta duração. A ideia sugerida pelo mesmo A. da formação de uma cicatriz muito fina, por meio de uma excisão da dura, entre a aracnóide e a fistula, não foi executada.
Tempos mais atrde, Bárany sugeriu nova técnica em duas etapas Em um primeiro tempo a mastoide é trepanada e a cavidade preenchida com gordura. Semanas mais tarde, em segunda intervenção, o canal semi-circular horizontal é trepanado e um pequeno fragmento de gordura é colocado de encontro á fistula afim de mante-la aberta. Os efeitos desse processo sobre a audição são satisfatorios mas duram, sõmente, duas semanas.
Holmgren, novamente, em 1920, propoz nova técnica: estabelecimento de uma fistula no promontorio, cobertura da mesma com mucoperiosteo previamente mobilizado (manobras executadas com microscopio binocular). Resultados bons mas temporarios.
Dois anos mais tarde, Holmgren, executava uma fistula no canal semicircular horizontal e cobrindo-a, imediatamente, com o mucoperiosteo da ampola. As melhoras da audição foram bem mais acentuadas e duraram algumas semanas. Em muitos casos, no entanto, as melhoras, ainda que pouco acentuadas, permaneceram. Diversos individuos operados por esse processo, e que possuiam a condução ossea aumentada, puderam, em vista dos resultados satisfatorios obtidos, reassumir suas antigas funções a que haviam abandonado anteriormente devido á surdez progressiva. Foi observado, tambem, que enquanto a audição do lado não operado decaía progressivamente, aquela do lado operado permanecia inalterada.
A questão do tratamento cirurgico da otosclerose encontrava-se nesse ponto quando, em 1924, Sourdille o atacou de cheio com inteligencia .
técnica aperfeiçoada. O A. não discute o processo do A. francês mas afirma que, contagiado pelo franco ótimismo de Sourdille, reatacou, novamente, o problema apresentando 6 casos operados por técnica modernizada e que passamos a descrever.
Sob anestesia local é praticada uma antrotomia alargada com hemostasia perfeita e que é obtida com a aplicação de cera nos pontos osseos que sangram. A parede anterior lateral do saco endolinfatico é descoberta. Em seguida, com um escopro, são executadas fistulas nos canais horizontal e vertical posterior e, algumas vezes, no vertical anterior. Cada fistula deve medir de 4 a 5 milimetros. O endosteo será retirado com o cuidado de não lesar o labirinto mebranoso e as fistulas alargadas o mais possivel. Logo que a fistula atinja o canal a audição augmenta imediatamente. O A. assinala que todos pacientes operados conseguem, imediatamente, intender a conversação que se processa no compartimento ao lado da sala cirurgica, mais ou menos na distancia de 10 metros. Logo depois o aditus e antro são alargados e uma protese suave é colocada no antro com o duplo fim de: evitar o acumulo de sangue, secreções das paredes e dotar a fistula de uma parede elastica, prevenindo-a, tambem, contra uma futura obturação durante o periodo de cicatrização. O material de protese empregado pelo A. variou bastante: primeiro empregou uma delgada bexiga de borracha (cheia de ar, solução fisiologica ou gordurosa), depois um fragmento de guta-percha e, finalmente, gordura. Afim de evitar a invasão do labirinto membranoso pela gordura, o A. reveste as paredes do antro, antes da protese gordurosa, com uma folha de ouro. A incisão cutanea é fechada com agrafes. A operação, que foi executada sob a mais absoluta asepsia, tem sequencia normais e cicatriza-se per priman.
Desde Fevereiro de 1935 o A. já havia operado 34 pacientes. Desses, 13 deles foram submetidos á protese gordurosa com folha de ouro sobre as fistulas. Nenhuma complicação nem mortes. A unica complicação a relatar é o ligeiro grau de vertigem que os pacientes são acometidos durante os primeiros dias.
Os pacientes portadores de tinnitus aliviaram-se de seus males, por completo, com a execução da fistula. O interessante a notar é que aqueles cujas melhoras não foram nitidas e que, mais tarde, a surdez recorreu, os tinnitus reapareceram.
A melhora na audição na ocasião do áto cirurgico é constante e admiravel. No momento em que a fistula é estabelecida a audição aumenta para a conversação em todos os casos, no minimo, a 10 metros, raramente menos. Horas após a operação, quando o paciente é examinado em um dos corredores do Hospital, o mesmo consegue repetir uma conversa que se processa á distancia de 20, 30 e, ás vezes, 40 metros. Durante o periodo post-operatorio a audição poderá reduzir-se, em alguns casos, ao estado anterior á operação. Apesar disso tudo, na grande maioria dos casos, melhoras acentuadas da audição são observadas sendo que em uns casos mais que em outros. Diz o A. que podemos dizer de melhoras permanentes na audição sómente após anos de observação dos casos operados. Contenta-se, o A., com os treze pacientes operados segundo sua ultima técnica, sendo que 11 deles obtiveram resultados evidentes e, entre os quais, 8 deles, com resultados bem animadores. O A. chama a atenção para a grande dificuldade em se determinar o grau de audição de um indivíduo nessas condições. O estado geral do mesmo, o nervosismo passageiro, as variações do tempo, afectam a exatidão das provas. Todos os casos do A. foram examinados por dois especialistas, pelo mesmo metodo, em quarto silento e em condições ordinarias. Audiogramas em compartimentos silenciosos.
Antes de terminar resumiremos a sintomatologia dos casos em que o A. formula a indicação operatoria: queda acentuada da audição com aumento do limite dos sons baixos, Rinne negativo, Schwabach aumentado ou, pelo menos, não encurtado, membrana timpanica normal, ouvido médio radiograficamente normal, em suma, os casos com alto grau de otosclerose sem degeneração labiríntica.
NIELSEN, J. M. e COURVILLE, C. B. (Los Angeles) - Complicações intracraneanas da trombose otogenica do seio lateral. - Pag. 13.
As conclusões dos AA. são as seguintes:
1) As complicações intracraneanas da trombose otogenica do seio lateral são devidas, geralmente, á obstrucção venosa ou á infecção retrograda se extendendo aos vasos aferentes e daí ás meninges e cerebro. A disposição anatómica do sistema venoso intracraneano joga papel importante na distribuição e caracter de muitas dessas lesões.
2) As lesões intracraneanas consecutivas á trombose do seio lateral podem ser benignas e transitorias (edema local das meninges e cerebro; meningite serosa ou de reação), ou malignas e muitas vezes mortais (abcesso sub-durai ou hemorragia sub-durai, meningite septica, propagação do processo a outros seios com amolecimento vermelho (encefalite não supurada) ou formação de abcesso.
3) Todas lesões em foco (edema, amolecimento vermelho, abcesso sub-durai ou encefalico) podem ser encontradas em locais diversos na cavidade intracraneana devido ás comunicações entre as diferentes partes do sistema venoso.
4) Na maioria dos casos fatais de trombose otogenica do seio lateral, a autopsia demonstrou a existencia de outras lesões intracraneanas. Essas lesões podem ser simples coincidencia, resultado de um foco do ouvido médio seguir outras vias, ou consequencia, devido á uma complicação diréta do trombo do seio lateral.
5) Os sintomas cerebrais local (edema local do cortex ou (amolecimento vermelho), ou, ainda, da trombose infectada dessas (meningite septica, abcesso sub-durai ou encefalico).
6) Os sintomas transitorios podem se produzir bruscamente após obstrucção do seio lateral ou da veia jugular quando da não pró-existencia de um trombo no seio.,
1) A variação nas respostas ás provas é menor para o som de 512 e aumenta regularmente para os sons altos ou baixos. A variação maxima é encontrada em relação ao som mais alto (8,192 ciclos).
2) Para os sons acima de 2.048 ciclos, uma flutuação de 5 db. acima ou abaixo do timbre original é encontrada em grande numero de ouvidos. Para os sons de 4.096 e 8.192 ciclos, uma flutuação de mais ou menos 10 db. é igualmente frequente.
3) A audição dos 2/3 dos ouvidos examinados permanece relativamente imutavel. Quando aparecem as modificações da audição, são sobretudo os sons correspondentes á vóz falada os mais atingidos.
4) Na média, si um ouvido apresenta certo grau de variação para um som particular, apresentará, tambem, e no mesmo grau, variações em relação aos outros sons.
5) Existe uma associação positiva entre as variações de audição dos ouvidos direito e esquerdo.
6) A incidencia de uma diminuição definida para a percepção dos sons altos, durante o segundo exame, é maior nos meninos que nas meninas.
7) Os ouvidos com audição perturbada apresentam maior variabilidade do que aqueles com bôa audição.
8) Os ouvidos com percepção perturbada sómente em relação aos sons altos quando os mesmos compreendem o som de 2.048 ciclos, variam menos no segundo exame do que aqueles em que esse som não apresentava perturbação em sua percepção.
9) Os ouvidos com audição perturbada em relação ás conduções seres e ossea, não apresentam flutuações após a audição perdida ter atingido um limiar que, em média, encontra-se entre 30 e 40 db.
10) Quando da existencia de uma perturbação da audição do tipo condução, as melhoras são observadas sómente nos casos em que a audição não excedeu um limiar médio de 30 a 40 db. para todos sons.
O trabalho que apresenta graficos e quadros demonstrativos no texto é documentado com ligeira bibliografia.
BURNHAM, H. H. (Toronto) - Cefaléa em consequencia da parede nasal. - Pag. 69. -
O A. descreve uma forma particular de cefaléa com origem na cavidade nasal, atingindo os ramos do trigemeo, e seu tratamento. Como explicação de tal estado patologico foi admitida a seguinte hipotese: existe uma hipersensibilidadade nasal produzida pelas toxinas microbianas. As substancias normalmente elaboradas nos tecidos como reacção a um estimulo externo, tal como as mudanças na atmosfera, etc., erritam o mecanismo neurovascular e nervos sensitivos. O resultado é uma cefaléa ou nevralgia atingindo um ou mais ramos do trigemeo. Para agravar a sintomatologia dolorosa, o estado de congestão provocado age por compresão sobre os nervos hipersensibilisados. A hipotese acima explanada aplica-se, tambem, nos casos de dores associadas ás sinusites, sendo muito mais logica do que aquela que tenta explicar a sintomatologia dolorosa de um processo sinusiano baseado na falta de drenagem devida á obstrução do ostium.
Quanto ao tratamento dessas cefaléas de origem nasal, o A. preconiza um medicamento mais do que conhecido e largamente manejado pelos especialistas: a efedrina em solução de 3 %. As aplicações devem ser executadas, principalmente, sobre as zonas da mucosa nasal dolorosa ao toque. A vaso-constricção obtida pela efedrina, diminuindo o calibre das veias, diminuirá a pressão que é exercida sobre os filetes nervosos hipersensiveis, aliviando, portanto, o paciente.
O trabalho é documentado com 3 clichës no texto e pequena bibliografia.
HILL, FREDERICK (Waterville) - Afecção maligna dos seios e naso-faringe em um pequeno hospital. - Pag. 158.
As afecções malignas dos seios e do rino-faringe podem ser bem trabalhadas tratadas em um pequeno hospital. Dos erros, o mais comum entre todos consiste na falta de um diagnostico precoce da malignidade em razão de não se utilisar os metodos de exame completos ou um escrupulo de estetica que conduzem a operações muito tardias ou muito economicas. Esses defeitos não são atribuiveis ao hospital, mas á falta de elementos especialisados nos estudos microscopicos ou na apreciação das indicações dos processos radioterapicos post-operatorios.
O A. descreve 8 casos clinicas, documenta-sc em 8 cliches e pequena bibliografia.
LAZLO, ALEXANDER (New York) - Ondas ultra-curtas no tratamento das afecções do nariz, do ouvido e da garganta. - Pag. 174.
Em vista do numero de casos tratados e do espaço de tempo decorrido, o A. acha não ser possivel tirar conclusão alguma a respeito da eficacia desse processo terapeutico. O À. afirma, tambem, não compreender com clareza o mecanismo de acção dessas maquinas. Entretanto, os resultados obtidos já são bem encorajadores. Os seus resultados são baseados mais em impressões clinicas do que em envestigações patologicas. Os melhores resultados foram obtidos nas infecções superficiais do nariz, da garganta e dos ouvidos e, especialmente, na furunculose. Os casos devem ser escolhidos. Pequena bibliografia.
ACTA OTO-LARYNGOLOGICA (Stockholm) Vol. 25 - Jan.-Fev., 1937 - Fase. I
PROF. BENJAMINS, C. E. (Groningen) - Pneumotorax artificial em uma perfuração do bronquio por meio de um prego. - Pag. 1.
Trata-se de uma menina, com 5 anos de idade, em que um prego de cabeça volumosa penetrou no bronquio direito e aí permaneceu durante 2 mezes, mais ou menos. A radiografia revelou atelectasia dos lobos inferior e médio á direita; provavelmente o prego furára a parede bronquice. Imediatamente, após broncoscopia inferior com extracção do prégo, constata-se enfizema do pescoço anunciando calamitoso enfisema mediastinal. Execução imediata de um pneumotorax artificial á direita; parada da funcção pulmonar desse lado, evitando-se, assim, que o ar continuasse a penetrar no mediastino. A criança sarou. Seis mezes depois a radiografia demonstrou a existencia de uma retracção do lobo inferior direito em sua totalidade e a presença de bronquiectasias. A-pesar-de tudo isso a menina continuava curada e com aumento evidente em sua curva ponderal.
O trabalho é documentado com 6 clichês no texto.
GOSULOW, H. (Taganrog - U.R.S.S.) - Um modo de reabsorpção ossea diferente da osteoclase típica. - Pag. 1
O estudo microscopico das esquirulas osseas extraidas por via operatoria (em 25 casos de mastoidite) demonstra que existe uma reabsorpção ossea que se processa de uma maneira diferente da osteoclase típica. Inicialmente, essas partículas osseas são consistentes e apresentam uma estrutura ossea. Pouco a pouco elas se transformam, tornam-se mais palidas, reduzem-se em pequenas parcelas e mudam, em seguida, de cõr e estrutura; em suma, não apresentam aspeto algum de estrutura ossea. Amolecemse e constituem verdadeiras sombras no meio do pús nas zonas osseas interessadas. Uma condição favoravel ao destacamento de esquirulas microscopicas fóra do osso é a existencia de uma supuração acentuada, enquanto que, para a osteoclase típica, é o estado da proliferação, nas zonas de granulação, que realizam as melhores condições do processo.
O trabalho é documentado com 3 clichés e extensa bibliografia.
PROF. RUTTIN, ERICH (Viena) - Contribuição á clinica da amigdalite cronica circunscrita da fosseta amigdaliana superior e dos abcessos peri-amigdalianos. - Pag. 21.
Nas inflamações da fosseta amigdaliana superior, bem como na formação de massas caseosas nesse espaço, na ausencia de sintomas gerais, ainda mesmo na presença de fetidez bucal, dores ligeiras no ouvido - sem lesão auricular aparente - uma sensação de corpo extranho no pescoço e ligeira disfagia, Ruttin aconselha a abertura dessa bolsa por meio de uma incisão com tesoura ou praticar uma revisão minuciosa sobre o pilar anterior do véo do paladar.
Quanto aos abcessos peri-amigdalianos, Ruttin distingue tres variedades: a superior, a externa e a inferior e descreve-as separadamente. O abcesso superior é aberto de uma maneira tipica, isto é, transversalmente, de fóra para dentro e acima do polo superior da amigdala; o externo, por uma incisão arciforme atraz da amigdala; o inferior, por uma incisão longitudinal no pilar posterior do vão do paladar.
VON GORAN DE MARE' (Uppsala) - Um caso de cura de otite cronica com colesteatoma, trombose sinusal e abcesso do lobo temporal com ruptura ventricular. - Pag. 27.
Homem, com 24 anos de idade, apresentando, alem das lesões já assiladas no titulo, extensa necrose da dura-mater e que contribue ao desenvolvimento de enorme prolapso cerebral que, entretanto, retrocedeu aos poucos e expontaneamente. Como sinais de abcesso cerebral, antes da observação, o paciente apresentou os seguintes sintomas: dores de cabeça, vomitos e reacções lentas, sendo que faltaram os sintomas de compressão e a estase papílar. A-pesar-de enorme abcesso temporal ter se desenvolvido no lado esquerdo, o paciente não apresentou afasia ou outros sintomas dependentes das zonas motoras e da capsula interna. O unico sintoma de fóco constatado foi o "sintoma de Cushing" (anopsia do quarto nasal homonimo). Torna-se claro a importancia de um exame perimetrico em todos os casos que se prestam a tal e nos quais o diagnostico de localisação de abcesso encefalico é incerto. A perfuração ventricular deu-se quatro semanas após a operação. O A. assinalou a diferença entre a ruptura de um abcesso nos ventriculos e a ruptura do ventriculo na cavidade esvasiada do abcesso. Para prevenir essa ultima é corriqueira a pratica, ha anos, na clinica de Uppsala, de punções lombares ou sub-ocipitais repetidas, afim de manter baixa a pressão cerebro-espinal. E' de uso, tambem, nesta Clinica, submeter o paciente a uma punção lombar em posição assentada quando o abcesso vem a se evacuar. Encontra-se, na literatura medica, a descrição de 9 ou 10 casos de cura em casos de perfuração ventricular no curso de um abcesso cerebral otogeno. Entretanto não provam de maneira inconteste que a abertura do abcesso no ventriculo foi seguida de cura. Bõa literatura.
ANDERSEN" H. C. (Kopenhagen) - Um caso de sifilis congenita do ouvida com exame clinico e patologico. - Pag. 37.
Como contribuição a nossos conhecimentos até aqui bem pobres, sobre a patologia das afecções auriculares devidas á sifilis congenita, o A. relata um caso em que o diagnostico foi confirmado pelo exame clinico praticado imediatamente antes da morte do paciente.
O exame histologoico das preparações demonstra alterações que concordam com aquelas descritas na literatura medica e que são as seguintes: na capsula labirintica, uma osteomielite gomosa com penetração no labirinto e conduto auditivo interno; nos canais semi-circulares, lesões de periostite; enfim, no orgão de Corti, alterações degenerativas que não parecem de caracter especifico, mas que lembram a degenerescencia hipertonica e hidropica descrita por Wittmaack.
Admite-se que as afecções auriculares devidas á lues congenita originam-se em uma osteomielite sifilitica da capsula labirintica; partindo daí, essa osteomielite provoca, por extensão, ou por acção toxica, alterações como as descritas, no interior do labirinto. O trabalho é documentado com 6 clichês no texto e pequena bibliografia.
KOTYZA, F. (Praga) - O aparelho vestibular e o sistema nervoso vegetativo. - Pag. 51.
Baseado em certo numero de casos o A. prova que o aparelho vestibular:
1 ) exerce uma influencia consideravel sobre o sistema nervoso vegetativo;
2) na maioria dos casos a rotação aumenta o tonus do sistema nervoso vegetativo, sendo que a mesma age de modo mais acentuado sobre o parasimpatico do que sobre o ortosimpatico;
3) a excitação pela prova calorica, segundo Kobrack, diminue geralmente o tonus do sistema nervoso vegetativo mas age sobre o ortosimpatico de maneira mais pronunciada do que sobre o parasimpatico;
4) as observações do A. parecem confirmar a teoria de Lagnel-Lavastin a respeito da relação existente entre os sistemas orto e parasimpatico. Regular bibliografia.
SJOBERG, ARNE AXSON (Stockholm) - Contribuição á patogenia das complicações septicas da amigdalite. - Pag. 68.
Baseado em pesquizas histologocas visando a anatomia patologica, o A. é de opinião que na maioria das tromboflebites septicas de origem amigdaliana, se produz, inicialmente, um flegmão intersticial no espaço para-faringêo nas proximidades da loja amigdaliana. As consequencias secundarias desse processo flegmonoso intersticial são as seguintes:
1) partindo desse ponto ataca as pequenas veias radiculares amigdalinas trombosando-as e com extensão posterior desse processo flebitico, ou
2) atacando a via linfatica, propagando-se ao longo dos vasos linfaticos, seguir o curso da veia facial posterior até aos pequenos ganglios cervicais profundos; desses ganglios a infecção póde atacar as veias e seguir a via adventicial.
Trabalho documentado com 2 clichés no texto e pequena bibliografia.
J. E. DE REZENDE BARBOSA
MONATSSCHRIFT FOR OHRENHEILKUNDE UND LARYNGORHINOLOGIE
(Viena) Dez, de 1936 - Ano 70 - Fasc. 12
TH. MOTLOCH (Graz) - Sobre complicações otogenicas na perfuração mesotimpanica e supuração do ouvido medio. - Pag. 1519.
Trata-se de um caso de erisipela com exacerbação de otite media cronica. O ouvido sarou com a melhora da erisipela, mas após 16 dias, sobreveiu meningite com exito letal. O ex. do liquor demonstrou estreptococo mucoso. Neste caso houve coincidencia do estreptococo com a perfuração mesotimpanica. A' operação não se encontrou retenção de púz, nem no antro, nem na caixa. Parece que, no caso, foi a virulencia do germe que determinou o exito letal. A meningite apareceu somente na 7º semana, o que é comum aos mucosos. A maioria dos autores dá a percentagem de 0,04 para as complicações das supurações mesotimpanicas. O A. observou, em 1360 casos de otite de sua clinica, apenas uma complicação dessa natureza
K. MENZEL (Viena) - Sobre modificações no nariz externo, em sua mucosa e na faringe, na esclerodermia difusa. - Pag. 1409.
Em um caso tipico de esclerodermia difusa, foram demonstradas perturbações para o lado do nariz, consistentes em: nariz em sela e retração de todo o nariz cartilaginoso. Na mucosa nasal encontraram-se pequenos hemangiomas circunscritos, que foram causa de frequentes hemorragias. Ao lado direito do septo, foi visto um foco circunscrito de esclerodermia. Hemangiomas confluentes foram encontrados nas paredes lateral e posterior da oro-faringe. Essas lesões ainda não foram descritas, nem na literatura dermatologica, nem na rino-laringologica.
V. BALLACS (Viena) - A rinite caseosa. - Pag. 1432.
Ainda não ha unidade de vistas sobre a patogenia da rínite caseosa. Na literatura ha descritos 20 casos. A raridade da doença e a tendencia notavel para a cura, dificultam a execução dos exames desejaveis. Ha tipos simples de rinite caseosa e ha aqueles que se complicam, principalmente aqueles que invadem os antros vizinhos. A existencia da rinite caseosa acha-se ligada aos seguintes fatores: estado distrofico da mucosa, devido á inflamação cronica; estase da secreção por obstrução do nariz; ação de microorganismos ainda não determinados, cujos productos conduzem a secreção nasal á forma típica da rinite caseosa.
H. BRUNNER (Viena) - Um caso de flegmão do assoalho da boca após angina folicular. - Pag. 1436.
Trata-se de um Fregmão necrotico purulento, após angina folicular, complicado de infecção do espaço parafaringêo do lado esquerdo. Esse flegmão apresentava-se em forma de ferradura e abriu-se espontaneamente á altura da valecula do lado direito. O fáto de romper-se o flegmão do lado oposto, explica-se pela marcha do processo atravez das fibras cruzadas do tecido conjuntivo, entre os musculos genio-hioidêu e genioglosso.
F. ALTMANN ( Viena) - Para a patologia e a clinica das mastoidites agudas. - Pag. 1465.
Neste trabalho foi estudada a influencia do agente causador, da idade, do sexo e em parte da pneumatização da mastoide sobre o decurso. Pôdese, também pôr, nos seus devidos termos, o quadro da chamada otite a mucosos. Nas mastoidites a estreptococos, o decurso se deu de modo identico em 98% dos casos, em quanto que nos mucosos, o decurso caracteristico foi observado em 58% dos casos, sendo que em 42% foi ele identico ao dos estreptococos; o decurso das mastoidites a pneumococo foi comparavel ao ocasionado pelo mucoso em 26% dos casos e ao dos estreptococos em 74%. O A. não pôde esclarecer esse comportamento, se não considerarmos isoladamente as relações anatomicas especiais de cada caso, cotejadas com a virulencia do germe e com a resistencia do organismo.
K. LOWY - Para a clinica da rotura externa das otites agudas. - Pag. 1493.
Quando as mastoidites não são operadas, ou quando não tendem para a cura, rompem-se em diversos pontos da cortical. Dando-se esse fato para a cortical externa, observam-se abcessos extradurais ou complicações intracranianas; rompendo-se para fóra, formam-se os abcessos superiostais. Os abcessos subperiostais observados pelo A., em n.º de 475, processaram-se nos seguintes pontos: na superfície lateral da mastoide, na ponta externa, na ponta interna (Bezold), na raiz zigomatica, na parede posterior do conduto. Vêem-se, no trabalho do autor tabelas pormenorizadas, quanto á ida de, sexo, ponto de rotura, natureza do germe, etc.. A antrotomia é indicação obrigatoria nesses casos. Acha o autor que a simples incisão de Wilde, en vista da frequencia de complicações intracranianas concomitantes, não devi ser praticada.
A. HEINDL (Viena) - Um caso de meningite otogenica em gêmeos, por bacilo Gregowitz. - Pag. 1511.
Gregowitz descreveu em 1929 um bastonete gram-negativo, do grupo das bacterias hemoglobinofilas, ao qual deu o nome de bacterium hemophilum mucosum. O A. teve oportunidade de observar 2 gêmeos que, um após outro, com pequeno intervalo, foram atacados e faleceram de meningite ocasionada por esse germe raramente observado.. Essa meningite teve como ponto de partida o ouvido medio, em ambos os lados, com comprometimento do labirinto. Deve-se ainda notar, que as meningites otogenicas são muito raras nas creanças: tratava-se de meninos com 5 meses de idade. Nenhum dos doentes foi operado, em vista do pessimo estado geral; apenas o segundo sofreu paracentese, em ambos os timpanos, de que resultou apenas liquido hemorragico. O trabalho é acompanhado de clichês com os córtes hiato-patologicos.
ROBERTO OLIVA
LES ANNALES D'OTO-LARYNGOLOGIE N.º 8 - Agosto de 1936.
P. VAILLAND - Um caso de Hemi-Glossite Aguda. - Pag. 808
O A. apresenta um caso de inflamação aguda da metade esquerda de lingua. Uma senhora de quarenta e oito anos notava que dois dias antes o volume de sua lingua aumentava muito rapidamente. O doente não teve nenhum traumatismo lingual e seus dentes eram sãos. A deglutição e a respiração tornavam-se cada vez mais dificeis. A lingua era séde de uma dôr intensa sentida expontaneamente e á menor pressão.
Foram eliminados rapidamente os diagnosticos de abcessos amygdaliano e flegmão do soalho da boca. O aspéto da lingua era caracteristico: toda metade esquerda do orgão, desde a base até a ponta, apresentava um edema consideravel, duro, triplicando a espessura da lingua e deformando-a de uma maneira asymetrica. Esta lingua enorme incapaz de todo o movimento sob pena de uma dôr atroz não permitia explorar o hipofaringe, Foram prescritos banhos antisepticos, gelo sobre o pescoço, sinapismos nos pés para lutar contra a congestão cefalica e enfim injecções ïntramusculares de Propidon.
Alivio imediato do doente que suporta a dose de 3 cc. de Propidon por dia durante tres dias. No terceiro dia o edema duro toma uma consistencia mais mole pelo que foi julgada util a intervenção. Incisão no bordo esquerdo da lingua e o pús encontrado a 2 cc. de profundidade.
Gaze iodoformada durante dois dias e a cura se dá rapidamente. Esta observação nos conduz a algumas reflexões. 1.º- A Hemi-Glosite Aguda é uma afecção não sómente muito dolorosa mas tambem muito dramatica, pelo que é preciso acalmar o sofrimento do doente e tambem lutar contra a superexcitação dos que o rodeiam.
2.º - E necessario estar pronto para intervir de um momento para outro ou por incisões longitudinaes da lingua ou para uma traqueotomia si a asfixia tornar-se ameaçadora.
O A. hesitou fazer incisões multiplas desde o inicio tendo feito no momento mais favorevel, com o flegmão amadurecido.
3.º - Enfim pergunta-se qual foi o papel da vacina Stock. O A: nota que prescrevendo as injecções de Propidon ele segue um metodo que lhe tem dado excelentes resultados, nos diferentes casos de flegmões ne dominio Oto-Rino-Laringologico.
N.º 1 - Janeiro de 1937
PREDESCU-RION - Amigdalectomia á quente ou soroterapia nos flegmões amigdalianos graves?. - Pag. 39.
No tratamento dos flegmões das amigdalas, numerosos trabalhos procuram mostrar o alto valor da amigdalectomia a quente ou a morno, preconisada por Canuyt. Pergunta o autor si tem sido publicado os insucessos e acha que a abertura do abcesso, na maioria dos casos nos dá satisfação. Será absolutamente necessario ectomisar uma amigdala culpada pela primeira vez? E poderá o medico faze-lo sem hospitalisação? O autor vae expor os bons resultados em casos muito graves com o soro anti estreptococico.
Em 17 anos, tratou 864 pessoas com abcessos amigdalianos, dos quais 49 casos graves. Desses, o A. dá 8 minuciosas observações de casos que poderiam terminar pela morte, si não houvesse intervenção energica. Graças ao soro, diz o A., não perdi nenhum doente.
Ha medicos que temem a molestia do soro. Mas hoje, com recursos atuais, nenhum temor deve subsistir. Si uma amigdala é culpada de abcessos repetidos ou de complicações nos rins, articulações, coração, figado, sem duvida ela deve ser retirada. A dose do soro deve ser: 100 cc. nas creanças, 200 cc., acima dos 14 anos. Quando a dose é suficiente, a convalescença é longa. Não se deve apressar em abrir um abcesso de amigdala esperando obter cura rapida.
YOEL - Tratamento da mastoidite exteriorisada pelo metodo das pressões. Massagens da mastoide sem operação. - Pag. 50.
O A. cita a opinião de Aubriot sobre as vantagens da contemporisação em cirurgia mastoidiana, bem como a de Lemaitre e Sielbenmann de que 1/4 e 1/3 das mastoidites trepanadas seriam susceptiveis de cura pelo simples tratamento medico. O autor pensa que é sobre um conjunto de sintomas e não apenas sobre, um deles, que se deva buscar para decidir a operação. Aconselha a contemporisar tanto quanto possivel. Diz que os especialistas que não teem serviço hospitalar são mais contempo risadores que os que teem uma meza de operaçãoa mão. Existe um tratamento medico das mastoidites.
Deante de uma mastoidite exteriorisada. a operação deve ser feita o mais cedo possivel. O A. mudou porem de opinião ha algum tempo, pois acha que mesmo as mastoidites exteriorisadas são susceptiveis de curar por um tratamento medico. Segue assim a opinião de Arififf, que relata casos de cura por massagens repetidas da região mastoidiana. Transcreve as duas observações desse autor, para depois dar duas proprias..
Este metodo das massagens ou antes de pressões da região, mastoidiana é interessante. Si ele não dá provavelmente cura em todos os casos, cousa que não pretende seu autor, sendo simples e sobretudo inofensivo, tem a vantagem de ensaiai-o em todos os casos de mastoidites exteriorisadas. O A. empregou-o em um recem-nascido e ficou encantado com o resultado obtido, _em vista da gravidade da operação sobre o antro mastoidêo nos latentes, nos quais muitos morrem depois de ter dois sintomas carateristicos: o palor da face e a hipertemia. Nesses casos é ainda mais util abster da operação e tentar o metodo das pressões-massagens.
PAULO SAES
REVUE DE LARYNGOLOGIE, OTOLOGIE, RHINOLOGIE (Bordéos) Ano 57 - Nº 9 - Novembro de 1936.
BENJAMINS, C. E. (Groningue) - O diagnostico e tratamento pela eletro coagulação do fibroma naso-faringeano. - Pag. 957.
O A. faz um estudo sintetico dos diversos processos empregados tratamento dos fibromas do naso-faringe e descreve o processo que empregando ultimamente.
Antes de tratar 9 pacientes por essa nova técnica, o A. empregára em tres outros casos a cirurgia ou a electrolise.
Estuda, de inicio, o diagnostico desses tumores, tão raros nas moças e frequentes na puberdade masculina. Baseado em diversos cortes histologicos o A. faz resaltar a estrutura desses tumores extremamente rica em vasos sanguineos. O que caracterisa esses néoplasmas fibromatosos é que alem de seus inumeros capilares, possuem um certo numero de vasos sanguineos, mais ou menos volumosos, com paredes espessas e de estrutura especial.
Quanto ao tratamento, o A. divide-o em cirurgico e não cirurgico.
1) tratamento cirurgico: inumeras vias foram utilisadas: oral, nasal e maxilar, precedidas, ás vezes, de intervenção preparatoria (fissura do palato mole ou resecção do maxilar superior). O seu maior inconveniente é a hemorragia. Diversos pacientes perderam a vida na mesa operatoria. Como resultado e com muita frequencia, o tumor não é extirpado inteiramente. Entretanto, quando a exerese é completa, suprime-se o risco da hemorragia.
2) tratamento não cirurgico: dos inumeros processos preconizados, tres são os principais: a) radiação: os resultados obtidos pela roentgenterapia ou pela curieterapia variam de autor a autor e são muito discordantes. O A. tem experiencia da roentgenterapia em tres casos sem constatar efeito algum visivel sobre o tumor primario. Entretanto, os prolongamentos tumorais na região temporal e na região das bochechas desaparecem sob a ação dos raios X. Devido a diferença de radiosensibilidade entre esses tumores, a dosagem é dificil. b) electrolise: tem seus inconvenientes. Exige grande numero de sessões (ás vezes 100). A parte destruida se esfacela no nariz podendo ocasionar uma infecção. c) electrocoagulação: o processo mais comum é o de fazer penetrar no tumor o eletrodo ativo, uma agulha por exemplo, e colocar o eletrodo indiferente na nuca. A-pesar-de permanecer no nariz tecido necrosado, o numero de sessões, no entanto, é muito menor que na eletrolise. Esse metodo oferece, entretanto, um grande inconveniente, e que consiste em não se poder determinar a profundidade da destruição tumoral, oferecendo grande perigo quando se emprega electrodo-agulha. Quanto mais forte fôr a corrente tanto mais intensa será a acção destruitiva em profundidade e largura. Na eletro-coagulação monopolar deve-se, para evitar graves riscos, usar uma corrente fraca e de pouca duração, o que diminue as vantagens da eletrocoagulação.
Procurando contornar essas dificuldades, o A., após diversas experiencias, imaginou um eletrodo bipolar, constituido por duas agulhas paralelas e com pequeno afastamento entre ambas. Determinou, o A., que, enquanto no processo monopolar a acção é maior em profundidade, no bipolar a coagulação se produz, principalmente, entre as duas agulhas. Essa acção coagulante se propaga da ponta da agulha á uma distancia de um milimetro sómente. O resultado obtido será um cilindro de tecido destruido cujo diametro dependerá da intensidade e duração da corrente.
O A. emprega esse processo após cocainização local. Os fragmentos necrosados serão retirados a pinça e a hemorragia combatida com gaze embebida em agua oxigenada.
Os resultados obtidos pelo A. com esse processo são bem encorajadores. Em quatro casos o tumor desapareceu completamente. Os seus inconvenientes são aqueles comuns a -todos os outros: hemorragia, crostas, fetidez e, enfim, sua demora, exigindo que o paciente permaneça alguns dias no hospital. O trabalho é documentado com 9 clichês no texto.
DUCUING, J. e DUCUING, L. (Toulouse) - Os tumores malignos da corda vocal. - Pag. 970.
As conclusões dos AA. são as seguintes: em resumo, os tumores malignos da corda vocal, englobados antigamente no grupo do canceres intrinsecos do laringe, possuem ha alguns anos individualidade propria, e que é devida ao seguinte:
a) Esses tumores se localisam sobre uma zona bem determinada do laringe, a fita vocal;
b) A corda vocal sendo recoberta, ao nivel de seu bordo livre, por um epitelio pavimentoso estratificado, a maioria dos canceres que ai nascem sao epiteliomas espino-celula res corneificados;
c) A corda vocal sendo pobre em sistema linfo-ganglionar, -os cânceres desse orgão se propagam tardiamente por via linfo-ganglionar e constituem, por consequencia, durante certo tempo, ótimos canceres cirurgicos;
d) A localisação do cancer sobre a fita vocal se manifesta sob a forma de uma perturbação constante e precoce da função vocal: a rouquidão;
e) a evolução do cancer da corda vocal é muito mais lenta do que qualquer outro tumor endo-laringeo;
f) Os tumores malignos da corda vocal não comportam, na opinião quasi unanime, que uma unica terapeutica: a cirurgica. Essa deve ser praticada sempre em grão superior ao indicado pela extensão das lesões;
h) O caracter estrictamente endolaringêo do tumor da corda vocal e sua exerese larga pela laringectomia total oferecem, na opinião dos AA., ao paciente, as maiores garantias de cura.
Trabalho documentado com 10 clichês no texto e extensa bibliografia.
J. E. DE REZENDE BARBOSA
LOTO-RINO-LARINGOLOGIA ITALIANA (Bolonha) Ano VIl - Junho, 1937 - N.º 3
TULLIO, PIETRO e CANOVA, SILVESTRO (Parma) - Pesquiza comparativa sobre o estimulo calorico, eletrico, rotatorio, quimico e sonoro do labirinto acustico. Desvio e nistagmo obtido por meio da rotação no pombo com os canais semi-circulares cocainizados. - Pag. 193.
Os pombos com os canais semi-circulares paralisados pelo cloridrato de cocaina ou pela novocaina respondem ao estimulo rotatorio com desvios perfeitamente normais. Os AA. descrevem, com detalhes, a técnica empregada para conseguir uma imobilização e rotação perfeitas do pombo, apresentam fotografias das provas e terminam com ligeira bibliografia.
GHIGI, CALLISTO (Bolonha) - Pesquiza experimental sobre a correlação funcional entre a paratiroide e corpo tiroide. - Pag. 204.
O A. estuda, em um trabalho de 40 paginas, os efeitos da tiroidectomia sobre as paratiroides. Utilizou-se de animais de laboratorio. O A. conclue pela enorme dificuldade em se praticar a tiroidectomia sem a retirada contemporanea da paratiroide externa ou, de outro lado, sem deixar ficar no corpo do animal um pequeno fragmento do parenquima tiroideo.
Em todos animais tiroidectomizados, e nos quais ficou demonstrado, pela necroscopia, que as paratiroides ficaram indemes no organismo, o A. concluiu por não se evidenciar alteração alguma do parenquima paratiroideano após a retirada da tiroide de uma maneira completa.
Os orgãos de estrutura solida ou foliculosa encontrados nos animais tiroidectomizados, não são paratiroides residuais que se transformam, mas fragmentos de parenquima tiroideo que escaparam, involuntariament, acto cirurgico.
O trabalho é documentado com extensa bibliografia.
ABBATE,LUIGI (Catania) - Interessante anomalia de peumatização do rochedo. - Pag. 247.
O A. passa em revista a literatura sobre o assunto. Termina descrevendo uma interessante anomalia de pneumatização do temporal, encontrada no decurso de uma pesquiza anatomica em um rochedo de tipo diploicopneumatico. Trata-se de uma celula pneumatica cilindróide com comprimento de 9 mm. por um diametro variando entre 2,5 e 3 mm. A situação dessa grande celula corresponde á cadeia celular anterior a cóclea. O A. chama atenção para uma serie de pequenos orificios que a colocam em comunicação com a face cerebral do rochedo e com os sulcos dos nervos petrosos superficiais. O A. julga poder interpretar essa celula como uma formação regressiva correspondente á bula timpanica dos mamiferos inferiores. O trabalho é documentada com uma fotogafia de um corte do citado temporal e extensa bibliografia.
ROSSI. GIORGIO (Bolonha) -- Considerações e resultados da intervenção radical, segundo Caliceti na cura das oto-mastoidites cronicas. - Pag. 255.
O presente trabalho consiste em 15 observações clinicas de oto-mas toidites cronicas operadas segundo a técnica preconizada pelo Prof. Caliceti isto é, uma técnica mixta que se utiliza da via do conduto (Thiess) atrave: de uma incisão retro- auricular.
Aconselhamos os que se interessarem por essa técnica a folhear o tra balho do Prof. Caliceti, publicado nessa mesma Revista, de Fevereiro d, 1937, cujo resumo tivemos ocasião de publicar na Revista Oto-Laringolo Bica de S. Paulo, vol. VI, n." I, 1938, pag. 123. O trabalho é documentado com 4 fotografias e pequena bibliografia.
PELLEGRINI, GIANFRANCO (Milao) Aspectos clinico, raros da sinusite frontal. - Pag. 264.
O A. descreve dois casos de sinusite frontal cronica com caracteristicas clinicas especiais. Nº 1 caso lesões osseas graves, com formação mesmo de abcesso extra-dural, procesaram-se durante um longo periodo de um mez de maneira desapercebida por meio de um mecanismo particular de retenção de pús na cavidade sinusal.
O 2º caso apresentou-se com grave sintomatologia nevralgica tipica de lesões flogisticas das cavidades posteriores. O interessante do caso é que a causa encontrava-se na flogose purulenta da cavidade sinusal frontal que operada e drenada proporcionou a cura rapida. Artigo documentado com 6 figuras e boa bibliografia.
BACCARINI, CESARE (Bolonha) - Sindrome auricular da hipertensão arterial. - Pag. 275.
O A. relata, em uma nota previa, as observações e os primeiros resultados das pesquizas sobre as relações existentes entre a hipertensão vascular e as perturbações do ouvido.
O estudo se estriba sobre a observação sistematica dos diferentes valores da pressão (pressão maxima, minima, média, diferencial) nos hipertensos e os fenomenos, subjetivos e objetivos do ouvido, isto é, respectivamente, zoadas, vertigens, acumetria e provas vestibulares.
Na 1º parte da nota são relatadas as ideias, as mais recentes, sobre a concepção clinica da hipertensão cardio-vascular.
A pressão média foi estudada com maior carinho.
Finalmente, o A., cita suas primeiras observações que, si não permitem ainda tirar conclusões precisas, fornecem uma directriz para pesquizas posteriores e evidenciam:
1.º) que não existe relação alguma nitida entre a hipertensão e as perturbações do ouvido;
2.º) que a pressão média não fornece contribuição alguma a esse argumento.
J. E. DE REZENDE BARBOSA