Versão Inglês

Ano:  1937  Vol. 5   Ed. 3  - Maio - Junho - ()

Seção: Associações Científicas

Páginas: 285 a 292

 

ASSOCIAÇÕES CIENTIFICAS

Autor(es): -

SECÇÃO DE OTO-RINO-LARINGOLOGIA DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA

Sessão de 17 de Dezembro de 1936

Presidida pelo prof. Paula Santos, secretariada pelos drs. Penteado (ad hoc) e Bueno Galvão, realizou-se no dia 17 de Dezembro de 1936, uma reunião ordinaria da Secção de Oto-rino-laringologia da Associação Paulista de Medicina.

No expediente o dr. Homero Cordeiro disse o seguinte: Devendo embarcar para Montevideu o nosso colega Mangabeira Albernaz, proponho que esta Secção lhe outorgue a representação da nossa Secção junto á reunião anual da Sociedade Rio Platense. Diz o sr. Presidente: A proposta do dr. Homero Cordeiro dispensa qualquer discussão e, assim sendo, a mesa nomeia o dr. Mangabeira Albernaz representante da nossa Secção junto ao Congresso da Sociedade Rio-Platense. Comunica que o sr. 1.° Secretario, que está ausente, deveria notificar que existe em seu poder uma carta que nos foi dirigida pelo Comité Organizador do Congresso convidando a Secção de Oto-rino-laringologia para tomar parte nessa reunião. Logo em seguida passou-se á eleição da mesa para 1937, á qual compareceram 21 socios. Foram eleitos: Para Presidente: Dr. Francisco Hartung, 15 votos; para 1.° Secretario: Dr. Paula Assis, 12 votos; para 2.° Secretario: Dr. Ribeiro dos Santos, 14 votos.

Após a proclamação dos eleitos passou-se á ordem do dia, da qual constaram os seguintes trabalhos:

DR. RIBEIRO DOS SANTOS - Caso de adenite cervical tuberculosa. Cura.

O A. lê a observação de um doente em que o prof. Paula Santos diagnosticara amigdalite gangrenosa do lado esquerdo. Certo cirurgião tentara operar sem ter havido vasão de puz. Quando o doente foi examinado pelo A. só havia o tumor do pescoço. A puncção deu um liquido purulento que foi enviado ao dr. Salles Gomes. A cultura, a inoculação e o exame diréto deram resultado positivo para B. de Koch. O A. passa em seguida a fazer comentarios em torno do caso, estudando o caracter gangrenoso da angina. Focaliza o facto do bacilo de Koch haver por si só produzido a adenite cervical aguda. Refere uma contribuição ao estudo da linfocitose na tuberculose e ao tratamento cirurgico. Finalmente enumera as bases para o prognostico do caso.

Comentarios:

Dr. Francisco Hartung: A comunicação do A. mereceu de minha parte uma particular atenção, porque já de alguns anos tendo-me deixado seduzir pela tuberculose das amigdalas e isto eu explico porque tive a oportunidade de conhecer nada menos de 5 casos de tuberculose em fase evolutiva que pode ser chamada latente e que operados de amigdalectomia um ano depois tiveram uma "rechaufage" de sua sintomatologia. Desejo cumprimentar o A. pelo seu exito e acompanhei com bastante atenção a observação do A., que deve ser encaixada na do prof. Schlicht (? ) de Baal, que apresentou 380 casos de tuberculose na amigdala. Uma outra serie de casos foi apresentada em Berlim por Hosllein, que argumentava contra a pratica da cirurgia da tuberculose da amigdala. Aproveitei a "tournée" que fiz para continuar o meu inquerito sobre esse problema e devo acrescentar que infelizmente nos centros da Europa e dos Estados Unidos continuam as reservas francas no problema da tuberculose da amigdala do adulto. Ouvi de um dos assistentes de von Eicken e de Ruttin e este, apesar de não ser oto-rino-laringologista, considera que em qualquer fase ha possibilidade da evolução da tuberculose e melhor
é não realizar a operação. Feitas estas pequenas reservas, desejo felicitar o A. pelo feliz desfecho do seu caso.

Dr. Rubens de Brito: Em relação á questão quero dizer que, se bem não opere sistematicamente casos de tuberculose latente ou de ex-tuberculose ou de simples suspeita, creio que o caso do A. teve uma feliz solução. E' um caso particular em que não havia lesões pulmonares ou outras lesões, e se esse ganglio deu culturas positivas de bacilo, penso que essa infecção tenha partido da amigdala. Portanto nada mais claro que tirar esse fóco de infecção. Acho que só faria como fez o A., tirando esse fóco de infecção que poderia dar uma infecção generalisada. Felicito o A. pelo seu trabalho meticuloso e claro, aliás uma das caracteristicas do A..

Dr. Mario Ottoni de Rezende: A questão da operabilidade das amigdalas em tuberculosos ou em casos de tuberculose local sem participação pulmonar a principio dá certo receio, mas desde
que não haja lesão pulmonar não ha inconveniencia na extirpação. Se temos que operar uma criança de familia de maus antecedentes, os cuidados devem ser maiores, então, as exigencias de uma boa radiografia, de um bom exame clinico, de um bom estado geral, uma cultura de sangue segundo o metodo de Lowenstein se torna mais necessario. Apezar de sobrevirem acidentes graves, não quer dizer que não se deva operar amigdalas de tuberculosos, pois retirando-se a mesma, o estado do doente deve melhorar e ha mesmo autores que dizem que se deve operar amigdalas em tuberculosos, desde que elas estejam perturbando o doente. Não se deve operar em qualquer caso, na possibilidade de uma evolução aguda. Em um caso latente devemos considerar os antecedentes familiares e si o doente tem os sinais de latencia pulmonar devemos trata-lo de outra forma. Nenhum de nós deixa de correr o risco de errar porque quando se faz a indicação operatoria em uma amigdalite, ninguem pensa em tuberculose e só depois é que ela nos aparece. Em nosso meio nem todos os doentes podem passar no ecran. E nosso paiz sendo tão pobre, não podemos exigir todos esses recursos e só quando tivermos bons hospitais a norma será semelhante á norma matematica americana. Muitos dos nossos doentes aproveitam com as nossas operações e mesmo tuberculosos abertos tem aproveitado para sua cura. Nessa questão o que não devemos ser é muito extremista.

Prof. Paula Santos: Precisamos frizar o valor da comunicação do A. Tomei parte no caso, pois era um doente da clinica particular e não pôde passar por todos os tramites assinalados pelo dr. Mario Ottoni. Foi um caso rotulado de amigdalite gangrenosa com caracter de processo agudo, mas ao cabo de certo tempo percebemos que não era a forma de Plaut-Vincent e nem mesmo a terapeutica correspondeu ao que era de esperar. Conhecendo os pendores do A. sobre o assunto de hematologia encaminhei-lhe o doentinho, pedindo que verificasse bem o caso e este satisfatoriamente discerniu-o todo, dando-nos uma solução feliz.

Dr. Ribeiro dos Santos: Responde ao dr. Hartung que não estudou o assunto como quem estuda um capitulo de patologia, e tambem não fez restricção da operação em adulto, pois tratava-se de uma menina de 4 anos. Estudou apenas a solução que comportava o caso. Estou de pleno acordo com o prof. Paula Santos, drs. Mario Ottoni, Rubens Britto, em seus comentarios e acho que o estudo da amigdala do tuberculoso deve ser encarado em particular para cada caso.

DR. GABRIEL PORTO (Campinas) - Fístula congenita e cisto dermoide do dorso do nariz.

Após uma revisão de literatura o A. demonstrou a raridade das fístulas congenitas e do cisto dermoide do dorso do nariz. Põe em evidencia as dificuldades de diagnostico, descreve o tratamento cirurgico praticado em 2 casos com pleno sucesso e termina apresentando as suas observações do cisto dermoide do nariz.

Comentarios:

Dr. Francisco Hartung: Tive oportunidade de encontrar um caso e achei de bom alvitre acrescentar a esse caso relatado pelo A. Tratava-se de uma moça que apresentava na cartilagem mediana uma fistula e em cuja profundidade foi encontrado um fio de cabelo. Essa moça voltou ao meu consultorio e foi encontrado um novo fio. Pensei numa dilatação, mas havia um inconveniente, tratava-se de uma moça bonita. Achei interessante aproveitar os talentos artisticos do dr. Rebelo, mas perdi-a de vista e não pude solucionar o caso.

Prof. Paula Santos: Agradeço ao A. a sua interessante comunicação que veio encerrar com belo fecho a minha presidencia. Trabalho aliás que era de se esperar, bem interessante. Em mais de 20 anos de clinica nunca vi um caso dessa ordem e na Santa Casa onde passaram cerca de 25 mil doentes, as observações nunca registraram um caso dessa natureza.

Dr. Gabriel Porto: Agradeço as palavras que muito me sensibilizaram. Quero dizer, a respeito da estetica, que nas duas intervenções tive a impressão que a questão estetica podia ser resolvida principalmente num caso de fistula sem abcesso; num dos casos, a estetica não ficou perfeita, porque houve abcesso. Quanto ao dr. Hartung devo dizer que quando tiver um outro caso pode recorrer á intervenção sem receio de prejudicar a estetica mesmo sendo uma moca bonita.

Nada mais havendo a tratar foi encerrada a sessão.

Sessão de 18 de Janeiro de 1937

Presidida pelo dr. Paula Santos, secretariada pelos drs. Jayme de Campos e Othoniel Bueno Galvão, realizou-se no dia 18 de Janeiro de 1937, uma reunião ordinaria da Secção de Oto-rinolaringologia, da Associação Paulista de Medicina.

No expediente, como a acta não tivesse chegado em tempo ou por qualquer outro motivo, deixou de ser lida. O prof. Paula Santos pede a palavra para empossar a nova directoria. Agradece


a cooperação que tributaram á directoria que findava a sua gestão, destacando a frequencia que foi sempre excepcional. Relata as atividades da Secção no ano de 1936, frisando a reunião realizada conjuntamente com a Semana de Oto-rino-laringologia que foi de um brilhantismo sem par. Destaca os AA. que mais apresentaram trabalhos, como os drs. Ribeiro dos Santos, Francisco Hartung, F. Müller, Mario Ottoni de Rezende, Mangabeira Albernaz e outros com uma contribuição apenas. Destaca a conferencia do dr. Plinio Mattos Barreto sobre endoscopia e tambem se congratula com o Centro Campineiro que muito cooperou com a Secção. Pôde observar que a feição intima dos trabalhos proporcinou uma maior afeição, permitindo assim que as discussões se mantivessem na maior cordialidade. Tudo concorreu para que a sua gestão fosse desempenhada satisfatoriamente. Realça o valor da nova directoria, sendo o dr. Hartung o mais lidimo representante da Escola do prof. Lindenberg e sente um grande desvanecimento ao transmitir a presidencia ao diléto aluno daquele de quem foi tambem aluno extra-catedra. Realça ainda o valor dos novos secretarios, e augura á Secção todas as prosperidades, e agradece o prestigio que souberam dar á nova directoria.

Os novos eleitos foram acolhidos com uma salva de palmas, e em seguida o dr. Hartung pronunciou as seguintes palavras:

"Meus caros amigos e colegas: De agradecimento, serão as minhas primeiras palavras pela honra a mim conferida em presidir-vos nos trabalhos do ano que começa. Muito embora perceba com nitidez que esta eleição nada mais significa que a bondade e a complacencia de amigos, e que a minha presença neste alto posto apenas acode a um dispositivo de regulamento, sinto grande a minha responsabilidade ao lembrar-me dos nomes respeitaveis que aqui me precederam, imprimindo um cunho pessoal e brilhante a cada um dos períodos que já se foram. Mas, si a presidencia tem esta feição grave, podendo a culminancia da honraria provocar sensações vertiginosas, de outro lado, apresenta uma perspectiva de muita sedução, porque convida ao trabalho e é incentivo para o estudo. Habituado, como expectador, a vêr aqui reunido o elemento mais fino do nosso setor de medicina, todo o patriciado da oto-rino-laringologia paulista; conhecendo pois a magnifica cultura deste ambiente, e o alto preparo dos colegas em seus conclaves científicos, sei perfeitamente que só á custa de muito esforço conseguirei articular os embates que aqui costumam travar-se, e, que sómente no estudo encontrarei meios de me acomodar á cultura desta situação a que fui inesperadamente guindado. Volverei assim aos meus primeiros anos de vida profissional, e aos conselhos de um amigo do qual nunca me esqueço, e que decisivamente, influiu na formação da minha mentalidade, em face á medicina: Henrique Lindenberg, nome que não posso pronunciar sem emoção, reconhecimento e saudade! Deixava eu os bancos da Faculdade numa epoca em que a sua fama e prestigio já não tinham limites. Tendo amoldado uma feição, completamente propria á especialidade em nosso meio, Lindenberg tinha que se desdobrar entre os trabalhos da sua catedra, pela qual tinha tanta fascinação e carinho e os afazeres exaustivos da sua clientela imensa, que dia a dia se multiplicava, e, em verdadeiros assaltos ia em busca da sua opinião douta e abalisada; e, como a sua personalidade, irradiante de confiança e de simpatia, com incrivel rapidez, transformava os clientes novos em amigos velhos, muito cedo, paradoxalmente, começava o saudoso professor a ser vitima do seu proprio renome e sucesso profissional. Foi então que me conferiu a honra, de que tanto me tenho desvanecido, de convidar-me para assisti-lo em sua clinica particular. Dos dez anos que com ele tive a felicidade de conviver, como estudante interno de clinica, e depois assistente de sua cadeira na Faculdade de Medicina e assistente da clinica particular, colhi ensinamentos inumeros, conselhos de toda a ordem, frutos opimos de sua competencia, de sua experiencia, de sua elevação espiritual e de suas excepcionais qualidades de coração. O seu preparo e cultura facultavam-lhe sempre perfeita segurança e honestidade nas promessas que fazia aos seus clientes; e, si a razão lhe indicava muitas vezes, certa reserva no seu natural ótimismo em face de determinados casos, a sua fé jamais lhe permitiu que fosse arrastado pelo ceticismo na solução dos problemas de medicina, certo de que os erros e desenganos de hoje são fatais e inevitaveis para as conquistas e vitorias de amanhã. O prof. Lindenberg era de uma tolerancia paternal. Contornava todas as situações, de modo a não confundir ou desanimar os principiantes; chegava mesmo a simular uma posição secundaria, e, quantas vezes testemunhei este fato, em ocasiões em que dominava a sua personalidade, unicamente pelo prazer de servir e estimular os seus amigos. Havia uma posição, entretanto, em que se tornava dificil de ser abordado: quando percebia no aluno falta de interesse pelo estudo, tendencia exclusiva para a parte material da medicina. Transfigurava-se então, e, de amigo solicito passava a extranho indiferente. Existe em meu arquivo particular, entre os meus velhos papeis da epoca da minha formatura, conservados com carinho, um rascunho de contrato, de amigo para amigo, esboçando clausulas mediante as quais teria eu ingresso na tenda de trabalho do eminente professor. De todas estas, havia uma a qual emprestava ele especial apreço, e que rezava assim:

"Clinicar sem estudar é deshonestidade."

O rigor deste laconismo definia bem o seu temperamento, era a expressão pura do seu caracter; nada mais significativo e nobilitante, porque, ao mesmo tempo que refletia a sua grande elevação no exercicio da medicina, chamava-nos á realidade dos compromissos da nossa posição de profissionais para com o meio em que vivemos. A divulgação deste precioso postulado constitue pois uma homenagem ao prof. Lindenberg, a cuja memoria dedico os meus primeiros momentos neste alto posto. E' um dever de gratidão que se me impõe, porque será na invocação de sua espiritualidade, estudando, e assim reverente aos seus elevados ditames, que conseguirei manter-me á altura da confiança e da generosidade dos meus colegas, quando me conferiram a honra de presidir esta culta Secção."

Terminada a sua alocução, o dr. F. Hartung, antes de passar á ordem do dia submeteu á apreciação da Casa certos pontos de muita utilidade. Em primeiro lugar, o criterio Oliva, em que ele chamou a atenção de não nos eximirmos de entrar em banalidades, que muitas vezes provocam discussões interessantes. Uma segunda sugestão seria a de provocar o intercambio com as especialidades afins á oto-rino, e poderiamos mesmo nomear colegas que com as devidas credenciais, cuidassem desse objetivo.

Pedindo a palavra, o Dr. Roberto Oliva disse que poderiamos apontar assuntos previamente determinados, tais como otites na infancia, onde os radiologistas dariam detalhes sobre essa questão; tambem sobre as vias aereas superiores convidariamos tisiologistas, achando que a propria mesa está em condições de organizar temas que seriam futuramente discutidos. Para isso seriam convidados colegas de outras especialidades para explanarem os temas previamente determinados.

O Prof. Paula Santos achou que o convite a outros colegas poderia ficar a criterio da mesa, pensando que não valeria a pena estabelecer um programa prévio.

O Dr. Mario Ottoni de Rezende propoz a realização de sessões conjuntas, por exemplo com a de Pediatria, onde os pediatras apresentariam um tema que interessasse á nós, depois então contribuiriamos com um tema em sentido contrario. Achou ainda que isso deveria ser feito em sessões extraordinarias, reservando-se as sessões ordinarias para serem só tratados trabalhos da especialidade.

O Dr. Francisco Hartung achou que poderiamos ter uma conversa preliminar e depois então se dariam as trocas oficiais. Um outro ponto nevralgico seria o de se dar mais elasticidade á possibilidade da replica por parte dos comentadores, pois tem notado que devido a esse tabú, os trabalhos ficam muitas vezes prejudicados, vindo isso em detrimento do nivel cientifico. Assim, na ultima sessão, entre o dr. Mario Ottoni, o dr. Ribeiro dos Santos e eu pareceu haver um desentendimento em nossas afirmações, o que não se deu, como ficou esclarecido, após a conversa que tivemos ao acabar a reunião. Penso que para o nosso regimento interno poderiamos dar maior elasticidade a essa questão.

O Dr. Roberto Oliva afirmou existir um regimentto interno que prescreve o tempo de discussões dos trabalhos. Isso não consta nos estatutos. E' apenas uma regra para evitar que os trabalhos se prolonguem muito, pensando que isso deve ficar ao criterio da mesa, dando maior liberalidade ás discussões.

O Dr. F. Hartung, diante do esclarecimento do dr. Oliva, disse que se esforçará para que os trabalhos tenham a mais ampla discussão.

O Prof. Paula Santos frisou que desconhecia o regulamento interno, e procurou sempre cingir-se a um modus faciendus pratico. Com tudo nunca se rebelou com qualquer comentario, mesmo que fosse feito por extranhos á especialidade, e até odontologos participaram de nossas discussões. Com relação ás ultimas sessões, teve a compreensão nitida de que os AA. citados pelo dr. Hartung estavam de perfeito acordo e penso que deveria competir ao 1.° secretario a correcção das actas, desde que durante a reunião não tivesse ficado bem claro o pensamento do comentador durante os debates.

DR. RIBEIRO DOS SANTOS - Caso de quisto congenito da uvula.

Depois de historiar rapidamente o caso e de apresentar cortes histologicos da peça, passou aos comentarios. Recordou uma serie de questões e terminou fazendo considerações da qualificação "congenito" dada ao quisto.

Comentarios:

O Dr. F. Hartung disse que se a reunião inaugural deste ano se revestiu de tal brilhantismo diante do trabalho do dr. Ribeiro dos Santos, temos a certeza e a esperança de que o ano de 1937 será de um futuro radioso para a Secção de Oto-rino-laringologia.

Antes de encerrar a reunião o dr. Paula Assis pediu que se consignasse na acta, um voto de louvor pela gestão que desempenhou a mesa de 1936.

Nada mais havendo a tratar foi encerrada a reunião.

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