Versão Inglês

Ano:  1953  Vol. 21   Ed. 1  - Janeiro - Fevereiro - ()

Seção: Revista das Revistas

Páginas: 27 a 28

 

REVISTA DAS REVISTAS

Autor(es): -

PIETRATONI L. - "A Cirurgia dos tumores da base da lingua" (La Chirurgia dei tumori della base della lingua) in Archivio Italiano di Otologia, Rinologia e Laringologia. Vol. LX11 - Fase. 6." fasc. 477-435 - Novembro/Dezembro 1951, Milão.

Baseado em 49 casos de tumores da base da lingua por ele operados, o A. faz estudo clínico anátomo-patológico e discute o seu tratamento cirúrgico.

Agrupa esses tumores em intrinsicos, primitivos; e estrinsicos, secundários. Destes últimos detem-se no estudo dos tumores glosso-laringeos e laringo-glóssicos, cuja evolução, expansão e prognóstico são diferentes. Chama a atenção para o grande auxilio da radiografia e tomografia no diagnóstico. A roentgenterapia é indicada em todos os tumores de estrutura rnesenquimal e nos epiteliomas indiferenciados ou discretamente diferenciados. Em todos os outros casos a roentegenterapia permite resultados pouco satisfatórios .

Em seguida, apresenta as varias vias de acesso à base da lingua discutindo-lhes as vantagens e desvantagens.

Para os tumores benignos muito volumosos e para os malignos circunscritos, prefere a faringotomia mediana; para os tumores malignos extensos utiliza a buco-faringotomia de Sibeleau, cujas técnicas e vantagens descreve.

Afim de obter redução do tumor e relativa esterilização da zona peri-tumoral, antes da intervenção o A. prefere fazer tratamento roentgenterápico com dose 4.000 r distribuída em 3 campos. Em seguida intervem, extraindo o tumor e esvasiando sistematicamente as lojas cervicais homo-laterais.

Ao discutir os resultados obtidos nos seus casos, considera-os bons para os tumores circunscritos na região anatômica de base da língua pouco desenvolvidos, discretos para os tumores laringo-glossicos, e maus para os tumores glosso-laríngeos. O trabalho é ilustrado com ricas e excelentes gravuras que permitem acompanhar o texto.

DR. SILVIO MARONE

STAFFIERI M. e ZORZI M. - "Comportamento da atividade lizomica da secreção nasal, em presença de terpenos, olios essenciais, histamina, antihistarmínicos, sais de prata, sulfamidas e antibióticos (Pesquisas experimentais "'in-vitro" (Comportamento della attívitá lisozimica della secrezione nasale in presenza di terpeni, ali essenciali, istamina, antistaminica sali d'argento, sulfamidici, antibiotici: Ricerche Sperimentale "in-vitro"). Archivio Italiano di Otologia, Rinologia e Laringologia - Vol. LXII - Fase. 3.° Maio Junho 1951 - Milão.

Em 1922, Fleming descobriu na secreação nasal um princípio ativo enzimático a que deu o nome de lisozima, com grande propriedade de lidar alguns germens patogênicos saprofiticas. Em estudos posteriores, Hilding encontrou diminuição da atividade lítiva do muco nasal na fase pré-secreatoria da coriza aguda e aumento dessa atividade no período da convalescência.

Em base nesses fatos, os A. A. procuram estudar "in-vitro" essa atividade lisozímica em presença dos medicamentos mais usados.

Após a discrição dos métodos de exames os A. A. passam a referir os resultados obtidos:

1) Sais de prata: todos os sais de prata usados (protargol, argirol, colargol, argicuprol e choleval todos a 2%, e argibathol a 0,5%) demoustraram possuir "in-vitro" poder sobre a atividade lisozimática de secreção nasal.

2) Sulfarazidas: Dessas substâncias mostraram-se diminuir o valor lisozímico da secreção nasal o rubiazol e os compostos piramídicos e sulfonas; o azoseptal e o estreptosíl não possuem atividade antilisozímica.

3) Terpenos, Cílios essenciais e cloreto de potássio: o mentol, eucaliptol e gomenol revelaram-se elementos que aumentam o poder lisozimático; o cloreto de potássio diminuiu tal poder.

4) Histamínicos e antistamínicos: demonstram não influenciar sobre o poder lisozimático.

5) Antibióticos - Dos utilizados só a penicilina e furacina evidenciaram-se possuir poder ativante "in vitro", sobre a lise, enquanto a tirotricina e a estreptomicina nada influiram sobre aquele poder.

Por fim os A. A. atribuem a atuação inibidora dos sais de prata ao PH do meio, pois em solução de Cena a 0,5% essa atividade reaparece muito rapidamente e cessa a partir de 2%. Em relação à inibição provocada pelo rubiazol e sulfonas atribuem à atuação tóxica dessas substâncias sobre o protoplasma. Quanto aos resultados com histamina e antistamínicos chamam a atenção para a diversidade dos mesmos em relação aos obtidos "in vitro" pois ai há as reações locais produzidas pelas substancias.

DR. SILVIO MARONE

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