Versão Inglês

Ano:  1972  Vol. 38   Ed. 2  - Maio - Agosto - (26º)

Seção: Artigos Originais

Páginas: 206 a 207

 

DACRIOCISTORRINOSTOMIA: CIRURGIA OFTALMO-OTORRINOLARINGOLÓGICA

Autor(es): Jayme Nogueira Costa*,
Virgilio Paccola**,
Olath Brazil Pereira***

O objetivo desta apresentação é mostrar a nossa experiência de 6 anos com a cirurgia de Dacriocistorrinostomia feita conjuntamente com o oftalmologista.

Primeiramente o paciente portador de dacriocistite é visto pelo oftalmologista e posteriormente encaminhado a nós, que o examinamos cuidadosamente, para remover possíveis patologias intranasais, tais como: sinusites, polipose nasal, deformidade grande do septo e alergia, as quais se existirem serão tratadas antes da Dacriocistorrinostomia.

O oftalmologista e otorrinolaringologista sozinhos não são bastante competentes para o tratamento das dacriocistites crônicas. Há necessidade da ação conjunta dos dois especialistas.

Sem dúvida alguma o rinologista é o especialista mais indicado no tratamento cirúrgico da Dacriocistorrinostomia, tanto no acesso intra-nasal, como extra-nasal.

A causa mais freqüente dos insucessos pós-operatórios é o fechamento da comunicação lacrimonasal. O rinologista é treinado para inspecionar esta área e deixá-la livre de tecido de granulação, polipos e cicatrizes, assim sendo, evitar-se-ia uma nova cirurgia externa em caso de insucesso, se os dois especialistas trabalhassem conjuntamente.

O otorrinolaringologista é que está treinado para cateterizar o meato inferior, nos casos de atresia congênita, ou libertar um ducto, fraturando o corneto inferior impactado, que o bloqueia.

As causas mais freqüentes de Dacriocistites são: trauma, infecção, alergia e anomalias congênitas. Em todos esses casos há necessidade do exame rinológico.

As vantagens da técnica por nós preconizada são:

1 - menor sangramento

2 - uso do microscópio cirúrgico dando maior visão

3 - menos traumatismo na mucosa nasal

4 - maior exposição do campo operatório

5 - os bordos da janela óssea ficam lisas com o uso das brocas de diamante.

6 -uniformidade na janela óssea.

Em resumo a técnica por nós usada é:

1 - incisão da pele e tecido subcutâneo até atingir o osso por dentro da comissura palpebral interna.

2 - colocação do retrator de Arruga que também ajuda na hemostasia.

3 - afastamento do periósteo com Rugina e desinserção do ligamento palpebral interno.

4 - exposição do saco lacrimal isolando-o da fóssula lacrimal.

5 - abertura óssea com uma broca cortante e depois com a broca de diamante sob visão microscópica.

6 - abertura das mucosas em H. Fazemos sempre 2 retalhos.
7 - sutura dessas mucosas.

8 - sutura de aproximação dos tecidos subcutâneos.

9 - sutura da pele.

10 - tamponamento nasal.

Summary

The purpose of this presentation, is to show our 6 years experience of Dacryocyslorhinostomy working along with the ophthalmologist.

First of all the eye man sees the patient with dacryocystitis, then the ENT man examines the pose, to find out any pathology inside itm that could interfere with the operation pre and post operatively.

We show the advantage in doing this surgery associated with the ophthalmologist.

Using this technic we have:

1 - less bleeding

2 - the microscopie gives better view
]
3 - the bordering of the window is well polished with diamond burr

4 - less trauma to the mucosa

5 - better exposition of the field.

Bibliografia

1. Costa, M. H. D. José - Reoperações em Dacriocistorrinostomias. XV Congresso Brasileiro de Oftalmologia.
2. Costa, M. H. D. José - A margem das Da- criocistorrinostomias. Anais XII Congresso Brasileiro de Oftalmologia.
3. Arruga, H. - Ocular Surgery. McCraw Hill Book Co. Inc. N. Y., 3 rd., 1953.




* Ribeirão Preto - SP.

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