Versão Inglês

Ano:  1992  Vol. 58   Ed. 1  - Janeiro - Março - (10º)

Seção: Pergunta

Páginas: 68 a 68

 

Pefloxacin no tratamento da otite externa maligna

Autor(es): Dra. Siomara Bambirra

Resumo:
De acordo com a solicitação da Dra. Siomara Bambirra transcrevemos a errata referente ao trabalho "Pefloxacin no Tratamento da Otite Externa Maligna" publicado no volume 57, fascículo 1 de 1991.

APRESENTAÇÃO DE CASOS

CASO No1

20.03.88 - SO, 47a., mulato, atendido no Ambulatório de O.R.L. do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, com queixa de otalgia à esquerda, febre e dor à percussão da mastóide. Otoscopia: CAE edemaciado com secreção amarelo-esverdeada. Foi medicado com Hiconcil, Voltaren e Otosynalar por 10 dias. Colhida a cultura.

12.04.88 - Paciente retorna com persistência dos sintomas e sinais. Cultura positiva para Pseudomonas aeruginosa. Foi medicado com Amicacina, curativo local diário e cauterização do conduto com nitrato de prata a 20%. Testes audiológicos foram feitos antes, durante e após o tratamento. O paciente evoluiu com otalgias recorrentes.

08.01.89 - Paciente retorna com novo episódiode otalgia intensa à esquerda e febre. Otoscopia: CAE edemaciado, descamativo e com secreção purulenta. Foi medicado com Amoxil, corticóide tópico e Voltaren por 10 dias.

12.02.90 - Paciente queixando otalgia constante bilateral, dor intensa na mastóide esquerda. Otoscopia: CAE edemaciado com hiperemia e descarnação. Foi internado por cinco semanas e tratado com Tobramicina. Complicações: evoluiu inicialmente com oligúria, sem alterações nos níveis de uréia e creatinina, a glicemia de jejum e o teste de tolerância à glicose se mostraram pela primeira vez alterados: glicemia 153; GTI` basal 107, -30'163, 60'204,90'242 e 120'168. Cintilograia MDP99n TC: normal. Alta em 19.03.90 com remissão total do quadro. As audiometrias, assim como os testes vestibulares, se mostraram sempre normais.

07.04.90 -Paciente retorna com as mesmas queixas e otoscopia alterada: CAE edemaciado com secreção. Foi medicado com Perfloxacin 400 mg - 2 cp VO 12/12 horas e Rifampicina 300 mg 2 cp VO 12/12 horas - 5 semanas. Houve melhora progressiva do quadro doloroso com normalização do exame otoscópico.
10.10.90 - Paciente é chamado no Ambulatório para nova avaliação; permaneceu assintomático, exame otoscópico normal.

CASO No 2

15.03.90 - OM, 27 a., mulata, atendida no Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, com queixa de otalgia à direita há mais ou menos 15 dias, com dor à palpação do tragus associada a edema pré-auricular, duro, doloroso e presença de secreção e edema de CAE. Medicada com Bactrim e Otosynalar. Paciente diabética, hipertensa, com insuficiência renal crônica.

16.04.90 - Retornou ao Ambulatório relatando otalgia desde a primeira consulta com dor bilateral, especialmente à esquerda. À otoscopia evidenciou-se edema discreto, dor à palpação pré-auricular e da região mastoidea à esquerda. O CAE ipsilateral mostrava-se edemaciado, com hiperemia e secreção purulenta discreta, M.T. normal. A cultura revelou crescimento de Pseusomonas aeruginosa. Paciente é internada e medicada com Rifampicina 300 mg., 2 cp VO 12/12 horas.

17.04.90 - Paciente permanece com otalgia à esquerda, aumento do volume de parótida esquerda, mantendo dor à palpação da mastóide sem sinais flogísticos. Pedido cintilografa MDP 95m TC, que mostrou ausência de registro de hipercaptações anormais na projeção das mastóides, com pesquisa negativa para mastoidite.

23.04.90 - Introduz-se Pefloxacin 400 mg VO 8/8 horas e Voltarem 01 cp VO 8/8 horas
12.05.90 - Dose do Pefloxacin reduzida para 400 mg/d por complicações da insuficiência renal.
22.05.90 - Paciente completa esquema terapeutico com o Pefloxacin e a Rifampicina. Assintomática, recebe alta.

19.05.91 - Paciente faleceu por descompensação do diabetes. Durante esse período não apresentou qualquer problema otológico.

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