Versão Inglês

Ano:  1982  Vol. 48   Ed. 3  - Julho - Setembro - ()

Seção: Síntese

Páginas: 40 a 40

 

A DECADE OF TYMPANOPLASTY: PROGRESS OR REGRESS?

Autor(es): Roberto Martinho da Rocha

Austin, D.E: Laryngoscope, 1982. 92:527-530.

É comum a análise retrospectiva de certas atividades. Em junho de 1970 um simpósio da Universidade de Minnesota mostrou situação caótica da cirurgia timpanoplástica na década anterior.

Nas miringoplastias o enxerto de pele foi substituído por tecido conjuntivo sobretudo fáscia. Homoenxerto de membrana timpãnica, iniciado em alguns centros, surgiu como resposta aos problemas existentes. Nas ossiculoplastias materiais naturais passaram a ser preferidos em lugar de plásticos ou metais. Auto enxertos e homoenxertos de osso e cartilagem entraram em voga. Na falta de martelo cartilagem e osso mostraram-se melhores que plásticos da década anterior. Colesteatoma e outras lesões que requerem abertura da mastóide são removidos com "técnica fechada", com conservação da parede posterior do meato acústico externo.

As "radicais" tornaram-se mais raras. Nos últimos 10 anos a miringoplastia pela técnica de enxerto "por dentro" é mais escolhida porque acarreta menos problemas. Aqueles acostumados com a técnica "por fora" defendem a preferência não referindo problemas.

Fáscia continua sendo enxerto mais usado. Há os que usam pericôndrio do trago, veia, periósteo ou dura máter (conservada).

Homoenxerto timpânico tem percentual de "pega" limitado, além de dificuldades na obtençãopreparação e conservação. Colapso timpânico ou otite média adesiva tem merecido alternativas de tratamento.

Há os que pretendem o deslocamento de membrana à custa de tubo de ventilação e os que removem a membrana atrófica enxertanto tecido. "Silastic" tem cedido lugar a filme de gelatina ("Gelfim").

Tentativas de recuperar a tuba com cateter continuam aguardando progressos nessa área.

Nas ossiculoplastias melhores resultados têm sido obtidos com modelagem e encaixe de ossículo esculpido. Quando não há martelo, as preferências se dividem entre columela de osso ou cartilagem e o emprego do TORP de "Plastipore", mas em ambas eventualidades os resultados são variáveis. No caso de martelo ausente, com estribo presente, a prótese denominada PORP, do mesmo material plástico do TORP, tem sido preconizada.

No colesteatoma, operado pela técnica fechada, a repetição da doença tem merecido a recomendação
de revisões de controle, após um ano, para erradicar colesteatoma residual. No caso de mastóides pequenas, escleróticas, há conveniência de fazer a "radial conservadora". Outra possibilidade é a obliteração, com algumas variantes técnicas. Finalmente há opção de remover a parede e recolocá-la no fim da intervenção.

Com o tempo as diveras técnicas existentes têm sido escolhidas com mais acerto. A Otologia pode orgulhar-se do seu progresso.

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