Versão Inglês

Ano:  1987  Vol. 53   Ed. 3  - Julho - Setembro - ()

Seção: Artigos Originais

Páginas: 75 a 89

 

Vetoeletronistagmografia - Avaliações das freqüências e limiares de respostas nistágmicas dos canais semicirculares verticais na obtenção dos nistágmicas oblíquos á prova rotatória pendular decrescente

Autor(es): José Fernando Colafêmina*
Marcos Grellet**

Introdução

Vastas são as publicações existentes a respeito dos resultados obtidos pelas estimulações dos canais semicirculares horizontais e muito pouco se tem feito em relação aos canais semicirculares verticais, devido, talvez, à exigência para sua estimulação e registro, de uma aparelhagem e técnica mais sofisticadas, resultando em restrições para avaliação das funções vestibulares desses canais.

Fischer (1933), avaliando o nistagmo pós-rotatório dos canais verticais em seres humanos, encontrou uma duração menor em relação à dos anais semicirculares horizontais.

Jongkees (1953) não encontrou diferenças quanto à duração da resposta nistágmica dos canais semicirulares verticais em relação à duração da resposta nistágmica dos canais semicirculares horizontais.

Arslan (1955), através de provas rotatórias, encontrou para a duração valores menores para os canais semicirculares verticais quando comparados com a duração da resposta nistágmica dos canais semicirculares horizontais.

Aschan e Stahle (1956), estudando os canais semicirculares horizontais em pombos, encontraram valores, quanto à duração e frequência, maiores para os canais semicirculares horizontais que para os canais verticais, e sugerem que os limiares de respostas nistágmicas devem ser mais elevados para os canais semicirculares verticais do que para os horizontais.

Collins e Guedry (1967), estudando os valores das respostas nistágmicas primárias e o nistagmo secundário para os canais verticais e horizontais, verificaram valores menores para os canais semicirculares verticais.

Fluur e Mendel (1964) supõem que os limiares dos canais verticais apresentam valores mais elevados que os de resposta nistágmica dos canais semicirculares horizontais.

Oramas (1972), segundo Mangabeira Albernaz e Ganança (1976), realizou o estudo do nistagmo perrotatório com a cabeça em 60° para trás e 45° para a direita, 60° para trás e 45° para a esquerda com finalidade de estimular isoladamente apenas um canal vertical de um ou de outro lado, obtendo-se assim o nistagmo resultante oblíquo fronto-sagital de direção variável, segundo a posição da cabeça e o sentido de rotação. Neste estudo avaliou o mecanismo de compensação central dos canais semicirculares horizontais e verticais, verificando que a compensação central dos canais verticais quase não se processa ou ocorre com um tempo mais prolongado do que o dos canais semicirculares horizontais.

Considerações sobre vetoeletronistagmografias obtidas através de estimulações dos canais semicirculares

Em nosso meio, Mangabeira Albernaz e Ganança (1976, 1977) descreveram os seus primeiros traçados da avaliação de indivíduos normais e das patologias vestibulares periféricas e centrais, dos registros dos canais semicirculares verticais e horizontais, através da vetoeletronistagmografia.

Ganança (1980), utilizando a prova rotatória pendular decrescente, cita que cerca de 30% dos casos normais, por ele avaliados com vetoeletronistagmografia, apresentaram o nistagmo de projeção vetorial oblíqua, estimulando os canais semicirculares horizontais.

Mangabeira Albernaz Filho (1980), realizando estudos através de registros pelo método da vetoeletronistagmografia, verificou, com estimulação ca1órica dos canais semicirculares laterais, nistagmo de projeção vetorial oblíqua em 85% dos casos normais.

Material e método

Nosso estudo foi efetuado em 20 indivíduos considerados normais divididos em dois grupos de 18 a 30 anos e de 31 a 65 anos de idade, atendidos no setor de Otoneurologia, Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Univer$idade de São Paulo. Trata-se de um grupo de indivíduos sem quaisquer distúrbios otorrinolaringo1ógicos e otoneurológicos.

No exame otoneuro1ógico pesquisavam-se os pares cranianos, movimentos reacionais, coordenação muscular, equilíbrio estático, dinâmico, audiometria tonal liminar, logoaudiometria, impedanciometria e a observação do nistagmo, sem e com registros eletronistagmográficos, prova ca1órica e pendular decrescente.

Disposição esquemática dos eletródios para a vetoeletronistagmografia

Fizemos a mesma técnica de Ganança e Mangabeira Albernaz, que difere, quanto ao número de eletródios ativos, da técnica empregada por Padovan e Pansini, que utilizaram apenas três eletródios ativos. Utilizamos 6 eletródios ativos (4 temporais e dois frontais) para constituir as 3 derivações da vetoeletronistagmografia, e mais um eletródio indiferente frontal "terra" (Fig. 1).

Quanto à derivação 1, o eletródio número 1 é fixado a um centímetro do ângulo externo da fenda palpebral E. e o eletródio 2 na posição correspondente à direita. Esta derivação permitirá o registro dos movimentos oculares horizontais.

As derivações II e III permitem os registros dos movimentos oculares de projeções verticais e oblíquas. Os movimentos de projeções verticais são registrados com a mesma direção nas derivações II e III.



Fig.1 - Esquenta de colocação dos eletródios nas três derivações usadas para realização da vetoeletronistagmografut.



A derivação II é constituída pelos eletródios 3 e 4, apresentando-se com polaridades do mesmo sentido que da derivação I.

A derivação III é constituída pelos eletródios 5 e 6, com polaridades invertidas em relação às derivações I e II (Fig. 2).

Os movimentos oculares de projeções oblíquas podem aparecer sob duas formas: movimentos oculares de projeções oblíquas paralelas à derivação II e movimentos oculares de projeções obliquas paralelas à derivação III.



Fig. 2 -Disposiçao dos 6 eletródios nas três derivações da vetoeletronistagrnografia suas polaridades em cada derivação e suas direções.



O ângulo existente entre a primera e a segunda derivação e entre primeira e a terceira derivação tem um valor médio entre 20 a 25°.

Os eletródios 1 e 2 são derivados para o primeiro canal dia polígrafo, os eletródios 3 e 4 são derivados segundo canal do aparelho e os eletródios 5 e 6 ao terceiro canal aparelho. No quarto canal, colocamos a derivação do potenciômetro cuja inscrição correspondente representará o movimento sinusoidal cadeira.

Pesquisa do nistagmo oblíquo dos seus limiares de respostas nistágmicas.

Em apenas duas posições da cabeça, 60° para trás e 45° para a direita, 60° para trás e 45° para a esquerda, estimulamos isoladamente um canal vertical de um ou outro lado, isto é, baseado teoricamente ponto de vista anátomo-geométrico em dois pontos:

a) o eixo de cada rochedo, oblíquo para frente para dentro, faz um ângulo de 45° com o plano sagital do crânio.

b) o canal vertical anterior está perpendicular ao eixo do rochedo e canal posterior está paralelo a este eixo.

Daí se conclui que o canal anterior de um lado e o posterior do ou tro estão em planos paralelos e, assim, funcionalmente emparelhados.

Para estimularmos isoladamente os canais semicirculares superior posterior esquerdo, inclinamos a cabeça 60° para trás e 45° para a direita.

Iniciando-se a estimulação anti-horário do canal superior direito provoca-se uma movimentação pulófuga da endolinfa neste canal levando a uma contração primária reto superior direito do globo ocular e do oblíquo inferior esquerdo, provocando uma elevação bilateral lenta e oblíqua dos olhos e um movimento rápido para baixo, originando nistagmo perpendicular à derivação III e paralelo à derivação II (Fig. 3).



Fig. 3 - Representação esquemática do nistagmo oblíquo paralelo à derivação II com a estimulação isolada do canal semicircular superior direito



Temos, assim, no triângulo, uma observação da resposta nitágmica com grande amplitude na derivação II e de menor amplitude na derivação I e com amplitude nula na derivação III.

No sentido de estimulação horária, agora teremos a corrente ampu1ófuga para o canal semicircular posterior esquerdo, resultando em uma depressão lenta bilateral dos globos oculares e com um movimento rápido para cima, paralelo à derivação II e perpendicular à derivação III (Fig. 4).



Fig. 4 - Representação esquemática do nistagmo oblíquo paralelo à derivação II com estimulação, isolada do canal semicircular posterior esquerdo (P.E.).



Essas representações esquemáticas foram obtidas analisando-se os registros da vetoeletronistagmografia pela estimulação dos canais sernicirculares superior direito (SD) e posterior esquerdo (PE), como pode ser observado na Fig. 5.



Fig. 5 - Resposta nistágmica pela estimulação isolada dos canais superior direito (SD) no sentido anti-horário e do posterior esquerdo (PE), no sentido de estimulação horária.



Para estimularmos isoladamente os canais semicirculares posterior direito (PD) e superior esquerdo (SE), inclinamos a cabeça 60° para trás e 45° para a esquerda.

No sentido anti-horário da estimulação rotatória pendular, o canal posterior direito apresentaria uma corrente endolinfática ampu1ófuga, resultando uma movimentação lenta para baixo de ambos os glóbulos oculares e uma movimentação rápida para cima, sendo esta perpendicular à derivação II e paralela à derivação III (Fig. 6).



Fig. 6 - Representação esquemática do nistagmo oblíquo paralelo à derivação III pela estimulação isolada do canal semicircular posterior direito (PD).



No sentido horário, o canal superior esquerdo é estimulado, resultando em um nistagmo para baixo, paralelo à derivação III e perpendicular à derivação II (Fig. 7).



Fig. 7 - Representação do nistagrno oblíquo, paralelo à derivação III com estimulação isolada do canal semicircular superior esquerdo (SE).



O registro da resposta nistágmica nos dois semiperíodos anti-horário, pela estimulação isolada dos canais semicirculares posterior direito e superior esquerdo, apresenta-se com os traçados conforme Fig. 8.



Fig. 8 - Resposta nistágmica pela estimulação isolada dos canais posterior direito e superior esquerdo.



Resultados

Análise das freqüências nistágmicas oblíquas dos canais verticais superior direito (SD) e posterior esquerdo (PE) em jovens (18 a 30 anos de idade).

Canal superior direito (SD): cabeça inclinada 60° para trás e 45° à direita.

Observamos os valores de respostas nistágmicas somente nas derivações I e II, uma vez que os movimentos dos glóbulos oculares, sendo perpendiculares à derivação III, são representados por um ponto.

Este canal é estimulado quando a cadeira está girando no sentido anti-horário (tabela I).

As respostas de freqüências nistágmicas do canal semicircular superior direito (SD), quando estimulado pela cadeira rotatória no sentido anti-horário, estão graficamente representadas (fig. 9).


PROVA GIRATORIA PENSULAR - NÍSTAGMO PER-ROTATÓRIO

Fig. 9 -Representação gráfica das freqüências e limiares do nistagmo oblíquo 60° para trás e 45° para a direita, pela estimulação no sentido anti-horário, do canal semicircular SD, ern jovens (18 a 30 anos de idade).





Para o canal semicircular poster esquerdo (PE), apresentamos os valores de respostas nistágmicas na tabela 1, quando mantemos a mesma posição da cabeça e a cadeira passa a girar no sentido horário, originando nistagmo oblíquo para cima.

As respostas das freqüências nistágmicas do canal posterior (PE), desde acelerações de 18°/ s² até seus limiares, estão graficamente representadas (Fig. 10).

Análises das freqüências nistágmicas dos canais verticais superior e direito (SD) e posterior esquerdo (PE) em adultos (31 a 65 anos de idade)

Análise das freqüências nistágmicas do canal superior direito (SD).

Para o canal semicircular superior direito (SD) os seguintes valores foram obtidos nas derivações I e II, para este grupo de indivíduos (Tabela II).

E a seguinte distribuição de freqüência e limiares do nistagmo oblíquo foi obtida graficamente nas acelerações de 18°/s², 14°/s², 10 /s², 6°/s² e 4°/s², até o limiar de respostas nistágmicas (Fig. 11).

Análise das freqüências nistágmicas do canal posterior esquerdo (PE)

Quando a cadeira gira em sentido horário, mantendo-se a mesma posição da cabeça, 60° para trás e 45° à direita, estimulamos o canal semicircular posterior esquerdo (PE), devido à corrente ampu1ófuga neste canal, e os valores das freqüências obtidos nas derivações I e II estão citados na Tabela II.

Estas freqüências e os limiares das respostas nistágmicas, nas acelerações de 18º/s², 14°/ s², 10°/s², 6°/s² e 4°/s², estão representados na Fig. 12.

Com a cabeça inclinada a 60° para trás e 45° para a esquerda, estimulamos no sentido anti-horário o canal semicircular posterior direito devido à corrente ampulófuga da endolinfa nesta canal; no sentido horário, a estimulação será do canal semicircular superior esquerdo.

Analise dos canais verticais posterior direito (PD) e superior esquerdo (SE) em jovens (18 a 30 anos de idade)

Observamos somente os valores das freqüências nas derivações I e III, pois, sendo os movimentos dos glóbulos oculares perpendiculares à derivação II, não teremos resposta nistágmica nesta derivação. Devido à estimulação de um canal posterior direito isoladamente, teremos um nistagmo oblíquo para cima, sendo paralelo à derivação III e os valores destas freqüências estão mencionados na Tabela III.

Observamos as respostas de freqüências nistágmicas e os limiares do canal posterior direito (PD) nas acelerações de 18°/s², 14°/s², 10°/s², 16°/s² e 4°/s², obtendo-se a representação gráfica (Fig. 13).


PROVA GIRATORIA PENDULAR - NISTAGMO PER-ROTATÓRIO

Fig. 10 - Representação gráfica das freqüências e limiares do nistagmo oblíquo, 60° para trás e 45° para a direita, pela estimulação no sentido horário, do canal semicircular P.E., em jovens (18 a 30 anos de idade).


PROVA GIRATORIA PENDULAR - NISTAGMO PER-ROTATÓRIO

Fig. 11 - Representação gráfica das freqüências e limiares do nistagmo oblíquo, 60° para trás e 45° para a direita, pela estimulação no sentido anti-horário, do canal semicircular S.D., em adultos (31 a 65 anos de idade).


PROVA GIRATÓRIA PENDULAR - NISTAGMO PER-ROTATORIO
FREQÜÊNCIA

Fig. 12 -Representação gráfica das freqüências e limiares do nistagneo oblíquo, 60° para tràs e 45° d direita, pela esimulação, no sentido horário, do canal semicircular PE, em adultos (31 a 65 anos de idade).


PROVA GIRATÓRIA PENDULAR - NISTAGNMO PER-ROTATÓRIO
FREQUENCIA

Fig. 13 - Representação gráfica das freqüências e limiares do nistagmo oblíquo, 60° para tràs e 45° para a esquerda, pela estimulação no sentido anti-horário, do canal semicircular P.D., em jovens (18 a 30 anos de idade).





Análise das freqüências nistágmicas do canal superior E

Quando a cadeira rotatória pendular estiver girando em sentido horário, teremos uma resposta nistágmica oblíqua para baixo, paralela à derivação III, cujas freqüências nistágmicas e seus limiares, nas respectivas acelerações, estão representadas graficamente (Fig. 14).

O registro do nistagmo oblíquo, com a cabeça a 60° para trás e 45° à esquerda na obtenção do nistagmo oblíquo pela estimulação anti-horária do canal semicircular posterior direito e na estimulação horária do canal superior esquerdo, pode ser observado na Fig. 15.

Análise das freqüências nistágmicas dos canais verticais posterior direito (PD) e superior esquerdo (SE), em adultos (31 a 65 anos de idade).

Análise das freqüências nistágmica do canal posterior direito (PD).

Para o canal posterior direito, o tabela a seguir temos os valores da freqüências rias derivações I e II deste grupo estudado (Tabela IV).

Os valores das freqüências na acelerações de 18°/s², 14°/s², 10°/s², 6°/s² e 4°/s² e os respectivos limiares de respostas nistágmicas do canal semicircular posterior direito (PD) forneceram-nos a representação gráfica abaixo (Fig. 16).

Análise das freqüências nistágmicas do canal superior esquerdo (SE)

Verificamos nistagmo oblíquo para baixo, paralelo à derivação III e perpendicular à derivação II, cujas freqüências nistágmicas nas respectivas acelerações já relacionadas no Tabela IV estão representadas no gráfico (Fig. 17).

Discussão

A estimulação é feita em somente um dos quatro canais semicircula verticais, nesta posição da cabeça segundo Rigaud (1935). Temos a sim, neste tipo de estimulação, um movimento ocular de projeção oblíqua em qualquer uma das posições da cabeça (Ito e cols. 1973).

Na prova calórica, seria impossível estimularmos o canal semicicular posterior com a finalidade obtermos uma resposta nistágmica provavelmente devido à sua posição anatômica. O único meio de estimular os canais semicirculares anteriores e obtermos uma resposta mediante estimulação calórica bilateral, com o paciente em decúbito dorsal e com a cabeça flexionada a 30° no plano horizontal, jogando-se água, fria (30°), produzindo-se vista, vertical devido à estimulação bilateral simultânea dos canais semicirculares anteriores, com a fase rápida para cima e com a fase lenta baixo. Com água quente (44°), ocorre um nistagmo vertical, com a fase rápida para baixo e com a lenta para cima (Gay e cols. 1976 e Uemura e cols.,1979).


PROVA GIRATÓRIA PENDULAR - NISTAGMO PER-ROTATÓRIO FREQUENCIA

Fig. 14 - Representação gráfica das freqüências e limiares do nistagrno oblíquo, 60° para trás e 45° à esquerda, pela estimulação no sentido horário do canal semicircular SE, em jovens (18 a 30 anos de idade).



Fig. 15 -Registro do nistagmo oblíquo através da Vetoeletronistagrnografia, pela estimulação isolada dos canais semicirculares verticais, na estimulação anti-horária do canal semicircular posterior direito e na estimulação horária do canal superior esquerdo.


PROVA GIRATORIA PENDULAR - NISTAGMO PER-ROTATORIO FREQUENCIA

Fig. 16- Representação gráfica das freqüências e limiares do nistagmo oblíquo, 60° para trás e 45° à esquerda, pela estimulação, no sentido anti-horário, do canal semicircular PD, em adultos (31 a 65 anos de idade).


PROVA GIRATORIA PENDULAR - NISTAGMO PER-ROTATORIO

Fig. 17 - Representação gráfica das freqüências e limiares no nistagmo oblíquo 60° para trás e 45° à esquerda, pela estimulação no sentido horário, do canal circular SE, em adultos (31 a 65 anos de idade).





O único meio, portanto, para investigarmos os canais semicirculares posteriores seria através das provas rotatórias. Os canais semicirculares verticais têm sido muito pouco investigados devido às dificuldades técnicas de estimulação e de registro. Com isso, inúmeras investigações, rito nos testes ca16ricos como também nos testes pendulares, têm sido mais dirigidas aos canais semicirculares horizontais.

No exame dos canais verticais, devemos lembrar que a orientação no rochedo do osso temporal e suas variações da direção não ocorrem de uma maneira tão precisa. Procura-se de diversas maneiras um meio de diminuir as variações possíveis entre o plano do canal e seu plano teórico adequado de rotação.

A teoria anátomo-geométrica está baseada nos dois pontos seguintes: a) eixo de cada rochedo, oblíquo para a frente e para dentro, como um ângulo de 45° com o plano fronto - sagital mediano do crânio; b) o canal vertical anterior está perpendicular ao eixo do rochedo, o canal posterio está paralelo. Daí que o canal anterior de um lado e o posterior do ou tro estão em planos paralelos, e estão funcionalmente acoplados: sinergismo diagonal (Löwenstein e Sand 1940).

Os canais semicirculares verticais diferem em diversos aspectos dos canais semicirculares horizontais. Anatomicamente, são duas vezes mais numerosos que os canais semicirculares horizontal, e espacialmente estão localizados de tal maneira que possam existir diversas possibilidades de combinações fisiológicas entre eles.

Os estudos paleontológicos de Stensio (1927) e os estudos de anatomia comparada de Burlet (1935) têm verificado que os canais semicirculares verticais são filogeneticamente mais antigos do que os canais semicirculares horizontais. Funcionalmente falando, eles também reagem de um modo contrário ao dos canais semicirculares horizontais; a atividade elétrica aumenta com a corrente endolinfática ampulófuga e diminui com a corrente endolinfática ampu1ópeta (Löwenstein e Sand, 1940). Este fato é devido à disposição dos estereocílios e cinocílio na crista ampular. Há uma distribuição dessas estruturas em relação à mácula utricular (Spoendlin, 1964) resultando no comportamento diferente quanto às respostas da estimulação endolinfática, ampulópeta e ampulófuga destes canais.

Observa-se também que os canais semicirculares horizontais são afetados somente pela rotação sobre o eixo vertical, enquanto os quatro canais verticais respondem a uma excitação ou inibição nos três eixos primários.

Segundo Löwenstein e Sand (1940), os quatro canais verticais estão funcionalmente agrupados aos pares; estimulando o canal anterior e posterior direito ocorre o sinergismo lateral; no estímulo dos canais anteriores direito e esquerdo ocorre o sinergismo transversal e, quando se estimula, por exemplo, o canal semicircular anterior esquerdo e o canal semicircular posterior direito ocorre o sinergismo diagonal.





Com o objetivo de verificar a relação entre as acelerações angulares da cabeça e as forças agindo na cúpula, para observar se realmente o plano de aceleração estimulatória coincide exatamente com o plano do canal semicircular a ser estimulado, inúmeros trabalhos têm sido desenvolvidos por Melvill Jones (1972), Dohlman (1935), Van Egmond e cols. (1949), Valentinuzzi (1967), Jones e Spells (1963), Oman e Young (1972), Fernandez e Valentinuzzi (1968), e Curthoys e cols. (1975, 1977) verificaram em muitos casos um sinergismo paralelo contralateral e desenvolveram uma técnica especial para as avaliações desses canais semicirculares no homem e em animais.

Fischer (1933) verificou que a duração do nistagmo pós-rotatório, decorrente dos canais semicirculares verticais, apresenta-se com valores menores em relação aos canais semicirculares horizontais. Collins e Guedry (1967), observando o nistagmo primário e o nistagmo secundário, verificaram que esses parâmetros apresentaram-se com valores maiores para os canais semicirculares laterais em relação aos verticais.

Aschan e Stahle (1956), realizando experimentos em pombos, através de testes rotatórios e, comparando as funções dos canais semicirculares horizontais com os verticais, verificaram também que a duração e as freqüências nistágmicas apresentaram menores valores nos canais semicirculares verticais comparando-os com os horizontais.

Segundo Quix (1928), quando colocamos a cabeça para trás, girando a 45° para um dos lados, obtemos o nistagmo "frontosagital", fato este também comprovado por Jongkees e Hulk (1950).

Em nossos resultados, quando comparamos os valores das freqüências de respostas nistágmicas nas acelerações de 18°/s², 14°/s², 10°/s², 6°/s² e 4°/s², com a cabeça para trás em 60° e 45° para a direita e à esquerda, devido à estimulação dos canais superior direito e posterior esquerdo e dos canais superior esquerdo e posterior direito, ocorreu uma simetria de respostas nistágmica nessas duas posições da cabeça. Não encontramos referências bibliográficas para compararmos com os nossos achados.

Com a cabeça a 60° para trás e 45° à direita, obtivemos um nistagmo oblíquo paralelo à derivação II, cujos valores extremos das freqüências nesta derivação foram de 12 a 26 batimentos, com uma mediana de 17 batimentos e com uma variabilidade de 5 batimentos. Inclinando a cabeça a 60° para trás e 45° para a esquerda, tivemos na estimulação horária um nistagmo para baixo, agora paralelo à derivação III, cujos valores das freqüências extremas foram de 15 a 25 batimentos e com uma variabilidade de 5,5 batimentos. Portanto, não houve diferença estatisticamente significativa nas respostas, mediante as estimulações dos dois canais superior direito e superior esquerdo, separadamente, havendo simetria das respostas de freqüências nistágmicas entre os canais semicirculares anteriores no grupo avaliado, obtidos com este tipo de estimulação.

Analisando-se os valores dos canais semicirculares posteriores nas acelerações anteriormente mencionadas, com a cabeça a 60° para trás e 45° para a direita, na estimulação horária, tivemos respostas nistágmicas para cima, do canal semicircular posterior esquerdo, paralelo à derivação II cujos valores extremos das freqüências obtidas na derivação II foram de 13 a 26 batimentos, com mediana de 18 batimentos e com variabilidade de 7 batimentos.

Com a cabeça para trás 60° e 45° para a esquerda, no sentido anti-horário, devido à estimulação do canal semicircular posterior direito, obtivemos resposta nistágmica oblíqua para cima, paralela à derivação III, cujos valores extremos foram para as freqüências observadas na derivação III, de 11 a 24 batimentos, com variabilidade de 5 batimentos, não havendo diferenças das respostas dos canais semicirculares posterior direito e esquerdo, estatisticamente significativos entre si.

O mesmo foi também verificado para as demais derivações, cujos valores foram representados graficamente através dos registros das medianas das variabilidades nas diversas acelerações imprimidas a estes canais semicirculares. Fazendo também a comparação destes canais semicirculares verticais na estimulação fisiológica, isto é, o plano dos canais semicirculares coincidindo com o plano de rotação, segundo Quix (1928), Jongkees e Hulk (1950) com os valores obtidos na prova rotatória pendular decrescente do registro das respostas de freqüências nistágmicas do nistagmo horizonto-rotatório (cabeça fletida a 30°) nas três derivações, verificamos que não houve diferenças significativas entre os canais verticais e os horizontais, existe na literatura, nestas acelerações avaliadas de 18°/s² até 4°/s². Estes resultados foram concordantes com Jongkees (1953) que também não encontrou diferenças significativas nos cupulogramas dos canais semicirculares horizontais, realizados em homens, em relação aos cupulogramas dos canais semicirculares verticais, fato este discordante de Aschan e Stahle (1956). Nossos achados são concordantes com os de Aschan e Stahle (1956), que fizeram comparações entre os limiares de respostas nistágmicas dos canais horizontais em relação aos canais verticais, chegando à mesma conclusão, na qual os limiares de aceleração angular de respostas de freqüências nistágmicas nos canais semicirculares verticais em pombos foram bem mais elevados que os limiares de respostas nistágmicas dos canais semicirculares horizontais.

Fluur e Mendel (1964), em suas observações, supõem que os valores dos limiares dos canais semicirculares verticais sejam mais elevados que os limiares dos canais semicirculares horizontais.

Portanto, com estes achados, verificamos que os canais semicirculares horizontais são mais sensíveis em relação aos verticais. É provável que, devido a esta maior sensibilidade, o canal demonstre com maior freqüência seus distúrbios funcionais, principalmente quando estes estão se iniciando.

A maneira, então, de estimularmos fisiologicamente os canais semicirculares seria colocar o canal semicircular no seu plano anátomogeométrico paralelo ao plano de rotação, ocorrendo no canal uma aceleração que estimula a crista ampular. Baseado nisto, através do sinergismo diagonal, Oramas (1972) realizou o estudo do nistagmo per-rotatório,
avaliando desse modo o nistagmo oblíquo, fronto-sagital tem apenas duas posições da cabeça (60° para trás e 45° à direita e/ou 45° para a esquerda), verificando-se assim a excitabilidade de cada canal isoladamente e também não verificou o fenômeno de compensação de Ruttin que é mais prolongado e quase não se processa nos canais verticais, ocorrendo mais freqüentemente e rapidamente nos canais semicirculares horizontais.

Quanto à citação de Mangabeira Albernaz e Ganança (1976), encontrando respostas labirínticas normais através de estudos da função vestibular às provas clássicas utilizadas até agora, tanto a prova calórica e rotatória pendular decrescente na avaliação dos canais semicirculares horizontais em alguns pacientes que apresentavam neurinomas do acústico e outras patologias otoneurológicas com comprometimento central, provavelmente a ausência de alterações nos registros eletronistagmográficos pode ser explicada ao observarmos que várias patologias, que não são detectadas pelos métodos convencionais, têm sido detectadas em muitas pacientes exclusivamente com a vetoeletronistagmografia.

Haveria grande interesse em avaliar a doença de Ménìere e outras patologias vestibulares periféricas, por exemplo a ototoxicidade por antibióticos aminoglicosídeos e também a atuação de outras drogas ototóxicas para verificar como os canais semicirculares horizontais e o verticais seriam afetados. A compensação vestibular central, já estudad por Oramas (1972), quase não se processa ou é mais prolongada no canais verticais, ocorrendo muito mais freqüentemente e rapidamente nos canais horizontais. Com a investigação dos 6 canais semicircular maiores informações poderiam ser obtidas. Em algumas labirintopatias há necessidade de um tratamento bem mais prolongado que em outra provavelmente devido a lesões intensas dos canais semicirculares verticais, na qual a compensação central não ocorre de maneira idêntica à dos canais horizontais. E para avaliação dos canais verticais, como mencionamos anteriormente, a vetoeletronistagmografia seria o registro mais adequado para as respostas nistágmicas dos canais verticais.

Sumario e Conclusões

Estudamos 20 indivíduos considerados normais, subdivididos em 2 grupos que foram submetidos à avaliação otorrinolaringo1ógica e otoneurológica.

Utilizamos, para o registro da movimentação dos olhos, três pares de eletródios dispostos de maneira a formar um triângulo isósceles. Formamos desse modo três derivações, nas quais, entre as I e II e as derivações I e III havia um ângulo entre elas de 20 a 25°. A este tipo de registro denomina-se vetoeletronistagmografia.

Pesquisamos os nistagmos espontâneos, semi-espontâneos posicionais, rastreio pendular e optocinético. Para nossas observações da função vestibular através do teste rotatório pendular decrescente, usamos o Ototest de Alvar Electronic Tipo Otophrafic IV-2 TR. Com a cabeça inclinada em 60° para trás e 45° à direita e, 60° para trás e 45° à esquerda, investigamos as respostas de freqüêncïas nistágmicas e os limiares do nistagmo oblíquo.

Na avaliação desse tipo de nistagmo é de grande interesse a vetoeletronistagmografia devido à facilidade de podermos analisar as exatas posições dos globos oculares e avaliar a resposta nistágmica perrotatória e seus respectivos limiares. De grande interesse também através da vetoeletronistagmografia é a pesquisa do nistagmo semi-espontâneo que possui grande valor topodiagnóstico.

Como o único meio de estimularmos isoladamente os canais semicirculares posteriores, principalmente nos diagnósticos de pequenas neoplasias do nervo vestibular inferior é através da prova rotatória pendular decrescente, obtendo-se uma resposta nistágmica oblíqua, o ideal para seu registro é a vetoeletronistagmografia, que nos fornece as posições exatas dos movimentos dos olhos de projeção vetorial oblíqua.

Nossos estudos permitem avaliar os distúrbios de correntes nas cristas ampulares dos canais semicirculares horizontais e/ou verticais e conseqüentemente mostrar as diferenças do comportamento da compensação central que ocorre rápida e freqüentemente nos canais semicirculares horizontais e mais prolongadamente, ou não ocorre nos canais verticais.

Verificar as respostas nistágmicas conseguidas através de estimulações isoladas dos canais semicirculares verticais, na obtenção dos nistagmos oblíquos com estimulações simultâneas dos canais semicirculares verticais (sinergismo transversal).

Na literatura citada verificou-se os limiares de aceleração obtidos estimulando os canais semicirculares horizontais, que se apresentaram com valores menores, quando comparados com os limiares de aceleração registrados ao estimularmos os canais verticais isoladamente.

Não houve diferenças significativas entre os valores das respostas de freqüências nistágmicas, obtidas pela estimulação a 60° para trás e 45° para a esquerda e à direita e entre os dois grupos etários de 18 a 30 anos e de 31 a 65 anos de idade.

Summary and Conclusions

We studied ywenty persons considered normal, in the nervo-otologic section of the ophtalmology and otorhino laryngology Department.

They were submitted to otorhinolaryngological and otoneurological clinical examination. After these clinical examination they were submitted to the cochlea vestibular tests.

We used these pairs of electrodes, positioned in such a way as to form an isosceles triangle, to recorded eye movement. In this manner we formed three derivations such that between I-II and between I-III these was angle of 20 to 25°. This type of recording is calles vecto-electron- ystagmography.

We investigated the spontaneous, semi-spontaneous and positional nystagmus, and the eye tracking a optokinetic nrystagmus. For our observations of the vestibular function through the decrescent rotatory pendular test we used the Ototest Alvar's Electronic Type Otographor IV-2 TR. With the head inclined at 60° to the rear and 45° to either the right or left we investigation the responses of frequencies and respective theresholds of the oblique nystagmus.

The vecto-electronystagmography has great interest for us in the evaluation of these types of nystagmus, due to the facility with which we can avalyses the exact positon of the eyeballs, mainly in the oblique and vertical nystagmus and the evaluation of the per-rotatory nystagmus and its respective thereshold. Vectoelectronystagmography is also of great interest in the investigation of the semi-spontaneous nystagmus, which has great values for topodiagnosis.

Since the only way to separately stimulate the posterior semicircular canais, of interest mainly in diagnosis of small neoplasm of the inferior vestibular branch, is by the decrescent rotatory pendular test, obtaining in this way and oblique nystagmus response, the best way is the recordings by the vecto-electronystagmography which will give the exact position of the movements of the eyeballs.

Our studies allow tis to evaluate disturbances occurring in the crista ampulaaes of the horizontal and/or vertical semicircular canais, and in consequente, show the difference in reponse to central compensation that occurs rappidiy and frequently in the horizontal semicircular canais.

The method asso permits verification of nystagmic response obtained by isolated stimulations of vertical semicircular canais giving the oblique nystagmus, by simultaneous stimulations of the vertical semicircular canais transversal synergy. There were no significant differences between the values of the responses of oblique nystagmic frequency obtained by stimulation at 60° backwards and 45° to the left, with and oblique nystagmic response parallel to the III derivanon and among age groups.

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Endereço dos autores:

Disciplina de Otorrinolaringologia do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia.
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP
Av. Bandeirantes, 3900 14.049 - Ribeirão Preto - SP

* Professor Assistente Doutor da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - U.S.P.
* Professor Adjunto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - U.S.P.

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