Versão Inglês

Ano:  1987  Vol. 53   Ed. 1  - Janeiro - Março - ()

Seção: Síntese

Páginas: 32 a 32

 

MANAGEMENT OF INVASIVE FRONTOETHMOIDAL SINUS MUCOCELES

Autor(es): Roberto Martinho da Rocha

MANAGEMENT OF INVASIVE FRONTOETHMOIDAL SINUS MUCOCELES. Stiernberg, C. M.; Bailey, B. J.; Calhoun, K. H. and Quinn, F B. - Archives of Otolaryngology, 112: Oct., 1986.

Mucocele sinusal é uma lesão expansiva crônica, forrada por mucosa sinusal, contendo muco. Forma-se mais no seio frontal, mas também, com menos freqüência, nos seios etmoidais e esfenoidais. Grandes mucoceles são designados mucoceles frontoetmoidais. Por experimentação ficou demonstrado que o principal fator causal é a obstrução do óstio sinusal, podendo ser secundário a infecção, alergia ou traumatismo. O termo mucocele foi introduzido em 1896, por Rollet. Não corresponde ao chamado cisto mucoso de retenção, porque este desenvolve-se a partir de glândulas mucosas, que se tornam obstruídas e dilatadas. Tais cistos costumam aparecer em radiografias como imagens arredondadas, lisas, causando opacidade no assoalha dos seios maxilares. Usualmente não requerem tratamento.

Os autores comentam as dificuldades com que os mucoceles frontoetmoidais invasivos são tratados e as possibilidades de darem complicações. No trabalho apresentam cinco casos atendidos na Universidade do Texas. Dois casos requereram craniotomia; dois foram tratados por cirurgia osteoplástica e obliteração por gordura. Drenagem intranasal foi aplicada num outro que tinha comprometimento orbitário. Como complicações, um paciente teve abscesso craniano e outro, fístula liquórica.

A única forma de abordar mucoceles é pela cirurgia e o tipo de técnica depende da localização e da extensão das lesões. Na escolha do método, as alternativas são a drenagem, a obliteração e a ablação. Complicações resultam de infecção e de expansão dos mucoceles. A infecção pode invadir osso e tecidos moles adjacentes e até causar septicemia. Quando não infectado, pode causar complicações pelo aumento de volume e compressão de áreas vizinhas.

Os sintomas variam desde nenhuma queixa a dor de cabeça frontal intensa e perturbações visuais. Ptose palpebral é dos sinais mais freqüentes; pode haver diplopia.

O diagnóstico depende de èxame clínico a partir da história, com estudo radiológico e tomografia computadorizada. Ao exame local costuma haver abaulamento frontal, sensível e depressível à palpação, podendo-se observar corrimento de pus à rinoscopia, ocasionalmente com pólipos.

A tomografia computadorizada é essencial para o planejamento da cirurgia. A órbita é a região mais atingida na expansão do mucocele e se a invasão for acentuada, o procedimento de drenagem deverá ser considerado. Nos grandes mucoceles, com progressão craniana, há necessidade de cooperação do neurocirurgião.

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